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A unidade de tempo que os historiadores usam é o século, que

corresponde a 100 anos.


Essa unidade de tempo escreve-se em numeração romana.

Se o ano termina em dois Se o ano não terminar em


zeros, o número das centenas zeros, acrescenta-se uma
indica o século. unidade ao número das
centenas
1000 – Século X 1143 – (11+1) - Século XII
1500 – Século XV 1385 –(13+1) - Século XIV
2000 – Século XX 2006 –(20+1) - Século XXI

Os acontecimentos podem se representados numa linha de tempo, a que se dá


o nome de Friso cronológico.

Os primeiros Homens surgiram em África e espalhou-se pelo resto do Mundo.

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2,5 milhões de anos
Homo habilis - Produz instrumentos;
Caça, pesca, recolhe frutos, arranca raízes para se alimentar.

200 000 anos


Homo erectus – Fabrica instrumentos em pedra;
- Tem uma linguagem falada;
- Sabe produzir fogo, usando para se proteger
dos animais e cozinhar os alimentos.

40 000 anos
Homo sapiens – Vive em cavernas;
- Fabrica instrumentos
- Enterra os seus mortos

10 000 anos
Homo sapiens sapiens- Fabrica instrumentos mais complicados
que usa para caçar e para tratar as peles dos animais, que usa
para fabricar vestuário.

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A Península Ibérica é habitada, há muitos milhares de anos.
Os seus primeiros habitantes eram nómadas, porque se tinham de
deslocar de um local para outro à procura de alimentos e de melhor clima.
Estes povos dedicavam-se à recolha de raízes e de frutos silvestres.
Eram por isso povos recolectores, que viviam do que a Natureza lhes dava.

Mais tarde, há cerca de 5000 anos, estes povos começaram a fixar-se em


várias regiões formando povoações (tornam-se sedentários) e dedicam-se à
agricultura e à criação de animais. Já conheciam e usavam a roda e fabricavam
utensílios de forma mais elaborada do que os nómadas, como cestos, tecidos
de linho e de lã e objectos em barro.

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Os Iberos, os Celtas, os Celtiberos e os Lusitanos

Os Iberos, vindos do Norte de África, foram o primeiro povo a habitar a


Península Ibérica.
Mais tarde surgiram os Celtas, povo guerreiro e agricultor vindo do centro da
Europa. Estes dois povos deram origem aos Celtiberos.
Entre as tribos celtiberas destacam-se os Lusitanos.
Os Lusitanos viviam na região entre os rios Douro e Tejo e são antepassados
dos Portugueses.
Muitas vezes, os Celtiberos andavam em guerra entre si e, para melhor se
defenderem, construíam as suas povoações no cimo dos montes, rodeados de
muralhas. Essas povoações chamavam-se castros.

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Os Iberos, os Celtas, os Celtiberos na Península Ibérica

Fenícios, Gregos e Cartagineses


Mil anos antes do nascimento de Cristo, chegaram outros povos à Península,
vindos do Mar Mediterrâneo. Eram povos muito evoluídos, que navegavam no
Mediterrâneo atraídos pelas riquezas da Península Ibérica e pela possibilidade
de fazerem comércio.
Estes povos foram os Fenícios (século VIII a. C), depois os Gregos e os
Cartagineses(século VI a. C.) e mais tarde os Romanos.
Ensinaram os povos que viviam na Península Ibérica a:
- A exploração mineira;
- A conservação do peixe com sal;
- A produção do vinho;
- A produção do azeite;
- A escrita alfabética.
- A utilização da moeda.
Estes povos levavam da Península Ibérica:
- Prata;
- Cobre;
- Estanho.
Ofereciam em troca:
- Objectos de cerâmica;
- Objectos de vidro;
- Tecidos;
- Adornos;…

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Os Romanos

Os Romanos vinham de Roma e queriam conquistar toda a Península


Ibérica, mas os povos que aí se encontravam resistiram, sobretudo os
Lusitanos, comandados por Viriato.

Os Romanos eram um povo muito


avançado e trouxeram alguns dos seus
costumes para a Península Ibérica, como
por exemplo:

. Desenvolveram indústrias de
tecelagem e as olarias e exploraram as
minas e as pedreiras;
. Desenvolveram as culturas do trigo,
da vinha e da oliveira;
. Construíram cidades e locais de
comércio;
. Introduziram a moeda;
. Construíram estradas e pontes;
. Introduziram o Latim e mais tarde a religião cristã;

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Vestígios da presença romana na Península Ibérica

Os Romanos chegaram à Península Ibérica no século III a.C., contudo só


conseguiram dominar toda a Península após dois séculos de lutas.

a.C. d. C.
Séc. III Séc. II Séc. I Séc. I Séc. II Séc. III Séc. IV Séc.V Séc. VI Séc. VII Séc.VIII

Nascimento Chegada
de dos
Chegada Bárbaros: Chegada
Romanos Cristo
dos Alanos; Dos
dominam
Romanos Vândalos; Muçulmanos
Suevos;
Visigodos.

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A presença dos Romanos na Península Ibérica durou oito séculos.
Tendo os habitantes da Península Ibérica adoptado a sua cultura (língua,
costumes, religião, moeda, arte, …). A isso dá-se o nome de romanização.

Os Suevos, os Alanos, os Vândalos e os Visigodos

No século V, o Império Romano foi invadido por vários povos que vinham
do Norte da Europa.
Os romanos chamaram a estes povos Bárbaros, por não falarem o latim.
Destes povos (Suevos, Alanos, Vândalos e Visigodos), os Visigodos
foram o povo que mais se destacou na Península Ibérica, mas como eram menos
evoluídos que as populações romanizadas, adoptaram a cultura romana e
acabaram por se tornar cristãos.

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Os Muçulmanos

Os Muçulmanos não conseguiram conquistar toda a Península.


Os Cristãos refugiaram-se no norte montanhoso, nas Astúrias. Foi a partir
dessa região que, no ano de 718, os Cristãos começaram a reconquista para sul.

Após a primeira vitória sobre os Muçulmanos, formaram-se os reinos de leão,


de Castela, de Navarra e de Aragão.

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Durante a Reconquista Cristã, D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, foi
auxiliado por cruzados franceses nas lutas contra os mouros, entre os quais D.
Henrique de Borgonha.
D. Afonso VI, recompensou D. Henrique de Borgonha dando-lhe o Condado
Portucalense e a sua filha D. Teresa, em casamento.
Guimarães era a capital desse condado, D. Afonso Henriques filho de D.
Henrique nasceu aí.
Mas D. Henrique tinha que obedecer a D. Afonso VI, rei de Leão e Castela.

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O conde D. Henrique desejou tornar o Condado Portucalense
independente. Lutou contra os Muçulmanos para alargar o território e contra
D. Afonso VI para tornar o Condado Portucalense independente. Mas morreu,
em 1112, sem o conseguir.

D. Teresa, assumiu o governo do Condado Portucalense, pois D. Afonso


Henriques, seu filho era muito novo, tinha apenas 4 anos de idade.
Durante alguns anos, D. Teresa lutou para tornar o Condado independente do
reino de Leão, mas aconselhada por um fidalgo da Galiza, Fernando Peres de
Trava deixou de lutar por realizar o sonho, de seu marido D. Henrique.
Alguns nobres Portucalenses não gostaram desta decisão de D. Teresa e
apoiaram D. Afonso Henriques, que aos 14 anos se armou cavaleiro, e entrou
em guerra com os exércitos de sua mãe.

Em 24 de Junho de 1128, D. Afonso Henriques vence a sua mãe na


batalha de S. Mamede e assume o governo do Condado Portucalense.
Os seus principais objectivos eram:
 Tornar o Condado Portucalense independente;
 Alargar para sul o território do Condado, conquistando terras aos
Muçulmanos.

Em 1143, no Afonso VI, rei de Leão, foi obrigado a assinar com D. Afonso
Henriques o Tratado de Zamora, que concedia a independência ao Condado.
Nascia, assim o Reino de Portugal e D. Afonso Henriques tornava-se o primeiro
rei de Portugal.

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Mas D. Afonso Henriques só foi reconhecido rei, pelo Papa, em 1179
pela Bula Papal “Manifestis Probatum”.

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Durante as lutas para conquistar terras ao Muçulmanos D. Afonso Henriques
foi ajudado por cruzados, nobres, monges guerreiros e homens do povo.

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Só em 1249, no reinado de D. Afonso III, a reconquista cristã chegou ao
fim no território português, com a conquista do Algarve.
D. Afonso III passou a intitular-se “Rei de Portugal e dos Algarves”.

Território herdado por D. Afonso Henriques

Território conquistado até à morte de D. Afonso Henriques (1185)

Território conquistado no reinado de D. Sancho I

Território conquistado no reinado de D. Sancho II

No reinado de D. Afonso III os muçulmanos foram expulsos tendo-


-se conquistado todo o Algarve em 1249.
Em 1297, foi assinado o Tratado de Alcanises, entre D. Dinis e o
rei de Leão e Castela, D. Fernando.

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Como se vivia no séc. XIII
Os habitantes do reino de Portugal estavam divididos em três
classes sociais:
- O clero;
- A nobreza;
- A burguesia;
- O povo.

O rei é o mais rico e o mais poderoso do reino.


Pode convocar Cortes., ou seja, uma reunião de todos os
nobres e os membros do clero para o aconselharem.
Pode fazer as leis e fazer a justiça.
Muitas vezes o rei, como recompensa, distribuía terras
pelos nobres e pelo clero.

O clero orienta as populações na religião,


dedicam-se ao ensino e ajudam os peregrinos, os
pobres e os doentes. Estão divididos em:
- Clero secular (padres e bispos) que está
mais próximo das populações;
- Clero regular (monges e freiras), vivem
em mosteiros ou conventos e são donos de terras
– os coutos.

A nobreza tem muitos privilégios. São donos de


grandes propriedades, não pagam impostos e vivem em
castelos ou paços. Em tempos de guerra, tem de
combater ao lado do rei.
Os homens da nobreza praticam equitação, caçam e
entram em torneios, para treinarem para os combates.
As mulheres tomam conta da casa, bordam ou
passeiam.

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O povo trabalha a terra dos grandes senhores,
seis dias por semana, paga impostos e para se
divertirem tem as romarias, as procissões ou algumas
festas nobres importantes.
Viviam em casas muito pobres, com o chão de
terra batida.
A sua alimentação também era pobre: pão feito
dos cereais que os nobres não queriam ou de
castanhas, que comiam com toucinho, cebolas e alhos.
Pagavam impostos e rendas aos nobres ou aos
conventos cujas terras trabalhavam.

A burguesia dedica-se ao comércio. Enriquecem


com as viagens que realizam e adquirem novos
conhecimentos.

As terras do rei chamavam-se – Reguengos


As terras do clero chamavam-se – Coutos
As terras dos nobres chamavam-se - Senhorios

E existiam, ainda os Concelhos, que eram


povoações, vilas ou aldeias, a quem o rei, ou um
senhor da nobreza concedia uma carta de foral.

Carta de foral era um documento que estabelecia os direitos e os


deveres dos habitantes de cada Concelho.

Os habitantes do Concelho frequentavam as feiras para vender ou


trocar os seus produtos, comprar aqueles que precisavam, mas também para
se divertirem.

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A FORMAÇÃO DE PORTUGAL
Conhecer a importância de D. Dinis no desenvolvimento de Portugal.

Casou com D. Isabel de Aragão, mais tarde chamada Rainha Santa Isabel pelos
milagres que fez (O Milagre das Rosas). Está sepultado no Convento de Santa
Clara em Coimbra.

D. Dinis foi um hábil administrador e tudo fez para engrandecer


o país. Fundou vários castelos e povoações.

Protegeu :
• a agricultura
• o comércio
• indústria
• marinha
• a instrução (as letras)
AGRICULTURA AS LETRAS

• Mandou plantar os pinhais de Leiria e • Fundou a Universidade de Coimbra.


Azambuja.
• Nos documentos passou a usar-se a língua
• Mandou plantar vinhas e pomares. portuguesa em vez do latim.

Em 1297, D. Dinis assinou o Tratado de Alcanises com o rei de Leão e


Castela, D. Fernando, fixando definitivamente a fronteira entre os dois países.

Durante o reinado de D. Dinis houve pestes e epidemias que


dificultaram o desenvolvimento de Portugal.
A D. Dinis sucedeu D. Afonso IV, seu filho.

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 D. Afonso IV
Durante o seu reinado a Peste Negra matou um terço
da população portuguesa. Os campos foram abandonados por
falta de quem neles trabalhasse o que provocou uma grande
falta de alimentos.
A D. Afonso IV sucedeu D. Pedro

 D. Pedro
A D. Pedro sucedeu D. Fernando, seu filho.

 D. Fernando
Durante o reinado de D. Fernando a crise económica tornou-
se muito grave.
D. Fernando tentou resolver a crise publicando a “Lei das
Sesmarias”.
A “Lei das Sesmarias” dizia que:
1º- Os donos que não cultivassem as suas terras perdiam o
direito a elas.
2º- Os mendigos eram obrigados a abandonar as cidades e a trabalharem nos
campos.
3º Diziam quanto tinham de ganhar os trabalhadores rurais.
Quando D. Fernando morreu, surgiu em Portugal, outra grave crise:
A sua única filha, D. Beatriz, tinha casado com o rei de Castela.

Logo que o rei de Castela soube que o pai de D. Beatriz, sua esposa, tinha
morrido, ordenou a D. Leonor Teles, viúva de D. Fernando, que aclamasse D.
Beatriz rainha de Portugal.
D. Leonor Teles, aconselhada por João Fernandes Andeiro, mandou
aclamar D. Beatriz rainha de Portugal.
Só a nobreza concordou com esta decisão.

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A burguesia e o povo revoltaram-se contra esta decisão.

Em 6 de Dezembro de 1383, um grupo de burgueses e de pessoas do


povo decidiu matar o conde Andeiro.
Quem foi escolhido para o fazer foi o Mestre de Avis.

Ao matar o conde de Andeiro no palácio, o Mestre de Avis (D. João) foi


aclamado pelo povo como “Regedor e Defensor do Reino”.

D. Leonor Teles pediu ajuda ao rei de Castela. Este invadiu Portugal,


começando por Santarém, e mais tarde chegando a Lisboa, onde montou um
cerco.

Um outro exército castelhano entrou pelo Alentejo, mas foi vencido na


batalha dos Atoleiros pelos exércitos comandados por D. Nuno Álvares
Pereira.

O cerco à cidade de Lisboa durou 4 meses.

O aparecimento da peste fez com que os castelhanos levantassem cerco


e partissem.

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Em 1385, nas Cortes de Coimbra,
perante a presenças dos representes dos
concelhos do reino o Mestre de Avis é
aclamado rei de Portugal.

O rei de Castela não aceitou esta


decisão e invadiu novamente Portugal.
Em 14 de Agosto de 1385 o exército
português venceu o exército castelhano na
Batalha de Aljubarrota.
Na Batalha de Aljubarrota foi utilizada a
Táctica do Quadrado.

D. Nuno aproveitou pequenas elevações do terreno, onde colocou arqueiros e


besteiros. Mandou cavar fossos (chamados covas-de-lobo) disfarçados com
folhas, para que os cavaleiros castelhanos lá caíssem.

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Depois, dispôs as suas forças em três alas, sendo que uma delas (maior)
ficava de reserva à retaguarda, comandada por D. João Mestre de Avis.

À frente uma grande linha de soldados comandada pelo Condestável (D.


Nuno) enfrentava de frente os castelhanos, dando-lhes a sensação de
que estavam em vantagem.

A ala esquerda era a célebre ala dos namorados, que enfrentou


bravamente os castelhanos, e a ala direita era conhecida por ala da
madressilva, que, enquanto a primeira lutava, fazia chover flechas sobre
o exército inimigo.
Quando os cavaleiros exército castelhano viram avançar os soldados
portugueses a pé, recolheram um pouco as suas lanças, julgando que não
seria necessário um esforço assim tão grande para os derrotar.

Apesar das derrotas sofridas, os Castelhanos não desistiram das suas


pretensões ao reino de Portugal.
Para melhor se defender, D. João I celebrou um tratado de amizade com
Inglaterra.

Mais tarde, D. João I casa com D. Filipa de Lencastre, membro da família real
inglesa e têm três filhos:
. O infante D. Pedro.
. O Infante D. Duarte, futuro rei.
. O infante D. Henrique, o Navegador.

Em 1411, foi assinado o Tratado de Segóvia, que estabelecia a paz entre


Portugal e Castela.

As guerras com Castela, a peste negra e os maus resultados na agricultura


deixaram Portugal na miséria.

É a vez de Portugal partir à procura de um mundo desconhecido através do


Oceano Atlântico.

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O primeiro passo da expansão portuguesa foi a conquista de Ceuta, no Norte
de África, em 1415.
D. João I, os três infantes e D. Nuno Álvares Pereira partem à conquista de
Ceuta com 200 embarcações, pois Ceuta era um importante centro comercial,
por onde passavam as rotas do ouro e das especiarias.

Ceuta é conquistada mas os Mouros desviaram as rotas do ouro, das


especiarias e da seda para outros locais.

D. João e seus filhos pensaram, então que a melhor solução para dominar as
rotas do ouro, das especiarias e da seda seria descobrir os locais de onde
vinham esses produtos.

O infante D. Henrique, filho de D. João I organizou e planeou as viagens


marítimas a esses lugares.
Para isso, reuniu à sua volta cartógrafos, geógrafos e marinheiros.
Desenharam-se mapas e cartas de marear, utilizaram-se novos instrumentos
de orientação, como a bússola, o astrolábio, o quadrante e a balestilha.

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Usaram-se novas técnicas de construção par aperfeiçoar as barcas, as
caravelas, e as naus.

A caravela tinha velas


triangular, era capaz de
navegar com qualquer tipo
de vento e de vencer mais
facilmente a forças das
correntes.

A partir do início XVI , a


nau começou a ser usada nas
viagens à Índia , pois era
maior mais resistente e
podia transportar
mercadorias, pessoas,
mantimentos e armas. 23
Durante os reinados de D. João I, D. Duarte e de D. Afonso V. o Infante
D. Henrique levou os navegadores portugueses até à Serra Leoa.

A 13 de Novembro de 1460 morre o Infante D. Henrique. O rei Afonso V


entrega a responsabilidade dos Descobrimentos a Fernão Gomes.

Mais tarde, no reinado de D. João II, Bartolomeu Dias inicia na viagem que o
conduziria até ao Cabo das Tormentas, depois chamado Cabo da Boa
Esperança.
A descoberta e a passagem deste cabo, no sul do continente africano, vinha
provar que era possível chegar à Índia, de onde vinham as especiarias, por
mar.

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Data Feito marítimo Navegadores

Ilhas de Porto Santo e da João Gonçalves Zarco e


1419-1420
Madeira Tristão Vaz Teixeira

1427 Arquipélago dos Açores Diogo Silves

1434 Passagem do cabo Bojador Gil Eanes

1460 Serra Leoa Pedro Sintra

Passagem do cabo da Boa


1487 Bartolomeu Dias
Esperança

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Qual a razão por que todas as classes sociais apoiavam a
Expansão Marítima?

Manuel, sucede a D. João II e apoia o projecto de chegar à Índia.

Nomeia Vasco da Gama para comandar uma armada que, saindo de Lisboa
em Junho de 1497, chegou a Calecut, na Índia, em Maio de 1498.
Esta armada era constituída por quatro naus: a S. Gabriel, a S. Rafael, a
Bérrio e uma outra que transportava os alimentos.

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Os portugueses foram bem recebidos pela população local.
Mas, depois, os muçulmanos com medo de perderem o comércio das
especiarias, criaram problemas a Portugal.
Em 1500, partiu uma nova armada para a Índia, comandada por Pedro
Álvares Cabral.
A missão dessa armada era garantir que Portugal continuaria a dominar o
comércio com a Índia.
Durante a viagem, houve um ligeiro desvio para Ocidente e os
Portugueses chegaram ao Brasil.

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A vida em Portugal no século XVI

As especiarias e as sedas vindas da Índia, o ouro, o marfim, os escravos vindos


do continente africano e os produtos chegados do Brasil como o pau-brasil, o
tabaco, o cacau, o algodão, o ouro, a prata e os diamantes fizeram de Portugal
um dos países mais ricos e importantes da Europa.
Na corte portuguesa viviam nobres, artistas e poetas.
Os nobres e alguns burgueses viviam luxuosamente.
O povo vivia miseravelmente. A chegada de escravos fez aumentar o
desemprego.
Houve maus anos agrícolas, fome e doenças.

O rei mandou construir alguns monumentos – em estilo manuelino – onde se


podem ver cordas, cruzes, esferas armilares, etc.
- Torre de Belém;
- Mosteiro dos Jerónimos;
- As capelas imperfeitas do Mosteiro da Batalha;
- Janelas do Convento de Cristo em Tomar.

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Após a morte de D. Manuel I sobe ao trono D. João III, a quem sucede
seu neto, o príncipe D. Sebastião, com apenas três anos.
Quem assume o governo de Portugal é a sua avó Dª Catarina e depois o cardeal
D. Henrique seu tio.

Em 1568, D. Sebastião, com apenas 14 anos passou a governar Portugal,


numa altura em que havia grandes problemas no reino:
 Os piratas atacavam, roubavam e afundavam as naus
portuguesas.
 Os Franceses, Ingleses e Holandeses ocuparam terras
portuguesas na Ásia, na África e na América.
 Os Muçulmanos atacaram os portugueses no Oriente e
recuperaram o comércio das especiarias.
 A peste negra provocou milhares de mortos.

Em 1578, D. Sebastião organizou uma viagem a Marrocos (Norte de


Africa). O rei e muitos dos 17000 homens que o acompanhavam morreram ou
ficaram prisioneiros na Batalha de Alcácer-Quibir.

Após a morte de D. Sebastião, o cardeal D. Henrique volta a governar


Portugal.

Após a morte do cardeal D. Henrique, e não havendo sucessores


apareceram vários candidatos ao trono entre eles o rei de Espanha, que
acabou aclamado rei de Portugal com o nome de Filipe I.

Assim durante 60 anos (1580 – 1640), Portugal e Espanha estiveram


unidos e governados pelos mesmos reis.
Portugal perdeu a independência.

29
Filipe I Filipe II Filipe III

Os Portugueses estavam cada vez mais descontentes com o governo dos


espanhóis: eram obrigados a combater nos exércitos de Espanha, pagavam
impostos elevados, perdiam cada vez mais territórios em África, na Ásia e na
América para os holandeses, franceses e ingleses, que eram inimigos dos
espanhóis.

No dia 1 de Dezembro de 1640, os portugueses revoltaram-se,


prenderam a representante do rei de Espanha em Portugal e expulsaram os
espanhóis.

Passados alguns dia, D. João, duque de Bragança, foi aclamado rei de


Portugal, com o nome de D. João IV.
Deu-se início à 4ª e última Dinastia – Dinastia de Bragança.

30
Viva a Liberdade! Viva D. João IV!

1ª Dinastia – Dinastia Afonsina


2ª Dinastia – Dinastia de Avis
3ª Dinastia – Dinastia Filipina
4ª Dinastia – dinastia de Bragança.

Durante o reinado de D.JoãoV, os produtos que vinham do Brasil


contribuíram para a riqueza do próprio rei, da nobreza e do Clero.
O povo vivia com grandes dificuldades e muitos portugueses emigraram
para o Brasil à procura de melhores condições de vida.

D. João V mandou construir muitos monumentos:


- O Convento de Mafra;
- O Aqueduto das Águas Livres em Lisboa;
- A Biblioteca da Universidade de Coimbra;…

Após a morte de D. João V subiu ao trono D. José.


Portugal vivia uma grande crise devido aos seguintes factores:
- Do Brasil vinha cada vez menos ouro;
- A agricultura era fraca;
- Não havia indústria;
- Terramoto de 1755 que destruiu parte da cidade de Lisboa.

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Então o ministro de D. José, Sebastião José de Carvalho e Melo,
conhecido por Marquês de Pombal para além de mandar reconstruir a cidade
de Lisboa, criou escolas, fomentou a construção de fábricas e proibiu a
escravatura.
Após a morte de D. José, sobe ao trono D. Maria I e Marquês de Pombal
é demitido.
Durante o reinado de D. Maria Napoleão Bonaparte mandou invadir
Portugal.
As invasões Francesas
Em Novembro de 1807, as tropas francesas
comandadas por Junot entram em Portugal por
Castelo Branco.

A família real, os membros da Corte muito


nobres, fugiu para o Brasil.

As tropas francesas espalharam-se pelo


território português, incendiaram as povoações,
roubaram, destruíram culturas e mataram os
habitantes das povoações por onde passavam.

A Inglaterra, nossa velha aliada mandou para


Portugal um exército com cerca de 9000 homens e
as tropas de Napoleão foram derrotadas na Batalha
do Vimeiro.

Napoleão enviou um segundo exército


comandado pelo marechal Soult, em Março de 1809.

32
Estas tropas foram novamente derrotadas.

Napoleão não desistiu, em Junho de 1810 iniciou


a 3ª invasão, comandada por Massena.
Este exército caminha na direcção de Lisboa
mas ao chegar às fortificações de Torres Vedras são
derrotados e regressam a França.

As tropas portuguesas preparam-se para defenderem o forte e


impedir o avanço das tropas francesas.

33
Os canhões tinham que ser carregados com pólvora.

34
Um soldado inglês vigia os campos em redor do forte.

No acampamento todos aproveitam para descansar.

Os franceses poderão atacar durante a noite.

35
Da monarquia à república
Nos finais do século XIX, durante o reinado de D. Carlos, a situação
económica portuguesa era muito grave e a população estava cada vez mais
descontente.

Surgiu, então, o Partido Republicano, que era contra a existência de uma


monarquia.
Este partido foi crescendo e ganhando cada vez mais adeptos.

Em 31 de Janeiro de 1891, rebentou, no Porto, uma revolução republicana


que não foi bem sucedida. Aqueles que nela participaram foram severamente
castigados.

Anos mais tarde, a 1 de Fevereiro de 1908, D. Carlos regressava


acompanhado pela família. À chegada, a carruagem foi atacada e, neste
atentado, morreram D. Carlos e o príncipe Luís Filipe.

D. Manuel, o filho mais novo de D. Carlos, foi proclamado rei, mas


governou apenas durante dois anos.

A 4 de Outubro de 1910 Machado dos Santos comandou um grupo de


republicanos civis numa revolução, enquanto que, no rio Tejo, se encontravam
barcos de guerra.

5 de Outubro de 1910 - Proclamação da República

36
No dia seguinte, a República foi proclamada e os membros do governo
foram escolhidos entre os revolucionários, cujo presidente era o Dr. Teófilo
Braga.

Após a publicação da Constituição da República Portuguesa (1911), foi


eleito o primeiro Presidente da República – o Dr. Manuel de Arriaga.

Diferença entre Monarquia e República

Monarquia é uma forma de governo em que o chefe é o rei. O poder


passa de pais para filhos.

República é chefiada pelo Presidente da República e este é eleito pelo


voto dos cidadãos eleitores.

Os símbolos da Republica passam a ser a nova Bandeira e o Hino Nacional

Bandeira e Hino Nacional

37
A Ditadura
Os primeiros anos do regime republicano foram muito instáveis:
- Sucederam-se vários governos;
- Portugal participou na Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918);
-As populações tinham grandes dificuldades económicas.

O general Gomes da Costa iniciou a Revolução Nacional (28 de Maio de


1926), para pôr fim aos problemas sociais que afectavam o nosso país.

Estabeleceu-se uma Ditadura Militar, ou seja, um governo que não


aceitava os partidos políticos.

Para que a situação do país melhorasse, o Presidente da República, que


era o General Carmona, nomeou António de Oliveira Salazar para Ministro das
Finanças e que mais tarde viria a ser Chefe do Governo.

 Oliveira Salazar impôs regras muito duras para


controlar as despesas do país.

Em 1933 faz-se uma nova Constituição e instaura-


se um novo regime – o Estado Novo – que impõe uma
política autoritária e repressiva (ditadura), sem respeito
pelas liberdades dos cidadãos. Foi imposta a censura à
imprensa e criada a polícia política (PIDE).

Nas colónias portuguesas começaram a surgir movimentos armados de


libertação (Angola, Guiné e Moçambique). Salazar mandou as nossas tropas
para África, iniciando a Guerra do Ultramar (1961 – 1974), que vitimou muitos
soldados portugueses.

Em 1974, um grupo de militares planeou um golpe militar.

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Era o MFA (Movimento das Forças Armadas).

 No dia 24 de Abril de 1974 pelas 22h55m, começou a transmissão pela

rádio, da canção de Paulo de Carvalho, “E depois do adeus”.

A revolução tinha começado. Passada meia hora, ouviu-se “Grândola Vila

Morena”, de Zeca Afonso.

O capitão Salgueiro Maia cercou o Quartel do Carmo, em Lisboa.

O Primeiro-Ministro, Marcelo Caetano, aceitou render-se.


Os militares de Abril conseguiram derrubar a ditadura, apoiados por uma
multidão com cravos vermelhos nas mãos.

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A 25 de Abril de 1974 instaurou-se a democracia em
Portugal.

Um ano depois e pela primeira vez, realizaram-se eleições livres, nas


quais todos os cidadãos portugueses puderam exprimir as suas opiniões
políticas e eleger os seus governantes.
Hoje, existem os seguintes órgãos de soberania:
- Presidente da República;
- Assembleia da República;
- Governo;
- Tribunais.
A Assembleia é constituída por deputados de diferentes partidos, que
debatem questões de interesse nacional.

Os feriados nacionais
Existem acontecimentos muito importantes para o nosso país, que
normalmente
Comemoramos, sendo esse dia feriado nacional. Os feriados podem
celebrar factos Históricos ou religiosos que todos devemos recordar.
1 de Janeiro Dia de Ano Novo

25 de Abril Dia da Liberdade

1 de Maio Dia do Trabalhador

10 de Junho Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas

15 de Agosto Dia da Assunção de Nossa Senhora

5 de Outubro Dia da Implantação da República

1 de Novembro Dia de Todos os Santos

1 de Dezembro Dia da Restauração da Independência

8 de Dezembro Dia da Imaculada Conceição

25 de Dezembro Dia do Nascimento de Jesus Cristo

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