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#9 2008
GLOB A L S OLUTI ON S FOR L OC AL C U S T O M ERS – EVERY W H ERE
Arquivo Caterpillar
A qualificação dos
processos de soldagem
está no coração
da Caterpillar
MAIO Nº 9 2008 3
4 MAIO Nº 9 2008
índice
página 8
#9 2008
índice
Expediente
Publicação institucional da ESAB Brasil
Rua Zezé Camargos, 117
Cidade Industrial
M3 PlasmaTM – Sistema de CEP. 32210-080 – Contagem – MG
mecanizado de corte plasma para marketing@esab.com.br
marcação, corte de alta qualidade e
www.esab.com.br
alta velocidade e corte de
chapas pesadas
página 31 • Diretor Presidente
Dante de Matos
Embalagem à vácuo: maior proteção • Diretor de Vendas e Marketing
para arames tubulares Newton de Andrade e Silva
página 33
• Diretor Financeiro
Luís Fernando Velasco
• Gerente de Marketing
Sistema Endless Marathon Pac
elimina paradas para troca dos Antonio Plais
tambores de arame
página 34
• Produção
Prefácio Comunicação
(31) 3292-8660
Pacotes para robôs AristoPower 460
• Editora
página 35 Celuta Utsch – MTr. 4667
• Redação
Alexandre Asquini, Débora Santana,
ESAB apóia projeto em prol do Marcus Rocha
meio ambiente
• Acompanhamento
página 36
Débora Santana
• Revisão
Cibele Silva
Como maximizar a produtividade
• Editoração
na soldagem
página 37 Tércio Lemos
• Fotografias
Arquivo da ESAB / outros
Laboratório de engenharia: • Revisão técnica
tecnologia a favor de novos Antonio Plais
equipamentos Cristiano Gonçalves
página 41
6 MAIO Nº 9 2008
T E M
I
A Q U
A B
ES
Arquivo Usiminas
8 MAIO Nº 9 2008
Caterpillar
Arquivo Caterpillar
H
á pouco mais de meio século, expansão econômica – sinônimo de incon-
a realidade brasileira era consi- táveis oportunidades –, muitas companhias
deravelmente diversa desta que internacionais perceberam que, em algumas
podemos observar hoje. O censo décadas, o Brasil poderia avançar bastante e
de 1950 contou 51,9 milhões de brasileiros, se dispuseram a contribuir para isso.
a maioria dos quais morando na zona rural. A Caterpillar, por exemplo, chegou em 26
Com uma industrialização ainda insipiente, de outubro de 1954, instalando-se no bairro
o país exportava sobretudo produtos primá- paulistano da Lapa, em um armazém voltado
rios e ocupava um modesto 53º lugar entre para a comercialização, produção e estoca-
as economias do mundo. Diante de tal des- gem de peças. No ano seguinte, adquiriu uma
crição, pode parecer que não havia por aqui área de 164.000 m², em Santo Amaro, outro
muitos atrativos para investimentos, o que de tradicional bairro de São Paulo, construindo
modo algum era verdade. Naquele cenário sua primeira fábrica no país. Nos anos de
mundial do pós-guerra, caracterizado pela 1960, iniciou a produção de equipamentos:
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Caterpillar
a primeira máquina fabricada no Brasil foi a empresa informa ter eliminado de seu proces-
Motoniveladora 12E. Desde aqueles primór- so produtivo, das peças e dos componentes,
dios, investir tem sido uma constante para a substâncias nocivas à saúde e à atmosfera,
empresa. Em 1973, comprou um terreno de 4 como o cromato de chumbo, antes usado em
milhões de m2 em Piracicaba (SP), planejando tintas; o cádmio e o amianto, aplicados em
instalar ali sua segunda fábrica, concluída em peças; e substâncias clorofluorcarbonadas,
1976, e que hoje conta com 165.000 m² de que agridem a camada de ozônio. Também
área construída. Em 1993, a Caterpillar con- investiu na suspensão das tubulações e tan-
centrou nessa unidade de Piracicaba todas as ques de óleos para evitar possíveis contami-
suas operações administrativas e industriais. nações do solo e do lençol freático. Garante
Hoje, com mais de 190 milhões de habi- que vem conseguindo bons resultados na re-
tantes, o Brasil se situa entre as dez maiores ciclagem de óleos, papéis, metais e plásticos,
economias do mundo; já a Caterpillar é a 15ª e que há muitos anos co-processa seus resí-
exportadora do país – a 5ª exportadora do duos industriais sólidos (lama industrial e borra
Estado de São Paulo –, tendo alcançado, de tinta) em fornos de cimento.
em 2006, o recorde histórico de 1,1 bilhão de Nos últimos anos, a Caterpillar Brasil tem
dólares, correspondente a vendas para 120 obtido diversas certificações de excelência:
países. Sua linha de produtos é composta ISO 9002 (1994), MRP II Classe A (1999), Ex-
por 28 modelos de classe mundial, incluindo celência Operacional (2000), ISO 14001 (2001)
escavadeiras hidráulicas, compactadores, e ISO 9001:2000 (2003). Em 1999, conquis-
carregadeiras de rodas, motoniveladoras, re- tou o Prêmio Nacional da Qualidade. Alcan-
troescavadeiras e tratores de esteiras, além de çou também, e vem mantendo, a certificação
ferramentas e acessórios especiais para seus de Excelência Operacional, fator de competiti-
equipamentos – todos itens que têm na solda vidade no mercado internacional. E por quatro
um aspecto fundamental de produção. Desde anos consecutivos foi qualificada como uma
outubro de 2001, a empresa atua também no das melhores empresas para se trabalhar no
mercado de energia, produzindo grupos gera- Brasil e na América Latina, de acordo com as
dores de 40 a 370 KW. pesquisas Exame/FIA, Great Place to Work
A fábrica de Piracicaba conta com uma e Valor Carreira/Hay Group. Atualmente, se
estação de tratamento de efluentes industriais orienta pela metodologia 6 Sigma, centrada
e sanitários; parte da água consumida na fá- na busca da eliminação de defeitos em pro-
brica é reciclada e o restante é tratado e lança- cessos para destinar ao mercado produtos e
do completamente limpo no Rio Piracicaba. A serviços com alto grau de perfeição.
Arquivo Caterpillar
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Caterpillar
Caterpillar
Caterpillar
Um soldador, um exemplo
Há casos de soldadores que fi- do a permanecer na empresa, traba- Olimpíada Internacional, realizada
zeram faculdade. “Recentemente, lhando na produção. “No período em na Suíça. “Fiquei em quarto lugar,
contratei um soldador para trabalhar que eu era aprendiz do Senai, atuei concorrendo com estudantes de 24
na área de Engenharia de Processos nove meses na área de treinamento, países”.
porque, além da experiência que ele e quando fui contratado como fun- De acordo com Helaydson, em
tem em solda, está fazendo o curso cionário, fiquei mais nove meses na certames como o Soldador Padrão,
de engenharia mecânica. Um profis- produção, retornando depois para a organizado pelo Senai e pela Asso-
sional assim tem potencial para, no área de treinamento, onde permaneci ciação Brasileira de Soldagem (ABS),
futuro, assumir funções de maior res- por seis anos”, conta. os soldadores da Caterpillar demons-
ponsabilidade e alcançar crescimen- Em 2002, Helaydson participou tram sempre um bom conhecimento
to profissional dentro da empresa.” da Olimpíada do Conhecimento, que e habilidade. Praticamente 100% dos
Analista de processo na área de reúne estudantes do Senai de todo processos da empresa são o MIG/
Engenharia de Solda, Helaydson R. o país em 35 modalidades, corres- MAG e o arame tubular e, como
Silva tem uma história dentro da Ca- pondentes a ocupações industriais; nesses torneios os participantes são
terpillar que começa na época do cur- concorrendo na área de soldagem. avaliados nos processos com ele-
so de formação profissional no Senai Ele ganhou a etapa Estadual, realiza- trodo revestido MIG/MAG e TIG, os
e inclui conquistas importantes em da nas cidades paulistas de Limeira e soldadores da empresa normalmente
nível nacional e internacional. Ele in- de Americana, classificando-se para têm um bom desempenho. Quanto
gressou na empresa em 1998, como a etapa Nacional, no Rio de Janeiro, aos outros processos, têm que pas-
aprendiz, e naquele mesmo ano for- que também venceu, qualificando- sar por um treinamento para pode-
mou-se em caldeiraria e foi convida- se assim para disputar em 2003 a rem equilibrar a disputa.
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Soldador Padrão
A
ESAB presenteou com uma de São Paulo, por intermédio do Núcleo
máquina de solda o soldador de Soldagem da Escola Senai Nadir Dias
Sidnei Donizete Coutinho, de Figueiredo, da cidade de Osasco.
profissional do setor de fundi- O objetivo do prêmio é valorizar a classe
ção da Voith Paper – divisão da Voith do profissional do soldador e reconhecer sua
Brasil, localizada em São Paulo. Ele con- importância dentro do processo produtivo,
quistou o primeiro lugar no Prêmio Sol- razões pelas quais a ESAB tem patrocina-
dador Padrão 2007. Esse prêmio, já tra- do a iniciativa. O gerente geral da ESAB
dicional, é uma realização da Associação SP, Pedro Rossetti Neto, participou da ce-
Brasileira de Soldagem (ABS) e do Senai rimônia de premiação, realizada no auditó-
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Soldador Padrão
rio do Senai de Osasco, na noite de 14 de tarefa cada vez mais complexa, porque
setembro de 2007, e, em nome da ESAB, as notas, além de muito altas, estão mui-
cumprimentou e parabenizou o vencedor. to próximas umas das outras.
O diretor executivo da ABS, Daniel M. de Almeida elogia as empresas que par-
Almeida, entregou a Sidnei o troféu que ca- ticipam da iniciativa, sublinhando que a
racteriza o Prêmio Soldador Padrão. ESAB sempre apoiou não apenas o Prê-
Para chegar em primeiro lugar, Sidnei mio Soldador Padrão, como também con-
Donizete Coutinho superou 85 concor- gressos e seminários do setor. Ele desta-
rentes, inscritos por grandes empresas ca que grandes companhias têm buscado
de diversos pontos do Estado de São desenvolver programações voltadas para
Paulo. Inicialmente, os participantes cum- a formação e o aprimoramento de seus
priram uma prova teórica, com base na soldadores, o que considera muito posi-
qual foram selecionados 11 concorrentes tivo. “Empresas como a Caterpillar e Voith
Sidnei Donizete com o
para uma prova prática de oito horas no desenvolvem programas de treinamento e
gerente geral da ESAB SP,
Pedro Rossetti Neto Senai de Osasco. Essa segunda e deci- levam essa atividade muito a sério”, diz.
siva etapa aferiu a habilidade de soldar, a O diretor da ABS assinala também
atitude na aplicação dos conhecimentos que a preocupação em qualificar os pro-
e a utilização da documentação técnica, fissionais nas empresas é importante neste
além de aspectos como segurança, con- estágio do desenvolvimento industrial do
servação do equipamento e do ambiente país porque, a exemplo do que vem acon-
de trabalho. Para a composição da nota tecendo de forma crescente em escala glo-
final, foram levados em conta as avalia- bal, também no Brasil será cada vez mais
ções visual e dimensional e ensaios labo- exigida a adoção da norma ISO 3834, que
ratoriais. Os 11 finalistas participaram da determina a necessidade de qualificação
solenidade de premiação. do pessoal de soldagem de acordo com o
A divulgação do resultado do Prêmio grau de importância que as atividades de
Soldador Padrão ocorreu ao final do En- solda tenham para as atividades produtivas
contro Regional de Tecnologia da Solda- específicas de cada fábrica.
gem, evento de três dias, com uma pro- O professor Cláudio Cabrera, diretor do
gramação de palestras técnicas e uma Senai de Osasco, afirma que, desde o iní-
exposição de equipamentos, produtos e cio, a idéia do Prêmio Soldador Padrão tem
serviços. A ESAB participou da exposi- sido valorizar o soldador e toda a comu-
ção, apresentando o equipamento Aristo- nidade de soldagem. “Queríamos motivar,
Power 460 e equipamentos portáteis da trazer o soldador, o trabalhador do chão
linha Origo. Quanto à linha de consumí- de fábrica, para que ele se motivasse, se
ESAB expôs o equipamento
veis, um dos destaques no estande da atualizasse, e percebesse aqui a quantas
AristoPower 460 e máquinas ESAB foi o MarathonPac, uma embala- anda o estado da arte da soldagem e muito
da linha Origo gem que proporciona grande vantagem mais, que ele se sentisse valorizado”.
em termos de produtividade. O diretor acentua que eventos tecno-
lógicos com a participação direta de em-
Estímulo - O diretor-executivo da ABS, presas como a ESAB traz vantagens sig-
Daniel Marques de Almeida, explica que nificativas também para a Escola Senai,
a idéia do Prêmio Soldador Padrão sem- que é especializada em metalurgia. Ele diz
pre foi incentivar o profissional do setor. que, ao reunir alguns dos principais forne-
“Como diz um amigo nosso, o soldador é cedores do setor, que mostram suas novi-
obrigado a utilizar todos aqueles equipa- dades em termos de tecnologia, o evento
mentos de proteção e fica ‘escondido’ na configura um verdadeiro fórum em que o
sua unidade. Com o Prêmio, queremos foco da escola está na assimilação e dis-
evidenciar o seu trabalho e estimulá-lo a seminação de tecnologia. “Com eventos
crescer profissionalmente”. O dirigente desse tipo, nossos docentes se atualizam,
assegura que, ano a ano, o nível dos par- permitindo o aprimoramento de nossos
ticipantes vem melhorando e que a es- currículos e um melhor planejamento de
colha dos melhores está se tornado uma nossas ações de ensino”, conclui.
Arquivo Painco
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Bens de capital
F
igurando entre as empresas é um daqueles interessantes casos de
que mais consomem chapas empresas que sempre souberam se trans-
grossas de aço produzidas pelo formar rapidamente, lendo as tendências
Sistema Usiminas – do qual a do mercado e aproveitando muito bem as
Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa) oportunidades.
faz parte – e constando da relação dos Essencialmente brasileira, a compa-
principais fornecedores de indústrias de nhia foi fundada em 17 de junho de 1957
bens de capital para setores de movi- por usineiros de Rio das Pedras (SP) –
mentação de terra e mineração, como a próximo a Piracicaba (SP) –, interessados
Caterpillar, CNH, Dynapac JCB, Komatsu, em incentivar o plantio de cana na região,
Metso e Liebherr, entre outras, a cinqüen- matéria-prima das usinas de produção de
tenária Painco Indústria e Comércio S/A açúcar e álcool. O plantio da cana exige
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Bens de capital
Bens de capital
Arquivo Painco
Mineração
Mineroduto Samarco
Participação da ESAB foi fundamental
para a construção da obra
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Mineração
A
ESAB marcou presença com suporte técnico para a utilização de seus
sua tecnologia na construção produtos e participou de treinamento e
de mais uma grande obra: a acompanhamento dos 161 soldadores
ampliação do maior minero- que atuaram no projeto.
duto para transporte de minério de ferro A tubulação do mineroduto foi cons-
do mundo, pertencente à Samarco Mine- truída com chapas de aço API 5 e LX-60,
ração S/A, com 396 quilômetros de ex- ao longo dos 396 quilômetros de exten-
tensão. O mineroduto começa na mina são, sendo 346 km de diâmetro 20” e 50
de Germano, município de Mariana, em km de diâmetro 18”. “Nestas condições,
Minas Gerais, e segue até o porto de eram necessários soldadores bem treina-
Ubu, no litoral capixaba. dos para executar os trabalhos”, comen-
Realizada entre os meses de março tou Pedro. A espessura do tubo utilizado
de 2006 e dezembro de 2007, com in- no mineroduto varia de 8 mm a 19 mm,
vestimentos de US$ 1.183 milhões, a de acordo com as condições do terre-
participação na ampliação do mineroduto no. Em sua extensão, foram executadas
da Samarco foi de extrema importância 32.744 juntas.
para a ESAB. A empresa utilizou o mais Esta obra foi pioneira na utilização
avançado processo de soldagem e usou, dos arames tubulares autoprotegidos
em todo o projeto, somente arames tu- (OK Tubrod 98 0A). A tubulação é pratica-
bulares autoprotegidos para dutos, de mente toda enterrada a uma profundida-
fabricação da própria empresa. de de 1,5 metros e protegida de corrosão
A ESAB trabalhou em parceria com a e abrasão através de fitas de PVC. Sua
Construtora Techint-Brasil, responsável vida útil, inicialmente prevista para 20
pela ampliação deste que foi o primeiro anos, dobrou, devido às melhorias ope-
mineroduto construído pela Samarco, racionais da construção.
em 1975. Também fizeram parte do pro-
jeto as construções de uma nova usina
de concentração de minério na mina de
Germano e de uma terceira usina de pe- Consumíveis para
lotização em Ubu.
soldagem fornecidos
Com a ampliação, a Samarco teve
pela ESAB utilizados
sua capacidade produtiva acrescida em
no mineroduto:
54%, passando das atuais 14 milhões de
toneladas de pelotas por ano para 21,6
milhões de toneladas. Esta nova escala
de produção será fundamental para a Eletrodos Revestidos Celulósicos
empresa acompanhar o crescimento de (OK 22.45P e OK 22.48P)
seus clientes e consolidar sua posição Fluxos Aglomerados
como uma das principais fornecedoras (OK Flux 10.71)
da siderurgia mundial. Arame para Arco Submerso
(OK Autrod 12.44)
Arames Tubulares Autoprotegidos
Suporte técnico e produtos (OK Tubrod 98 OA).
Naval
Atlântico Sul:
oportunidade de bons negócios
A
s obras de construção do maior Treinamento - A participação da em-
estaleiro do Hemisfério Sul tem presa nesse grande empreendimento
a participação da ESAB. O não pára por aí. Com o objetivo de es-
Atlântico Sul, que está sendo treitar os laços com o estaleiro, a ESAB
instalado no Complexo Industrial e Portu- se dispôs a treinar os cerca de 2.000
ário de Suape, em Pernambuco, terá uma funcionários que farão parte da equipe
capacidade de processamento de 100 mil de solda.
toneladas/ano de aço para a construção A primeira turma, composta por 230
de embarcações de grande porte, plata- soldadores e seis supervisores, aprendeu
formas e estruturas flutuantes. Atuando as técnicas da solda com arames tubula-
na construção de navios cargueiros, es- res na indústria naval no período de 18 a
truturas offshore e no reparo e manuten- 22 de fevereiro. O assunto segurança na
ção de embarcações, o estaleiro receberá soldagem também foi abordado e houve
um investimento previsto em US$ 220 mi- teste do produto Dual Shield 7100 LH
lhões. Serão 600 mil m² dedicados exclu- (1,2mm) e demonstração da soldagem
sivamente à construção naval, além de um com backing cerâmico da ESAB. Ambos
cais de 750 metros de extensão. os produtos foram aprovados para serem
A ESAB está fornecendo consumíveis utilizados no estaleiro.
e outros produtos para a obra e trabalha O treinamento, ministrado pelos cola-
para se tornar fornecedor do estaleiro. boradores Pedro Muniz, Wilson Aquino,
Segundo o engenheiro Pedro Muniz, da Daniel Jeremias, Cláudio Fernandes e
filial da ESAB em Salvador, a previsão é Enéas Santos, das filiais Salvador e Rio de
de que o Atlântico Sul consuma, no pico Janeiro, continuará nos próximos meses.
da construção naval, 8.600 toneladas de Segundo Pedro Muniz, a idéia do treina-
aço por mês, o que representará um con- mento teve dois públicos-alvo: o estaleiro
sumo de 170 a 260 toneladas de consu- e os soldadores. “Participar da formação
míveis. “Este volume será um mix de ara- desses novos soldadores é interessante,
mes tubulares, arames sólidos, eletrodos pois assim eles terão uma boa referência
revestidos e fluxos aglomerados”, diz. da empresa”, conclui.
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Feira da Mecânica
Feira da Mecânica
2008
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Feira da Mecânica
A
ESAB, mais uma vez, procura novos equipamentos, reforçou o foco na
antecipar-se à demanda do demanda, qualidade. E os resultados são
mercado e prepara para a 27ª máquinas com tecnologia de ponta, au-
Feira Internacional da Mecâni- mento de funcionalidades, melhorias e
ca a demonstração de diversos produtos novos designs. Além disso, os produtos
que irão atender vários segmentos. De que estarão expostos na feira se desta-
acordo com o gerente do setor de De- cam pela sofisticação e por proporcionar
senvolvimento de Máquinas, Flávio dos maior produtividade.
Santos, a empresa procura sempre reno- Com a consolidada posição de lide-
var sua linha de equipamentos para ade- rança no mercado de máquinas e con-
quá-la à necessidade de seus clientes. sumíveis de soldagem, tanto no Brasil
O uso da metodologia Puma, implan- quanto em todo o mundo, a ESAB quer
tada na empresa em 2006 para geren- mostrar no seu estande na feira que pos-
ciar os projetos e acompanhar passo a sui soluções para todos os segmentos
passo as etapas do desenvolvimento de em que atua. Com alto padrão de qua-
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Feira da Mecânica
Pensando em 2009...
Para garantir o lançamento de • Máquinas de corte: projeto Sabre SXE, Além disso, vários outros estudos
novos equipamentos em 2009, o que abrangerá a nacionalização da pla- e projetos (como novos osciladores e
setor de Desenvolvimento de Má- taforma de equipamentos Sabre, que uma nova linha de máquinas tiristo-
quinas trabalha com empenho este hoje é oferecida pela ESAB USA. rizadas para soldagem com eletrodo
ano. Veja o que a ESAB está pre- • Máquinas especiais para exporta- em plataforma modular) estão sendo
parando: ção: a empresa colocará no merca- desenvolvidos. O foco é entender as
• Automação: nacionalização da li- do latino americano duas novidades, necessidades dos clientes e transfor-
nha de colunas de grande porte da a Smashweld 257M e a OrigoArc má-las em novas soluções com au-
série Cab 460. 328AC/DC. mento de produtividade e ganhos.
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Feira da Mecânica
Estrelas da
Feira da Mecânica:
Feira da Mecânica
Produto
Tecnologia ESAB no
desenvolvimento de equipamentos
U
m novo projeto com a partici- semestre deste ano, para avaliar o resulta-
Aristo Mig 5000i
pação de um grupo de enge- do dos testes de funcionamento do equipa-
nheiros de vários países é o mento. “Além de desenvolver esta máquina,
destaque da área de Desen- o grupo está trabalhando em outras tecno-
volvimento de Máquinas da ESAB. O grupo logias que poderão ser utilizadas em toda
de profissionais, comandado pela equipe linha de equipamentos da ESAB. Por isso, a
brasileira, está desenvolvendo um inversor importância de integrarmos os profissionais
de energia projetado a partir da máquina indianos, suecos e americanos nos proje-
Aristo Mig 5000i, também desenvolvida tos”, enfatizou Flávio dos Santos.
pela ESAB. Dois engenheiros indianos chegaram à
Este novo equipamento será mais leve, ESAB Brasil no dia 14 de janeiro e imedia-
para facilitar o manuseio, com entrada de tamente iniciaram os trabalhos, junto com a
um conversor com capacidade de 500 am- equipe brasileira. Eles acompanham os tes-
pères. “O projeto teve início no Brasil, mas tes dos circuitos de controle e de potência
cresceu e ganhou proporções mundiais. A do equipamento e deverão permanecer no
meta é concluirmos o equipamento Aris- país até o final de abril.
to Mig 5001i Multitensão ainda este ano e
apresentá-lo aos clientes na feira do ano
Alimentador
Alimentador
E
ncontrar o equilíbrio correto entre também pelo comprimento do arco e ajuste
a velocidade de alimentação do da indutância.
arame e a taxa de deposição é O ajuste da indutância também afeta o
crucial para uma correta solda- aporte de calor, junto com a tensão e a ve-
gem curto-circuito. Para obter isso, a ten- locidade de alimentação do arame. Uma in-
são do arco e a velocidade de alimentação dutância maior provoca um período de arco
do arame devem harmonizar. Um soldador maior, uma menor freqüência de curto circuito,
experiente escolherá um ajuste aproximado, e maior aporte de calor (Figura 2).
ajustará depois a tensão de arco e a velo- Menor indutância resulta no contrário:
cidade de avanço do arame, até encontrar menor período do arco, uma freqüência de
um ajuste ideal. O processo então operará curto-circuito maior e menor aporte de calor.
com um arco de curto-circuito em freqüên-
cia adequada, com seu ruído característico
(Figura 1). QSetTM: a mais recente inovação em sol-
Este procedimento será repetido para di- dagem digital inteligente da ESAB
ferentes posições de soldagem, espessuras A eletrônica moderna permite aos en-
de chapa, tipos de arame ou gás de proteção, genheiros projetar softwares que fornecem
pois todos afetam a freqüência do curto-cir- suporte aos soldadores no controle dos pro-
cuito. A freqüência de curto-circuito é afetada cessos de soldagem. Atualmente estamos fa-
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Alimentador
Figura 3.
Com o QSet, pode ser ajustada a relação de tempo de arco e tempo
de curto-circuito para obter um arco mais quente, mantendo a mesma
freqüência de curto-circuito.
miliarizados com as extensas funções de me- O sistema QSet está disponível na fonte
mória para armazenar e recuperar os ajustes OrigoMig 3000i, com painel MA23A – um in-
otimizados, para os parâmetros do processo. versor de 300A –, e no alimentador de arame
QSetTM: é a mais recente inovação em solda- OrigoFeed L3004.
gem digital inteligente da ESAB.
Com o QSet, com um simples aperto
de botão a máquina seleciona automatica- 1, 2, 3... soldando
mente a freqüência de curto-circuito para a Aqui se descreve a utilização do QSet em
combinação do gás/arame programada, a três etapas:
qual se mantém quando o soldador adap-
ta a velocidade do arame ao nível exigido Etapa 1
pela aplicação. São necessários apenas al- Faça um teste de solda com qualquer
guns poucos segundos de soldagem teste. velocidade de alimentação do arame. Assim
O mesmo procedimento deve ser repetido que a maquina for ligada, ou depois de qual-
quando se modifica o tipo ou diâmetro do quer troca de arame ou gás, faça uma solda
arame e/ou gás de proteção; a máquina de teste.
encontrará novamente os parâmetros ideais Continue soldando até que se estabeleça
para o arco. um arco estável. O QSet encontrará e aplicará
Não poderia ser melhor. Os soldadores os ajustes ideais para a combinação escolhida
economizam o tempo que perderiam em de arame/gás, quatro segundos após o início
ajustes dos parâmetros de soldagem e po- do arco.
dem concentrar-se na produção da soldagem
perfeita. Também há uma economia de tem- Etapa 2
po na remoção de escória, pois o ajuste dos Ajuste a velocidade de alimentação do
parâmetros ideais reduz os respingos a um arame ao valor que foi escolhido para o tipo
mínimo absoluto. de união, espessura de material e a posição
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Alimentador
da peça a trabalhar. O QSet mantém os parâ- tará a tensão média e assim reduzirá de novo a
metros ideais de arco, e a soldagem pode ser relação do curto-circuito.
iniciada imediatamente. Naturalmente, quando
se conhece antecipadamente a velocidade, ela Soldagem spray
pode ser ajustada diretamente. QSet é um desenvolvimento valioso para sol-
dagem em curto-circuito, porém também é pos-
Etapa 3 sível sua utilização para o controle automático do
Troque a velocidade de alimentação do QSet na área de spray do arco. Entretanto, ele
arame sempre que for necessário, durante a requer o ajuste de tensão para máximo aprovei-
soldagem ou entre as soldagens. Quando uma tamento.
geometria, espessura do material ou posição de
soldagem diferentes exigirem uma diferente velo- Utilizando indutância com o QSet
cidade de alimentação do arame, os parâmetros Um arco mais quente ou mais frio requer
ideais serão mantidos e o arco de alta qualidade uma relação diferente de tempo de arco e tempo
estará assegurado. Apenas continue a soldar! O de curto-circuito. Isto pode ser ajustado através
QSet também mantém o processo do arco de do botão do QSet (Figura 3). Com giro no sentido
curto-circuito estável com variações de stick-out horário, o tempo de arco em relação ao tempo
quando a geometria da peça trabalhada se mo- de curto-circuito e o resultado é um arco mais
difica. Isto ajuda os soldadores inexperientes, por quente. E um giro no sentido anti-horário, provo-
exemplo, em cantos estreitos. ca o contrário e o arco ficará mais frio.
Para aumentar ou diminuir a temperatura
Como funciona? do arco, a regulagem por indutância também é
A revolução em fontes de alimentação di- possível, com já foi explicado. Não há uma indu-
gitais teve inicio em 1986; a ESAB foi a pio- tância real na máquina, porém é possível obter
neira na utilização de microcomputadores para um efeito praticamente contínuo de indutância.
controlar processos de soldagem com os me- Comparando com equipamentos convencio-
nores intervalos de tempos nos processos de nais, a combinação do QSet com regulagem
soldagem. por indutância oferece maior liberdade para um
Durante 20 anos esses sistemas de controle ajuste fino dos parâmetros de soldagem e para
foram sendo aperfeiçoados, e atualmente eles obter os melhores resultados possíveis no modo
são a base do QSet. Num arco de curto-circuito de soldagem em curto-circuito.
estável, a relação entre o tempo de curto-circuito
e o tempo e arco está em uma faixa muito pró- Os benefícios do QSetTM – resumo
xima. Se um controle de processo mantém esta Além dos fáceis ajustes de soldagem em
relação dentro da margem, o processo de sol- curto-circuito, o QSet oferece estas vantagens:
dagem se mantém estável e isto resulta numa • Controle com um único botão. Depois que
soldagem ideal. o QSet encontrou os parâmetros ideais na solda-
Isto é o que o QSet faz. Ele mede e contro- gem de teste, somente um botão é necessário
la de forma continua o padrão de curto-circuito para ajustar a potência do arco para alterar geo-
e ajusta a tensão adequadamente. E mais, ele metrias de soldagem ou posições de soldagem.
não requer nenhuma informação prévia relativa • Sem linhas de sinergia. O soldador não pre-
ao tipo e diâmetro do arame, gás de proteção, cisa perder tempo programando e adicionando
stick-out ou outros fatores que afetam o curto- dados, como o tipo e o diâmetro de arame e gás
circuito. Somente é necessário efetuar uma sol- de proteção.
dagem teste para determinar a relação ideal de • Um arco muito estável. QSet sempre en-
curto-circuito, a partir daí o controle do processo contra o arco mais estável, em todas as cir-
passa a ser digital. cunstancias.
A operação do QSet pode ser descrita de • Variações stick-out. O QSet torna mais fá-
outra forma. Imagine o aumento na velocidade cil ao soldador lidar com variações de posição
de alimentação do arame em um processo de e sitck-out, devidas às variações na geometria
soldagem estabilizado. A duração do curto cir- da peça.
cuito aumentará e assim, a relação de curto cir- • Menos respingos. O ajuste automático dos
cuito (tempo de curto circuito x tempo de arco), parâmetros de arco e um arco de curto circuito
aumentará. Reagindo a isto, o controle aumen- estável resultam em menos respingos.
MAIO Nº 9 2008 31
Corte Plasma
M3 PLASMA TM
Sistema mecanizado de corte plasma para
marcação, corte de alta qualidade e alta
velocidade e corte de chapas pesadas
P
ela primeira vez, cortes múlti- sura de 2 mm até 150 mm, sem perda de
plos e marcação estão dispo- qualidade no corte; uma capacidade que
níveis em um sistema de utili- vai além de qualquer sistema plasma de
zação simplificada. alta definição. O sistema de plasma m3
Corte padrão com plasma em alta ve- produz um corte consistente e melhor,
locidade e baixo custo - marcação e cor- praticamente sem escória.
te de alta qualidade e precisão- e corte A inovação das tochas ESAB estabe-
de chapas grossas com elevada corren- leceu um novo padrão industrial no pro-
te; tudo pode ser obtido com uma única jeto de tochas, que resulta em melhores
tocha de plasma. cortes em faixas mais amplas de mate-
Quando está configurado para a ope- riais e espessuras, com utilização de mí-
ração com 600 A, este notável sistema nima quantidade de material consumível.
de corte de faz a marcação de forma rá- A nova tocha PT-36 (Figura 1) subs-
pida e eficiente em materiais com espes- titui até três tochas de aplicação simples
32 MAIO Nº 9 2008
Corte Plasma
Produto
Embalagem à vácuo:
maior proteção para
arames tubulares
A
divisão de Consumíveis da
ESAB Brasil tem uma novi-
dade. Nos primeiros meses
de 2008, todos os arames
tubulares fornecidos em carretéis plás-
ticos e metálicos começaram a receber
embalagem a vácuo. A nova embalagem
apresenta inúmeras vantagens ao produ-
to e, conseqüentemente, ao cliente e ao
usuário.
O produto embalado a vácuo garante
a não absorção de umidade, com benefí-
cios ao processo de soldagem, pois man-
tém o teor de hidrogênio e, conceqüente-
mente, a performance de soldabilidade.
Também há maior proteção no transporte
e no armazenamento, garantindo melhor
condição do produto em regiões úmidas
e, em casos de exportação para países
das Américas Latina e Central, proteção
e resistência no transporte terrestre e
marítimo.
O processo de embalagem a vácuo
da ESAB tem tecnologia avançada e dife-
renciais que ajudam no controle da umi-
dade, melhorando a performance.
Produto
A
competitividade e a busca barbas do arame, efetuando a soldagem
constante por meios que de união da extremidade final do arame
proporcionem a redução dos de uma embalagem com a extremidade
custos operacionais, visando de outra embalagem Endless Marathon
assim ao aumento da lucratividade, faz Pac, evitando assim a parada de pro-
com que cada vez mais os investimentos dução. O processo produtivo, então,
sejam efetuados em novas tecnologias continua sem interrupções na soldagem
que proporcionem benefícios e lucrativi- e sem efeitos adversos na qualidade da
dade. De acordo com estas perspecti- solda, o que é ideal para sistemas de
vas, a ESAB lançou as embalagens de soldagem Mig/Mag robotizados e me-
alto ciclo Marathon Pac de 250Kg ou canizados. Em tais aplicações, onde
475Kg. Com estas embalagens a produ- grandes investimentos já foram efetu-
tividade é melhorada, através da redução ados visando à maior produtividade, é
dos custos operacionais e de menores sensato o uso da versão Endless Ma-
taxas de rejeição, além de ser uma em- rathon Pac. Os benefícios são ainda
balagem totalmente favorável ao sistema maiores em células que utilizam diver-
de gestão ambiental ISO 14000, sendo sos robôs: nestas células de soldagem,
fabricada em papelão 100% reciclável. os robôs necessitam inevitavelmente da
Agora a ESAB vai além: com o sis- substituição do arame em momentos di-
tema Endless Marathon Pac, a neces- ferentes. Neste caso, o uso do sistema
sidade de parada de produção para a Endless Marathon Pac, elimina a parada
substituição do arame é completamente da célula para a substituição do arame,
eliminada. Uma unidade especial é usa- mantendo o fator “arc-time” o mais ele-
da para cortar, soldar e eliminar as re- vado possível.
MAIO Nº 9 2008 35
Produto
Pacotes
para robôs
AristoPower 460
Traduzida da Let’s Talk, informativo da ESAB Global
C
om a introdução do novo são considerados flexíveis e confiáveis.
pacote para robôs AristoPo- Testados com excelência, garantem bai-
wer 460, a ESAB vem dispo- xa ociosidade, qualidade constante da
nibilizando aos fornecedores solda e níveis máximos de produtividade,
de robô, integradores e consumidor final, em uma vasta seleção de aplicações e
soluções completas e de fácil instalação indústrias.
e operação, para retrofit e novas células. Um pacote típico de soldagem ESAB
A soldagem robotizada pode ofere- consiste em:
cer um aumento significativo no nível de 1) Fonte de alimentação AristoPower
produtividade sobre os processos de 460 – Equipamento moderno e robusto
soldagem convencionais (processos ma- fabricado no Brasil.
nuais de soldagem). Esta afirmação pode 2) AristoPendant U8 – Controlador to-
ser baseada no fato de que aproximada- talmente programável, idioma em Portu-
mente 80% de todos os robôs utilizados guês, com interface “Fieldbus” integrada.
nos processos a arco elétrico (soldagem 3) Alimentador RoboFeed – Leve e preci-
e corte) empregam o processo semi-au- so, possui enclausuramento dos compo-
tomático Mig/Mag. A ESAB conta com nentes de tracionamento do arame.
uma experiência de mais de 70 anos em 4) Conjunto de cabos.
processos de mecanização e produção Além dos equipamentos, a ESAB
de pacotes de soldagem completamente também oferece uma linha completa de
integrados; não será surpresa alguma se consumíveis, em embalagens Marathon
encontrarmos cada vez mais fabricantes Pac, desenvolvidas para elevados ciclos
de robôs, integradores e consumidor fi- de trabalho. As embalagens estão dis-
nal utilizando-se desta vasta experiência, poníveis em 250kg ou 475kg, às quais
adquirida pela ESAB e aplicada em seus ainda pode ser adicionado o sistema de
pacotes de soldagem. “Endless”, unindo uma ou mais embala-
Utilizando-se de dois sistemas, cha- gens Marathon Pacs, eliminando assim o
mados de Novo e Retrofit, os pacotes de tempo de setup, substituição das emba-
equipamentos para robotização ESAB lagens.
36 MAIO Nº 9 2008
Responsabilidade Ambiental
A
ESAB está participando de mais um projeto em
prol do meio ambiente: tornou-se parceira do Ex-
pedição Mistralis. O Expedição Mistralis surgiu
em 2005, quando Felipe Caire, seu idealizador,
resolveu desenvolver um projeto de preservação do meio
ambiente marinho a bordo do veleiro Mistralis. Velejando
pela costa brasileira, o projeto tem o objetivo de sensibilizar
as pessoas sobre a importância da conservação dos ecos-
sistemas marinho, costeiro e rural. Este ano, também serão
realizadas pesquisas científicas e produzida uma série de
documentários sobre a realidade dos locais que serão visita-
dos, enfatizando a questão do aquecimento global, das mu-
danças climáticas e sua repercussão nas regiões visitadas.
A ESAB apóia a fase inicial do projeto Expedições Mis-
tralis de 2008, que é a reforma do veleiro, que passará por
mudanças na parte interna e em toda a sua parte elétrica.
Foram doados uma máquina de solda e consumíveis e as
obras estão a todo vapor para que, em agosto, tudo esteja
pronto para a viagem.
Velejando e pesquisando
A expedição de 2008 percorrerá o Estado da Bahia até
o Ceará, saindo do Rio de Janeiro e retornando à cidade,
totalizando 18 meses de educação, pesquisas científicas e
captação audiovisual para a criação dos documentários.
O objetivo é, por meio da educação ambiental, levar às
comunidades das zonas costeiras informações sobre o aque-
cimento global e a poluição dos oceanos. Serão dadas dicas
de como cada um pode contribuir para minimizar este pro-
cesso, melhorando a saúde do planeta.
Para atingir a população por onde • Palestras sobre o meio ambiente • Mutirão de coleta de lixo.
o veleiro passará, serão realizados com educadores ambientais forma- • Oficinas de arte-reciclagem.
diferentes eventos que atingirão o dos em Ciências Biológicas, Ocea- • Dinâmicas de grupo.
público adulto e as crianças. A equi- nografia, Filosofia, Pedagogia e Psi- • Montagens de murais onde ficam
pe quer informar e conscientizar as cologia. mensagens para que toda a comu-
pessoas sobre a importância do meio nidade perceba que é necessário
ambiente e sobre como cada um • Vídeos sobre preservação ambiental. preservar o meio ambiente, de modo
pode fazer a diferença. Para isso, se- • Aulas práticas em campo (mangue- a evitar que o lixo seja jogado indevi-
rão realizadas diferentes atividades: zais e praias). damente na natureza.
MAIO Nº 9 2008 37
Artigo técnico
Como maximizar a
produtividade na soldagem
Ronaldo Cardoso Junior
Consultor Técnico ESAB Brasil
O
crescente desenvolvimen- tes na quantidade de metal de solda
to tecnológico observado necessária para realizar a soldagem. A
nas últimas décadas tem redução da área da secção transversal
acarretado a otimização da junta leva a reduções na quantida-
dos processos industriais, levando à de de metal depositado e a ganhos de
busca pela redução de custo e pelo produtividade.
aumento da produtividade contínua na A tabela 1 mostra que modificações
atividade industrial. Hoje, as empre- no tipo de chanfro pode levar a reduções
sas, para sobreviverem no mercado, de até 66% na quantidade de metal de-
são obrigadas a trabalhar sempre com positado (aumento de produtividade de Figura 1: Relação entre a produ-
esses ideais. 2,9 vezes). Mostra também que uma tividade e o custo da soldagem.
Nos segmentos de mercado rela- simples modificação no ângulo do chan- Exemplo em questão: Processo
cionados à soldagem, essa sistemáti- fro “V” (de 70º para 50º), por exemplo, GMAW, junta de topo e chapas de
ca não é diferente. Atualmente, vê-se leva a uma redução de 33% na quanti- ¼”. Valor de referência: 60 ipm.
uma corrida incessante no sentido da dade de metal depositado (aumento de
redução de custo da junta soldada. produtividade de 1,5 vezes).
Há um grande dispêndio financeiro
pela busca de novas tecnologias, bem Taxa de Deposição (kg/h).Ciclo de trabalho
Produtividade (m/h) = Eq.1
como pela aplicação dos processos já Metal Depositado (kg/m)
existentes nas situações adequadas.
Dentro de um mesmo processo de
soldagem, o aumento da produtivida-
de leva à redução de custos, como
pode ser visto na figura 1 [1].
A produtividade pode ser definida
como o comprimento de junta soldada
por unidade de tempo. Desta maneira,
é possível equacioná-la da seguinte Tabela 1: Massa de metal
forma: Portanto, o projetista responsável necessária (kg) por unidade de
Analisando a Eq. 1, vê-se que, pelo desenho do chanfro deve sempre comprimento (m) para soldar
para maximizar a produtividade, é ne- estar atento à área do mesmo, bus- diferentes tipos de chanfros.
cessário: cando sempre reduzi-la na medida do
• Minimizar a quantidade de metal de- possível.
positado;
• Maximizar o ciclo de trabalho; Reforço excessivo
• Maximizar a taxa de deposição. Através das figuras 2 e 3, é possí-
vel observar que, à medida em que a
altura do reforço aumenta, há um au-
Fatores que influenciam mento proporcional na quantidade de
na quantidade de metal depositado, porém há variáveis,
metal depositado como o tipo do chanfro e espessuras Figura 2: Acréscimo (%) na
das chapas, que afetam esta propor- quantidade de metal depositado
Preparação da junta cionalidade. Percebe-se que, para em função do reforço para junta
O tipo de chanfro e a espessura diferentes espessuras e chanfros, as tipo “V” com 70º para diferentes
das chapas são fatores determinan- inclinações das retas variam. espessuras de chapas.
38 MAIO Nº 9 2008
Artigo técnico
Artigo técnico
Artigo técnico
Considerações Referências
finais bibliográficas
Como foi visto, há diversas formas [1] – Mendez, P.F.; Order of Magni-
de se aumentar a produtividade. Algu- tude Scaling of Complex Engineering
mas delas requerem altos investimen- Problems, and its Applications to High
tos; já outras são decorrentes de sim- Productivity Arc Welding. MIT, 1999,
ples modificações de projeto, como, pag. 113.
por exemplo, a mudança do ângulo do [2] – A.K. Pandjiris, C. N. Cooper,
chanfro. A tabela 5 faz um resumo das and W. J. Davies. Know costs, Then
maneiras para maximizar a produtivi- Weld. J.pages 561 – 568, 1968.
dade. [3] – Suban, M.; Tušek, J. Depen-
A ESAB encontra-se à disposição dence of melting rate in MIG/MAG wel-
para discutir com você sobre produti- ding on the type of shielding gas used,
vidade, entre em contato com um re- Journal of Materials Processing Tech-
presentante. nology, v. 119, p. 185-192, 2001.
Estrutura Interna
Laboratório de engenharia:
tecnologia a favor de novos
equipamentos
T
ecnologia a favor do desenvolvi- Além da infra-estrutura, o novo espaço é
mento de novos equipamentos. sinônimo de organização. Com ele, uma nova
Com esse intuito, a ESAB investiu fase se inicia, com a padronização de relató-
na construção de um novo labo- rios e de informações. “Todos os projetos terão
ratório exclusivamente eletrônico na unidade suas ações realizadas no desenvolvimento do-
III, em Contagem/MG. Em 150 m2, foram ins- cumentadas, sistematizando todos os projetos
taladas estruturas para a realização de todos da ESAB”, afirma Cristiano. Na sala de testes
os testes de tipo exigidos pela norma interna- elétricos, por exemplo, é possível gerar relató-
cional de construção e segurança para equi- rios automáticos de ensaios de temperatura,
pamentos de solda, a IEC 60974-1. curva de característica e característica técnica.
Em funcionamento desde março, o labo-
ratório se destaca por possuir equipamentos Ensaios - Quatro espaços distintos foram
de última geração, piso antiestático (protegen- criados para a realização dos ensaios, otimi-
do os circuitos eletrônicos contra danificações zando as tarefas. Conheça os principais itens
elétricas), um local para desenvolvimento de realizados em cada um:
circuitos eletrônicos, espaços separados para
cada tipo de ensaio e ferramentas que permi- Ensaios elétricos:
tem não só o desenvolvimento de novos pro- • Proteção contra choque térmico
dutos em conformidade com a norma, mas a • Requisitos térmicos
segurança dos engenheiros que executam os • Operação a normal
trabalhos no local. • Proteção térmica
Segundo Cristiano Magalhães Campos Fer-
reira, engenheiro do Desenvolvimento de Máqui- Ensaios mecânicos:
nas e supervisor da área, o laboratório ajudará a • Proteção contra água (IP)
atender a grande demanda por equipamentos • Teste de queda
em curto prazo e com garantia de performan- • Resistência das alças
ce: “Buscamos atender esses clientes evitando
retrabalho e colocando no mercado produtos Ensaios de longa duração:
com qualidade e em conformidade”. • Funcionamento dos equipamentos em uma
Avaliar cada equipamento, registrando seu sala com temperatura mantida a 40º durante
funcionamento, suas alterações e adequações um longo período de tempo.
e o resultado dos ensaios aumentam a qualida-
de dos produtos, que passam a ter um book. Ensaios de performance de solda:
Esse é o resultado final do trabalho realizado no • Verificação da característica de soldabilidade
laboratório que, resumindo em uma só palavra, de cada equipamento para determinar sua apli-
quer dizer diferencial. cação em campo.
42 MAIO Nº 9 2008
Estrutura Interna