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Transformar as aulas em pesquisa e comunicação presencial-virtual
• Apresentação
• Mudar a forma
Ensinar de formas diferentes para pessoas diferentes
• Apresentação
• Ensinar de formas diferentes para pessoas diferentes
• Transformar a aula em pesquisa e comunicação
• Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula?
• Quando vale a pena encontrar-nos fisicamente numa sala de aula?
• Educar o educador
• Educação para a autonomia e para a cooperação
• Experiências pessoais de ensino utilizando a Internet
• Alguns problemas no uso da Internet na educação
• Conclusão
Apresentação
"Um indivíduo consegue hoje um diploma de curso superior sem nunca ter aprendido
a comunicar-se, a resolver conflitos, a saber o que fazer com a raiva e outros
sentimentos negativos" (Carl Rogers)
Educar é colaborar para que professores e alunos nas escolas e organizações -
transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e de
trabalho e tornar-se cidadãos realizados e produtivos.
Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou idéia que
vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e
sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos na família, na
escola, no trabalho, no lazer, etc. Educamos aprendendo a integrar em novas sínteses
o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte e
técnica; razão e emoção.
De tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação,
experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, seja para confirmar
o que já sabemos, seja para rejeitar determinadas visões de mundo
Na educação - nas organizações empresariais ou escolares - buscamos o equilíbrio
entre a flexibilidade (que está ligada ao conceito de liberdade) e a organização (onde
há hierarquia, normas, maior rigidez). Com a flexibilidade procuramos adaptar-nos às
diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as
diferenças locais e os contextos culturais. Com a organização, buscamos gerenciar as
divergências, os tempos, os conteúdos, os custos, estabelecemos os parâmetros
fundamentais. Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às
necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado, se
transformarmos a sala de aula em uma comunidade de investigação.
Educar o educador
De um professor espera-se, em primeiro lugar, que seja competente na sua
especialidade, que conheça a matéria, que esteja atualizado. Em segundo lugar, que
saiba comunicar-se com os seus alunos, motivá-los, explicar o conteúdo, manter o
grupo atento, entrosado, cooperativo, produtivo.
Muitos se satisfazem em ser competentes no conteúdo de ensino, em dominar
determinada área de conhecimento e em aprimorar-se nas técnicas de comunicação
desse conteúdo. São os professores bem preparados, que prestam um serviço
importante socialmente em troca de uma remuneração, em geral, mais baixa do que
alta.
Na educação, escolar ou empresarial, precisamos de pessoas que sejam competentes
em determinadas áreas de conhecimento, em comunicar esse conteúdo aos seus
alunos, mas também que saibam interagir de forma mais rica, profunda, vivencial,
facilitando a compreensão e a prática de formas autênticas de viver, de sentir, de
aprender, de comunicar-se. Ao educar facilitamos, num clima de confiança, interações
pessoais e grupais que ultrapassam o conteúdo para, através dele, ajudar a construir
um referencial rico de conhecimento, de emoções e de práticas.
As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos educadores
maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas,
que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato,
porque dele saímos enriquecidos.
Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal.
Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, diferente
no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de
comunicar-se. São um poço inesgotável de descobertas.
Enquanto isso, boa parte dos professores é previsível, não nos surpreende; repete
fórmulas, sínteses.
O contato com educadores entusiasmados atrai, contagia, estimula, os torna próximos
da maior parte dos alunos. Mesmo que não concordemos com todas as suas idéias, os
respeitamos.
As primeiras reações que o bom professor e educador despertam no aluno são a
confiança, a admiração e o entusiasmo. Isso facilita enormemente o processo de
ensino-aprendizagem.
As mudanças na educação dependem também de termos administradores, diretores e
coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas
no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apoiem os
professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o
humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e
comunicação.
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos,
motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do
professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-
educador.
Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-
los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apóiam as mudanças, que
estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos,
aprendem mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais
produtivas.
Conclusão
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da educação
presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em que vale a
pena encontrar-nos fisicamente,- no começo e no final de um assunto ou de um
curso. Há outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço habitual,
mas conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio constante,
tornando real o conceito de educação permanente. Ensino a distância não é só um
"fast-food" onde o aluno vai lá e se serve de algo pronto. Ensino a distância é ajudar
os participantes a que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a
participação em grupos presenciais e virtuais onde avançamos rapidamente, trocamos
experiências, dúvidas e resultados.
Tanto nos cursos convencionais como nos a distância teremos que aprender a lidar
com a informação e o conhecimento de formas novas, pesquisando muito e
comunicando-nos constantemente. Isso nos fará avançar mais rapidamente na
compreensão integral dos assuntos específicos, integrando-os num contexto pessoal,
emocional e intelectual mais rico e transformador. Assim poderemos aprender a
mudar nossas idéias, sentimentos e valores onde se fizer necessário.
É importante sermos professores-educadores com um amadurecimento intelectual,
emocional e comunicacional que facilite todo o processo de organização da
aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que
o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de
estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação.
Necessitamos de muitas pessoas livres nas empresas e escolas que modifiquem as
estruturas arcaicas, autoritárias do ensino escolar e gerencial -. Só pessoas livres,
autônomas - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem
educar para a autonomia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres merecem
o diploma de educador.
Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os
outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicar-nos
mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos
as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias,
utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de
interação não está fundamentalmente nas tecnologias mas nas nossas mentes.
TEXTOS
Apresentação
"Um indivíduo consegue hoje um diploma de curso superior sem nunca ter aprendido
a comunicar-se, a resolver conflitos, a saber o que fazer com a raiva e outros
sentimentos negativos" (Carl Rogers)
Educar é colaborar para que professores e alunos nas escolas e organizações -
transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e de
trabalho e tornar-se cidadãos realizados e produtivos.
Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou idéia que
vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e
sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos na família, na
escola, no trabalho, no lazer, etc. Educamos aprendendo a integrar em novas sínteses
o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte e
técnica; razão e emoção.
De tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação,
experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, seja para confirmar
o que já sabemos, seja para rejeitar determinadas visões de mundo
Na educação - nas organizações empresariais ou escolares - buscamos o equilíbrio
entre a flexibilidade (que está ligada ao conceito de liberdade) e a organização (onde
há hierarquia, normas, maior rigidez). Com a flexibilidade procuramos adaptar-nos às
diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as
diferenças locais e os contextos culturais. Com a organização, buscamos gerenciar as
divergências, os tempos, os conteúdos, os custos, estabelecemos os parâmetros
fundamentais. Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às
necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado, se
transformarmos a sala de aula em uma comunidade de investigação.
Educar o educador
De um professor espera-se, em primeiro lugar, que seja competente na sua
especialidade, que conheça a matéria, que esteja atualizado. Em segundo lugar, que
saiba comunicar-se com os seus alunos, motivá-los, explicar o conteúdo, manter o
grupo atento, entrosado, cooperativo, produtivo.
Muitos se satisfazem em ser competentes no conteúdo de ensino, em dominar
determinada área de conhecimento e em aprimorar-se nas técnicas de comunicação
desse conteúdo. São os professores bem preparados, que prestam um serviço
importante socialmente em troca de uma remuneração, em geral, mais baixa do que
alta.
Na educação, escolar ou empresarial, precisamos de pessoas que sejam competentes
em determinadas áreas de conhecimento, em comunicar esse conteúdo aos seus
alunos, mas também que saibam interagir de forma mais rica, profunda, vivencial,
facilitando a compreensão e a prática de formas autênticas de viver, de sentir, de
aprender, de comunicar-se. Ao educar facilitamos, num clima de confiança, interações
pessoais e grupais que ultrapassam o conteúdo para, através dele, ajudar a construir
um referencial rico de conhecimento, de emoções e de práticas.
As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos educadores
maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas,
que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato,
porque dele saímos enriquecidos.
Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal.
Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, diferente
no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de
comunicar-se. São um poço inesgotável de descobertas.
Enquanto isso, boa parte dos professores é previsível, não nos surpreende; repete
fórmulas, sínteses.
O contato com educadores entusiasmados atrai, contagia, estimula, os torna próximos
da maior parte dos alunos. Mesmo que não concordemos com todas as suas idéias, os
respeitamos.
As primeiras reações que o bom professor e educador despertam no aluno são a
confiança, a admiração e o entusiasmo. Isso facilita enormemente o processo de
ensino-aprendizagem.
As mudanças na educação dependem também de termos administradores, diretores e
coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas
no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apoiem os
professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o
humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e
comunicação.
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos,
motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do
professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-
educador.
Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-
los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apóiam as mudanças, que
estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos,
aprendem mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais
produtivas.
Conclusão
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da educação
presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em que vale a
pena encontrar-nos fisicamente,- no começo e no final de um assunto ou de um
curso. Há outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço habitual,
mas conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio constante,
tornando real o conceito de educação permanente. Ensino a distância não é só um
"fast-food" onde o aluno vai lá e se serve de algo pronto. Ensino a distância é ajudar
os participantes a que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a
participação em grupos presenciais e virtuais onde avançamos rapidamente, trocamos
experiências, dúvidas e resultados.
Tanto nos cursos convencionais como nos a distância teremos que aprender a lidar
com a informação e o conhecimento de formas novas, pesquisando muito e
comunicando-nos constantemente. Isso nos fará avançar mais rapidamente na
compreensão integral dos assuntos específicos, integrando-os num contexto pessoal,
emocional e intelectual mais rico e transformador. Assim poderemos aprender a
mudar nossas idéias, sentimentos e valores onde se fizer necessário.
É importante sermos professores-educadores com um amadurecimento intelectual,
emocional e comunicacional que facilite todo o processo de organização da
aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que
o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de
estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação.
Necessitamos de muitas pessoas livres nas empresas e escolas que modifiquem as
estruturas arcaicas, autoritárias do ensino escolar e gerencial -. Só pessoas livres,
autônomas - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem
educar para a autonomia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres merecem
o diploma de educador.
Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os
outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicar-nos
mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos
as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias,
utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de
interação não está fundamentalmente nas tecnologias mas nas nossas mentes.
Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os
paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos.
Caso contrário conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no
essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode
ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de
aprender.
BIBLIOGRAFIA
DODGE, Bernis. WebQuests: a technique for Internet-based learning. The Distance Educator.
San Diego, vol 1, n.2, p.10-13, Summer 1995.
FERREIRA, Sueli. Introducão às Redes Eletrônicas de Comunicação. Ciências da
Informação.Brasília, 23(2):258-263, maio/agosto, 1994.
GARDNER, Howard. As estruturas da mente; a teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre,
Artes Médicas, 1994.
GILDER, George. Vida após a televisão; vencendo na revolução digital. Rio de Janeiro, Ediouro,
1996.
ELLSWORTH, Jill. Education on the Internet. Indianápolis, Sams Publishing, 1994.
ESTABROOK, Noel et al. Using UseNet Newsgroups. Indianopolis, Que, 1995.
HOINEFF, Nelson. A nova televisão; desmassificação e o impasse das grandes redes. Rio de
Janeiro. Delume Dumará, 1996.
LASMAR, Tereza Jorge. Usos educacionais da Internet: A contribuição das redes eletrônicas
para o desenvolvimento de programas educacionais. Brasília, Faculdade de Educação, 1995.
Dissertação de Mestrado.
LINARD, Monique & BELISLE, Claire. Comp’act: new competencies of training actors with new
information and communication technologies. Ecully, CNRS, 1995
LIPMAN, Matthew. O pensar na educação. Petrópolis, Vozes, 1995.
MOLL, Luis (org). Vygotsky e a educação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1996.
MORAN, José Manuel. Mudanças na comunicação pessoal; Gerenciamento integrado da
comunicação pessoal, social e tecnológica. São Paulo, Paulinas, 1998.
___________________. Como utilizar a Internet na Educação. Revista Ciência da Informação,
vol 26, n.2, maio-agosto, 1997; páginas 146-153.
___________________. Leituras dos Meios de Comunicação. São Paulo, Ed. Pancast, 1993.
___________________. Como ver televisão. São Paulo, Paulinas, 1991.
NOVOA, Antônio (org.). Vidas de Professores. Porto, Porto Editora, 1992.
PAPERT, Seymour. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto
Alegre, Artes Médicas, 1994.
POSTMANN, Neil. Tecnopolio. São Paulo, Nobel, 1994.
SEABRA, Carlos. Usos da telemática na educação. In Acesso; Revista de Educação e
Informática. São Paulo, v.5, n.10, p.4-11, julho, 1995.
Os participantes deverão propor formas para apresentar o conceito de tecnologia social aos
estudantes. Além de justificar a proposta, o concorrente deverá indicar como pretende envolver a
escola e a comunidade no debate. Cinqüenta finalistas, dez de cada região do país, serão
selecionados para concorrer à premiação. Os critérios para a seleção desta etapa são: clareza da
apresentação, potencial de reaplicação e originalidade da proposta. Na etapa final do concurso,
cinco professores, um de cada região do Brasil, serão selecionados e ganharão uma viagem ao
Fórum Social Mundial 2009 (FSM Amazônico), marcado para o período de 27 de janeiro a 1º de
fevereiro de 2009, em Belém (PA).
"Aprender, ensinar e aprender a ensinar"
Polya
Lichtenberg
Kant
"Escrevo para que o aprendiz possa sempre aperceber-se
do fundamento interno das coisas que aprende, de tal forma que a
origem da invenção possa apareçer e, portanto, de tal forma que o
aprendiz possa aprender tudo como se o tivesse inventado por si
próprio"
Leibniz
2. O objectivo do ensino
Não podemos julgar o desempenho do professor se não soubermos
qual é o seu objectivo. Não podemos discutir seriamente o ensino
se não concordarmos, até certo ponto, àcerca do objectivo do
ensino.
Deixem-me especificar. Estou preocupado com a matemática nos
currículos do secundário e tenho uma ideia "fora de moda" acerca
do seu objectivo: primeiro, e acima de tudo, ela deveria ensinar
os jovens a PENSAR.
Ensinar não é uma ciência mas uma arte. Esta ideia já foi
expressa por tantas pessoas, tantas vezes, que me sinto até
envergonhado por a repetir. Contudo, se deixarmos uma certa
generalidade e observarmos, sob uma perspectiva instrutiva, alguns
pormenores apropriados, apercebemo-nos de alguns truques.
Já foi dito por muitas pessoas e das mais variadas formas que a
aprendizagem deve ser activa, não meramente passiva ou receptiva.
Dificilmente se consegue aprender alguma coisa, e certamente não
se consegue aprender muito, simplesmente por ler livros, ouvir
palestras ou assistir a filmes, sem adicionar nenhuma acção
intelectual.
Uma outra opinião frequentemente expressa (e minuciosamente
descrita): A melhor forma de aprender alguma coisa é descobri-la
por si próprio. Lichtenberg (físico alemão do séc. XVIII, mais
conhecido como escritor de aforismos) acrescenta um aspecto
importante: Aquilo que se é obrigado a descobrir por si próprio
deixa um caminho na mente que se pode percorrer novamente sempre
que se tiver necessidade. Menos colorida, mas talvez mais
abrangente, é a formulação seguinte: Para uma aprendizagem
eficiente, o aprendiz deve descobrir por si próprio tanto quanto
for possível do conteúdo a aprender, tendo em conta as
circunstâncias.
Este é o princípio da aprendizagem activa (Arbeitsprinzip).
Princípio muito antigo que tem por detrás nada menos que o "método
Socrático".
(2) Melhor motivação.
6. Exemplos
7. Aprender ensinando
Daniela Doria
Pedagoga
Primeiramente, a atitude que querer aprender. É preciso que a escola desenvolva, no aluno, o
aprendizado dos verbos querer e aprender, de modo a motivar para conjugá-los assim: eu quero
aprender. Tal comportamento exigirá do aluno, de logo, uma série de atitudes como interesse,
motivação, atenção, compreensão, participação e expectativa de aprender a conhecer, a fazer, a
conviver e a ser pessoa.
Um pergunta, agora, advém: saber ensinar é tão importante quanto saber aprender? Responderei
assim: há um ditado, no meio escolar, que diz assim: quem sabe, ensina. Muitos sabem
conhecimentos, mas poucos ensinam a aprender. Ensinar a aprender é ensinar estratégias de
aprendizagem. Na escola tradicional, o P, maiúsculo, significa professor-representante do
Conhecimento; o C, maiúsculo, significa Conhecimento acumulado historicamente na memória
social e na memória do professor e o a, minúsculo, significa o aluno, que, a rigor, para o professor, e
para a própria escola, é tábula rasa, isto é, conhece pouco ou não sabe de nada. Isto não é verdade.
Saber ensinar é oferecer condições para que o discípulo supere, inclusive, o mestre. Numa palavra:
ensinar é fazer aprender a aprender, de modo que o modelo pedagógico desenvolva os processos de
pensamento para construir o conhecimento, que não é exclusividade de quem ensina ou aprende.
É papel dos professores levar o aluno a aprender para conhecer, o que pode ser traduzido por
aprender a aprender, em que o aluno é capaz de exercitar a atenção, a memória e o pensamento
autônomo.
As maiores dificuldades dos docentes residem nas deficiências próprias do processo de formação
acadêmica. Nas universidades brasileiras, os cursos de formação de professores (as chamadas
licenciaturas) se concentram muito nos conteúdos que vêm de ciências duras, mas se descuidam das
competências e habilidades que deve ter o futuro professor, em particular, o domínio de estratégias
que permitam se comportar docentes eficientes, autônomos e estratégicos.
Os docentes enfrentam dificuldades de ensinar a aprender, isto é, desconhecem, muitas vezes, como
os alunos podem aprender e quais os processos que devem realizar para que seus alunos adquiram,
desenvolvam e processem as informações ensinadas e apreendidas em sala de aula. Nesse sentido, o
trabalho com conceitos como aprendizagem, memória sensorial, memória de curto prazo, memória
de longo prazo, estratégias cognitivas, quando não bem assimilados, no processo de formação dos
docentes, serão convertidos em dores de cabeça constantes, em que o docente ensina, mas não tem a
garantia de que está, realmente, ensinando a aprender. A noção de memória é central para quem
ensinar a aprender.
Aprender, pois, a selecionar informação, é um tarefa de quem ensina e desafio para A escola e a
família são instituições ainda muito conservadoras. Nisso, por um lado, não há demérito mas às
vezes também não há mérito. No Brasil, muitas escolas utilizam procedimentos do século XVI, do
período jesuítico como a cópia e o ditado. Nada contra os dois procedimentos, mas se que tenham
uma fundamentação pedagógica e que valorizem a escrita criativa do aluno, decerto, terão pouca
repercussão no seu aprendizado.
Muitas escolas, por pressões familiares, não discutem temas como sexualidade, especialmente a
vertente homossexual. Sexualidade é tabu no meio familiar e no meio escolar mesmo numa
sociedade que enfrenta uma síndrome grave como a AIDS. A escola ensina, como paradigma da
língua padrão, regras gramaticais com exemplário de citações do século XIX, e não aceita a
variação lingüística de origem popular, que traz marcas do padrão oral e não escrito. E assim por
diante. São exemplos de que a escola é realmente conservadora.
Na história educacional, no Brasil, os dados mostram que quanto mais teoria educacional
mirabolante, menos conhecemos o processo ensino-aprendizagem e mais tendemos, também a
reforçar um distanciamento professor-aluno, porque as pedagogias tendem a reduzir ações e espaços
de um lado ou do outro. Ora o professor é sujeito do processo pedagógico ora o aluno é o sujeito
aprendente. O desafio, para todos nós, é o equilíbrio que vem da conjugação dos pilares do processo
de ensino-aprendizagem: mediação, avaliação e qualidade educacional.
Seja como for, o importante é que os docentes tenham conhecimento dessas pedagogias e possam
criar modelos alternativos para que haja a possibilidade de o aluno aprender a aprender, ou seja, ser
capaz de descobrir e aprender por ele mesmo, ou, em colaboração com outros, os procedimentos,
conhecimentos e atitudes que atendam às novas exigências da sociedade do conhecimento.
A Constituição Federal, no seu artigo 205, e a LDB, no seu artigo 2, preceituam que a educação é
dever da família e do Estado. Em diferentes momentos, a família é convocada, pelo poder público, a
participar do processo de formação escolar: no primeiro instante, matriculando, obrigatoriamente,
seu filho, em idade escolar, no ensino fundamental.
No segundo instante, zelando pela freqüência à escola e num terceiro momento se articulando com a
escola, de modo a assegurar meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento e zelando,
com os docentes, pela aprendizagem dos alunos.
O papel da família, no desenvolvimento da capacidade de aprender, é tarefa, pois, de natureza legal
ou jurídica, deve ser, pois, o de articular-se com a escola e seus docentes, velando, de forma
permanente, pela qualidade de ensino.
O papel, pois, da família é de zelar, a exemplo dos docentes, pela aprendizagem. Isto significa
acompanhar de perto a elaboração da proposta pedagógica da escolar, não abrindo mão de prover
meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento ou em atraso escolar bem como
assegurar meios de acesso aos níveis mais elevados de ensino segundo a capacidade de cada um.
As mídias convencionais ou eletrônicas apontam para uma revolução pós-industrial, centrada no
conhecimento. Estamos na chamada sociedade do conhecimento em que um aprendente dedicado à
pesquisa pode, em pouco tempo, superar os conhecimentos acumulados do mestre. E tudo isso é
bom para quem ensina e para quem aprende.
O conhecimento é possível de ser democraticamente capturado ou adquirido por todos: todos estão
em condições de aprendizagem. Claro, a figura do professor não desaparece, exceto o modelo
tradicional do tipo sabe-tudo, mas passa a exercer um papel de mediador ou instrutor ou mesmo um
facilitador na aquisição e desenvolvimento de aprendizagem.
A tarefa do mediador deve ser, então, a de buscar, orientar, diante das diversas fontes disponíveis,
especialmente as eletrônicas, os melhores sites, indicando links que realmente trazem a informação
segura.
Infelizmente, por uma série de fatores de ordem socioeconômica, muitos docentes não acessam a
Internet e, o mais grave, já sofrem conseqüência dessa limitação, levando, para sala de aula,
informações desatualizadas e desnecessárias para os alunos, especialmente em disciplinas como
História, Biologia, Geografia e Língua Portuguesa.
Pode-se ver que hoje, as novas tecnologias, têm invadido um grande espaço da sociedade; Com
isso, percebe-se que o ser humano já não consegue mais viver oculto à elas, bem como, em nenhum
segmento de sua vida, pois dominar os meios tecnológicos, trata-se de necessidade e sobrevivência,
diante às ligeiras transformações ocorridas nos últimos tempos. Portanto, na educação não é
diferente.
Nota-se que, para muitos professores, o avanço das novas tecnologias na educação, tem tirado a
importância dos mesmos no meio educacional, isso se dá pelo medo de encarar o que é novo. O ser
humano, em sua maioria, não está preparado para enfrentar as novidades, e com isso, o mesmo,
acaba conceituando todas elas como algo ruim e inalcançável, por falta de busca para se obter a
adaptação. Pois isso, faz-se necessária o constante aprimoramento de capacidades, por parte do
corpo docente, afim de acompanhar as transformações e facilitar o processo de ensino-
aprendizagem.
A tecnologia, que é uma arte, precisa estar, mais do que nunca, inserida em nossa sociedade
educacional, pois ela desempenha-se como uma fonte de desenvolvimento no processo ensino-
aprendizagem, bem como por meio das facilidades que encontra-se nos meios tecnológicos, como o
quadro-negro, a internet, os aparelhos eletrônicos. Enfim, os professores precisam inovar seus
conhecimentos, suas habilidades para suprir as necessidades dos alunos, precisa-se que haja clareza
nos ensinamentos e todos os meios que puderem ser adicionados ao processo de educação, tornam-
se válidos.
Hoje, como tudo é mais fácil de se adquirir, é preciso que todos esses meios sejam utilizados sem
temor, pois os recursos tecnológicos estão disponíveis a todos e muitas vezes, por falta de instrução,
os alunos os utilizam de forma desregrada e sem capacidade de assimilação do que é proveitoso ou
não, e acabam dificultando o processo de aprendizagem. Portanto, é necessário que os educadores
estejam prontos para desenvolver no aluno uma aprendizagem de qualidade.
Dentro do processo ensino-aprendizagem, sabe-se que, uma pessoa, dotada de um certo
conhecimento adquirido anteriormente, pode desenvolvê-lo e aprender mais sobre ele
posteriormente com facilidade, pois previamente, a pessoa já havia ouvido falar do mesmo. Então
pode-se concordar que, os professores precisam “aproveitar” o que os alunos trazem de “bagagem”
em suas vidas, para melhorar a aprendizagem. O professor precisa motivar, estimular e fazer o
aluno participar com vontade e satisfação, das propostas educacionais, bem como, também, através
de uma recompensa adquirida após o resultado do processo.
Finalmente, entende-se que a tecnologia na educação pode contribuir muito para a promoção da
aprendizagem humana, proporcionando resultados concretos e possíveis de serem implantados nas
escolas, levando a um crescimento considerável nas habilidades dos professores e no
desenvolvimento dos alunos. Por isso é preciso integra-se às novas tecnologias para que as
instituições educacionais, consideradas formadoras de opiniões, consigam participar das
transformações da sociedade com categoria.
Postado por ACADÊMICOS DO 5º PERÍODO
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O artigo acadêmico é um instrumento da construção do saber, visa principalmente tapar esta lacuna
que vem sendo criada no Brasil, que é a falta de pensadores originais, que escrevam os seus
próprios pensamentos, que defendam a sua tese com maior firmeza. O Brasil tem formado muitos
compiladores, copiadores. A nossa literatura acadêmica, os nossos artigos científicos têm mais
citações do que pensamento original e isto é deprimente para as nossas academias de ensino
superior. Há artigos científicos que na verdade são constituídos de citações. Cadê a originalidade da
tese, a opinião própria?
O artigo acadêmico também proporciona aos estudantes, além do habito de desenvolverem as suas
próprias idéias, a condição de irem arquivando ao longo do seu curso todos os seus artigos nas
diversas disciplinas, e, na conclusão do curso de pedagogia, o estudante já tem um vasto material
para construir o seu TCC, com muita originalidade e com fortes pilares para defender a sua tese
com maior veemência. Fato e que, hoje, a maioria tem dificuldades até em elaborar o seu pré-
projeto tanto para um artigo científico como para o seu TCC.
Assim, esperamos que todos que lerem os artigos acadêmicos aqui postados façam o seu
comentário, que peçam a outros para lerem. E os próprios acadêmicos têm que buscar leitor para os
seus artigos; só assim, teremos o perfil critico dos pedagogos que estamos formando.
ARTIGOS ACADÊMICOS
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• ▼ Maio (36)
• O papel do professor como educador no uso das nova...
• Tecnologia na Educação
• Tecnologia na educação, uma solução para desenvolv...
• Novas tecnologias e o processo ensino-aprendizagem...
• METAMORFOSE CONSTANTE
• VAMOS POR AS MÃOS NA MASSA DO PROCESSO DE ENSINO?
• Educar a sociedade para o mundo globalizado e comp...
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• TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO PARA UMA APRENDIZAGEM SIGN...
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• TECNOLOGIA NA SALA DE AULA: COMO DIRECIONAR PARA F...
• Didática é uma tecnologia, será?
• TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO, NOVAS GERAÇÕES.
• O USO DAS TECNOLOGIAS E O CONSTRUTIVISMO
• AS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E A APRENDIZAGEM
• Tecnologia Educacional: novos conhecimentos, novos...
• TECNOLOGIA EDUCACIONAL
• Educação, Globalização – Um processo de Atualizaçã...
• TECNOLOGIA DA EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM HUMANA
• Meios para uma aprendizagem eficaz
• Tecnologia da Educação e Aprendizagem Humana
• Aprender para melhor ensinar
• Tecnologia da educação e aprendizagem humana.
• ADEQUAÇÃO ESCOLAR AS EXIGÊNCIAS DO MUNDO MODERNO
• Quais elementos são importantes para que haja uma ...
• Adaptação da escola ás mudanças tecnológicas
• OS CAMINHOS DO ENSINO-APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA TECN...
• A TECNOLOGIA, UMA FERRAMENTA EFICAZ PARA EDUCAR UM...
• OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIA...
• O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
• A Tecnologia está em nosso dia-a-dia
• A TECNOLOGIA COMO REQUISITO EDUCATIVO NA VIDA HUMA...
• A TECNOLOGIA, UMA FERRAMENTA EFICAZ PARA EDUCAR UM...
• A CONSTRUÇÃO DA APRENDIZAGEM
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• ► Abril (20)
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• Tecnologia na educação - Laudinéa de Souza Rodri...
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• Introdução a tecnologia educacional - Helen Maciel...
• ► Março (3)
NOSSOS LINKS
• ABED - Associação Brasileira de Educação a Distância
• Associação Brasileira de Tecnologia Educacional
• Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
• Ministério da Educação - MEC
• UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
O trecho escolhido acima como citação remete nosso pensar aos desafios de sermos pontes,
enquanto ensinantes, aos nossos aprendentes. Ousar criar novos conceitos, pois também é
interessante, para dar nova carga semântica as palavras e ações que necessitam nosso constante
revisitar. Assim, as aprendizagens podem ganhar novas roupagens e impulsionar nossa criatividade,
necessária para processos reflexivos mais abrangentes.
Faz tempo que brinco, feito criança, com as palavras, espaço de prazer e de procura de
sistematização dos desafios vividos. Aprendências e ensinagens , por exemplo, são conceitos que
gosto de trabalhar. Rubem Alves, Hugo Assman e Nilda Alves sustentaram meu inicial movimento
neste sentido e Alicia Fernández, quando nos ensina sobre autoria de pensamento, fortalece este
meu mover no mundo, em busca de novos sentidos e significados às minhas ações e intervenções
educativas.
No contexto que atualmente vivemos isso é um imenso ganho para quem atua com pessoas e
aprendizagem, pois possibilita a construção metacognitiva e cria espaços e tempos de trabalho, onde
o fazer pedagógico amplia suas possibilidades. Aprender é ensinar e ensinar é aprender, como já nos
falava, faz tempo, Paulo Freire, nosso educador maior numa perspectiva humanística, ativa e
proativa de fazer educação.
Acredito que são números os desafios a serem enfrentados no contexto atual da ação educativa. Mas
evito falar dos entraves como barreiras: e meu foco de ação sempre foi, é e será, sempre, vinculado
as possibilidades, não aos empecilhos. Sair do lugar da queixa é estratégia essencial, pois quando
não se move, a vida fenece. Diante das complexidades do ato educativo, queixar-se simplesmente é
morrer em vida, pior morte, pois somos invadidos pela inércia, pela Síndrome de Gabriela: "eu
nasci assim eu cresci assim vou ser sempre assim... Gabriela", como nos ensina o poeta.
Evitar esta síndrome é a ação maior que cabe a cada um de nós. Mas como fazer este movimento?
Mudança de foco, reconstrução de um outro olhar sobre nossas vidas, ações e missões.
Compromisso, militância e comprometimento com o agir e o fazer que leve a outros lugares, no
caminho da utopia, que serve para caminhar, como nos ensinou Eduardo Galeano.
Utopia como mola mestra para o enfrentamento, que é uma palavra bonita quando mudamos o seu
sentido. As palavras servem para serem mudadas e alteradas em seus sentidos para que utópicas,
novas e criativas construções aconteçam. Serve este processo para semear em nossos corações à
esperança como uma ação, como atividade e proatividade facilitadora de processos de mediação,
onde o ser sujeito seja pleno de respeito, com as imensas variáveis que compõem nossa espécie.
Enfrentamento não pode mais ser visto como o tradicional enfrentar, que sugere conflito, disputa
onde alguns perdem e outros ganham e que somente envolve dor, nenhum prazer.
Penso a palavra enfrentamento como uma postura, um posicionamento de cada um de nós ao se
colocar em frente ao outro, com um olhar mais límpido e que facilita a importância do diálogo
como estratégia de mediação de conflitos, possibilitadora de novos arranjos para as questões em
aberto, ou em busca de alternativas, de soluções.
No cotidiano escolar a ação educativa não é ação isenta de nossas escolhas: quando em relação de
ensinagem, cada um de nós, como aprendentes, deve ter em mente o que Henry Adams nos ensinou:
um ensinante "sempre afeta a eternidade. Ele nunca saberá onde sua influência termina". E para
tanto, que essa consciência ganhe efetiva presença em nossas vidas, um desafio se configura:
superar o medo. É Nelson Mandela que trás relevante contribuição a este pensar quando em
belíssimo texto nos diz que nosso medo mais profundo é de sermos poderosos além da medida e
que é a nossa luz - e não nossa escuridão-, que nos assusta. Adiante ele afirma que cada um de nós
pretendendo ser pequeno, não serve ao mundo. A ação de ensinagem, visando aprendências e
vivências significativas, deve ser elemento de luz diante das nossas cotidianas ações.
Ainda com Mandela, aprendemos que à medida que deixamos nossa luz brilhar, vamos dando
permissão para que os outros façam o mesmo: esta não seria a maior missão de todos nós,
educadores de crianças, jovens e adultos neste complexo mundo que vivemos, com tantas
possibilidades de interação, movimento, aprendizagem e ressignificação da própria vida?
Aprender e ensinar, hoje, deve ser algo como o trabalho de um jardineiro, que ao cuidar do jardim,
pensa na beleza das flores, dos frutos, dos pássaros, das sutilezas e das riquezas das diferentes
manifestações da vida que neste espaço ocorre. Quem, hoje com mais de 35 anos, não se lembra de
suas aventuras (e algumas desventuras) quando crianças em seu jardim de infância, redescobrindo
outros mundos, interagindo com outras pessoas, lidando com outras materialidades e aprendendo
com a música, com a poesia, com as histórias, os cantinhos?
Saber e ensinar no século XXI é tarefa de resgate de tempos outros, onde a ludicidade estava mais
presente e com gostos de sabores mais amenos, menos apressados e prontos. Para isso, não é
interessante fazer pesquisas de outros métodos e ler autores que se firmaram com suas excelentes
contribuições a prática e a práxis pedagógica? Ler autores da Escola Nova, reler Piaget que,
sabiamente, em seus escritos, nos dá a consciência de que a criança é o pai do adulto e fomentar em
nossas escolas o gosto pela dúvida, pela busca, pela pesquisa como esforço de permanente abertura
ao nosso pensar sobre novas tarefas e construções?
Um dos maiores desafios, ao saber que somos invadidos cotidianamente com inúmeras
informações, é lidar com esta nova sociedade, cuja revolução, nos meios de informação, mídia e
tecnologia, remete nosso pensar, refletir e agir sobre o como ensinar e aprender numa sociedade
aprendente.
Diversos documentos oficiais, divulgando sobre tais mudanças em nosso mundo, ressaltam
impactos imensos, seja o impacto da própria globalização e mundialização, seja o impacto da
sociedade da informação e da nova sociedade tecno-científica. Unidos, enquanto impactos, algumas
terminologias tem sido amplamente adotadas no jargão técnico sobre o tema, tais como sociedade
da informação, sociedade do conhecimento (knowledge society) ou sociedade aprendente (learning
society).
Saber aprender e ensinar no século XXI é enfrentar o desafio contextual de estarmos em processo
de construção de uma sociedade do conhecimento (ou aprendente) que tem seu foco na produção
intelectual, com intensiva utilização das tecnologias da comunicação e informação.
Fica cada vez mais claro que o conhecimento é determinante recurso social, econômico, cultural e
humano neste novo período de nossa evolução histórica: a sociedade aprendente. É Hugo Assman
que nos diz que com a expressão sociedade aprendente "pretende-se inculcar que a sociedade inteira
deve entrar em estado de aprendizagem e transformar-se numa imensa rede de ecologias
cognitivas".
Assim, aprender e ensinar no século XXI, é necessariamente lidar com a aprendizagem numa
perspectiva de construção de ecologias cognitivas, onde a capacidade de aprender está sendo cada
vez mais necessária nas distintas interações que, enquanto sujeitos, estabelecemos com os outros,
com o meio, ou seja, com a sociedade.
Em Pierre Lévy (1994), aprendemos que tais ecologias cognitivas são as complexas relações que
estabelecemos com a realidade, fazendo a utilização coletiva de nossas inteligências com o
entrelaçamento e a mediação dos avanços tecnológicos. Saber aprender e ensinar no século XXI é
enfrentar este desafio no nosso contexto educacional atual: criar estratégias para o desenvolvimento
de uma ecologia cognitiva geradora de uma sociedade do conhecimento, onde competências e
habilidades para aprender e ensinar sejam acessíveis a todos. Um outro teórico importante, Peter
Senge, nos fala sobre a necessária construção de organizações de aprendizagem
"nas quais as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que realmente
desejam, onde surgem novos e elevados padrões de raciocínio, onde a inspiração coletiva é libertada
e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender em grupo.
O desafio que se configura, então, é pensar como nossas escolas, em suas ações cotidianas, podem
organizar ações educativas que atendam a demanda por aprendizagens significativas e por efetivas
construções de conhecimentos. Em nosso momento histórico atual, reside nos projetos político-
pedagógicos a busca por coerência entre as práticas de ensinagens e os novos paradigmas científicos
que, no contexto das emergentes mudanças, devem estar presentes nas reformulações pedagógicas.
Na sociedade aprendente do século XXI, é a prática educativa em si que necessita ser revisada, com
profundidade, em suas abordagens didáticas, em suas concepções epistemológicas e nos seus
distintos aspectos curriculares, pois o avanço crescente da ciência, das tecnologias e dos meios de
comunicação exige a presença da coerência nos contextos educacionais, visando atender demandas
contemporâneas pela disseminação de novos paradigmas científicos, necessários à economia
globalizada.
São as mudanças que desencadearam a sociedade aprendente que desafiam as instituições
educacionais a oferecerem formação que seja compatível com as demandas atuais - criadas com as
redes eletrônicas de comunicação, com a internet e as múltiplas possibilidades midiáticas de acesso
à informação e a ampliação cada vez maior, em nosso planeta, da produção de conhecimentos,
disponível nos bancos de dados presentes no ciberespaço.
Mediante tal realidade, a ação docente deve ser focada, irremediavelmente, no ensinar para
aprender, visto que a maior demanda educacional contemporânea é formar sujeitos aprendentes,
capazes de aprender de modo criativo, contínuo, crítico e autônomo. A adoção de novas abordagens,
de novos modos de ensejar a capacidade de investigação e de "aprender a aprender" deve ser
objetivo a ser perseguido por todas as instituições educacionais, para a construção de novos dos
modos de produção do saber, criando condições necessárias para o necessário e permanente
processo de educação continuada.
Um valioso aspecto a ser observado é a busca por ativas metodologias pedagógicas, que fomente,
nas redes informatizadas, às necessidades de acesso às informações e ao conhecimento. Neste
sentido, aprendentes e ensinantes precisam estar em movimentos de parcerias na pesquisa, na
investigação e na busca por coletivas modalidades de aprendizagem. Importante desafio para o
aprender e o ensinar no século XXI.
• Mudar a forma de
Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula?
• Apresentação
• Ensinar de formas diferentes para pessoas diferentes
• Transformar a aula em pesquisa e comunicação
• Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula?
• Quando vale a pena encontrar-nos fisicamente numa sala de aula?
• Educar o educador
• Educação para a autonomia e para a cooperação
• Experiências pessoais de ensino utilizando a Internet
• Alguns problemas no uso da Internet na educação
• Conclusão
Apresentação
"Um indivíduo consegue hoje um diploma de curso superior sem nunca ter aprendido
a comunicar-se, a resolver conflitos, a saber o que fazer com a raiva e outros
sentimentos negativos" (Carl Rogers)
Educar é colaborar para que professores e alunos nas escolas e organizações -
transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e de
trabalho e tornar-se cidadãos realizados e produtivos.
Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou idéia que
vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e
sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos na família, na
escola, no trabalho, no lazer, etc. Educamos aprendendo a integrar em novas sínteses
o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte e
técnica; razão e emoção.
De tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação,
experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, seja para confirmar
o que já sabemos, seja para rejeitar determinadas visões de mundo
Na educação - nas organizações empresariais ou escolares - buscamos o equilíbrio
entre a flexibilidade (que está ligada ao conceito de liberdade) e a organização (onde
há hierarquia, normas, maior rigidez). Com a flexibilidade procuramos adaptar-nos às
diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as
diferenças locais e os contextos culturais. Com a organização, buscamos gerenciar as
divergências, os tempos, os conteúdos, os custos, estabelecemos os parâmetros
fundamentais. Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às
necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado, se
transformarmos a sala de aula em uma comunidade de investigação.
Educar o educador
De um professor espera-se, em primeiro lugar, que seja competente na sua
especialidade, que conheça a matéria, que esteja atualizado. Em segundo lugar, que
saiba comunicar-se com os seus alunos, motivá-los, explicar o conteúdo, manter o
grupo atento, entrosado, cooperativo, produtivo.
Muitos se satisfazem em ser competentes no conteúdo de ensino, em dominar
determinada área de conhecimento e em aprimorar-se nas técnicas de comunicação
desse conteúdo. São os professores bem preparados, que prestam um serviço
importante socialmente em troca de uma remuneração, em geral, mais baixa do que
alta.
Na educação, escolar ou empresarial, precisamos de pessoas que sejam competentes
em determinadas áreas de conhecimento, em comunicar esse conteúdo aos seus
alunos, mas também que saibam interagir de forma mais rica, profunda, vivencial,
facilitando a compreensão e a prática de formas autênticas de viver, de sentir, de
aprender, de comunicar-se. Ao educar facilitamos, num clima de confiança, interações
pessoais e grupais que ultrapassam o conteúdo para, através dele, ajudar a construir
um referencial rico de conhecimento, de emoções e de práticas.
As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos educadores
maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas,
que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato,
porque dele saímos enriquecidos.
Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal.
Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, diferente
no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de
comunicar-se. São um poço inesgotável de descobertas.
Enquanto isso, boa parte dos professores é previsível, não nos surpreende; repete
fórmulas, sínteses.
O contato com educadores entusiasmados atrai, contagia, estimula, os torna próximos
da maior parte dos alunos. Mesmo que não concordemos com todas as suas idéias, os
respeitamos.
As primeiras reações que o bom professor e educador despertam no aluno são a
confiança, a admiração e o entusiasmo. Isso facilita enormemente o processo de
ensino-aprendizagem.
As mudanças na educação dependem também de termos administradores, diretores e
coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas
no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apoiem os
professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o
humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e
comunicação.
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos,
motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do
professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-
educador.
Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-
los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apóiam as mudanças, que
estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos,
aprendem mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais
produtivas.
Conclusão
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da educação
presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em que vale a
pena encontrar-nos fisicamente,- no começo e no final de um assunto ou de um
curso. Há outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço habitual,
mas conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio constante,
tornando real o conceito de educação permanente. Ensino a distância não é só um
"fast-food" onde o aluno vai lá e se serve de algo pronto. Ensino a distância é ajudar
os participantes a que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a
participação em grupos presenciais e virtuais onde avançamos rapidamente, trocamos
experiências, dúvidas e resultados.
Tanto nos cursos convencionais como nos a distância teremos que aprender a lidar
com a informação e o conhecimento de formas novas, pesquisando muito e
comunicando-nos constantemente. Isso nos fará avançar mais rapidamente na
compreensão integral dos assuntos específicos, integrando-os num contexto pessoal,
emocional e intelectual mais rico e transformador. Assim poderemos aprender a
mudar nossas idéias, sentimentos e valores onde se fizer necessário.
É importante sermos professores-educadores com um amadurecimento intelectual,
emocional e comunicacional que facilite todo o processo de organização da
aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que
o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de
estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação.
Necessitamos de muitas pessoas livres nas empresas e escolas que modifiquem as
estruturas arcaicas, autoritárias do ensino escolar e gerencial -. Só pessoas livres,
autônomas - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem
educar para a autonomia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres merecem
o diploma de educador.
Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os
outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicar-nos
mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos
as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias,
utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de
interação não está fundamentalmente nas tecnologias mas nas nossas mentes.
TEXTOS
• Apresentação
• Ensinar de formas diferentes para pessoas diferentes
• Transformar a aula em pesquisa e comunicação
• Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula?
• Quando vale a pena encontrar-nos fisicamente numa sala de aula?
• Educar o educador
• Educação para a autonomia e para a cooperação
• Experiências pessoais de ensino utilizando a Internet
• Alguns problemas no uso da Internet na educação
• Conclusão
Apresentação
"Um indivíduo consegue hoje um diploma de curso superior sem nunca ter aprendido
a comunicar-se, a resolver conflitos, a saber o que fazer com a raiva e outros
sentimentos negativos" (Carl Rogers)
Educar é colaborar para que professores e alunos nas escolas e organizações -
transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e de
trabalho e tornar-se cidadãos realizados e produtivos.
Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou idéia que
vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e
sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos na família, na
escola, no trabalho, no lazer, etc. Educamos aprendendo a integrar em novas sínteses
o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte e
técnica; razão e emoção.
De tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação,
experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, seja para confirmar
o que já sabemos, seja para rejeitar determinadas visões de mundo
Na educação - nas organizações empresariais ou escolares - buscamos o equilíbrio
entre a flexibilidade (que está ligada ao conceito de liberdade) e a organização (onde
há hierarquia, normas, maior rigidez). Com a flexibilidade procuramos adaptar-nos às
diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as
diferenças locais e os contextos culturais. Com a organização, buscamos gerenciar as
divergências, os tempos, os conteúdos, os custos, estabelecemos os parâmetros
fundamentais. Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às
necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado, se
transformarmos a sala de aula em uma comunidade de investigação.
Educar o educador
De um professor espera-se, em primeiro lugar, que seja competente na sua
especialidade, que conheça a matéria, que esteja atualizado. Em segundo lugar, que
saiba comunicar-se com os seus alunos, motivá-los, explicar o conteúdo, manter o
grupo atento, entrosado, cooperativo, produtivo.
Muitos se satisfazem em ser competentes no conteúdo de ensino, em dominar
determinada área de conhecimento e em aprimorar-se nas técnicas de comunicação
desse conteúdo. São os professores bem preparados, que prestam um serviço
importante socialmente em troca de uma remuneração, em geral, mais baixa do que
alta.
Na educação, escolar ou empresarial, precisamos de pessoas que sejam competentes
em determinadas áreas de conhecimento, em comunicar esse conteúdo aos seus
alunos, mas também que saibam interagir de forma mais rica, profunda, vivencial,
facilitando a compreensão e a prática de formas autênticas de viver, de sentir, de
aprender, de comunicar-se. Ao educar facilitamos, num clima de confiança, interações
pessoais e grupais que ultrapassam o conteúdo para, através dele, ajudar a construir
um referencial rico de conhecimento, de emoções e de práticas.
As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos educadores
maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas,
que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato,
porque dele saímos enriquecidos.
Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal.
Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, diferente
no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de
comunicar-se. São um poço inesgotável de descobertas.
Enquanto isso, boa parte dos professores é previsível, não nos surpreende; repete
fórmulas, sínteses.
O contato com educadores entusiasmados atrai, contagia, estimula, os torna próximos
da maior parte dos alunos. Mesmo que não concordemos com todas as suas idéias, os
respeitamos.
As primeiras reações que o bom professor e educador despertam no aluno são a
confiança, a admiração e o entusiasmo. Isso facilita enormemente o processo de
ensino-aprendizagem.
As mudanças na educação dependem também de termos administradores, diretores e
coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas
no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apoiem os
professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o
humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e
comunicação.
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos,
motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do
professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-
educador.
Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-
los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apóiam as mudanças, que
estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos,
aprendem mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais
produtivas.
Conclusão
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da educação
presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em que vale a
pena encontrar-nos fisicamente,- no começo e no final de um assunto ou de um
curso. Há outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço habitual,
mas conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio constante,
tornando real o conceito de educação permanente. Ensino a distância não é só um
"fast-food" onde o aluno vai lá e se serve de algo pronto. Ensino a distância é ajudar
os participantes a que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a
participação em grupos presenciais e virtuais onde avançamos rapidamente, trocamos
experiências, dúvidas e resultados.
Tanto nos cursos convencionais como nos a distância teremos que aprender a lidar
com a informação e o conhecimento de formas novas, pesquisando muito e
comunicando-nos constantemente. Isso nos fará avançar mais rapidamente na
compreensão integral dos assuntos específicos, integrando-os num contexto pessoal,
emocional e intelectual mais rico e transformador. Assim poderemos aprender a
mudar nossas idéias, sentimentos e valores onde se fizer necessário.
É importante sermos professores-educadores com um amadurecimento intelectual,
emocional e comunicacional que facilite todo o processo de organização da
aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que
o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de
estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação.
Necessitamos de muitas pessoas livres nas empresas e escolas que modifiquem as
estruturas arcaicas, autoritárias do ensino escolar e gerencial -. Só pessoas livres,
autônomas - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem
educar para a autonomia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres merecem
o diploma de educador.
Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os
outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicar-nos
mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos
as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias,
utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de
interação não está fundamentalmente nas tecnologias mas nas nossas mentes.
Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os
paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos.
Caso contrário conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no
essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode
ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de
aprender.
BIBLIOGRAFIA
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San Diego, vol 1, n.2, p.10-13, Summer 1995.
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Dissertação de Mestrado.
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Alegre, Artes Médicas, 1994.
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SEABRA, Carlos. Usos da telemática na educação. In Acesso; Revista de Educação e
Informática. São Paulo, v.5, n.10, p.4-11, julho, 1995.
Os participantes deverão propor formas para apresentar o conceito de tecnologia social aos
estudantes. Além de justificar a proposta, o concorrente deverá indicar como pretende envolver a
escola e a comunidade no debate. Cinqüenta finalistas, dez de cada região do país, serão
selecionados para concorrer à premiação. Os critérios para a seleção desta etapa são: clareza da
apresentação, potencial de reaplicação e originalidade da proposta. Na etapa final do concurso,
cinco professores, um de cada região do Brasil, serão selecionados e ganharão uma viagem ao
Fórum Social Mundial 2009 (FSM Amazônico), marcado para o período de 27 de janeiro a 1º de
fevereiro de 2009, em Belém (PA).
"Aprender, ensinar e aprender a ensinar"
Polya
Lichtenberg
Kant
"Escrevo para que o aprendiz possa sempre aperceber-se
do fundamento interno das coisas que aprende, de tal forma que a
origem da invenção possa apareçer e, portanto, de tal forma que o
aprendiz possa aprender tudo como se o tivesse inventado por si
próprio"
Leibniz
2. O objectivo do ensino
Não podemos julgar o desempenho do professor se não soubermos
qual é o seu objectivo. Não podemos discutir seriamente o ensino
se não concordarmos, até certo ponto, àcerca do objectivo do
ensino.
Deixem-me especificar. Estou preocupado com a matemática nos
currículos do secundário e tenho uma ideia "fora de moda" acerca
do seu objectivo: primeiro, e acima de tudo, ela deveria ensinar
os jovens a PENSAR.
Ensinar não é uma ciência mas uma arte. Esta ideia já foi
expressa por tantas pessoas, tantas vezes, que me sinto até
envergonhado por a repetir. Contudo, se deixarmos uma certa
generalidade e observarmos, sob uma perspectiva instrutiva, alguns
pormenores apropriados, apercebemo-nos de alguns truques.
Já foi dito por muitas pessoas e das mais variadas formas que a
aprendizagem deve ser activa, não meramente passiva ou receptiva.
Dificilmente se consegue aprender alguma coisa, e certamente não
se consegue aprender muito, simplesmente por ler livros, ouvir
palestras ou assistir a filmes, sem adicionar nenhuma acção
intelectual.
Uma outra opinião frequentemente expressa (e minuciosamente
descrita): A melhor forma de aprender alguma coisa é descobri-la
por si próprio. Lichtenberg (físico alemão do séc. XVIII, mais
conhecido como escritor de aforismos) acrescenta um aspecto
importante: Aquilo que se é obrigado a descobrir por si próprio
deixa um caminho na mente que se pode percorrer novamente sempre
que se tiver necessidade. Menos colorida, mas talvez mais
abrangente, é a formulação seguinte: Para uma aprendizagem
eficiente, o aprendiz deve descobrir por si próprio tanto quanto
for possível do conteúdo a aprender, tendo em conta as
circunstâncias.
Este é o princípio da aprendizagem activa (Arbeitsprinzip).
Princípio muito antigo que tem por detrás nada menos que o "método
Socrático".
6. Exemplos
(8) Uma das virtudes de um bom problema é que gera outros bons
problemas.A solução anterior pode, e deve, deixar uma dúvida no
seu espírito. Encontrámos o resultado representado pela Fig.3 (que
as três perpendiculares descritas acima são concorrentes) tendo em
consideração a movimentação de corpos em rotação. No entanto o
resultado é uma proposição de geometria e portanto devia ser
estabelecida independentemente da noção de movimento, através
apenas da geometria. Agora é relativamente fácil libertarmo-nos
das considerações anteriores [nas subsecções (6) e (7)] acerca dos
conceitos de movimento e estabelecer o resultado através de
conceitos de geometria tridimensional (intersecção de esferas,
projecção ortogonal). No entanto, o resultado é uma proposição de
geometria no plano e portanto devia ser estabelecido
independentemente da noção de movimento, através apenas da
geometria. (Como?).
(9)NOte que este problema do ensino secundário ilustra vários
aspectos anteriormente discutidos. Por exemplo, os alunos podiam e
deviam participar na formulação final do problema, existe uma fase
exploratória e um rico contexto.Contudo há um aspecto que quero
enfatizar: o problema está construído para merecer a atenção dos
alunos. Embora o problema não esteja muito próximo da realidade
diária como o problema do ensino básico, começa por uma parcela de
conhecimento bastante familiar (construção de um triângulo através
dos três lados), realça desde o início uma ideia de interesse
geral (analogia), e aponta para eventuais aplicações práticas
(desenho mecânico). Com um pouco de destreza e um pouco de
vontade, o professor devia ser capaz de captar a atenção dos
alunos, que não estão irremediavelmente aborrecidos, para este
problema.
7. Aprender ensinando
Daniela Doria
Pedagoga
Primeiramente, a atitude que querer aprender. É preciso que a escola desenvolva, no aluno, o
aprendizado dos verbos querer e aprender, de modo a motivar para conjugá-los assim: eu quero
aprender. Tal comportamento exigirá do aluno, de logo, uma série de atitudes como interesse,
motivação, atenção, compreensão, participação e expectativa de aprender a conhecer, a fazer, a
conviver e a ser pessoa.
Um pergunta, agora, advém: saber ensinar é tão importante quanto saber aprender? Responderei
assim: há um ditado, no meio escolar, que diz assim: quem sabe, ensina. Muitos sabem
conhecimentos, mas poucos ensinam a aprender. Ensinar a aprender é ensinar estratégias de
aprendizagem. Na escola tradicional, o P, maiúsculo, significa professor-representante do
Conhecimento; o C, maiúsculo, significa Conhecimento acumulado historicamente na memória
social e na memória do professor e o a, minúsculo, significa o aluno, que, a rigor, para o professor, e
para a própria escola, é tábula rasa, isto é, conhece pouco ou não sabe de nada. Isto não é verdade.
Saber ensinar é oferecer condições para que o discípulo supere, inclusive, o mestre. Numa palavra:
ensinar é fazer aprender a aprender, de modo que o modelo pedagógico desenvolva os processos de
pensamento para construir o conhecimento, que não é exclusividade de quem ensina ou aprende.
É papel dos professores levar o aluno a aprender para conhecer, o que pode ser traduzido por
aprender a aprender, em que o aluno é capaz de exercitar a atenção, a memória e o pensamento
autônomo.
As maiores dificuldades dos docentes residem nas deficiências próprias do processo de formação
acadêmica. Nas universidades brasileiras, os cursos de formação de professores (as chamadas
licenciaturas) se concentram muito nos conteúdos que vêm de ciências duras, mas se descuidam das
competências e habilidades que deve ter o futuro professor, em particular, o domínio de estratégias
que permitam se comportar docentes eficientes, autônomos e estratégicos.
Os docentes enfrentam dificuldades de ensinar a aprender, isto é, desconhecem, muitas vezes, como
os alunos podem aprender e quais os processos que devem realizar para que seus alunos adquiram,
desenvolvam e processem as informações ensinadas e apreendidas em sala de aula. Nesse sentido, o
trabalho com conceitos como aprendizagem, memória sensorial, memória de curto prazo, memória
de longo prazo, estratégias cognitivas, quando não bem assimilados, no processo de formação dos
docentes, serão convertidos em dores de cabeça constantes, em que o docente ensina, mas não tem a
garantia de que está, realmente, ensinando a aprender. A noção de memória é central para quem
ensinar a aprender.
Aprender, pois, a selecionar informação, é um tarefa de quem ensina e desafio para A escola e a
família são instituições ainda muito conservadoras. Nisso, por um lado, não há demérito mas às
vezes também não há mérito. No Brasil, muitas escolas utilizam procedimentos do século XVI, do
período jesuítico como a cópia e o ditado. Nada contra os dois procedimentos, mas se que tenham
uma fundamentação pedagógica e que valorizem a escrita criativa do aluno, decerto, terão pouca
repercussão no seu aprendizado.
Muitas escolas, por pressões familiares, não discutem temas como sexualidade, especialmente a
vertente homossexual. Sexualidade é tabu no meio familiar e no meio escolar mesmo numa
sociedade que enfrenta uma síndrome grave como a AIDS. A escola ensina, como paradigma da
língua padrão, regras gramaticais com exemplário de citações do século XIX, e não aceita a
variação lingüística de origem popular, que traz marcas do padrão oral e não escrito. E assim por
diante. São exemplos de que a escola é realmente conservadora.
Na história educacional, no Brasil, os dados mostram que quanto mais teoria educacional
mirabolante, menos conhecemos o processo ensino-aprendizagem e mais tendemos, também a
reforçar um distanciamento professor-aluno, porque as pedagogias tendem a reduzir ações e espaços
de um lado ou do outro. Ora o professor é sujeito do processo pedagógico ora o aluno é o sujeito
aprendente. O desafio, para todos nós, é o equilíbrio que vem da conjugação dos pilares do processo
de ensino-aprendizagem: mediação, avaliação e qualidade educacional.
Seja como for, o importante é que os docentes tenham conhecimento dessas pedagogias e possam
criar modelos alternativos para que haja a possibilidade de o aluno aprender a aprender, ou seja, ser
capaz de descobrir e aprender por ele mesmo, ou, em colaboração com outros, os procedimentos,
conhecimentos e atitudes que atendam às novas exigências da sociedade do conhecimento.
A Constituição Federal, no seu artigo 205, e a LDB, no seu artigo 2, preceituam que a educação é
dever da família e do Estado. Em diferentes momentos, a família é convocada, pelo poder público, a
participar do processo de formação escolar: no primeiro instante, matriculando, obrigatoriamente,
seu filho, em idade escolar, no ensino fundamental.
No segundo instante, zelando pela freqüência à escola e num terceiro momento se articulando com a
escola, de modo a assegurar meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento e zelando,
com os docentes, pela aprendizagem dos alunos.
O papel da família, no desenvolvimento da capacidade de aprender, é tarefa, pois, de natureza legal
ou jurídica, deve ser, pois, o de articular-se com a escola e seus docentes, velando, de forma
permanente, pela qualidade de ensino.
O papel, pois, da família é de zelar, a exemplo dos docentes, pela aprendizagem. Isto significa
acompanhar de perto a elaboração da proposta pedagógica da escolar, não abrindo mão de prover
meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento ou em atraso escolar bem como
assegurar meios de acesso aos níveis mais elevados de ensino segundo a capacidade de cada um.
As mídias convencionais ou eletrônicas apontam para uma revolução pós-industrial, centrada no
conhecimento. Estamos na chamada sociedade do conhecimento em que um aprendente dedicado à
pesquisa pode, em pouco tempo, superar os conhecimentos acumulados do mestre. E tudo isso é
bom para quem ensina e para quem aprende.
O conhecimento é possível de ser democraticamente capturado ou adquirido por todos: todos estão
em condições de aprendizagem. Claro, a figura do professor não desaparece, exceto o modelo
tradicional do tipo sabe-tudo, mas passa a exercer um papel de mediador ou instrutor ou mesmo um
facilitador na aquisição e desenvolvimento de aprendizagem.
A tarefa do mediador deve ser, então, a de buscar, orientar, diante das diversas fontes disponíveis,
especialmente as eletrônicas, os melhores sites, indicando links que realmente trazem a informação
segura.
Infelizmente, por uma série de fatores de ordem socioeconômica, muitos docentes não acessam a
Internet e, o mais grave, já sofrem conseqüência dessa limitação, levando, para sala de aula,
informações desatualizadas e desnecessárias para os alunos, especialmente em disciplinas como
História, Biologia, Geografia e Língua Portuguesa.
Pode-se ver que hoje, as novas tecnologias, têm invadido um grande espaço da sociedade; Com
isso, percebe-se que o ser humano já não consegue mais viver oculto à elas, bem como, em nenhum
segmento de sua vida, pois dominar os meios tecnológicos, trata-se de necessidade e sobrevivência,
diante às ligeiras transformações ocorridas nos últimos tempos. Portanto, na educação não é
diferente.
Nota-se que, para muitos professores, o avanço das novas tecnologias na educação, tem tirado a
importância dos mesmos no meio educacional, isso se dá pelo medo de encarar o que é novo. O ser
humano, em sua maioria, não está preparado para enfrentar as novidades, e com isso, o mesmo,
acaba conceituando todas elas como algo ruim e inalcançável, por falta de busca para se obter a
adaptação. Pois isso, faz-se necessária o constante aprimoramento de capacidades, por parte do
corpo docente, afim de acompanhar as transformações e facilitar o processo de ensino-
aprendizagem.
A tecnologia, que é uma arte, precisa estar, mais do que nunca, inserida em nossa sociedade
educacional, pois ela desempenha-se como uma fonte de desenvolvimento no processo ensino-
aprendizagem, bem como por meio das facilidades que encontra-se nos meios tecnológicos, como o
quadro-negro, a internet, os aparelhos eletrônicos. Enfim, os professores precisam inovar seus
conhecimentos, suas habilidades para suprir as necessidades dos alunos, precisa-se que haja clareza
nos ensinamentos e todos os meios que puderem ser adicionados ao processo de educação, tornam-
se válidos.
Hoje, como tudo é mais fácil de se adquirir, é preciso que todos esses meios sejam utilizados sem
temor, pois os recursos tecnológicos estão disponíveis a todos e muitas vezes, por falta de instrução,
os alunos os utilizam de forma desregrada e sem capacidade de assimilação do que é proveitoso ou
não, e acabam dificultando o processo de aprendizagem. Portanto, é necessário que os educadores
estejam prontos para desenvolver no aluno uma aprendizagem de qualidade.
Dentro do processo ensino-aprendizagem, sabe-se que, uma pessoa, dotada de um certo
conhecimento adquirido anteriormente, pode desenvolvê-lo e aprender mais sobre ele
posteriormente com facilidade, pois previamente, a pessoa já havia ouvido falar do mesmo. Então
pode-se concordar que, os professores precisam “aproveitar” o que os alunos trazem de “bagagem”
em suas vidas, para melhorar a aprendizagem. O professor precisa motivar, estimular e fazer o
aluno participar com vontade e satisfação, das propostas educacionais, bem como, também, através
de uma recompensa adquirida após o resultado do processo.
Finalmente, entende-se que a tecnologia na educação pode contribuir muito para a promoção da
aprendizagem humana, proporcionando resultados concretos e possíveis de serem implantados nas
escolas, levando a um crescimento considerável nas habilidades dos professores e no
desenvolvimento dos alunos. Por isso é preciso integra-se às novas tecnologias para que as
instituições educacionais, consideradas formadoras de opiniões, consigam participar das
transformações da sociedade com categoria.
Postado por ACADÊMICOS DO 5º PERÍODO
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O artigo acadêmico é um instrumento da construção do saber, visa principalmente tapar esta lacuna
que vem sendo criada no Brasil, que é a falta de pensadores originais, que escrevam os seus
próprios pensamentos, que defendam a sua tese com maior firmeza. O Brasil tem formado muitos
compiladores, copiadores. A nossa literatura acadêmica, os nossos artigos científicos têm mais
citações do que pensamento original e isto é deprimente para as nossas academias de ensino
superior. Há artigos científicos que na verdade são constituídos de citações. Cadê a originalidade da
tese, a opinião própria?
O artigo acadêmico também proporciona aos estudantes, além do habito de desenvolverem as suas
próprias idéias, a condição de irem arquivando ao longo do seu curso todos os seus artigos nas
diversas disciplinas, e, na conclusão do curso de pedagogia, o estudante já tem um vasto material
para construir o seu TCC, com muita originalidade e com fortes pilares para defender a sua tese
com maior veemência. Fato e que, hoje, a maioria tem dificuldades até em elaborar o seu pré-
projeto tanto para um artigo científico como para o seu TCC.
Assim, esperamos que todos que lerem os artigos acadêmicos aqui postados façam o seu
comentário, que peçam a outros para lerem. E os próprios acadêmicos têm que buscar leitor para os
seus artigos; só assim, teremos o perfil critico dos pedagogos que estamos formando.
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• A Evolução da Humanidade e os Avanços Tecnológicos...
• O PROFESSOR E AS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS - Jaqu...
• Introdução a tecnologia educacional - Helen Maciel...
• ► Março (3)
NOSSOS LINKS
• ABED - Associação Brasileira de Educação a Distância
• Associação Brasileira de Tecnologia Educacional
• Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
• Ministério da Educação - MEC
• UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
O trecho escolhido acima como citação remete nosso pensar aos desafios de sermos pontes,
enquanto ensinantes, aos nossos aprendentes. Ousar criar novos conceitos, pois também é
interessante, para dar nova carga semântica as palavras e ações que necessitam nosso constante
revisitar. Assim, as aprendizagens podem ganhar novas roupagens e impulsionar nossa criatividade,
necessária para processos reflexivos mais abrangentes.
Faz tempo que brinco, feito criança, com as palavras, espaço de prazer e de procura de
sistematização dos desafios vividos. Aprendências e ensinagens , por exemplo, são conceitos que
gosto de trabalhar. Rubem Alves, Hugo Assman e Nilda Alves sustentaram meu inicial movimento
neste sentido e Alicia Fernández, quando nos ensina sobre autoria de pensamento, fortalece este
meu mover no mundo, em busca de novos sentidos e significados às minhas ações e intervenções
educativas.
No contexto que atualmente vivemos isso é um imenso ganho para quem atua com pessoas e
aprendizagem, pois possibilita a construção metacognitiva e cria espaços e tempos de trabalho, onde
o fazer pedagógico amplia suas possibilidades. Aprender é ensinar e ensinar é aprender, como já nos
falava, faz tempo, Paulo Freire, nosso educador maior numa perspectiva humanística, ativa e
proativa de fazer educação.
Acredito que são números os desafios a serem enfrentados no contexto atual da ação educativa. Mas
evito falar dos entraves como barreiras: e meu foco de ação sempre foi, é e será, sempre, vinculado
as possibilidades, não aos empecilhos. Sair do lugar da queixa é estratégia essencial, pois quando
não se move, a vida fenece. Diante das complexidades do ato educativo, queixar-se simplesmente é
morrer em vida, pior morte, pois somos invadidos pela inércia, pela Síndrome de Gabriela: "eu
nasci assim eu cresci assim vou ser sempre assim... Gabriela", como nos ensina o poeta.
Evitar esta síndrome é a ação maior que cabe a cada um de nós. Mas como fazer este movimento?
Mudança de foco, reconstrução de um outro olhar sobre nossas vidas, ações e missões.
Compromisso, militância e comprometimento com o agir e o fazer que leve a outros lugares, no
caminho da utopia, que serve para caminhar, como nos ensinou Eduardo Galeano.
Utopia como mola mestra para o enfrentamento, que é uma palavra bonita quando mudamos o seu
sentido. As palavras servem para serem mudadas e alteradas em seus sentidos para que utópicas,
novas e criativas construções aconteçam. Serve este processo para semear em nossos corações à
esperança como uma ação, como atividade e proatividade facilitadora de processos de mediação,
onde o ser sujeito seja pleno de respeito, com as imensas variáveis que compõem nossa espécie.
Enfrentamento não pode mais ser visto como o tradicional enfrentar, que sugere conflito, disputa
onde alguns perdem e outros ganham e que somente envolve dor, nenhum prazer.
Penso a palavra enfrentamento como uma postura, um posicionamento de cada um de nós ao se
colocar em frente ao outro, com um olhar mais límpido e que facilita a importância do diálogo
como estratégia de mediação de conflitos, possibilitadora de novos arranjos para as questões em
aberto, ou em busca de alternativas, de soluções.
No cotidiano escolar a ação educativa não é ação isenta de nossas escolhas: quando em relação de
ensinagem, cada um de nós, como aprendentes, deve ter em mente o que Henry Adams nos ensinou:
um ensinante "sempre afeta a eternidade. Ele nunca saberá onde sua influência termina". E para
tanto, que essa consciência ganhe efetiva presença em nossas vidas, um desafio se configura:
superar o medo. É Nelson Mandela que trás relevante contribuição a este pensar quando em
belíssimo texto nos diz que nosso medo mais profundo é de sermos poderosos além da medida e
que é a nossa luz - e não nossa escuridão-, que nos assusta. Adiante ele afirma que cada um de nós
pretendendo ser pequeno, não serve ao mundo. A ação de ensinagem, visando aprendências e
vivências significativas, deve ser elemento de luz diante das nossas cotidianas ações.
Ainda com Mandela, aprendemos que à medida que deixamos nossa luz brilhar, vamos dando
permissão para que os outros façam o mesmo: esta não seria a maior missão de todos nós,
educadores de crianças, jovens e adultos neste complexo mundo que vivemos, com tantas
possibilidades de interação, movimento, aprendizagem e ressignificação da própria vida?
Aprender e ensinar, hoje, deve ser algo como o trabalho de um jardineiro, que ao cuidar do jardim,
pensa na beleza das flores, dos frutos, dos pássaros, das sutilezas e das riquezas das diferentes
manifestações da vida que neste espaço ocorre. Quem, hoje com mais de 35 anos, não se lembra de
suas aventuras (e algumas desventuras) quando crianças em seu jardim de infância, redescobrindo
outros mundos, interagindo com outras pessoas, lidando com outras materialidades e aprendendo
com a música, com a poesia, com as histórias, os cantinhos?
Saber e ensinar no século XXI é tarefa de resgate de tempos outros, onde a ludicidade estava mais
presente e com gostos de sabores mais amenos, menos apressados e prontos. Para isso, não é
interessante fazer pesquisas de outros métodos e ler autores que se firmaram com suas excelentes
contribuições a prática e a práxis pedagógica? Ler autores da Escola Nova, reler Piaget que,
sabiamente, em seus escritos, nos dá a consciência de que a criança é o pai do adulto e fomentar em
nossas escolas o gosto pela dúvida, pela busca, pela pesquisa como esforço de permanente abertura
ao nosso pensar sobre novas tarefas e construções?
Um dos maiores desafios, ao saber que somos invadidos cotidianamente com inúmeras
informações, é lidar com esta nova sociedade, cuja revolução, nos meios de informação, mídia e
tecnologia, remete nosso pensar, refletir e agir sobre o como ensinar e aprender numa sociedade
aprendente.
Diversos documentos oficiais, divulgando sobre tais mudanças em nosso mundo, ressaltam
impactos imensos, seja o impacto da própria globalização e mundialização, seja o impacto da
sociedade da informação e da nova sociedade tecno-científica. Unidos, enquanto impactos, algumas
terminologias tem sido amplamente adotadas no jargão técnico sobre o tema, tais como sociedade
da informação, sociedade do conhecimento (knowledge society) ou sociedade aprendente (learning
society).
Saber aprender e ensinar no século XXI é enfrentar o desafio contextual de estarmos em processo
de construção de uma sociedade do conhecimento (ou aprendente) que tem seu foco na produção
intelectual, com intensiva utilização das tecnologias da comunicação e informação.
Fica cada vez mais claro que o conhecimento é determinante recurso social, econômico, cultural e
humano neste novo período de nossa evolução histórica: a sociedade aprendente. É Hugo Assman
que nos diz que com a expressão sociedade aprendente "pretende-se inculcar que a sociedade inteira
deve entrar em estado de aprendizagem e transformar-se numa imensa rede de ecologias
cognitivas".
Assim, aprender e ensinar no século XXI, é necessariamente lidar com a aprendizagem numa
perspectiva de construção de ecologias cognitivas, onde a capacidade de aprender está sendo cada
vez mais necessária nas distintas interações que, enquanto sujeitos, estabelecemos com os outros,
com o meio, ou seja, com a sociedade.
Em Pierre Lévy (1994), aprendemos que tais ecologias cognitivas são as complexas relações que
estabelecemos com a realidade, fazendo a utilização coletiva de nossas inteligências com o
entrelaçamento e a mediação dos avanços tecnológicos. Saber aprender e ensinar no século XXI é
enfrentar este desafio no nosso contexto educacional atual: criar estratégias para o desenvolvimento
de uma ecologia cognitiva geradora de uma sociedade do conhecimento, onde competências e
habilidades para aprender e ensinar sejam acessíveis a todos. Um outro teórico importante, Peter
Senge, nos fala sobre a necessária construção de organizações de aprendizagem
"nas quais as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que realmente
desejam, onde surgem novos e elevados padrões de raciocínio, onde a inspiração coletiva é libertada
e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender em grupo.
O desafio que se configura, então, é pensar como nossas escolas, em suas ações cotidianas, podem
organizar ações educativas que atendam a demanda por aprendizagens significativas e por efetivas
construções de conhecimentos. Em nosso momento histórico atual, reside nos projetos político-
pedagógicos a busca por coerência entre as práticas de ensinagens e os novos paradigmas científicos
que, no contexto das emergentes mudanças, devem estar presentes nas reformulações pedagógicas.
Na sociedade aprendente do século XXI, é a prática educativa em si que necessita ser revisada, com
profundidade, em suas abordagens didáticas, em suas concepções epistemológicas e nos seus
distintos aspectos curriculares, pois o avanço crescente da ciência, das tecnologias e dos meios de
comunicação exige a presença da coerência nos contextos educacionais, visando atender demandas
contemporâneas pela disseminação de novos paradigmas científicos, necessários à economia
globalizada.
São as mudanças que desencadearam a sociedade aprendente que desafiam as instituições
educacionais a oferecerem formação que seja compatível com as demandas atuais - criadas com as
redes eletrônicas de comunicação, com a internet e as múltiplas possibilidades midiáticas de acesso
à informação e a ampliação cada vez maior, em nosso planeta, da produção de conhecimentos,
disponível nos bancos de dados presentes no ciberespaço.
Mediante tal realidade, a ação docente deve ser focada, irremediavelmente, no ensinar para
aprender, visto que a maior demanda educacional contemporânea é formar sujeitos aprendentes,
capazes de aprender de modo criativo, contínuo, crítico e autônomo. A adoção de novas abordagens,
de novos modos de ensejar a capacidade de investigação e de "aprender a aprender" deve ser
objetivo a ser perseguido por todas as instituições educacionais, para a construção de novos dos
modos de produção do saber, criando condições necessárias para o necessário e permanente
processo de educação continuada.
Um valioso aspecto a ser observado é a busca por ativas metodologias pedagógicas, que fomente,
nas redes informatizadas, às necessidades de acesso às informações e ao conhecimento. Neste
sentido, aprendentes e ensinantes precisam estar em movimentos de parcerias na pesquisa, na
investigação e na busca por coletivas modalidades de aprendizagem. Importante desafio para o
aprender e o ensinar no século XXI.
Apresentação
"Um indivíduo consegue hoje um diploma de curso superior sem nunca ter aprendido
a comunicar-se, a resolver conflitos, a saber o que fazer com a raiva e outros
sentimentos negativos" (Carl Rogers)
Educar é colaborar para que professores e alunos nas escolas e organizações -
transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e de
trabalho e tornar-se cidadãos realizados e produtivos.
Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou idéia que
vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e
sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos na família, na
escola, no trabalho, no lazer, etc. Educamos aprendendo a integrar em novas sínteses
o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte e
técnica; razão e emoção.
De tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação,
experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, seja para confirmar
o que já sabemos, seja para rejeitar determinadas visões de mundo
Na educação - nas organizações empresariais ou escolares - buscamos o equilíbrio
entre a flexibilidade (que está ligada ao conceito de liberdade) e a organização (onde
há hierarquia, normas, maior rigidez). Com a flexibilidade procuramos adaptar-nos às
diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as
diferenças locais e os contextos culturais. Com a organização, buscamos gerenciar as
divergências, os tempos, os conteúdos, os custos, estabelecemos os parâmetros
fundamentais. Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às
necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado, se
transformarmos a sala de aula em uma comunidade de investigação.
Educar o educador
De um professor espera-se, em primeiro lugar, que seja competente na sua
especialidade, que conheça a matéria, que esteja atualizado. Em segundo lugar, que
saiba comunicar-se com os seus alunos, motivá-los, explicar o conteúdo, manter o
grupo atento, entrosado, cooperativo, produtivo.
Muitos se satisfazem em ser competentes no conteúdo de ensino, em dominar
determinada área de conhecimento e em aprimorar-se nas técnicas de comunicação
desse conteúdo. São os professores bem preparados, que prestam um serviço
importante socialmente em troca de uma remuneração, em geral, mais baixa do que
alta.
Na educação, escolar ou empresarial, precisamos de pessoas que sejam competentes
em determinadas áreas de conhecimento, em comunicar esse conteúdo aos seus
alunos, mas também que saibam interagir de forma mais rica, profunda, vivencial,
facilitando a compreensão e a prática de formas autênticas de viver, de sentir, de
aprender, de comunicar-se. Ao educar facilitamos, num clima de confiança, interações
pessoais e grupais que ultrapassam o conteúdo para, através dele, ajudar a construir
um referencial rico de conhecimento, de emoções e de práticas.
As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos educadores
maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas,
que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato,
porque dele saímos enriquecidos.
Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal.
Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, diferente
no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de
comunicar-se. São um poço inesgotável de descobertas.
Enquanto isso, boa parte dos professores é previsível, não nos surpreende; repete
fórmulas, sínteses.
O contato com educadores entusiasmados atrai, contagia, estimula, os torna próximos
da maior parte dos alunos. Mesmo que não concordemos com todas as suas idéias, os
respeitamos.
As primeiras reações que o bom professor e educador despertam no aluno são a
confiança, a admiração e o entusiasmo. Isso facilita enormemente o processo de
ensino-aprendizagem.
As mudanças na educação dependem também de termos administradores, diretores e
coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas
no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apoiem os
professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o
humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e
comunicação.
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos,
motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do
professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-
educador.
Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-
los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apóiam as mudanças, que
estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos,
aprendem mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais
produtivas.
Conclusão
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da educação
presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em que vale a
pena encontrar-nos fisicamente,- no começo e no final de um assunto ou de um
curso. Há outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço habitual,
mas conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio constante,
tornando real o conceito de educação permanente. Ensino a distância não é só um
"fast-food" onde o aluno vai lá e se serve de algo pronto. Ensino a distância é ajudar
os participantes a que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a
participação em grupos presenciais e virtuais onde avançamos rapidamente, trocamos
experiências, dúvidas e resultados.
Tanto nos cursos convencionais como nos a distância teremos que aprender a lidar
com a informação e o conhecimento de formas novas, pesquisando muito e
comunicando-nos constantemente. Isso nos fará avançar mais rapidamente na
compreensão integral dos assuntos específicos, integrando-os num contexto pessoal,
emocional e intelectual mais rico e transformador. Assim poderemos aprender a
mudar nossas idéias, sentimentos e valores onde se fizer necessário.
É importante sermos professores-educadores com um amadurecimento intelectual,
emocional e comunicacional que facilite todo o processo de organização da
aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que
o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de
estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação.
Necessitamos de muitas pessoas livres nas empresas e escolas que modifiquem as
estruturas arcaicas, autoritárias do ensino escolar e gerencial -. Só pessoas livres,
autônomas - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem
educar para a autonomia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres merecem
o diploma de educador.
Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os
outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicar-nos
mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos
as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias,
utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de
interação não está fundamentalmente nas tecnologias mas nas nossas mentes.
TEXTOS
• Apresentação
• Ensinar de formas diferentes para pessoas diferentes
• Transformar a aula em pesquisa e comunicação
• Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula?
• Quando vale a pena encontrar-nos fisicamente numa sala de aula?
• Educar o educador
• Educação para a autonomia e para a cooperação
• Experiências pessoais de ensino utilizando a Internet
• Alguns problemas no uso da Internet na educação
• Conclusão
Apresentação
"Um indivíduo consegue hoje um diploma de curso superior sem nunca ter aprendido
a comunicar-se, a resolver conflitos, a saber o que fazer com a raiva e outros
sentimentos negativos" (Carl Rogers)
Educar é colaborar para que professores e alunos nas escolas e organizações -
transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e de
trabalho e tornar-se cidadãos realizados e produtivos.
Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou idéia que
vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e
sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos na família, na
escola, no trabalho, no lazer, etc. Educamos aprendendo a integrar em novas sínteses
o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte e
técnica; razão e emoção.
De tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação,
experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, seja para confirmar
o que já sabemos, seja para rejeitar determinadas visões de mundo
Na educação - nas organizações empresariais ou escolares - buscamos o equilíbrio
entre a flexibilidade (que está ligada ao conceito de liberdade) e a organização (onde
há hierarquia, normas, maior rigidez). Com a flexibilidade procuramos adaptar-nos às
diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as
diferenças locais e os contextos culturais. Com a organização, buscamos gerenciar as
divergências, os tempos, os conteúdos, os custos, estabelecemos os parâmetros
fundamentais. Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às
necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado, se
transformarmos a sala de aula em uma comunidade de investigação.
Educar o educador
De um professor espera-se, em primeiro lugar, que seja competente na sua
especialidade, que conheça a matéria, que esteja atualizado. Em segundo lugar, que
saiba comunicar-se com os seus alunos, motivá-los, explicar o conteúdo, manter o
grupo atento, entrosado, cooperativo, produtivo.
Muitos se satisfazem em ser competentes no conteúdo de ensino, em dominar
determinada área de conhecimento e em aprimorar-se nas técnicas de comunicação
desse conteúdo. São os professores bem preparados, que prestam um serviço
importante socialmente em troca de uma remuneração, em geral, mais baixa do que
alta.
Na educação, escolar ou empresarial, precisamos de pessoas que sejam competentes
em determinadas áreas de conhecimento, em comunicar esse conteúdo aos seus
alunos, mas também que saibam interagir de forma mais rica, profunda, vivencial,
facilitando a compreensão e a prática de formas autênticas de viver, de sentir, de
aprender, de comunicar-se. Ao educar facilitamos, num clima de confiança, interações
pessoais e grupais que ultrapassam o conteúdo para, através dele, ajudar a construir
um referencial rico de conhecimento, de emoções e de práticas.
As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos educadores
maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas,
que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato,
porque dele saímos enriquecidos.
Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal.
Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, diferente
no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de
comunicar-se. São um poço inesgotável de descobertas.
Enquanto isso, boa parte dos professores é previsível, não nos surpreende; repete
fórmulas, sínteses.
O contato com educadores entusiasmados atrai, contagia, estimula, os torna próximos
da maior parte dos alunos. Mesmo que não concordemos com todas as suas idéias, os
respeitamos.
As primeiras reações que o bom professor e educador despertam no aluno são a
confiança, a admiração e o entusiasmo. Isso facilita enormemente o processo de
ensino-aprendizagem.
As mudanças na educação dependem também de termos administradores, diretores e
coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas
no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apoiem os
professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o
humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e
comunicação.
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos,
motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do
professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-
educador.
Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-
los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apóiam as mudanças, que
estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos,
aprendem mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais
produtivas.
Conclusão
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da educação
presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em que vale a
pena encontrar-nos fisicamente,- no começo e no final de um assunto ou de um
curso. Há outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço habitual,
mas conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio constante,
tornando real o conceito de educação permanente. Ensino a distância não é só um
"fast-food" onde o aluno vai lá e se serve de algo pronto. Ensino a distância é ajudar
os participantes a que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a
participação em grupos presenciais e virtuais onde avançamos rapidamente, trocamos
experiências, dúvidas e resultados.
Tanto nos cursos convencionais como nos a distância teremos que aprender a lidar
com a informação e o conhecimento de formas novas, pesquisando muito e
comunicando-nos constantemente. Isso nos fará avançar mais rapidamente na
compreensão integral dos assuntos específicos, integrando-os num contexto pessoal,
emocional e intelectual mais rico e transformador. Assim poderemos aprender a
mudar nossas idéias, sentimentos e valores onde se fizer necessário.
É importante sermos professores-educadores com um amadurecimento intelectual,
emocional e comunicacional que facilite todo o processo de organização da
aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que
o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de
estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação.
Necessitamos de muitas pessoas livres nas empresas e escolas que modifiquem as
estruturas arcaicas, autoritárias do ensino escolar e gerencial -. Só pessoas livres,
autônomas - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem
educar para a autonomia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres merecem
o diploma de educador.
Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os
outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicar-nos
mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos
as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias,
utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de
interação não está fundamentalmente nas tecnologias mas nas nossas mentes.
Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os
paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos.
Caso contrário conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no
essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode
ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de
aprender.
BIBLIOGRAFIA
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San Diego, vol 1, n.2, p.10-13, Summer 1995.
FERREIRA, Sueli. Introducão às Redes Eletrônicas de Comunicação. Ciências da
Informação.Brasília, 23(2):258-263, maio/agosto, 1994.
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Artes Médicas, 1994.
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1996.
ELLSWORTH, Jill. Education on the Internet. Indianápolis, Sams Publishing, 1994.
ESTABROOK, Noel et al. Using UseNet Newsgroups. Indianopolis, Que, 1995.
HOINEFF, Nelson. A nova televisão; desmassificação e o impasse das grandes redes. Rio de
Janeiro. Delume Dumará, 1996.
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para o desenvolvimento de programas educacionais. Brasília, Faculdade de Educação, 1995.
Dissertação de Mestrado.
LINARD, Monique & BELISLE, Claire. Comp’act: new competencies of training actors with new
information and communication technologies. Ecully, CNRS, 1995
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MOLL, Luis (org). Vygotsky e a educação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1996.
MORAN, José Manuel. Mudanças na comunicação pessoal; Gerenciamento integrado da
comunicação pessoal, social e tecnológica. São Paulo, Paulinas, 1998.
___________________. Como utilizar a Internet na Educação. Revista Ciência da Informação,
vol 26, n.2, maio-agosto, 1997; páginas 146-153.
___________________. Leituras dos Meios de Comunicação. São Paulo, Ed. Pancast, 1993.
___________________. Como ver televisão. São Paulo, Paulinas, 1991.
NOVOA, Antônio (org.). Vidas de Professores. Porto, Porto Editora, 1992.
PAPERT, Seymour. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto
Alegre, Artes Médicas, 1994.
POSTMANN, Neil. Tecnopolio. São Paulo, Nobel, 1994.
SEABRA, Carlos. Usos da telemática na educação. In Acesso; Revista de Educação e
Informática. São Paulo, v.5, n.10, p.4-11, julho, 1995.
Os participantes deverão propor formas para apresentar o conceito de tecnologia social aos
estudantes. Além de justificar a proposta, o concorrente deverá indicar como pretende envolver a
escola e a comunidade no debate. Cinqüenta finalistas, dez de cada região do país, serão
selecionados para concorrer à premiação. Os critérios para a seleção desta etapa são: clareza da
apresentação, potencial de reaplicação e originalidade da proposta. Na etapa final do concurso,
cinco professores, um de cada região do Brasil, serão selecionados e ganharão uma viagem ao
Fórum Social Mundial 2009 (FSM Amazônico), marcado para o período de 27 de janeiro a 1º de
fevereiro de 2009, em Belém (PA).
"Aprender, ensinar e aprender a ensinar"
Polya
Lichtenberg
Kant
"Escrevo para que o aprendiz possa sempre aperceber-se
do fundamento interno das coisas que aprende, de tal forma que a
origem da invenção possa apareçer e, portanto, de tal forma que o
aprendiz possa aprender tudo como se o tivesse inventado por si
próprio"
Leibniz
2. O objectivo do ensino
Não podemos julgar o desempenho do professor se não soubermos
qual é o seu objectivo. Não podemos discutir seriamente o ensino
se não concordarmos, até certo ponto, àcerca do objectivo do
ensino.
Deixem-me especificar. Estou preocupado com a matemática nos
currículos do secundário e tenho uma ideia "fora de moda" acerca
do seu objectivo: primeiro, e acima de tudo, ela deveria ensinar
os jovens a PENSAR.
Ensinar não é uma ciência mas uma arte. Esta ideia já foi
expressa por tantas pessoas, tantas vezes, que me sinto até
envergonhado por a repetir. Contudo, se deixarmos uma certa
generalidade e observarmos, sob uma perspectiva instrutiva, alguns
pormenores apropriados, apercebemo-nos de alguns truques.
Já foi dito por muitas pessoas e das mais variadas formas que a
aprendizagem deve ser activa, não meramente passiva ou receptiva.
Dificilmente se consegue aprender alguma coisa, e certamente não
se consegue aprender muito, simplesmente por ler livros, ouvir
palestras ou assistir a filmes, sem adicionar nenhuma acção
intelectual.
Uma outra opinião frequentemente expressa (e minuciosamente
descrita): A melhor forma de aprender alguma coisa é descobri-la
por si próprio. Lichtenberg (físico alemão do séc. XVIII, mais
conhecido como escritor de aforismos) acrescenta um aspecto
importante: Aquilo que se é obrigado a descobrir por si próprio
deixa um caminho na mente que se pode percorrer novamente sempre
que se tiver necessidade. Menos colorida, mas talvez mais
abrangente, é a formulação seguinte: Para uma aprendizagem
eficiente, o aprendiz deve descobrir por si próprio tanto quanto
for possível do conteúdo a aprender, tendo em conta as
circunstâncias.
Este é o princípio da aprendizagem activa (Arbeitsprinzip).
Princípio muito antigo que tem por detrás nada menos que o "método
Socrático".
6. Exemplos
7. Aprender ensinando
Daniela Doria
Pedagoga
Primeiramente, a atitude que querer aprender. É preciso que a escola desenvolva, no aluno, o
aprendizado dos verbos querer e aprender, de modo a motivar para conjugá-los assim: eu quero
aprender. Tal comportamento exigirá do aluno, de logo, uma série de atitudes como interesse,
motivação, atenção, compreensão, participação e expectativa de aprender a conhecer, a fazer, a
conviver e a ser pessoa.
Um pergunta, agora, advém: saber ensinar é tão importante quanto saber aprender? Responderei
assim: há um ditado, no meio escolar, que diz assim: quem sabe, ensina. Muitos sabem
conhecimentos, mas poucos ensinam a aprender. Ensinar a aprender é ensinar estratégias de
aprendizagem. Na escola tradicional, o P, maiúsculo, significa professor-representante do
Conhecimento; o C, maiúsculo, significa Conhecimento acumulado historicamente na memória
social e na memória do professor e o a, minúsculo, significa o aluno, que, a rigor, para o professor, e
para a própria escola, é tábula rasa, isto é, conhece pouco ou não sabe de nada. Isto não é verdade.
Saber ensinar é oferecer condições para que o discípulo supere, inclusive, o mestre. Numa palavra:
ensinar é fazer aprender a aprender, de modo que o modelo pedagógico desenvolva os processos de
pensamento para construir o conhecimento, que não é exclusividade de quem ensina ou aprende.
É papel dos professores levar o aluno a aprender para conhecer, o que pode ser traduzido por
aprender a aprender, em que o aluno é capaz de exercitar a atenção, a memória e o pensamento
autônomo.
As maiores dificuldades dos docentes residem nas deficiências próprias do processo de formação
acadêmica. Nas universidades brasileiras, os cursos de formação de professores (as chamadas
licenciaturas) se concentram muito nos conteúdos que vêm de ciências duras, mas se descuidam das
competências e habilidades que deve ter o futuro professor, em particular, o domínio de estratégias
que permitam se comportar docentes eficientes, autônomos e estratégicos.
Os docentes enfrentam dificuldades de ensinar a aprender, isto é, desconhecem, muitas vezes, como
os alunos podem aprender e quais os processos que devem realizar para que seus alunos adquiram,
desenvolvam e processem as informações ensinadas e apreendidas em sala de aula. Nesse sentido, o
trabalho com conceitos como aprendizagem, memória sensorial, memória de curto prazo, memória
de longo prazo, estratégias cognitivas, quando não bem assimilados, no processo de formação dos
docentes, serão convertidos em dores de cabeça constantes, em que o docente ensina, mas não tem a
garantia de que está, realmente, ensinando a aprender. A noção de memória é central pa quem
ensinar a aprender.
Aprender, pois, a selecionar informação, é um tarefa de quem ensina e desafio para A escola e a
família são instituições ainda muito conservadoras. Nisso, por um lado, não há demérito mas às
vezes também não há mérito. No Brasil, muitas escolas utilizam procedimentos do século XVI, do
período jesuítico como a cópia e o ditado. Nada contra os dois procedimentos, mas se que tenham
uma fundamentação pedagógica e que valorizem a escrita criativa do aluno, decerto, terão pouca
repercussão no seu aprendizado.
Muitas escolas, por pressões familiares, não discutem temas como sexualidade, especialmente a
vertente homossexual. Sexualidade é tabu no meio familiar e no meio escolar mesmo numa
sociedade que enfrenta uma síndrome grave como a AIDS. A escola ensina, como paradigma da
língua padrão, regras gramaticais com exemplário de citações do século XIX, e não aceita a
variação lingüística de origem popular, que traz marcas do padrão oral e não escrito. E assim por
diante. São exemplos de que a escola é realmente conservadora.
Na história educacional, no Brasil, os dados mostram que quanto mais teoria educacional
mirabolante, menos conhecemos o processo ensino-aprendizagem e mais tendemos, também a
reforçar um distanciamento professor-aluno, porque as pedagogias tendem a reduzir ações e espaços
de um lado ou do outro. Ora o professor é sujeito do processo pedagógico ora o aluno é o sujeito
aprendente. O desafio, para todos nós, é o equilíbrio que vem da conjugação dos pilares do processo
de ensino-aprendizagem: mediação, avaliação e qualidade educacional.
Seja como for, o importante é que os docentes tenham conhecimento dessas pedagogias e possam
criar modelos alternativos para que haja a possibilidade de o aluno aprender a aprender, ou seja, ser
capaz de descobrir e aprender por ele mesmo, ou, em colaboração com outros, os procedimentos,
conhecimentos e atitudes que atendam às novas exigências da sociedade do conhecimento.
A Constituição Federal, no seu artigo 205, e a LDB, no seu artigo 2, preceituam que a educação é
dever da família e do Estado. Em diferentes momentos, a família é convocada, pelo poder público, a
participar do processo de formação escolar: no primeiro instante, matriculando, obrigatoriamente,
seu filho, em idade escolar, no ensino fundamental.
No segundo instante, zelando pela freqüência à escola e num terceiro momento se articulando com a
escola, de modo a assegurar meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento e zelando,
com os docentes, pela aprendizagem dos alunos.
O papel da família, no desenvolvimento da capacidade de aprender, é tarefa, pois, de natureza legal
ou jurídica, deve ser, pois, o de articular-se com a escola e seus docentes, velando, de forma
permanente, pela qualidade de ensino.
O papel, pois, da família é de zelar, a exemplo dos docentes, pela aprendizagem. Isto significa
acompanhar de perto a elaboração da proposta pedagógica da escolar, não abrindo mão de prover
meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento ou em atraso escolar bem como
assegurar meios de acesso aos níveis mais elevados de ensino segundo a capacidade de cada um.
As mídias convencionais ou eletrônicas apontam para uma revolução pós-industrial, centrada no
conhecimento. Estamos na chamada sociedade do conhecimento em que um aprendente dedicado à
pesquisa pode, em pouco tempo, superar os conhecimentos acumulados do mestre. E tudo isso é
bom para quem ensina e para quem aprende.
O conhecimento é possível de ser democraticamente capturado ou adquirido por todos: todos estão
em condições de aprendizagem. Claro, a figura do professor não desaparece, exceto o modelo
tradicional do tipo sabe-tudo, mas passa a exercer um papel de mediador ou instrutor ou mesmo um
facilitador na aquisição e desenvolvimento de aprendizagem.
A tarefa do mediador deve ser, então, a de buscar, orientar, diante das diversas fontes disponíveis,
especialmente as eletrônicas, os melhores sites, indicando links que realmente trazem a informação
segura.
Infelizmente, por uma série de fatores de ordem socioeconômica, muitos docentes não acessam a
Internet e, o mais grave, já sofrem conseqüência dessa limitação, levando, para sala de aula,
informações desatualizadas e desnecessárias para os alunos, especialmente em disciplinas como
História, Biologia, Geografia e Língua Portuguesa.
Nota-se que, para muitos professores, o avanço das novas tecnologias na educação, tem tirado a
importância dos mesmos no meio educacional, isso se dá pelo medo de encarar o que é novo. O ser
humano, em sua maioria, não está preparado para enfrentar as novidades, e com isso, o mesmo,
acaba conceituando todas elas como algo ruim e inalcançável, por falta de busca para se obter a
adaptação. Pois isso, faz-se necessária o constante aprimoramento de capacidades, por parte do
corpo docente, afim de acompanhar as transformações e facilitar o processo de ensino-
aprendizagem.
A tecnologia, que é uma arte, precisa estar, mais do que nunca, inserida em nossa sociedade
educacional, pois ela desempenha-se como uma fonte de desenvolvimento no processo ensino-
aprendizagem, bem como por meio das facilidades que encontra-se nos meios tecnológicos, como o
quadro-negro, a internet, os aparelhos eletrônicos. Enfim, os professores precisam inovar seus
conhecimentos, suas habilidades para suprir as necessidades dos alunos, precisa-se que haja clareza
nos ensinamentos e todos os meios que puderem ser adicionados ao processo de educação, tornam-
se válidos.
Hoje, como tudo é mais fácil de se adquirir, é preciso que todos esses meios sejam utilizados sem
temor, pois os recursos tecnológicos estão disponíveis a todos e muitas vezes, por falta de instrução,
os alunos os utilizam de forma desregrada e sem capacidade de assimilação do que é proveitoso ou
não, e acabam dificultando o processo de aprendizagem. Portanto, é necessário que os educadores
estejam prontos para desenvolver no aluno uma aprendizagem de qualidade.
Dentro do processo ensino-aprendizagem, sabe-se que, uma pessoa, dotada de um certo
conhecimento adquirido anteriormente, pode desenvolvê-lo e aprender mais sobre ele
posteriormente com facilidade, pois previamente, a pessoa já havia ouvido falar do mesmo. Então
pode-se concordar que, os professores precisam “aproveitar” o que os alunos trazem de “bagagem”
em suas vidas, para melhorar a aprendizagem. O professor precisa motivar, estimular e fazer o
aluno participar com vontade e satisfação, das propostas educacionais, bem como, também, através
de uma recompensa adquirida após o resultado do processo.
Finalmente, entende-se que a tecnologia na educação pode contribuir muito para a promoção da
aprendizagem humana, proporcionando resultados concretos e possíveis de serem implantados nas
escolas, levando a um crescimento considerável nas habilidades dos professores e no
desenvolvimento dos alunos. Por isso é preciso integra-se às novas tecnologias para que as
instituições educacionais, consideradas formadoras de opiniões, consigam participar das
transformações da sociedade com categoria.
Postado por ACADÊMICOS DO 5º PERÍODO
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O artigo acadêmico é um instrumento da construção do saber, visa principalmente tapar esta lacuna
que vem sendo criada no Brasil, que é a falta de pensadores originais, que escrevam os seus
próprios pensamentos, que defendam a sua tese com maior firmeza. O Brasil tem formado muitos
compiladores, copiadores. A nossa literatura acadêmica, os nossos artigos científicos têm mais
citações do que pensamento original e isto é deprimente para as nossas academias de ensino
superior. Há artigos científicos que na verdade são constituídos de citações. Cadê a originalidade da
tese, a opinião própria?
O artigo acadêmico também proporciona aos estudantes, além do habito de desenvolverem as suas
próprias idéias, a condição de irem arquivando ao longo do seu curso todos os seus artigos nas
diversas disciplinas, e, na conclusão do curso de pedagogia, o estudante já tem um vasto material
para construir o seu TCC, com muita originalidade e com fortes pilares para defender a sua tese
com maior veemência. Fato e que, hoje, a maioria tem dificuldades até em elaborar o seu pré-
projeto tanto para um artigo científico como para o seu TCC.
Assim, esperamos que todos que lerem os artigos acadêmicos aqui postados façam o seu
comentário, que peçam a outros para lerem. E os próprios acadêmicos têm que buscar leitor para os
seus artigos; só assim, teremos o perfil critico dos pedagogos que estamos formando.
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• Associação Brasileira de Tecnologia Educacional
• Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
• Ministério da Educação - MEC
• UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
O trecho escolhido acima como citação remete nosso pensar aos desafios de sermos pontes,
enquanto ensinantes, aos nossos aprendentes. Ousar criar novos conceitos, pois também é
interessante, para dar nova carga semântica as palavras e ações que necessitam nosso constante
revisitar. Assim, as aprendizagens podem ganhar novas roupagens e impulsionar nossa criatividade,
necessária para processos reflexivos mais abrangentes.
Faz tempo que brinco, feito criança, com as palavras, espaço de prazer e de procura de
sistematização dos desafios vividos. Aprendências e ensinagens , por exemplo, são conceitos que
gosto de trabalhar. Rubem Alves, Hugo Assman e Nilda Alves sustentaram meu inicial movimento
neste sentido e Alicia Fernández, quando nos ensina sobre autoria de pensamento, fortalece este
meu mover no mundo, em busca de novos sentidos e significados às minhas ações e intervenções
educativas.
No contexto que atualmente vivemos isso é um imenso ganho para quem atua com pessoas e
aprendizagem, pois possibilita a construção metacognitiva e cria espaços e tempos de trabalho, onde
o fazer pedagógico amplia suas possibilidades. Aprender é ensinar e ensinar é aprender, como já nos
falava, faz tempo, Paulo Freire, nosso educador maior numa perspectiva humanística, ativa e
proativa de fazer educação.
Acredito que são números os desafios a serem enfrentados no contexto atual da ação educativa. Mas
evito falar dos entraves como barreiras: e meu foco de ação sempre foi, é e será, sempre, vinculado
as possibilidades, não aos empecilhos. Sair do lugar da queixa é estratégia essencial, pois quando
não se move, a vida fenece. Diante das complexidades do ato educativo, queixar-se simplesmente é
morrer em vida, pior morte, pois somos invadidos pela inércia, pela Síndrome de Gabriela: "eu
nasci assim eu cresci assim vou ser sempre assim... Gabriela", como nos ensina o poeta.
Evitar esta síndrome é a ação maior que cabe a cada um de nós. Mas como fazer este movimento?
Mudança de foco, reconstrução de um outro olhar sobre nossas vidas, ações e missões.
Compromisso, militância e comprometimento com o agir e o fazer que leve a outros lugares, no
caminho da utopia, que serve para caminhar, como nos ensinou Eduardo Galeano.
Utopia como mola mestra para o enfrentamento, que é uma palavra bonita quando mudamos o seu
sentido. As palavras servem para serem mudadas e alteradas em seus sentidos para que utópicas,
novas e criativas construções aconteçam. Serve este processo para semear em nossos corações à
esperança como uma ação, como atividade e proatividade facilitadora de processos de mediação,
onde o ser sujeito seja pleno de respeito, com as imensas variáveis que compõem nossa espécie.
Enfrentamento não pode mais ser visto como o tradicional enfrentar, que sugere conflito, disputa
onde alguns perdem e outros ganham e que somente envolve dor, nenhum prazer.
Penso a palavra enfrentamento como uma postura, um posicionamento de cada um de nós ao se
colocar em frente ao outro, com um olhar mais límpido e que facilita a importância do diálogo
como estratégia de mediação de conflitos, possibilitadora de novos arranjos para as questões em
aberto, ou em busca de alternativas, de soluções.
No cotidiano escolar a ação educativa não é ação isenta de nossas escolhas: quando em relação de
ensinagem, cada um de nós, como aprendentes, deve ter em mente o que Henry Adams nos ensinou:
um ensinante "sempre afeta a eternidade. Ele nunca saberá onde sua influência termina". E para
tanto, que essa consciência ganhe efetiva presença em nossas vidas, um desafio se configura:
superar o medo. É Nelson Mandela que trás relevante contribuição a este pensar quando em
belíssimo texto nos diz que nosso medo mais profundo é de sermos poderosos além da medida e
que é a nossa luz - e não nossa escuridão-, que nos assusta. Adiante ele afirma que cada um de nós
pretendendo ser pequeno, não serve ao mundo. A ação de ensinagem, visando aprendências e
vivências significativas, deve ser elemento de luz diante das nossas cotidianas ações.
Ainda com Mandela, aprendemos que à medida que deixamos nossa luz brilhar, vamos dando
permissão para que os outros façam o mesmo: esta não seria a maior missão de todos nós,
educadores de crianças, jovens e adultos neste complexo mundo que vivemos, com tantas
possibilidades de interação, movimento, aprendizagem e ressignificação da própria vida?
Aprender e ensinar, hoje, deve ser algo como o trabalho de um jardineiro, que ao cuidar do jardim,
pensa na beleza das flores, dos frutos, dos pássaros, das sutilezas e das riquezas das diferentes
manifestações da vida que neste espaço ocorre. Quem, hoje com mais de 35 anos, não se lembra de
suas aventuras (e algumas desventuras) quando crianças em seu jardim de infância, redescobrindo
outros mundos, interagindo com outras pessoas, lidando com outras materialidades e aprendendo
com a música, com a poesia, com as histórias, os cantinhos?
Saber e ensinar no século XXI é tarefa de resgate de tempos outros, onde a ludicidade estava mais
presente e com gostos de sabores mais amenos, menos apressados e prontos. Para isso, não é
interessante fazer pesquisas de outros métodos e ler autores que se firmaram com suas excelentes
contribuições a prática e a práxis pedagógica? Ler autores da Escola Nova, reler Piaget que,
sabiamente, em seus escritos, nos dá a consciência de que a criança é o pai do adulto e fomentar em
nossas escolas o gosto pela dúvida, pela busca, pela pesquisa como esforço de permanente abertura
ao nosso pensar sobre novas tarefas e construções?
Um dos maiores desafios, ao saber que somos invadidos cotidianamente com inúmeras
informações, é lidar com esta nova sociedade, cuja revolução, nos meios de informação, mídia
eMudar a forma de ensinar e de aprender com
tecnologias
Transformar as aulas em pesquisa e comunicação presencial-virtual
• Apresentação
• Ensinar de formas diferentes para pessoas diferentes
• Transformar a aula em pesquisa e comunicação
• Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula?
• Quando vale a pena encontrar-nos fisicamente numa sala de aula?
• Educar o educador
• Educação para a autonomia e para a cooperação
• Experiências pessoais de ensino utilizando a Internet
• Alguns problemas no uso da Internet na educação
• Conclusão
Apresentação
"Um indivíduo consegue hoje um diploma de curso superior sem nunca ter aprendido
a comunicar-se, a resolver conflitos, a saber o que fazer com a raiva e outros
sentimentos negativos" (Carl Rogers)
Educar é colaborar para que professores e alunos nas escolas e organizações -
transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e de
trabalho e tornar-se cidadãos realizados e produtivos.
Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou idéia que
vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e
sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos na família, na
escola, no trabalho, no lazer, etc. Educamos aprendendo a integrar em novas sínteses
o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte e
técnica; razão e emoção.
De tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação,
experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, seja para confirmar
o que já sabemos, seja para rejeitar determinadas visões de mundo
Na educação - nas organizações empresariais ou escolares - buscamos o equilíbrio
entre a flexibilidade (que está ligada ao conceito de liberdade) e a organização (onde
há hierarquia, normas, maior rigidez). Com a flexibilidade procuramos adaptar-nos às
diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as
diferenças locais e os contextos culturais. Com a organização, buscamos gerenciar as
divergências, os tempos, os conteúdos, os custos, estabelecemos os parâmetros
fundamentais. Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às
necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado, se
transformarmos a sala de aula em uma comunidade de investigação.
Conclusão
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da educação
presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em que vale a
pena encontrar-nos fisicamente,- no começo e no final de um assunto ou de um
curso. Há outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço habitual,
mas conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio constante,
tornando real o conceito de educação permanente. Ensino a distância não é só um
"fast-food" onde o aluno vai lá e se serve de algo pronto. Ensino a distância é ajudar
os participantes a que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a
participação em grupos presenciais e virtuais onde avançamos rapidamente, trocamos
experiências, dúvidas e resultados.
Tanto nos cursos convencionais como nos a distância teremos que aprender a lidar
com a informação e o conhecimento de formas novas, pesquisando muito e
comunicando-nos constantemente. Isso nos fará avançar mais rapidamente na
compreensão integral dos assuntos específicos, integrando-os num contexto pessoal,
emocional e intelectual mais rico e transformador. Assim poderemos aprender a
mudar nossas idéias, sentimentos e valores onde se fizer necessário.
É importante sermos professores-educadores com um amadurecimento intelectual,
emocional e comunicacional que facilite todo o processo de organização da
aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que
o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de
estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação.
Necessitamos de muitas pessoas livres nas empresas e escolas que modifiquem as
estruturas arcaicas, autoritárias do ensino escolar e gerencial -. Só pessoas livres,
autônomas - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem
educar para a autonomia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres merecem
o diploma de educador.
Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os
outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicar-nos
mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos
as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias,
utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de
interação não está fundamentalmente nas tecnologias mas nas nossas mentes.
TEXTOS
• Apresentação
• Ensinar de formas diferentes para pessoas diferentes
• Transformar a aula em pesquisa e comunicação
• Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula?
• Quando vale a pena encontrar-nos fisicamente numa sala de aula?
• Educar o educador
• Educação para a autonomia e para a cooperação
• Experiências pessoais de ensino utilizando a Internet
• Alguns problemas no uso da Internet na educação
• Conclusão
Apresentação
"Um indivíduo consegue hoje um diploma de curso superior sem nunca ter aprendido
a comunicar-se, a resolver conflitos, a saber o que fazer com a raiva e outros
sentimentos negativos" (Carl Rogers)
Educar é colaborar para que professores e alunos nas escolas e organizações -
transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e de
trabalho e tornar-se cidadãos realizados e produtivos.
Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou idéia que
vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e
sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos na família, na
escola, no trabalho, no lazer, etc. Educamos aprendendo a integrar em novas sínteses
o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte e
técnica; razão e emoção.
De tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação,
experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, seja para confirmar
o que já sabemos, seja para rejeitar determinadas visões de mundo
Na educação - nas organizações empresariais ou escolares - buscamos o equilíbrio
entre a flexibilidade (que está ligada ao conceito de liberdade) e a organização (onde
há hierarquia, normas, maior rigidez). Com a flexibilidade procuramos adaptar-nos às
diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as
diferenças locais e os contextos culturais. Com a organização, buscamos gerenciar as
divergências, os tempos, os conteúdos, os custos, estabelecemos os parâmetros
fundamentais. Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às
necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado, se
transformarmos a sala de aula em uma comunidade de investigação.
Educar o educador
De um professor espera-se, em primeiro lugar, que seja competente na sua
especialidade, que conheça a matéria, que esteja atualizado. Em segundo lugar, que
saiba comunicar-se com os seus alunos, motivá-los, explicar o conteúdo, manter o
grupo atento, entrosado, cooperativo, produtivo.
Muitos se satisfazem em ser competentes no conteúdo de ensino, em dominar
determinada área de conhecimento e em aprimorar-se nas técnicas de comunicação
desse conteúdo. São os professores bem preparados, que prestam um serviço
importante socialmente em troca de uma remuneração, em geral, mais baixa do que
alta.
Na educação, escolar ou empresarial, precisamos de pessoas que sejam competentes
em determinadas áreas de conhecimento, em comunicar esse conteúdo aos seus
alunos, mas também que saibam interagir de forma mais rica, profunda, vivencial,
facilitando a compreensão e a prática de formas autênticas de viver, de sentir, de
aprender, de comunicar-se. Ao educar facilitamos, num clima de confiança, interações
pessoais e grupais que ultrapassam o conteúdo para, através dele, ajudar a construir
um referencial rico de conhecimento, de emoções e de práticas.
As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos educadores
maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas,
que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato,
porque dele saímos enriquecidos.
Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal.
Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, diferente
no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de
comunicar-se. São um poço inesgotável de descobertas.
Enquanto isso, boa parte dos professores é previsível, não nos surpreende; repete
fórmulas, sínteses.
O contato com educadores entusiasmados atrai, contagia, estimula, os torna próximos
da maior parte dos alunos. Mesmo que não concordemos com todas as suas idéias, os
respeitamos.
As primeiras reações que o bom professor e educador despertam no aluno são a
confiança, a admiração e o entusiasmo. Isso facilita enormemente o processo de
ensino-aprendizagem.
As mudanças na educação dependem também de termos administradores, diretores e
coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas
no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apoiem os
professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o
humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e
comunicação.
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos,
motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do
professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-
educador.
Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-
los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apóiam as mudanças, que
estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos,
aprendem mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais
produtivas.
Conclusão
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da educação
presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em que vale a
pena encontrar-nos fisicamente,- no começo e no final de um assunto ou de um
curso. Há outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço habitual,
mas conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio constante,
tornando real o conceito de educação permanente. Ensino a distância não é só um
"fast-food" onde o aluno vai lá e se serve de algo pronto. Ensino a distância é ajudar
os participantes a que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a
participação em grupos presenciais e virtuais onde avançamos rapidamente, trocamos
experiências, dúvidas e resultados.
Tanto nos cursos convencionais como nos a distância teremos que aprender a lidar
com a informação e o conhecimento de formas novas, pesquisando muito e
comunicando-nos constantemente. Isso nos fará avançar mais rapidamente na
compreensão integral dos assuntos específicos, integrando-os num contexto pessoal,
emocional e intelectual mais rico e transformador. Assim poderemos aprender a
mudar nossas idéias, sentimentos e valores onde se fizer necessário.
É importante sermos professores-educadores com um amadurecimento intelectual,
emocional e comunicacional que facilite todo o processo de organização da
aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que
o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de
estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação.
Necessitamos de muitas pessoas livres nas empresas e escolas que modifiquem as
estruturas arcaicas, autoritárias do ensino escolar e gerencial -. Só pessoas livres,
autônomas - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem
educar para a autonomia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres merecem
o diploma de educador.
Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os
outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicar-nos
mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos
as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias,
utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de
interação não está fundamentalmente nas tecnologias mas nas nossas mentes.
Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os
paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos.
Caso contrário conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no
essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode
ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de
aprender.
BIBLIOGRAFIA
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San Diego, vol 1, n.2, p.10-13, Summer 1995.
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SEABRA, Carlos. Usos da telemática na educação. In Acesso; Revista de Educação e
Informática. São Paulo, v.5, n.10, p.4-11, julho, 1995.
Os participantes deverão propor formas para apresentar o conceito de tecnologia social aos
estudantes. Além de justificar a proposta, o concorrente deverá indicar como pretende envolver a
escola e a comunidade no debate. Cinqüenta finalistas, dez de cada região do país, serão
selecionados para concorrer à premiação. Os critérios para a seleção desta etapa são: clareza da
apresentação, potencial de reaplicação e originalidade da proposta. Na etapa final do concurso,
cinco professores, um de cada região do Brasil, serão selecionados e ganharão uma viagem ao
Fórum Social Mundial 2009 (FSM Amazônico), marcado para o período de 27 de janeiro a 1º de
fevereiro de 2009, em Belém (PA).
"Aprender, ensinar e aprender a ensinar"
Polya
Lichtenberg
Kant
"Escrevo para que o aprendiz possa sempre aperceber-se
do fundamento interno das coisas que aprende, de tal forma que a
origem da invenção possa apareçer e, portanto, de tal forma que o
aprendiz possa aprender tudo como se o tivesse inventado por si
próprio"
Leibniz
Ensinar não é uma ciência mas uma arte. Esta ideia já foi
expressa por tantas pessoas, tantas vezes, que me sinto até
envergonhado por a repetir. Contudo, se deixarmos uma certa
generalidade e observarmos, sob uma perspectiva instrutiva, alguns
pormenores apropriados, apercebemo-nos de alguns truques.
Já foi dito por muitas pessoas e das mais variadas formas que a
aprendizagem deve ser activa, não meramente passiva ou receptiva.
Dificilmente se consegue aprender alguma coisa, e certamente não
se consegue aprender muito, simplesmente por ler livros, ouvir
palestras ou assistir a filmes, sem adicionar nenhuma acção
intelectual.
Uma outra opinião frequentemente expressa (e minuciosamente
descrita): A melhor forma de aprender alguma coisa é descobri-la
por si próprio. Lichtenberg (físico alemão do séc. XVIII, mais
conhecido como escritor de aforismos) acrescenta um aspecto
importante: Aquilo que se é obrigado a descobrir por si próprio
deixa um caminho na mente que se pode percorrer novamente sempre
que se tiver necessidade. Menos colorida, mas talvez mais
abrangente, é a formulação seguinte: Para uma aprendizagem
eficiente, o aprendiz deve descobrir por si próprio tanto quanto
for possível do conteúdo a aprender, tendo em conta as
circunstâncias.
Este é o princípio da aprendizagem activa (Arbeitsprinzip).
Princípio muito antigo que tem por detrás nada menos que o "método
Socrático".
6. Exemplos
(8) Uma das virtudes de um bom problema é que gera outros bons
problemas.A solução anterior pode, e deve, deixar uma dúvida no
seu espírito. Encontrámos o resultado representado pela Fig.3 (que
as três perpendiculares descritas acima são concorrentes) tendo em
consideração a movimentação de corpos em rotação. No entanto o
resultado é uma proposição de geometria e portanto devia ser
estabelecida independentemente da noção de movimento, através
apenas da geometria. Agora é relativamente fácil libertarmo-nos
das considerações anteriores [nas subsecções (6) e (7)] acerca dos
conceitos de movimento e estabelecer o resultado através de
conceitos de geometria tridimensional (intersecção de esferas,
projecção ortogonal). No entanto, o resultado é uma proposição de
geometria no plano e portanto devia ser estabelecido
independentemente da noção de movimento, através apenas da
geometria. (Como?).
7. Aprender ensinando
Daniela Doria
Pedagoga
v
Como desenvolver a capacidade de aprender
Por: Vicente Martins
São três os fatores que influem no desenvolvimento da capacidade de aprender:
Primeiramente, a atitude que querer aprender. É preciso que a escola desenvolva, no aluno, o
aprendizado dos verbos querer e aprender, de modo a motivar para conjugá-los assim: eu quero
aprender. Tal comportamento exigirá do aluno, de logo, uma série de atitudes como interesse,
motivação, atenção, compreensão, participação e expectativa de aprender a conhecer, a fazer, a
conviver e a ser pessoa.
Um pergunta, agora, advém: saber ensinar é tão importante quanto saber aprender? Responderei
assim: há um ditado, no meio escolar, que diz assim: quem sabe, ensina. Muitos sabem
conhecimentos, mas poucos ensinam a aprender. Ensinar a aprender é ensinar estratégias de
aprendizagem. Na escola tradicional, o P, maiúsculo, significa professor-representante do
Conhecimento; o C, maiúsculo, significa Conhecimento acumulado historicamente na memória
social e na memória do professor e o a, minúsculo, significa o aluno, que, a rigor, para o professor, e
para a própria escola, é tábula rasa, isto é, conhece pouco ou não sabe de nada. Isto não é verdade.
Saber ensinar é oferecer condições para que o discípulo supere, inclusive, o mestre. Numa palavra:
ensinar é fazer aprender a aprender, de modo que o modelo pedagógico desenvolva os processos de
pensamento para construir o conhecimento, que não é exclusividade de quem ensina ou aprende.
É papel dos professores levar o aluno a aprender para conhecer, o que pode ser traduzido por
aprender a aprender, em que o aluno é capaz de exercitar a atenção, a memória e o pensamento
autônomo.
As maiores dificuldades dos docentes residem nas deficiências próprias do processo de formação
acadêmica. Nas universidades brasileiras, os cursos de formação de professores (as chamadas
licenciaturas) se concentram muito nos conteúdos que vêm de ciências duras, mas se descuidam das
competências e habilidades que deve ter o futuro professor, em particular, o domínio de estratégias
que permitam se comportar docentes eficientes, autônomos e estratégicos.
Os docentes enfrentam dificuldades de ensinar a aprender, isto é, desconhecem, muitas vezes, como
os alunos podem aprender e quais os processos que devem realizar para que seus alunos adquiram,
desenvolvam e processem as informações ensinadas e apreendidas em sala de aula. Nesse sentido, o
trabalho com conceitos como aprendizagem, memória sensorial, memória de curto prazo, memória
de longo prazo, estratégias cognitivas, quando não bem assimilados, no processo de formação dos
docentes, serão convertidos em dores de cabeça constantes, em que o docente ensina, mas não tem a
garantia de que está, realmente, ensinando a aprender. A noção de memória é central para quem
ensinar a aprender.
As maiores dificuldades dos alunos residem no aprendizado de estratégias de aprendizagem. A
leitura, a escrita e a matemática são meios ou estratégias para o desenvolvimento da capacidade de
aprender. Entre as três, certamente, a leitura, especialmente a compreensão leitora, tem o seu lugar
de destaque.
Ler para aprender é fundamental para qualquer componente pedagógico do currículo escolar.
Através dessa habilidade, a leitura envolve a atividade de ler para compreender, exigindo que o
aluno, por seu turno, aprenda a concentrar-se na seleção de informação relevante no texto,
utilizando, para tanto, estratégias de aprendizagem e avaliação de eficácia.
Aprender, pois, a selecionar informação, é um tarefa de quem ensina e desafio para A escola e a
família são instituições ainda muito conservadoras. Nisso, por um lado, não há demérito mas às
vezes também não há mérito. No Brasil, muitas escolas utilizam procedimentos do século XVI, do
período jesuítico como a cópia e o ditado. Nada contra os dois procedimentos, mas se que tenham
uma fundamentação pedagógica e que valorizem a escrita criativa do aluno, decerto, terão pouca
repercussão no seu aprendizado.
Muitas escolas, por pressões familiares, não discutem temas como sexualidade, especialmente a
vertente homossexual. Sexualidade é tabu no meio familiar e no meio escolar mesmo numa
sociedade que enfrenta uma síndrome grave como a AIDS. A escola ensina, como paradigma da
língua padrão, regras gramaticais com exemplário de citações do século XIX, e não aceita a
variação lingüística de origem popular, que traz marcas do padrão oral e não escrito. E assim por
diante. São exemplos de que a escola é realmente conservadora.
Na história educacional, no Brasil, os dados mostram que quanto mais teoria educacional
mirabolante, menos conhecemos o processo ensino-aprendizagem e mais tendemos, também a
reforçar um distanciamento professor-aluno, porque as pedagogias tendem a reduzir ações e espaços
de um lado ou do outro. Ora o professor é sujeito do processo pedagógico ora o aluno é o sujeito
aprendente. O desafio, para todos nós, é o equilíbrio que vem da conjugação dos pilares do processo
de ensino-aprendizagem: mediação, avaliação e qualidade educacional.
Seja como for, o importante é que os docentes tenham conhecimento dessas pedagogias e possam
criar modelos alternativos para que haja a possibilidade de o aluno aprender a aprender, ou seja, ser
capaz de descobrir e aprender por ele mesmo, ou, em colaboração com outros, os procedimentos,
conhecimentos e atitudes que atendam às novas exigências da sociedade do conhecimento.
A Constituição Federal, no seu artigo 205, e a LDB, no seu artigo 2, preceituam que a educação é
dever da família e do Estado. Em diferentes momentos, a família é convocada, pelo poder público, a
participar do processo de formação escolar: no primeiro instante, matriculando, obrigatoriamente,
seu filho, em idade escolar, no ensino fundamental.
No segundo instante, zelando pela freqüência à escola e num terceiro momento se articulando com a
escola, de modo a assegurar meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento e zelando,
com os docentes, pela aprendizagem dos alunos.
O papel da família, no desenvolvimento da capacidade de aprender, é tarefa, pois, de natureza legal
ou jurídica, deve ser, pois, o de articular-se com a escola e seus docentes, velando, de forma
permanente, pela qualidade de ensino.
O papel, pois, da família é de zelar, a exemplo dos docentes, pela aprendizagem. Isto significa
acompanhar de perto a elaboração da proposta pedagógica da escolar, não abrindo mão de prover
meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento ou em atraso escolar bem como
assegurar meios de acesso aos níveis mais elevados de ensino segundo a capacidade de cada um.
As mídias convencionais ou eletrônicas apontam para uma revolução pós-industrial, centrada no
conhecimento. Estamos na chamada sociedade do conhecimento em que um aprendente dedicado à
pesquisa pode, em pouco tempo, superar os conhecimentos acumulados do mestre. E tudo isso é
bom para quem ensina e para quem aprende.
O conhecimento é possível de ser democraticamente capturado ou adquirido por todos: todos estão
em condições de aprendizagem. Claro, a figura do professor não desaparece, exceto o modelo
tradicional do tipo sabe-tudo, mas passa a exercer um papel de mediador ou instrutor ou mesmo um
facilitador na aquisição e desenvolvimento de aprendizagem.
A tarefa do mediador deve ser, então, a de buscar, orientar, diante das diversas fontes disponíveis,
especialmente as eletrônicas, os melhores sites, indicando links que realmente trazem a informação
segura.
Infelizmente, por uma série de fatores de ordem socioeconômica, muitos docentes não acessam a
Internet e, o mais grave, já sofrem conseqüência dessa limitação, levando, para sala de aula,
informações desatualizadas e desnecessárias para os alunos, especialmente em disciplinas como
História, Biologia, Geografia e Língua Portuguesa.
Pode-se ver que hoje, as novas tecnologias, têm invadido um grande espaço da sociedade; Com
isso, percebe-se que o ser humano já não consegue mais viver oculto à elas, bem como, em nenhum
segmento de sua vida, pois dominar os meios tecnológicos, trata-se de necessidade e sobrevivência,
diante às ligeiras transformações ocorridas nos últimos tempos. Portanto, na educação não é
diferente.
Nota-se que, para muitos professores, o avanço das novas tecnologias na educação, tem tirado a
importância dos mesmos no meio educacional, isso se dá pelo medo de encarar o que é novo. O ser
humano, em sua maioria, não está preparado para enfrentar as novidades, e com isso, o mesmo,
acaba conceituando todas elas como algo ruim e inalcançável, por falta de busca para se obter a
adaptação. Pois isso, faz-se necessária o constante aprimoramento de capacidades, por parte do
corpo docente, afim de acompanhar as transformações e facilitar o processo de ensino-
aprendizagem.
A tecnologia, que é uma arte, precisa estar, mais do que nunca, inserida em nossa sociedade
educacional, pois ela desempenha-se como uma fonte de desenvolvimento no processo ensino-
aprendizagem, bem como por meio das facilidades que encontra-se nos meios tecnológicos, como o
quadro-negro, a internet, os aparelhos eletrônicos. Enfim, os professores precisam inovar seus
conhecimentos, suas habilidades para suprir as necessidades dos alunos, precisa-se que haja clareza
nos ensinamentos e todos os meios que puderem ser adicionados ao processo de educação, tornam-
se válidos.
Hoje, como tudo é mais fácil de se adquirir, é preciso que todos esses meios sejam utilizados sem
temor, pois os recursos tecnológicos estão disponíveis a todos e muitas vezes, por falta de instrução,
os alunos os utilizam de forma desregrada e sem capacidade de assimilação do que é proveitoso ou
não, e acabam dificultando o processo de aprendizagem. Portanto, é necessário que os educadores
estejam prontos para desenvolver no aluno uma aprendizagem de qualidade.
Dentro do processo ensino-aprendizagem, sabe-se que, uma pessoa, dotada de um certo
conhecimento adquirido anteriormente, pode desenvolvê-lo e aprender mais sobre ele
posteriormente com facilidade, pois previamente, a pessoa já havia ouvido falar do mesmo. Então
pode-se concordar que, os professores precisam “aproveitar” o que os alunos trazem de “bagagem”
em suas vidas, para melhorar a aprendizagem. O professor precisa motivar, estimular e fazer o
aluno participar com vontade e satisfação, das propostas educacionais, bem como, também, através
de uma recompensa adquirida após o resultado do processo.
Finalmente, entende-se que a tecnologia na educação pode contribuir muito para a promoção da
aprendizagem humana, proporcionando resultados concretos e possíveis de serem implantados nas
escolas, levando a um crescimento considerável nas habilidades dos professores e no
desenvolvimento dos alunos. Por isso é preciso integra-se às novas tecnologias para que as
instituições educacionais, consideradas formadoras de opiniões, consigam participar das
transformações da sociedade com categoria.
Postado por ACADÊMICOS DO 5º PERÍODO
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O artigo acadêmico é um instrumento da construção do saber, visa principalmente tapar esta lacuna
que vem sendo criada no Brasil, que é a falta de pensadores originais, que escrevam os seus
próprios pensamentos, que defendam a sua tese com maior firmeza. O Brasil tem formado muitos
compiladores, copiadores. A nossa literatura acadêmica, os nossos artigos científicos têm mais
citações do que pensamento original e isto é deprimente para as nossas academias de ensino
superior. Há artigos científicos que na verdade são constituídos de citações. Cadê a originalidade da
tese, a opinião própria?
O artigo acadêmico também proporciona aos estudantes, além do habito de desenvolverem as suas
próprias idéias, a condição de irem arquivando ao longo do seu curso todos os seus artigos nas
diversas disciplinas, e, na conclusão do curso de pedagogia, o estudante já tem um vasto material
para construir o seu TCC, com muita originalidade e com fortes pilares para defender a sua tese
com maior veemência. Fato e que, hoje, a maioria tem dificuldades até em elaborar o seu pré-
projeto tanto para um artigo científico como para o seu TCC.
Assim, esperamos que todos que lerem os artigos acadêmicos aqui postados façam o seu
comentário, que peçam a outros para lerem. E os próprios acadêmicos têm que buscar leitor para os
seus artigos; só assim, teremos o perfil critico dos pedagogos que estamos formando.
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NOSSOS LINKS
• ABED - Associação Brasileira de Educação a Distância
• Associação Brasileira de Tecnologia Educacional
• Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
• Ministério da Educação - MEC
• UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
O trecho escolhido acima como citação remete nosso pensar aos desafios de sermos pontes,
enquanto ensinantes, aos nossos aprendentes. Ousar criar novos conceitos, pois também é
interessante, para dar nova carga semântica as palavras e ações que necessitam nosso constante
revisitar. Assim, as aprendizagens podem ganhar novas roupagens e impulsionar nossa criatividade,
necessária para processos reflexivos mais abrangentes.
Faz tempo que brinco, feito criança, com as palavras, espaço de prazer e de procura de
sistematização dos desafios vividos. Aprendências e ensinagens , por exemplo, são conceitos que
gosto de trabalhar. Rubem Alves, Hugo Assman e Nilda Alves sustentaram meu inicial movimento
neste sentido e Alicia Fernández, quando nos ensina sobre autoria de pensamento, fortalece este
meu mover no mundo, em busca de novos sentidos e significados às minhas ações e intervenções
educativas.
No contexto que atualmente vivemos isso é um imenso ganho para quem atua com pessoas e
aprendizagem, pois possibilita a construção metacognitiva e cria espaços e tempos de trabalho, onde
o fazer pedagógico amplia suas possibilidades. Aprender é ensinar e ensinar é aprender, como já nos
falava, faz tempo, Paulo Freire, nosso educador maior numa perspectiva humanística, ativa e
proativa de fazer educação.
Acredito que são números os desafios a serem enfrentados no contexto atual da ação educativa. Mas
evito falar dos entraves como barreiras: e meu foco de ação sempre foi, é e será, sempre, vinculado
as possibilidades, não aos empecilhos. Sair do lugar da queixa é estratégia essencial, pois quando
não se move, a vida fenece. Diante das complexidades do ato educativo, queixar-se simplesmente é
morrer em vida, pior morte, pois somos invadidos pela inércia, pela Síndrome de Gabriela: "eu
nasci assim eu cresci assim vou ser sempre assim... Gabriela", como nos ensina o poeta.
Evitar esta síndrome é a ação maior que cabe a cada um de nós. Mas como fazer este movimento?
Mudança de foco, reconstrução de um outro olhar sobre nossas vidas, ações e missões.
Compromisso, militância e comprometimento com o agir e o fazer que leve a outros lugares, no
caminho da utopia, que serve para caminhar, como nos ensinou Eduardo Galeano.
Utopia como mola mestra para o enfrentamento, que é uma palavra bonita quando mudamos o seu
sentido. As palavras servem para serem mudadas e alteradas em seus sentidos para que utópicas,
novas e criativas construções aconteçam. Serve este processo para semear em nossos corações à
esperança como uma ação, como atividade e proatividade facilitadora de processos de mediação,
onde o ser sujeito seja pleno de respeito, com as imensas variáveis que compõem nossa espécie.
Enfrentamento não pode mais ser visto como o tradicional enfrentar, que sugere conflito, disputa
onde alguns perdem e outros ganham e que somente envolve dor, nenhum prazer.
Penso a palavra enfrentamento como uma postura, um posicionamento de cada um de nós ao se
colocar em frente ao outro, com um olhar mais límpido e que facilita a importância do diálogo
como estratégia de mediação de conflitos, possibilitadora de novos arranjos para as questões em
aberto, ou em busca de alternativas, de soluções.
No cotidiano escolar a ação educativa não é ação isenta de nossas escolhas: quando em relação de
ensinagem, cada um de nós, como aprendentes, deve ter em mente o que Henry Adams nos ensinou:
um ensinante "sempre afeta a eternidade. Ele nunca saberá onde sua influência termina". E para
tanto, que essa consciência ganhe efetiva presença em nossas vidas, um desafio se configura:
superar o medo. É Nelson Mandela que trás relevante contribuição a este pensar quando em
belíssimo texto nos diz que nosso medo mais profundo é de sermos poderosos além da medida e
que é a nossa luz - e não nossa escuridão-, que nos assusta. Adiante ele afirma que cada um de nós
pretendendo ser pequeno, não serve ao mundo. A ação de ensinagem, visando aprendências e
vivências significativas, deve ser elemento de luz diante das nossas cotidianas ações.
Ainda com Mandela, aprendemos que à medida que deixamos nossa luz brilhar, vamos dando
permissão para que os outros façam o mesmo: esta não seria a maior missão de todos nós,
educadores de crianças, jovens e adultos neste complexo mundo que vivemos, com tantas
possibilidades de interação, movimento, aprendizagem e ressignificação da própria vida?
Aprender e ensinar, hoje, deve ser algo como o trabalho de um jardineiro, que ao cuidar do jardim,
pensa na beleza das flores, dos frutos, dos pássaros, das sutilezas e das riquezas das diferentes
manifestações da vida que neste espaço ocorre. Quem, hoje com mais de 35 anos, não se lembra de
suas aventuras (e algumas desventuras) quando crianças em seu jardim de infância, redescobrindo
outros mundos, interagindo com outras pessoas, lidando com outras materialidades e aprendendo
com a música, com a poesia, com as histórias, os cantinhos?
Saber e ensinar no século XXI é tarefa de resgate de tempos outros, onde a ludicidade estava mais
presente e com gostos de sabores mais amenos, menos apressados e prontos. Para isso, não é
interessante fazer pesquisas de outros métodos e ler autores que se firmaram com suas excelentes
contribuições a prática e a práxis pedagógica? Ler autores da Escola Nova, reler Piaget que,
sabiamente, em seus escritos, nos dá a consciência de que a criança é o pai do adulto e fomentar em
nossas escolas o gosto pela dúvida, pela busca, pela pesquisa como esforço de permanente abertura
ao nosso pensar sobre novas tarefas e construções?
Um dos maiores desafios, ao saber que somos invadidos cotidianamente com inúmeras
informações, é lidar com esta nova sociedade, cuja revolução, nos meios de informação, mídia e
tecnologia, remete nosso pensar, refletir e agir sobre o como ensinar e aprender numa sociedade
aprendente.
Diversos documentos oficiais, divulgando sobre tais mudanças em nosso mundo, ressaltam
impactos imensos, seja o impacto da própria globalização e mundialização, seja o impacto da
sociedade da informação e da nova sociedade tecno-científica. Unidos, enquanto impactos, algumas
terminologias tem sido amplamente adotadas no jargão técnico sobre o tema, tais como sociedade
da informação, sociedade do conhecimento (knowledge society) ou sociedade aprendente (learning
society).
Saber aprender e ensinar no século XXI é enfrentar o desafio contextual de estarmos em processo
de construção de uma sociedade do conhecimento (ou aprendente) que tem seu foco na produção
intelectual, com intensiva utilização das tecnologias da comunicação e informação.
Fica cada vez mais claro que o conhecimento é determinante recurso social, econômico, cultural e
humano neste novo período de nossa evolução histórica: a sociedade aprendente. É Hugo Assman
que nos diz que com a expressão sociedade aprendente "pretende-se inculcar que a sociedade inteira
deve entrar em estado de aprendizagem e transformar-se numa imensa rede de ecologias
cognitivas".
Assim, aprender e ensinar no século XXI, é necessariamente lidar com a aprendizagem numa
perspectiva de construção de ecologias cognitivas, onde a capacidade de aprender está sendo cada
vez mais necessária nas distintas interações que, enquanto sujeitos, estabelecemos com os outros,
com o meio, ou seja, com a sociedade.
Em Pierre Lévy (1994), aprendemos que tais ecologias cognitivas são as complexas relações que
estabelecemos com a realidade, fazendo a utilização coletiva de nossas inteligências com o
entrelaçamento e a mediação dos avanços tecnológicos. Saber aprender e ensinar no século XXI é
enfrentar este desafio no nosso contexto educacional atual: criar estratégias para o desenvolvimento
de uma ecologia cognitiva geradora de uma sociedade do conhecimento, onde competências e
habilidades para aprender e ensinar sejam acessíveis a todos. Um outro teórico importante, Peter
Senge, nos fala sobre a necessária construção de organizações de aprendizagem
"nas quais as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que realmente
desejam, onde surgem novos e elevados padrões de raciocínio, onde a inspiração coletiva é libertada
e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender em grupo.
O desafio que se configura, então, é pensar como nossas escolas, em suas ações cotidianas, podem
organizar ações educativas que atendam a demanda por aprendizagens significativas e por efetivas
construções de conhecimentos. Em nosso momento histórico atual, reside nos projetos político-
pedagógicos a busca por coerência entre as práticas de ensinagens e os novos paradigmas científicos
que, no contexto das emergentes mudanças, devem estar presentes nas reformulações pedagógicas.
Na sociedade aprendente do século XXI, é a prática educativa em si que necessita ser revisada, com
profundidade, em suas abordagens didáticas, em suas concepções epistemológicas e nos seus
distintos aspectos curriculares, pois o avanço crescente da ciência, das tecnologias e dos meios de
comunicação exige a presença da coerência nos contextos educacionais, visando atender demandas
contemporâneas pela disseminação de novos paradigmas científicos, necessários à economia
globalizada.
São as mudanças que desencadearam a sociedade aprendente que desafiam as instituições
educacionais a oferecerem formação que seja compatível com as demandas atuais - criadas com as
redes eletrônicas de comunicação, com a internet e as múltiplas possibilidades midiáticas de acesso
à informação e a ampliação cada vez maior, em nosso planeta, da produção de conhecimentos,
disponível nos bancos de dados presentes no ciberespaço.
Mediante tal realidade, a ação docente deve ser focada, irremediavelmente, no ensinar para
aprender, visto que a maior demanda educacional contemporânea é formar sujeitos aprendentes,
capazes de aprender de modo criativo, contínuo, crítico e autônomo. A adoção de novas abordagens,
de novos modos de ensejar a capacidade de investigação e de "aprender a aprender" deve ser
objetivo a ser perseguido por todas as instituições educacionais, para a construção de novos dos
modos de produção do saber, criando condições necessárias para o necessário e permanente
processo de educação continuada.
Um valioso aspecto a ser observado é a busca por ativas metodologias pedagógicas, que fomente,
nas redes informatizadas, às necessidades de acesso às informações e ao conhecimento. Neste
sentido, aprendentes e ensinantes precisam estar em movimentos de parcerias na pesquisa, na
investigação e na busca por coletivas modalidades de aprendizagem. Importante desafio para o
aprender e o ensinar no século XXI.