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#7 2007
G L O BAL SOLUTIONS FOR LOCAL C U S T O M E R S – E V E RY W H E R E
ESAB oferece
soluções completas
na fabricação de
torres eólicas
Lançamentos 2006
e 2007 serão
apresentados
na 11ª FEIMAFE
MAIO Nº 7 2007
#7 2007
Editorial
Maio chega trazendo bons ventos! Apesar de o Brasil continuar
amargando os mesmos e velhos problemas conjunturais – que
tanto amarram e impedem o necessário crescimento do país – os
indicadores da economia dão sinais alentadores, mostrando que
o ciclo de crescimento que hoje atravessamos está se fortalecen-
do, mesmo num ritmo mais lento do que todos gostaríamos.
A manutenção da inflação em níveis civilizados já há muitos Expediente
anos (o bastante para começarmos a perder a memória daqueles
Publicação institucional da ESAB Brasil
nefastos tempos) nos permite, hoje, planejar com mais confian-
Rua Zezé Camargos, 117
ça os investimentos e o crescimento dos nossos negócios. Por Cidade Industrial
todo o país, diversos setores industriais apresentam significativo CEP. 32210-080 – Contagem – MG
movimento ascendente nos negócios, destacando-se os setores marketing@esab.com.br
automobilístico, construção naval, petróleo e gás, açúcar e álco- www.esab.com.br
índice
ESAB prepara novidades
para 2007 e 2008 página 5
página 11
OHSAS é meta para 2007
página 25
Produtos
B
uscando acompanhar a de- quando a Empresa promoveu a mudança
manda do cliente e, principal- de organização no processo de fabrica-
mente, se antecipar na oferta ção e desenvolvimento dos produtos, re-
de inovações ao mercado, a forçando o foco na demanda, qualidade e
ESAB preparou para 2007 o lançamento custo adequado. Com esta metodologia,
de diversas linhas de produtos que aten- a ESAB conquistou a adequação de suas
dam os vários segmentos do mercado. máquinas ao que o mercado e os clientes
Segundo o engenheiro Flávio dos desejam, uma vez que podem manter um
Santos, esta postura é o resultado da im- maior controle dos processos, impedindo
plantação do Puma, há cerca de um ano, que estudos inviáveis tenham continuida-
MAIO Nº 7 2007
Produtos
A
ESAB 653
tenta à demanda do mercado, CV/CC
a ESAB está lançando uma
fonte de energia que possibilita
a soldagem de diversos tipos
de materiais, tanto no processo MIG como
ao arco submerso, eletrodo revestido e a
goivagem com eletrodos de grafite. Este
equipamento chega para atender às apli-
cações dos clientes ESAB, cujas os princi-
pais exigências são ótima estabilidade de
arco e alto fator de trabalho. Trata-se da
fonte ESAB 653 CV/CC, um equipamen-
to que é capaz de fornecer correntes de
750A com um ciclo de trabalho de 60% ou
650A @ 100%. Para acompanhar um ciclo
de trabalho tão elevado, a ESAB também
desenvolveu um novo alimentador de ara-
me com dupla motorização (OrigoFeed
484 P5) para trabalhar com arames com
bitola de até 2,6mm.
Produtos
O
Dual Shield 7100 Ultra e molhabilidade em soldas de filete
LH representa a última em ângulo. Forma escória frágil e de
geração de arames tu- fácil remoção. Descontinuidades tí-
bulares rutílicos baixo picas da soldagem fora de posição
hidrogênio para soldagem em to- como, por exemplo, falta de fusão e
das as posições. Esse novo arame inclusões de escória, são evitadas,
tubular é o mais produtivo consu- devido à transferência spray arc.
mível disponível atualmente para Esse arame apresenta excelente to-
soldagens manuais e mecanizadas lerância a juntas mal preparadas e
fora de posição, incluindo vertical performance na soldagem de cha-
descendente, proporcionando ex- pas oxidadas e sobre primer do tipo
celente aspecto visual do cordão. silicato de zinco.
Ele é desenvolvido para soldagem A formulação desse arame tu-
utilizando tanto CO 2 puro quan- bular proporciona a formação de
to misturas Ar/CO2 como gás de uma escória com alta taxa de res-
proteção. É aplicado em todos os friamento que suporta a poça de fu-
segmentos onde são realizadas são nas soldagens fora de posição,
soldagens fora de posição de aços garantindo, assim, taxas de depo-
carbono, tais como, naval, offsho- sição que não podem ser atingidas
re, construção civil e máquinas na soldagem com eletrodos revesti-
pesadas, como vagões, tratores, dos e arames sólidos. Na soldagem
escavadeiras e caminhões, entre vertical ascendente, podem-se al-
outros. cançar taxas de 4 a 5kg/hora (ciclo
de trabalho 100%), o que o torna o
• Alta taxa de deposição mais produtivo consumível para sol-
• Todas as posições dagem fora de posição. Os parâme-
• Excelente soldabilidade tros de soldagem são geralmente
• Soldagem com CO2 ajustados para cada posição, mas
ou misturas Ar/CO2 um único ajuste (230A) pode ser se-
• Excelente qualidade da solda lecionado para todas as posições,
• Baixo hidrogênio tornando esse arame ideal para
aplicações em geral.
O Dual Shield 7100 Ultra LH é O teor de hidrogênio difusível
um arame que apresenta excelen- da solda produzida com esse ara-
te soldabilidade com arco suave e me tubular é abaixo de 8ml/100g
livre de respingos em uma transfe- de metal depositado quando sol-
rência do tipo spray arc. Pode-se dado utilizando tanto CO2 quanto
obter facilmente cordões de solda misturas Ar/15-25%CO 2 como gás
planos com excelente penetração de proteção.
MAIO Nº 7 2007
Produtos
E
m função do constante crescimen- a mesma condição de projeto, componentes
to da utilização dos aços de alta re- com menores dimensões. No caso de carro-
sistência no Brasil, relacionado ao cerias de veículos pesados, como caminhões,
aumento da oferta dessa classe de pode-se proporcionar um aumento na capa-
aço no país e à difusão de sua utilização em cidade de carga útil, mantendo-se o mesmo
diversos setores da indústria pesada (como a peso total. “Embora os aços com graus de
automobilística, ferroviária e até mesmo naval), resistência mais elevados sejam mais caros,
a ESAB acompanha um proporcional aumen- o aumento no custo pode ser compensado
to do número de consultas sobre materiais pelo menor peso do aço requerido para o
aplicáveis a essas estruturas. componente”, completa Turani.
Esses são aços nos quais ocorre a adição Como a soldagem também é um proces-
de pequenos teores de elementos químicos so que envolve ciclo térmico, alguns cuidados
(elementos de liga) para que seja possível, na aplicação da solda nesse tipo de material
através de processos termomecânicos, du- se fazem necessários, pois a alta resistência
rante a fabricação, obter altos limites de es- precisa ser assegurada. O aporte térmico
coamento e resistência. Os tratamentos térmi- aplicado na soldagem deve ser o mais baixo
cos usualmente empregados são a têmpera e possível para que não haja queda no limite de
o revenimento. escoamento e resistência na ZTA (Zona Termi-
O consultor técnico Cláudio Turani explica camente Afetada). Além disso, deve ser sem-
que essas particularidades fazem com que pre observada a compatibilidade do metal de
o aço adquira propriedades extremamente solda com o metal de base.
atrativas, uma vez que se pode utilizar, para Buscando acompanhar a crescente de-
10 MAIO Nº 7 2007
manda dos clientes, a ESAB produz atualmen- E620T5-K2C(M) – Arame tubular do tipo flux
te uma gama completa de consumíveis para cored básico, designado para aplicações em
soldagem (eletrodos, arames tubulares e com- aços de média/alta resistência até 700 MPa.
binações de arames e fluxos aglomerados), O OK Tubrod 95 K2 produz depósito resisten-
especialmente desenvolvida para aços de alta te à trinca em sessões espessas ou sob alta
resistência, sendo a única Empresa brasileira restrição de junta. Apresenta-se com boa sol-
realmente atuante nesse segmento de consu- dabilidade, com mínima quantidade de respin-
míveis. go e fácil remoção de escória. Pode ser usado
em aplicação onde é requerida propriedade
Consumíveis produzidos pela ESAB com- de impacto até -50°C. O diâmetro 1,20 mm
patíveis com o aço de alta resistência pode ser usado em modo de transferência
Eletrodos Revestidos globular para soldagem fora de posição.
OK 74.75 – E9018-D1 – Soldagem de grande
responsabilidade em aços estruturais de bai- OK Tubrod 110MC – E110C-G – Arame
xa liga com mesma composição ou proprie- tubular do tipo metal cored de baixa emis-
dades mecânicas; também para certos aços são de fumos. Apresenta alta eficiência (90-
resistentes ao calor, aços sujeitos a tratamen- 95%), bem como elevada taxa de deposi-
to térmico após soldagem; especialmente in- ção, resultando em um cordão de excelente
dicado para soldagem de trilhos. aspecto, com pequenas ilhas de escória,
minimizando a limpeza entre os passes. O
OK 75.75 – E11018-G – Soldagem de grande OK Tubrod 110 MC contém Ni e Mo, sendo
responsabilidade em aços de construção de designado para soldagem de aços de alta
altíssima resistência e baixa liga, com ou sem resistência, bem como em aços tempera-
pré-aquecimento; especialmente indicado em dos com limite de escoamento mínimo de
aços USS T-1 e similares; o metal depositado 690 MPa. Este arame também é destinado
é insensível à fragilidade do revenido. para aplicações onde se requer propriedade
de impacto até -29°C.
Arames Tubulares
OK Tubrod 90MC – E90C-G – Arame tubular OK Tubrod 115 – E110T5-G / E760T5-G – Ara-
do tipo metal cored de baixa emissão de fu- me tubular do tipo flux cored básico designa-
mos. Apresenta alta eficiência (90-95%), bem do para aplicações em aços de alta resistência
como elevada taxa de deposição, resultando até 800 MPa. O OK Tubrod 115 produz depó-
em um cordão de excelente aspecto, com pe- sito resistente à trinca em sessões espessas
quenas ilhas de escória, minimizando limpeza ou sob alta restrição de junta. Apresenta-se
entre os passes. O OK Tubrod 90MC contém com boa soldabilidade, com mínima quanti-
Ni e Mo, sendo designado para soldagem de dade de respingo e fácil remoção de escória.
aços de média/alta resistência, bem como em Este pode ser usado em aplicações onde a
aços temperados com limite de escoamento propriedade de impacto a -50° C é requeri-
mínimo de 550 MPa. Este arame também é da. O diâmetro 1,20 mm pode ser usado em
destinado para aplicações onde se requer modo de transferência globular para solda-
propriedade de impacto até -40°C. gem fora de posição.
OK Tubrod 95K2 – E90T5-K2C(M) /
Energia
D
iversos governos têm A World Wind Energy Association Eng° Pedro Muniz
feito investimentos em (WWEA), associação que represen- Consultor do Segmento de Energia Eólica
fontes de energia reno- ta todas as organizações de energia
váveis. A redução na eólica ao redor do mundo, prevê
emissão de gases para a atmosfera uma taxa de crescimento anual para
é a principal responsável pela procu- o segmento de 21%, o que permiti-
ra de fontes de energia renováveis rá, em 2010, uma capacidade insta-
como a energia eólica. Não há dúvi- lada de geração mundial de 160.000
da de que o custo de produção des- MW de energia eólica.
te tipo de energia, hoje, é maior que
o de outras fontes, como a hidráuli- O Brasil e a energia eólica
ca e a térmica. Mas, apesar disso, O mercado brasileiro foi, em 2006, o
a energia eólica possui aspectos que teve maior taxa de crescimen-
muito importantes, como segurança to: 729,6%, saindo dos 29 MW, em
e limpeza, além de ser uma energia 2005, para 237 MW. Este aumento
renovável “verde”. concedeu ao Brasil a 20ª posição
A energia eólica continuou com no ranking de maiores produtores
o crescimento dinâmico ao redor do de energia eólica do mundo, sendo
mundo durante o ano passado. Em que, em 2005, estava na 34ª posi-
2006, 14.900 MW foram instalados, ção.
o que representa uma taxa de cres- Hoje, apenas 0,23% da matriz
cimento de 25%. Em 2005, o cresci- energética brasileira é proveniente
mento foi de 24% e, atualmente, são deste tipo de energia. O Brasil tem Alemanha (20.622MW), Espanha
gerados 73.904 MW. um potencial real de geração, des- (11.615MW), Estados Unidos da América
Assim, as instalações de energia considerando as áreas urbanas e de (11.603MW), Índia (6.270MW) e Dinamarca
(3.136MW) são os maiores produtores e os
eólica geram, hoje, mais de 1% do proteção ambiental, de 30,0 GW em responsáveis por mais de 70% da geração
consumo da eletricidade mundial. terra. de energia eólica do mundo.
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Energia
A
soldagem de peças de grandes
dimensões exige equipamen-
tos com um maior grau de pre-
cisão de posicionamento e um
maior sincronismo de sistemas. O perfeito
conhecimento do produto, do processo
a ser utilizado e do equipamento faz com
Vasos de pressão
que este tipo de trabalho se torne o mais
preciso possível.
Na soldagem de torres eólicas ou de
vasos de pressão, por exemplo, pode-se
ter peças cilíndricas de grandes dimen-
sões, em que a soldagem longitudinal e
circular devem ser executadas por equi-
pamentos de automação que atendam
às especificações de projeto. Para estes
casos, a ESAB possui uma linha completa
de equipamentos para posicionamento e
soldagem desses diferentes tipos de pe-
ças e produtos.
Sistema automatizado de posicionamento e
montagem Head e TailStock
Equipamentos para soldagem de
peças de grandes dimensões
A ESAB possui, dentro de sua linha para
soldagem de peças circulares de grandes
dimensões, equipamentos como viradores,
mesas posicionadoras e colunas manipu-
ladoras, que possuem uma construção ro-
busta, compacta e simples. Todos os equi-
pamentos possuem controle remoto com
display digital, o que permite um comando
a distância do equipamento e um controle
total do processo. Também no controle re-
moto, há uma função que permite interligar
Virolas para torres eólicas os equipamentos para movimentação com
MAIO Nº 7 2007 15
Energia
A
soldagem automatizada substituiu
a solda manual consideravelmente
nos últimos anos. A flexibilidade e
o custo da soldagem automatizada
melhoraram muito com o desenvolvimento rá-
pido de sistemas modulares em equipamentos
de soldagem e colunas manipuladoras.
Equipamentos para soldagem automatizada
são utilizados para a produção de soldas curtas,
médias e longas. Com a evolução dos processos
e equipamentos, o tempo para a abertura de arco
reduziu drasticamente nos últimos anos.
As características da solda são geralmente
excelentes, quando se utilizam equipamentos de
automatização em soldagem. O desafio, às vezes,
pode ser o tipo de junta a ser seguido. O maior pro-
blema é fazer com que o equipamento se ajuste à
Equipamentos de soldagem automatizada junta a ser soldada para sobrepor e acompanhá-la
precisamente. Com a introdução do sistema GMD
da ESAB, todos esses problemas se tornaram coi-
sa do passado.
Rápido e preciso
Tipos de ponteiras para seguimento e
de juntas que podem ser rastreadas Sensor – O sistema GMD é projetado para fazer a
compensação de todas as irregularidades da junta
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Manutenção
O
setor ferroviário brasileiro tos. Devem ser considerados também os
está em fase de crescimen- custos adicionais, como atrasos e traba-
to acelerado desde que as lhos não programados, caso haja falhas.
malhas federais tiveram suas Manter os trilhos de forma que a viagem
concessões de uso assumidas pelas con- seja a mais suave possível reduz a ne-
cessionárias privadas. Cada vez mais, cessidade de manutenção do material
as administradoras das ferrovias estão rodante e, conseqüentemente, os danos
buscando soluções melhores e menos futuros aos trilhos e aos cruzamentos. O
dispendiosas para a manutenção da via desgaste começa logo após sua instala-
permanente, visando maior disponibilida- ção na linha, independentemente do tipo
de para o tráfego e, conseqüentemente, de tráfego. O barulho repetitivo nas juntas
maiores lucros. dos trilhos que os passageiros ouvem du-
O reparo e a substituição de compo- rante a viagem é a manifestação sonora
nentes de uma ferrovia geram altos cus- do impacto, que resulta na deformação
MAIO Nº 7 2007 19
das pontas dos trilhos. Fenômeno similar metal de solda de alta qualidade, quan- Soldagem de União de Trilhos
ocorre quando o trem passa sobre cruza- do comparado ao processo de solda-
mentos. O tempo de serviço do trilho até gem alumino-térmica, também utilizado
que ele necessite de manutenção poderá no Brasil. A soldagem é feita com auxí-
variar entre alguns meses ou mesmo lon- lio de um cobre-juntas colocado abaixo
gos anos, dependendo do tipo de tráfego das pontas dos trilhos, os quais são pré-
daquela via. aquecidos de 350 a 400°C, dependendo
Esse tempo de serviço poderá ser do tipo. A solda do patim é feita. Duas
substancialmente prolongado através da sapatas de cobre, moldadas de acordo
soldagem dos componentes dos trilhos, com o perfil dos trilhos a serem soldados,
dos jacarés, das agulhas etc., que são são montadas, como apoio lateral para a
propensos a um maior desgaste. Esse escória e a solda. A soldagem da alma
Aplicação do cobre-juntas
procedimento é bem menos dispendioso é feita em uma seqüência espiral, sendo
do que a substituição desses componen- que a escória só é removida pouco após
tes desgastados por novos. Por exem- a solda ter atingido a região do boleto
plo, o custo de reparo de um cruzamento do trilho. A camada superficial do trilho é
através de soldagem é de cerca de 20%, soldada com um eletrodo de maior dure-
se comparado à instalação de um novo. za e resistência ao desgaste.
Em geral, pode-se dizer que 40% dos O eletrodo revestido para a soldagem
custos totais dos materiais por quilôme- do patim, da alma e do boleto é o OK
tro de via é o próprio trilho. Essa alta par- 74.75 Ø 5 mm. O eletrodo utilizado para
ticipação nos custos indica que qualquer os últimos 8 mm superficiais do boleto é
coisa que seja feita com o intuito de pro- o OK 83.26 Ø 5 mm.
longar a vida útil dos trilhos contribuirá O cobre-juntas utilizado como supor- Soldagem do patim
para uma economia considerável. te para a soldagem do patim é o OK Ba-
A ESAB sempre incentivou as dis- cking 21.21.
cussões técnicas e a cooperação com
usuários em potencial no que diz respeito Reparo de trilhos e componentes de
aos problemas de soldagem e suas so- cruzamentos ferroviários
luções. O conhecimento e a experiência Os componentes de cruzamentos ferrovi-
adquiridos nessa cooperação vêm sendo ários são muito susceptíveis a desgastes.
incorporados ao pacote de produtos e Cada um requer uma técnica específica
soluções ESAB, os quais têm assegura- de reparo, sendo de extrema importância
do benefícios substanciais na diminuição a utilização dos procedimentos, eletro-
dos custos. No caso da soldagem de tri- dos revestidos e arames tubulares cor- Solda completa, antes do
lhos, o resultado é a disponibilidade de retos em cada caso. Os “jacarés”, por esmerilhamento
um pacote completo de produtos e solu- exemplo, podem ter seu núcleo em aço
ções para reparos da via permanente, os C/Mn ou aço manganês austenítico. A
quais foram desenvolvidos no intuito de identificação do tipo é simples, visto que
atender o maior número possível de con- o segundo tipo não é ferromagnético, ou
dições de serviço, independentemente seja, não é atraído por ímãs. Para este
do tipo de tráfego, velocidade e carga. tipo de jacaré, a soldagem deve ser fei-
As técnicas para a soldagem de repa- ta sem pré-aquecimento, sendo que a
ro e de união de trilhos descritas breve- temperatura entre passes não deve ul-
mente a seguir, foram desenvolvidas pela trapassar 200°C. No caso dos núcleos
ESAB, em conjunto com administradoras de jacarés de aço C/Mn, o pré-aqueci-
de ferrovias e metrôs na Europa, e são mento necessário pode variar entre 300 e
aprovadas e aplicadas em várias partes 400°C, dependendo do tipo. A seqüência
do mundo com sucesso. de passes e os consumíveis recomenda-
dos são diferentes para cada caso. Tri-
União de trilhos lhos, pontas de trilhos, agulhas e trilhos
A união de trilhos através de soldagem de encosto também podem ser recupe-
com eletrodos revestidos é um proces- rados em campo, cada um exigindo um
so que possui diversas vantagens, como procedimento específico, de forma a ga-
praticidade, baixo custo e geração de um rantir um reparo de alta qualidade. Reparação de Jacarés
20 MAIO Nº 7 2007
Ao lado do cliente
C
om o desafio de satisfazer as representar redução de empregos. A Empresa
exigências do cliente e fornecer aprende a oferecer aos clientes exatamente o
produtos cada vez mais competi- que eles desejam, no tempo certo.
tivos, a ESAB implantou, no início Para isso, a ESAB redimensionou seus
de 2005, a filosofia e os princípios do Lean processos de produção, eliminando todo o
Manufacturing. Adaptado a partir de metodo- estoque. “O trabalho é realizado no ritmo do
logias pioneiras adotadas pela Toyota Motor cliente. Produzimos de acordo com a deman-
Company, este sistema representa um elemen- da. Além disso, a robustez faz com que nosso
to-chave para as empresas de manufatura, processo seja confiável, diminuindo a margem
uma vez que contribui para o desenvolvimento de problemas com retrabalho, desperdício e
Pelo bom trabalho
da produtividade e melhoria da qualidade dos erros”, complementa.
desempenhado na ESAB
produtos oferecidos. Segundo Luiz Cláudio, o processo se inicia Brasil, Luiz Cláudio Mattos
De acordo com o Lean Champion e tam- no fornecedor. A matéria-prima é analisada, foi transferido para a planta
bém diretor industrial da ESAB, Luiz Cláudio assegurando-se que esteja dentro das espe- da ESAB China, onde atua
como diretor industrial
Mattos, a Empresa vivia num contexto em que cificações exigidas, que chegue a tempo de
era necessário encontrar uma filosofia que a atender aos pedidos e que não gere desper-
levasse estrategicamente a uma maior compe- dícios. A partir daí, o controle passa a ser feito
titividade no mercado. “Nosso grande objetivo dentro da fábrica. Toda a rotina de produção é
é tornar a ESAB mais competitiva, trabalhando padronizada e os funcionários são constante-
fortemente na robustez do processo de pro- mente treinados, a fim de minimizar a existên-
dução e, conseqüentemente, na melhoria da cia e a recorrência de problemas.
qualidade, na redução de custos do produto Um dos grandes facilitadores da imple-
final e, principalmente, no atendimento às de- mentação e desenvolvimento do Lean é jus-
mandas do nosso cliente”, afirma Luiz Cláu- tamente o apoio do quadro de funcionários.
dio. Com todas as mudanças exigidas pelo novo
Um dos principais pontos abordados pela sistema, a Empresa assiste a uma conseqüen-
filosofia Lean é a diminuição de qualquer fon- te transformação no perfil do seu profissional.
te de desperdício, seja ela de tempo, espaço, “É um processo de mão dupla. A ESAB con-
produção, trabalho, equipamentos ou, até quista seus objetivos, enquanto eles aumen-
mesmo, esforço humano. É a transformação tam sua empregabilidade e a bagagem ad-
desde desperdício em novas formas de tra- quirida. É um processo de mudança cultural,
balho que efetivamente agreguem valor, sem uma evolução crescente, contínua e positiva.
24 MAIO Nº 7 2007
Ao lado do cliente
A
ESAB no Brasil colocou em prá-
tica um plano de ações com o
objetivo de, até o fim deste ano,
obter a certificação na norma in-
ternacional OHSAS 18001, reconhecimento
que irá atestar que a Empresa protege a saú-
de e a segurança dos seus empregados.
A nova certificação reforça as ações da
ESAB nas áreas de responsabilidade social
e desenvolvimento sustentável e vai se jun-
tar a outras duas, já conquistadas pela Em-
presa: a ISO 9001, de qualidade; e a ISO
14001, de meio ambiente. A certificação na
OSHAS 18001 será a evidência de que os
processos de produção respeitam e preser-
vam a integridade dos trabalhadores envol-
vidos, uma vez que a norma dá ênfase aos
aspectos de prevenção a acidentes e riscos
em geral.
Os novos sistemas de gestão referentes
à saúde e segurança serão adotados de for-
ma integrada aos sistemas que já controlam
as questões de meio ambiente e sustentam
a certificação ISO 14001. De acordo com
o gerente de Qualidade, Meio Ambien-
te, Saúde e Segurança da ESAB, Rodrigo
Montnegro Mesquita, a incorporação de
práticas reconhecidas, que contribuam para
o desenvolvimento sustentável, já virou uma
cultura dentro da Empresa. “Estamos tendo
muita aceitação e colaboração dos empre-
gados na implantação de normas como es-
sas, e, ao mesmo tempo, total apoio da alta
direção”, disse.
Puma
A
pós recentemente comemorar no campo para a realização de testes em con-
50 anos de sólida presença dições reais de trabalho, resultando, então,
no mercado brasileiro, a ESAB após a aprovação de cada fase anterior, na
está lançando um produto que liberação técnica para a fabricação.
mostra a evolução tecnológica presente Este equipamento desenvolvido pela
nos equipamentos de solda por ela desen- equipe da Engenharia da ESAB Brasil come-
volvidos e fabricados. çará a ser produzido com tecnologia total-
A Empresa está colocando no mercado mente nacional a partir do mês de maio, na
uma fonte de energia inversora para soldagem unidade de fabricação de equipamentos, em
com eletrodos revestidos e TIG DC, equipa- Contagem – MG.
mento de fácil operação, compacto e robusto. Com o avanço da eletrônica de potência,
Fornece até 280A de corrente na saída, o que a ESAB passa a disponibilizar para o mercado
possibilita a soldagem com diversas bitolas de de solda um produto que apresenta a robus-
eletrodo, num regime severo de utilização, pois tez dos equipamentos convencionais, aliado à
possui um alto fator de trabalho: 200A@100% excelente performance de solda obtida com
e 250A@60%. os inversores de freqüência.
Antes de chegar ao mercado, este mais
novo integrante da linha de equipamentos Principais resultados do projeto:
para soldagem ESAB passou por uma série • Desenvolvimento de tecnologia própria para
de fases delimitadas pelo método de desen- construção da máquina de solda baseada em
volvimento de novos produtos adotado na inversor de freqüência, ou seja, primeiro inver-
empresa – Puma. sor de solda desenvolvido pela ESAB Brasil
Desde a concepção da idéia do produto, com tecnologia 100% nacional.
há cerca de dois anos, passando pela fabri- • Desenvolvimento de um equipamento
cação da Série Zero, em dezembro do ano que atende às exigências de normas inter-
passado, dez equipamentos foram colocados nacionais.
MAIO Nº 7 2007 27
Correio técnico I
A
ços inoxidáveis são as ligas da de 1940, Schaeffler desenvolveu um
Ferro-Cromo ou Ferro-Cromo- diagrama constitucional para aços inoxi-
Níquel, com pelo menos 10 a dáveis. Pela composição química típica
12%Cr, resistentes à corrosão dos metais de base e de adição, pode-se
em contato com a atmosfera ou outro determinar, através do cálculo do Níquel
meio oxidante. Esse grupo de ligas, de- e Cromo equivalentes, os constituintes fi-
senvolvido no início do século XX, é am- nais do metal de solda e detectar a pos-
plamente empregado em equipamentos sibilidade de ocorrência de problemas du-
para indústria alimentícia, petroquímica, rante a soldagem. Sendo, assim, torna-se
papel/celulose e geração de energia. possível adotar antecipadamente medidas
O conhecimento de metalurgia dos visando reduzir a possibilidade de ocor-
aços inoxidáveis é essencial àqueles que rência desses problemas.
trabalham com sua soldagem, já que os A figura apresenta esse diagrama, in-
aços inoxidáveis apresentam soldabilidade dicando os diferentes constituintes e os
variável que depende, entre outros fato- problemas associados à presença deles.
res, das transformações microestruturais Desde seu levantamento, esse diagrama é
que sofrem em função da temperatura. o mais conhecido e utilizado e seu empre-
Com o intuito de facilitar o dia-a-dia go é amplamente difundido nas soldagens
de projetistas, técnicos e engenheiros de aços inoxidáveis dissimilares, auxilian-
de processo, ferramentas práticas são do na determinação do melhor consumível
desenvolvidas e aperfeiçoadas. Na déca- de soldagem a ser empregado.
30 MAIO Nº 7 2007
Correio técnico II
* Resistência à abrasão aumentada quando trabalhado a frio 10 Com alto %C e %Cr e sem elementos adicionais formadores
de carbonetos
A
soldagem de reparo e manu- processo eletrodo revestido, porém a taxa ficial requerido. Quanto às técnicas de sol-
tenção é uma tarefa comple- de deposição proporcionada é bem maior dagem, alguns aspectos devem ser levados
xa, se comparada, por exem- e, conseqüentemente, maior é a velocidade em consideração, tais como a necessidade
plo, à soldagem de produção de soldagem. de camadas de “almofada”, de emprego de
de um novo componente. Geralmente, tem Soldas de revestimento duro têm como pré-aquecimento e de controle da tempera-
como aplicações a união de componentes objetivo proteger o componente que esta- tura entre passes, de controle do aporte de
fraturados, revestimento de peças desgas- rá exposto a diferentes tipos de desgas- calor e da diluição com o metal de base.
tadas e recuperação de trincas através de te, de forma a se obter uma determinada O quadro acima, à esquerda, traz as
enchimento. O metal de base a ser solda- propriedade específica ou, simplesmente, recomendações dos consumíveis OK de
do nem sempre é normalizado, ou mesmo resistência a este desgaste. O desgaste acordo com o tipo de desgaste ao qual o
conhecido, e as técnicas de soldagem são é a degradação progressiva de uma peça componente revestido será submetido.
baseadas em conhecimento empírico, ou ou componente durante seu uso, podendo A ESAB está ampliando sua linha de
seja, em testes práticos. O processo de sol- ocorrer por ações mecânicas, químicas, consumíveis para soldagem de reparo e
dagem escolhido será aquele que trouxer térmicas ou eletro-químicas. Existem di- manutenção, com novos eletrodos reves-
os melhores resultados práticos, atendendo versos mecanismos causadores, dentre os tidos e arames tubulares autoprotegidos
às necessidades específicas daquela apli- quais podemos citar a fricção metal-metal, para revestimento duro, aumentando desta
cação. impacto, abrasão, abrasão+pressão, corro- forma o leque de opções. A nova linha conta
O processo com eletrodos revestidos são, oxidação, fadiga térmica e cavitação. com mais cinco arames tubulares autopro-
(SMAW) proporciona a mais completa op- Para selecionar o melhor consumível tegidos, além de uma nova opção de diâ-
ção de ligas, um baixo custo inicial e versati- para a soldagem de revestimento duro, o metro para o OK Tubrodur 350 em 1,6mm
lidade para aplicações em campo, inclusive conhecimento do mecanismo de desgaste e seis novos eletrodos revestidos, além da
para soldagem fora de posição. No proces- que o componente irá sofrer é fundamental. nova fórmula do OK 86.08 e do novo ele-
so com arames tubulares autoprotegidos Além disso, outros fatores a serem conside- trodo para goivagem com menor geração
(FCAW), também não há a necessidade rados são o processo de soldagem deseja- de fumos, OK 21.01. A classificação dos
de uso de gases de proteção, sendo este do, a classificação do consumível requerido, eletrodos segue a norma DIN 8555, a qual
também ideal para a soldagem em campo. a dureza final desejada, o tipo de material de é explicada esquematicamente no quadro
A variedade de ligas é quase a mesma do base a ser revestido e o acabamento super- acima, à direita.
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O
s eletrodos revestidos OK proporcionar a remoção de contaminantes e
21.01 e OK 21.03 foram es- grafite, reduzindo, assim, a possibilidade de
pecialmente desenvolvidos ocorrência de trincas ou porosidade durante
para goivagem e corte de aços a soldagem. Pode ser também empregado
carbono, inoxidáveis e ferros fundidos, en- na goivagem de aços manganês (Hadfield).
tre outras ligas metálicas. O revestimento
desses eletrodos forma um forte jato de Sugestão de procedimento:
gás, durante a soldagem, que é responsá- Na utilização do OK 21.01 ou OK
vel por “expulsar” o metal fundido. Em seu 21.03, pode ser empregada corrente alter-
emprego, não é necessária a utilização de nada (CA), sendo mais recomendável, en-
ar comprimido ou de alicate porta-eletrodo tretanto, a utilização de corrente contínua
especial. Basta uma fonte de soldagem si- na polaridade negativa (CC-). Na goiva-
milar à utilizada na soldagem com eletrodos gem, deve-se abrir o arco elétrico através
revestidos. Entretanto, devem ser observa- do contato do eletrodo perpendicularmente
das as características técnicas da fonte a à peça. Logo em seguida, o eletrodo deve
ser utilizada. Na utilização do OK 21.01 e ser inclinado até um ângulo de 5 a 10° com
OK 21.03, não é necessária a realização de relação à peça. Para facilitar a remoção de
preparação antes da goivagem, exceto no material, o eletrodo deve ser empurrado e
caso de aços inoxidáveis e manganês, em puxado contra a peça repetidas vezes, de
que é necessária a realização de lixamento maneira similar ao movimento de corte reali-
antes da realização do trabalho. zado com uma serra. Se for necessária a
goivagem em maior profundidade, essa
Aplicações: operação deve ser repetida. Para furar a
O OK 21.01 e OK21.03 são adequados peça, o eletrodo deve ser mantido perpen-
para utilização em campo ou quando não dicular após a abertura do arco e empur-
existe disponibilidade de equipamentos/ rado contra a mesma. O aumento do furo
acessórios para goivagem utilizando eletro- pode ser obtido utilizando a mesma técnica
do de grafite. É excelente para emprego na empregada na remoção de material duran-
remoção de trincas em ferros fundidos, por te a goivagem.
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Curiosidade
E
m setembro de 2006, a filial Porto principalmente para a Empresa é que, a cada
Alegre da ESAB lançou a Demovan, encontro, a Demovan, devido à versatilidade,
unidade móvel personalizada, com tem capacidade de levar consigo uma linha de
a finalidade de divulgar e expor os produtos focados num segmento específico,
produtos da Empresa de forma mais ativa e podendo ser alterada de acordo com as ne-
pontual. Adaptada numa caminhonete Iveco, cessidades de cada evento.
funciona como um estande móvel, capaz de Segundo Walter, a apresentação teórica
transportar máquinas de corte, soldagem ma- ilustrada com a prática representa outro bene-
nual e semi-automática e máquinas de Arco fício aos clientes, uma vez que podem ver de
Submerso para as diversas feiras regionais, re- perto a realização do que foi dito nas palestras.
vendas e grandes clientes. “Antes da Demovan, muitas vezes dependía-
Nessas oportunidades, são realizadas pa- mos da disponibilidade de um cliente para po-
lestras, workshops e demonstrações que unem dermos mostrar o funcionamento de um equi-
a teoria e a prática num mesmo momento, ge- pamento a outro interessado. Com a Demovan,
rando uma boa repercussão dos serviços e podemos levá-la onde quisermos e apresentar
produtos oferecidos pela ESAB. ali mesmo todo o seu potencial.”
“A Demovan funciona como uma espécie Há seis meses circulando pela região Sul do
de showroom. Possui espaço e condições para país, a Demovan realizou diversos workshops,
a disposição das máquinas que queremos levar em parceria com os distribuidores da ESAB, e já
até determinado local, não apenas para expo- possui um extenso programa para 2007. Esses
sição, mas também para completa demons- encontros são oferecidos a clientes de vários
tração de utilização”, explica o gerente da filial, segmentos e contam com a presença de uma
Walter Mattos Filho. equipe capacitada da ESAB para a exposição
Um dos grandes ganhos para o cliente e de palestras e demonstração dos produtos.