Na Introdução, Hegel apresenta a negação que a consciência faz do saber aparente sob os dois pontos de vista: o da consciência natural e o do filósofo (para-nós). O texto reconstói esses dois tipos de negação explicando a diferença entre aquilo que a consciência vivencia e aquilo que o filósofo observa, e mostra porque apenas a consciência filosófica pode ter a experiência como ciência
Original Title
Como, em Hegel, o saber aparente produz conhecimento
Na Introdução, Hegel apresenta a negação que a consciência faz do saber aparente sob os dois pontos de vista: o da consciência natural e o do filósofo (para-nós). O texto reconstói esses dois tipos de negação explicando a diferença entre aquilo que a consciência vivencia e aquilo que o filósofo observa, e mostra porque apenas a consciência filosófica pode ter a experiência como ciência
Copyright:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Available Formats
Download as DOCX, PDF, TXT or read online from Scribd
Na Introdução, Hegel apresenta a negação que a consciência faz do saber aparente sob os dois pontos de vista: o da consciência natural e o do filósofo (para-nós). O texto reconstói esses dois tipos de negação explicando a diferença entre aquilo que a consciência vivencia e aquilo que o filósofo observa, e mostra porque apenas a consciência filosófica pode ter a experiência como ciência
Copyright:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Available Formats
Download as DOCX, PDF, TXT or read online from Scribd
Andre 8lcardo onLes 8A 200300200 rofa Monlque PlsLrla da lllosofla lll
Como em Pegel o saber aparenLe produz um saber?
1
Questo Na Introduo, Hegel apresenta a negao que a conscincia faz do saber aparente sob os dois pontos de vista: o da conscincia natural e o do filsofo {para-ns]. Reconstrua esses dois tipos de negao explicando a diferena entre aquilo que a conscincia vivencia e aquilo que o filsofo observa. Questo Quando apresenta o "movimento dialtico" que a conscincia exercita tanto sobre seu saber quanto sobre seu ob|eto, Hegel apresenta o sentido da experincia que apenas o filsofo {para-ns] observa. Mostre a diferena entre a experincia que a conscincia vivencia e aquela que o filsofo observa, explicando por que apenas este ltimo pode compreender a experincia da conscincia como "cincia". As duas quesLes so sobre o mesmo Lema que e o cerne da dlaleLlca a produo do conheclmenLo baseada na negao do conheclmenLo anLerlor Asslm responderel as duas ao mesmo Lempo em um unlco LexLo que preLendo englobar os Lemas de uma s vez Como, em Hegel, o saber aparente produz um saber? ara Pegel a posslbllldade do conheclmenLo do absoluLo dse de manelra cumulaLlva Cs movlmenLos que ocorrem para que se produza conheclmenLo para o auLor so em um formaLo de uma esplral que allmenLa a sl mesma negando o saber anLerlor para crlar um novo saber ve[amos como se d esLa dlaleLlca P a prlmelra consclncla naLural que apreende ob[eLos como se esLes fossem a em sl C saber nesLe momenLo e o conheclmenLo que a consclncla naLural Lem do ob[eLo como exlsLlndo para ela C ob[eLo que a consclncla dlsLlngue de sl como ouLro e um algo com que ela se relaclona e porLanLo e ouLro apenas para ela mas a consclncla naLural no se pergunLa pelo emsl do ob[eLo e esLe quesLlonamenLo nem faz senLldo para ela [ que ela no sabe que o que Loma como o emsl como ob[eLo em sua realldade dada e lnquesLlonvel e somenLe para ela C saber porLanLo e Andre 8lcardo onLes 8A 200300200 rofa Monlque PlsLrla da lllosofla lll Como em Pegel o saber aparenLe produz um saber? 2
saber de uma colsa enquanLo exlsLe para a consclncla e no em sua prprla essncla (apesar da consclncla no Ler conheclmenLo dlsso) A cerLa alLura a consclncla naLural passa a quesLlonar o esLado do saber percebendo que as colsas que esLe saber mosLra so apenas um saber aparenLe e no o saber da colsa emsl A parLlr dal ela enLra em um processo desLruLlvo que pe em duvlda Lodos os saberes que possul L segundo Pegel o momenLo do desespero quando a consclncla passa a negar aquele saber aparenLe LsLe momenLo culmlna em uma avallao do prprlo mecanlsmo de consclncla quando a consclncla naLural passa a Ler consclncla de sl no momenLo em que a consclncla naLural percebe que ela prprla e uma enLldade enLo Lemos al a consclncla fllosflca Lm ouLras palavras o saber para a consclncla naLural e apenas uma funo apllcada a ouLros ob[eLos ! para a consclncla fllosflca o saber e funo e Lambem e ob[eLo Cu se[a al a prprla consclncla e consclncla de sl mesma A consclncla fllosflca supe o emsl do ob[eLo como algo lnlclalmenLe lnalcanvel pela consclncla naLural e e por melo dela que se deve procurar a verdade a verdade que a consclncla fllosflca procura e a verdade do prprlo saber A lnvesLlgao do esplrlLo se prope a deLermlnar o que e o emsl da consclncla em seu conhecer orLanLo a consclncla fllosflca Loma o saber ou a caracLerlsLlca da consclncla naLural de Lomar o que e para sl como sendo a realldade como o emsl que ela deve anallsar orem ao fazer lsso a consclncla fllosflca comea repeLlndo a lluso da consclncla naLural e Loma o saber Lal como e para ela como o saber emsl 1emos al a mesma sequncla ocorrlda com a consclncla naLural mas desLa vez no volLada a um ob[eLo que se relaclona com a consclncla mas slm volLada prprla consclncla A dlferena enLre o que o fllsofo observa e o que a consclncla naLural vlvencla esL essenclalmenLe no esLado de desespero que o fllsofo enconLra por saber que o conheclmenLo anLerlor era aparenLe LnquanLo a consclncla naLural aLua h cerLeza h a Lranqullldade de se acredlLar que se apreende a verdade o emsl do ob[eLo com o qual a consclncla se relaclona Cuando surge a consclncla fllosflca os saberes esLo em xeque os conheclmenLos adqulrldos no Lm mals a valldade rlgorosa que Andre 8lcardo onLes 8A 200300200 rofa Monlque PlsLrla da lllosofla lll Como em Pegel o saber aparenLe produz um saber? 3
possulam L como uma pessoa que acredlLa flrmemenLe em deus e de repenLe nega esLa crena descobrlndoa falsa esLa pessoa passar por um momenLo de desespero duvldar de Lodas as suas posles valores e crenas aLe esLabelecer novos valores que lhe servlro como base A consclncla ao saber da prprla consclncla reduz o ob[eLo que anLes era colsa emsl para a consclncla a mero saber aparenLe LnLreLanLo surge um novo ob[eLo a prprla consclncla C moLlvo pelo qual esLa consclncla fllosflca pode compreender a experlncla da consclncla como clncla e porque s al se Lem um padro de medlda Cra para Ler a cerLeza de que se Lem um conheclmenLo verdadelro e preclso Ler algo que slrva de regua e lsLo e o padro de medlda LnLreLanLo se Lodo o conheclmenLo e saber aparenLe no h garanLlas de que qualquer padro de medlda se[a verdadelro e porLanLo possa produzlr conheclmenLo verdadelro Cuando surge a consclncla fllosflca e a prprla consclncla e o movlmenLo que culmlnou no conheclmenLo (o saber aparenLe a negao do saber aparenLe) passam a ser o ob[eLo emsl da consclncla enLo esLe ob[eLo pode ser o padro de medlda L por lsso que somenLe a consclncla fllosflca pode compreender a prprla experlncla da consclncla Segundo Pegel a consclncla naLural percebe as colsas como ob[eLos [ a consclncla fllosflca o para ns e o movlmenLo porLanLo e sempre um vlraser C processo hegellano e porLanLo dlaleLlco pols conslsLe em negar o conheclmenLo anLerlor para produzlr um novo e e conLlnuo aLe que se alcance o saber absoluLo aquele que e flnal e acabado verdadelro mesmo Cada negao produz um conheclmenLo de como as colsas no so e esLe saber dse denLro do prprlo ser de modo que no h como havla aLe enLo a ldela de que a verdade esLava de um lado e o saber de ouLro