Professional Documents
Culture Documents
RESUMO
Líquidos iônicos (LIs) derivados do cátion imidazólio como o tetrafluoroborato e o hexafluorofosfato
de 1-metil,3-butil-imidazólio (BMI.BF4 e BMI.BF6, respectivamente) foram utilizados como
eletrólitos para a produção de hidrogênio através da eletrólise da água. O sistema testado utilizou
soluções aquosas de LI empregando células eletroquímicas convencionais, com eletrodos de
platina à temperatura ambiente e pressão atmosférica. As densidades de corrente obtidas (j) foram
-2
maiores que 20 mA.cm e a eficiência da eletrólise chegou a valores superiores 94,5%. A
atividade catalítica da superfície do eletrodo não foi afetada durante a eletrólise devido à
estabilidade química do LI.
ABSTRACT
Imidazolium ionic liquids (ILs) such as BMI.BF4 and BMI.PF6 were studied by cyclic voltammetry
(CV). BMI.BF4 was used as an electrolyte for hydrogen production through water electrolysis. The
system using these ionic liquids in a conventional electrochemical cell with platinum electrodes at
-2
room temperature and atmospheric pressure gives current densities (j) higher than 20 mA.cm and
efficiencies of more than 94.5%. The catalytic activity of the electrode surface was not affected
during the electrolyses mainly due to the chemical stability of the IL.
PALAVRAS CHAVE
Palavras chave: líquidos iônicos; produção de hidrogênio; eletrólito; BMI.BF4; BMI.PF6.
1. INTRODUÇÃO
O hidrogênio possui grande potencial como meio de estocagem, transporte e manipulação de
energia, sendo estas propriedades amplamente reconhecidas nos últimos anos [1-7]. Por outro
lado, combustíveis fósseis são fontes de energia às quais são associados impactos ambientais,
sobretudo devido à emissão de uma gama de contaminantes, como o CO2, que são
descarregados no meio ambiente contribuindo de maneira determinante para a poluição
ambiental. Aos problemas ambientais citados se adicionam os problemas econômicos, como a
elevação do preço dos combustíveis fósseis, determinando o crescimento da importância do
hidrogênio no contexto energético global [8-16].
1
Tel.: (51) 3316-6318; fax: (51) 3316-7304; e-mail: janine@iq.ufrgs.br
1
O hidrogênio pode ser produzido por diferentes métodos [17], incluindo, com destaque, a eletrólise
direta da água [18]. O método tecnologicamente mais empregado para a eletrólise da água utiliza
células eletrolíticas alcalinas, que usam como eletrólito soluções de hidróxido de potássio ou sódio
e operam a temperaturas moderadas, entre 338 e 353 K, possibilitando a produção de hidrogênio
gasoso com uma eficiência que varia entre 60 a 100 %, sendo que o custo dessa produção
depende basicamente da fonte primária de energia utilizada.
Dentre os problemas técnicos ainda encontrados por tais células destaca-se a baixa estabilidade
dos eletrodos no meio eletrólito em pH elevado.
Neste contexto aparece o interesse nos líquidos iônicos (LIs), que são compostos orgânicos
líquidos à temperatura ambiente, bons condutores elétricos [19], com potencial para constituírem
meio eletrólito para a eletrólise da água, no qual os eletrodos não seriam submetidos a condições
tão extremas de exigência química. Dentre os LIs conhecidos destacam-se os constituídos pelos
cátions 1-n-butil-3-metilimidazólio associados com ânions fracamente coordenantes, como o
tetrafoluoroborato (BMI.BF4) e hexafluorofosfato (BMI.PF6), mostrados na figura 1.1, foram
inicialmente publicados em 1994 [20] e têm sido objeto de extensas pesquisas.
Neste trabalho é descrita a utilização desses LIs como eletrólitos para a produção de hidrogênio
através da eletrólise da água em substituição aos eletrólitos alcalinos com a vantagens de alta
estabilidade química, baixa reatividade e alto rendimento eletroquímico.
2. OBJETIVOS
Testar um novo sistema para a produção de hidrogênio via eletrólise da água, que opere à
temperatura ambiente e pressão atmosférica, utilizando como eletrólito, líquidos iônicos.
3. METODOLOGIA
Os LIs BMI.BF4 (1) e BMI.PF6 (2) foram preparados de acordo com procedimentos anteriormente
publicados [21-25] e sua pureza foi verificada por espectroscopia (IV e RMN) e por métodos
eletroquímicos, como a voltametria cíclica (VC) [26]. Todos outros reagentes, fornecidos pela
Aldrich, foram utilizados como recebidos.
A produção de hidrogênio através da eletrólise da água foi realizada utilizando uma célula
eletroquímica simples, mostrada na Figura 3.1. A célula eletrolítica foi uma célula em forma de U
com duas passagens para a saída dos gases hidrogênio e oxigênio produzidos. A capacidade total
da célula é de 25 mL, porém o volume do eletrólito usado foi de 10 mL, sendo este LI puro ou sua
solução aquosa. A célula foi equipada com um eletrodo de trabalho de platina (PtWE), um eletrodo
quase-referência de platina (PtQRE = PtRef) e um eletrodo auxiliar de platina-irídio (90/10) (PtCE).
A área do eletrodo foi determinada através do cálculo de hidrogênio adsorvido nos sítios ativos da
2
platina, de acordo com método publicado [29] dando um valor de 1,53 cm . Os gases foram
coletados em buretas de gás e seus volumes foram medidos diretamente e corrigidos
considerando-se a temperatura e a contribuição da pressão parcial da água. Estes valores foram
2
usados para calcular a eficiência do sistema eletrolítico. O potencial de eletrólise foi controlado
com o auxílio de um potenciostato Autolab modelo PGSTAT30. A temperatura foi medida com um
termopar durante o período de eletrólise e controlada com a circulação de um banho termostático.
Cada experimento de eletrólise foi repetido pelo menos três vezes. O sistema foi testado com os
dois LIs à diferentes concentrações de água, diferentes temperaturas e diferentes potenciais de
eletrólise.
Figura 3.1. Esquema usado para a produção de H2 pela eletrólise da água em BMI.BF4.
Os demais experimentos eletroquímicos clássicos foram realizados com uma célula de três
eletrodos contendo um disco de platina (de 1 mm de diâmetro) como PtWE, um bastão de carbono
vítreo como contra eletrodo e um fio de platina como eletrodo de referência. A célula foi ligada a
um potenciostato EG&G PAR modelo 173 monitorado com um gerador de sinal digital
coulométrico EG&G PAR modelo 179. As VCs foram realizadas registradas com um registrador
XY-SEFRAM Tipo TGM 164.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A eletrólise da água foi realizada empregando uma célula eletroquímica simples, onde água é
eletrolisada entre eletrodos de platina em presença de LI como eletrólito condutor, conforme
mostrado na figura 3.1.
A redução da H2O foi realizada com um PtWE (parte esquerda da célula em U), sendo o
hidrogênio produzido conforme a equação (1). No lado anódico (PtCE: contra eletrodo), a oxidação
da água resulta na produção de O2, através da reação descrita na equação (2). As reações foram
monitoradas medindo-se a carga utilizada para a produção de H2 e o volume de gás produzido,
medido nas buretas de gás, permitindo o cálculo de eficiência.
3
onde VHR é o volume de hidrogênio medido diretamente e
2
VHT
2
é o volume de hidrogênio
teoricamente calculado do valor de carga obtido.
Para estudar eletroquimicamente os eletrólitos, foram realizadas VCs dos LIs puros e de suas
soluções aquosas. Tais medidas têm por finalidade mostrar os potenciais nos quais ocorrem
reações na superfície dos eletrodos e estudar o comportamento do eletrólito frente ao eletrodo de
trabalho. Assim, com um LI puro não se esperam obter picos de oxidação nem de redução dentro
do limite da janela eletroquímica, pois se houvessem seriam de reações de decomposição do
eletrólito.
Segundo um estudo já realizado com o LI 1, o pico catódico que aparece em –1,4 V seria de
decomposição do eletrólito [16], porém segundo resultados obtidos com adição de água no LI
observa-se que este pico catódico aumenta progressivamente com o aumento da concentração de
água no meio. Isto sugere que tal pico não é devido à decomposição do LI, mas sim devido à
redução da água ocorrendo neste potencial, sendo este o potencial a ser escolhido para realizar a
eletrólise da água.
As VCs do BMI.BF4 (1) puro e com a adição de água estão mostradas nas Figuras 4.1 (a) e (b),
-2
respectivamente. A curva (a) mostra uma densidade de corrente (j), menor que -0,1 mA.cm , entre
-0,5 e -2,0 V. Esta VC é característica de um LI puro, compatível com artigos anteriores publicados
por nosso grupo de pesquisa [30]. Este valor de corrente observado é basicamente devido à
existência de água residual da síntese, em quantidades que se situam entre 70 e 200 ppm,
conforme determinado por titulação de Karl Fischer, mesmo após o LI ter sido submetido à
secagem sob vácuo durante uma noite.
0,5
0,5
0,0 (a) 0,0 (c)
EThreshold
-2
j / mA.cm
EThreshold
j / mA.cm
-1,0 (b)
-1,0
ERed
-1,5 -1,5
-2,0 -2,0
-2,5 -2,5
-2,0 -1,6 -1,2 -0,8 -0,4 -2,0 -1,6 -1,2 -0,8 -0,4
E / V (PQRE) E / V (PQRE)
Figura 4.1. VCs do eletrodo de platina no BMI.BF4 puro (a) e uma solução de BMI.BF4 em água (1
%mL/mL água) (b), e de BMI.PF6 puro (c) e de uma solução de BMI.PF6 contendo água (1 %
mL/mL de água), a 100 mV.s-1 .
A Figura 4.1. (b) mostra a VC do BMI.BF4 contendo uma pequena quantidade de água (1%mL/mL
água). A presença de água no LI resulta no aparecimento de um pico de redução iniciando num
potencial de -0,9 V e atingindo um máximo no potencial de -1,4 V (Ered). Este pico pode ser
atribuído à redução da água, ocorrendo conforme a reação de célula mostrada na equação 1.
O valor de densidade de corrente (j) a -2,0 V é 14 vezes maior do que a corrente observada com 1
puro, mostrando a capacidade do LI para ser utilizado como eletrólito para a produção de
hidrogênio.
-1,3 8
(b)
-1,4 20 (c)
6
-1,5 15
-2
Eredução / V
j / mA.cm
-2
4
j / mA.cm
-1,6 10
2
-1,7
(a) 5
-1,8 0
0 10 20 30 40 50 0
0 10 20 30
[H2O] / % v/v na solução [H2O] / % v/v na solução
-2
Figura 4.2. Valores de Eredução (V) (a) e j (mA.cm ) (b) versus a quantidade de água em 1. Eredução e
j obtido pelas VCs como descritas na Figura 4.1 em BMI.BF4 contendo uma quantidade crescente
de água; e valores de j (mA.cm-2) versus a quantidade de água em BMI.PF6, obtidos a –2,0 V.
A Figura 4.2. mostra os valores de E e j, curvas (a) e (b) respectivamente, de VCs do sistema
contendo desde 0% a 50 %mL/mL de água em 1. Como esperado, a adição de água desloca o
pico de redução para um maior potencial de redução (potencial mais negativo), de -1,42 para -1,71
V, com o concomitante aumento da densidade de corrente de -1,77 para -7,38 mA.cm-2.
5
-4,0
(a)
-5,0
-6,0
-2
j/ mA.cm
(b)
-7,0
-8,0
-9,0
0 10 20 30 40 50 60
t / min
Figura 4.3. Cronoamperograma realizado com cátodo de platina a –1,7 V (PQRE) em soluções de
LIs, BMI.PF6 (a) e BMI.BF4 (b), com 1 %mL/mL de água.
Levando-se em consideração os resultados obtidos com o BMI.BF4, pode-se confirmar que ele
pode ser utilizado como eletrólito para a produção de hidrogênio por eletrólise da água.
A Figura 4.4 mostra a dependência da carga consumida (Q) pelo cátodo, de acordo com o
potencial na qual a eletrólise foi realizada no período de 60 min.
30
25
20
-2
Q / C cm
15
10
0
-2,1 -1,8 -1,5 -1,2 -0,9
E / V (PQRE)
Figura 4.4. Dependência da carga consumida durante 60 min com a aplicação de um potencial no
cátodo para a redução da água em uma solução de BMI.BF4 contendo água 30 %mL/mL de água
à temperatura ambiente.
Para potenciais de eletrólise menores que –1,4 V, a densidade de carga (Q) é muito baixa. Um
aumento de Q é observado a –1,5 V, alcançando um valor máximo em torno de –1,7 V. Este foi o
potencial escolhido para realizar os experimentos de eletrólise.
O desempenho do sistema depende da concentração de água no LI. A Figura 4.5. mostra o efeito
da adição de água em relação à eficiência do processo eletrolítico à temperatura ambiente.
6
100
80
60
η/%
40
20
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
CH O / %(v-v)
2
Pode ser visto na Figura 4.5. que a eficiência (η) aumenta de 76 a 95,4 %, quando a concentração
de água aumenta de 0 a 30 %mL/mL na solução e diminui em maiores concentrações de água.
20 100
90
15
Eficiência / %
-2
80
j / mA.cm
10
70
5
60
0 50
0 20 40 60 80
t / ºC
Figura 4.6. Dependência da corrente catódica (retângulos cinzas) e da eficiência (pontos) com a
temperatura de eletrólise usando BMI.BF4 com 30 %mL/mL de água a –1,7 V (PQRE).
O aumento da densidade de corrente pode ser explicado devido à difusão mais lenta das espécies
iônicas, associadas com a diminuição da viscosidade e condutividade da solução. A escolha da
temperatura depende, pois, de um balanço entre a alta eficiência e a alta densidade de corrente. A
7
eficiência é maior à temperatura ambiente, mas o processo eletroquímico é lento, devido à baixa
densidade de corrente. Na faixa de 60-80°C o processo eletroquímico é mais rápido e a eficiência
é maior que 75%, a qual é provavelmente a melhor condição de trabalho.
A eletrólise da água com PtWE foi realizada em BMI.BF4 usando uma célula em U como aquela
mostrada na Figura 3.1.
Os resultados obtidos numa série ensaios de eletrólise com diferentes concentrações do eletrólito
são mostrados na Tabela 4.1. O sistema apresentou grande estabilidade da produção do
hidrogênio com tempo e a boa eficiência da reação Os valores obtidos podem ser otimizados,
modificando-se a configuração experimental em termos de célula, de duração da reação e de área
do eletrodo, que pode ser aumentada.
No início da reação (teste 1), iniciando-se com uma solução de BMI.BF4 com 10 %mL/mL de H2O,
49 mL de H2 foram produzidos em 3 h de reação com uma eficiência de 52%. O teste 2 foi
realizado com uma concentração de 20 %mL/mL de água no LI, resultando num aumento da η
para 76%, apesar do volume de H2 produzido baixar para 21 mL no mesmo período de tempo da
etapa 1. Nos testes 3-7 foi utilizada uma solução de BMI.BF4 com 30 %mL/mL de água. A
eficiência da reação foi de cerca de 90% e o volume de H2 produzido ficou na faixa de 15 a 40 mL
por hora. No último experimento (teste 8) foi reposta a quantidade de água que havia sido
consumida nos testes anteriores e a eficiência aumentou para 95%.
A duração total do experimento foi superior a 25 h e a eficiência foi sempre maior que 90%. Mais
de 500 mL de hidrogênio foram produzidos, correspondendo a uma redução de 33% do volume de
água que foi adicionada ao LI. Os resultados preliminares mostram que o BMI.BF4 é um meio
adequado para a produção de H2 pelo método de redução da água à temperatura ambiente. A
estabilidade química do BMI.BF4 é um fator importante nestas considerações.
5. CONCLUSÕES
Os resultados aqui apresentados mostram que o LI BMI.BF4 pode ser utilizado como um eletrólito
eficiente para a eletrólise da água. Este novo sistema pode operar à baixa temperatura com
eficiências que alcançam 94,5%.
Neste trabalho fica demonstrado que os LIs são alternativas de alto potencial tecnológico,
podendo ser utilizados como condutores iônicos nos sistemas industriais para eletrólise. Suas
maiores qualidades são ligadas às suas propriedades químicas pouco usuais, como sua inércia
química (alta estabilidade), sua pressão de vapor extremamente baixa e o fato de que não são
nocivos ao meio ambiente. Em termos de seu uso como eletrólitos para a eletrólise da água à
temperatura ambiente, vale a pena salientar a estabilidade do BMI.BF4, que, após 25 horas de
operação, manteve os valores de densidade de corrente e eficiência constantes, mostrando que a
atividade do eletrodo não foi afetada.
8
6. AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao apoio financeiro da CEEE, CAPES, FAPERGS e CNPq no Brasil, e UMR-6510
CNRS-Université de Rennes 1 (França).
7. REFERÊNCIAS
[1] SERVICE; R.F.; Shrinking Fuel Cells Promise Power in Your Pocket; Science; Vol. 296; nº
5571; Pág.1222-1224; Maio; 2002.
[2] GREELEY; R.S.; Long Road Ahead for Hydrogen Fuel Cell Cars; Science; Vol. 295; nº 5558;
Pág.1235-1236; Fevereiro; 2002.
[3] STEELE; B.C.H.; HEINZEL; A.; Materials for fuel-cell technologies; Nature; Vol. 414; nº
6861; pág.345-352; Novembro; 2001.
[4] HAILE; S.M.; BOYSEN; D.A.; CHISLOLM; C.R.I.; MERLE; R.B.; Solid acids as fuel cell
electrolytes; Nature; Vol. 410; nº 6831; Pág.910-913; Abril; 2001.
[5] FERRIGNO; R.; STROOCK; A.D.; CLARK; T.D.; MAYER; M.; WHITESIDES; G.M.;
Membraneless Vanadium Redox Fuel Cell Using Laminar Flow; Journal of American Chemical
Society; Vol. 124; Pág.12930-12931; Junho; 2002.
[6] WOOD III; D.L.; YI; J.S.; NGUYEN; T.V.; Effect of direct liquid water injection and
interdigitated flow field on the performance of proton exchange membrane fuel cells;
Electrochimica Acta; Vol. 43; nº 24; pág.3795-3809; Agosto; 1998.
[7] SUSAN; M.A.B.H.; NODA; A.; MITSUSHIMA; S.; WATANABE; M.; Brønsted acid–base ionic
liquids and their use as new materials for anhydrous proton conductors; Chemical
Communication; Vol. 8; Pág.938-939; Março; 2003.
[8] DUPONT; J.; DE SOUZA; R.F. ; SUAREZ ; P.A.Z. ; Ionic liquids (molten salts) phase
organometallic catalysis; Chemical Reviews ; Vol. 102; pág.3667-3692; Agosto; 2002.
[9] DULLIUS; J.E.L.; SUAREZ; P.A.Z.; EINLOFT; S.; DE SOUZA; R.F.; DUPONT; J.; FISCHER; A.;
CIAN; A.DE; Selective Catalytic Hydrodimerization of 1,3-Butadiene by Palladium
Compounds Dissolved in Ionic Liquids; Organometallics, Vol. 17, pág.815-819; Janeiro; 1998.
[10] SUAREZ; P.A.Z.; EINLOFT; S.; DULLIUS; J.E.L.; DE SOUZA; R.F.; DUPONT; J.; Synthesis
and physical-chemical properties of ionic liquids based on 1-n-butyl-3-methylimidazolium
cation; Journal de Chimie Physique et Physico-Chimie Biologique; Vol. 95; nº 7; Pág.1626-
1939;Julho-Agosto; 1998.
[11] SUAREZ; P.A.Z.; DULLIUS; J.E.L.; EINLOFT; S.; DE SOUZA; R.F.; DUPONT; J.; The use of
new ionic liquids in two-phase catalytic hydrogenation reaction by rhodium complexes;
Polyhedron; Vol. 15; Pág.1217-1219; 1996.
[12] CHAUVIN; Y.; MUSSMANN; L.; OLIVIER; H.; A novel class of versatile solvents for two-
phase catalysis: Hydrogenation, isomerization, and hydroformylation of alkenes catalyzed
by rhodium complexes in liquid 1,3-dialkylimidazolium salts; Angewandte Chemie-
International Edition in English; Vol. 34; nº23-24; Pág.2698-2700; Janeiro; 1996.
[13] DUPONT; J.; CONSORTI, C. ; SUAREZ ;P.A.Z.; DE SOUZA; R.F.; Preparation of 1-butyl-3-
methyl imidazolium-based room temperature ionic liquids; Organic Synthesis ; Vol. 79 ;
Pág.236-243; 2002.
[14] SWEENY; B.K.; PETERS; D.G.; Cyclic voltammetric study of the catalytic behavior of
nickel(I) salen electrogenerated at a glassy carbon electrode in an ionic liquid (1-butyl-3-
methylimidazolium tetrafluoroborate, BMIM+BF4−); Electrochemistry Communication; Vol. 3; nº
12; Pág.712-715; Setembro; 2001.
[15] GALLO; V.; MASTRORILLI; P.; NOBILE; C.F.; ROMANAZZI; G.; SURANNA; G.P.; How does
the presence of impurities change the performance of catalytic systems in ionic liquids? A
case study: the Michael addition of acetylacetone to methyl vinyl ketone; Journal of the
Chemical Society-Dalton Transsactions; Vol. 23; Pág.4339-4342; Outubro; 2002.
[16] XIAO; L.; JOHSON; K.E.; Electrochemistry of 1-butyl-3-methyl-1H-imidazolium
tetrafluoroborate ionic liquid; Journal of the Electrochemistry Society; Vol. 150; nº 6; Pág.E307-
E311; Junho; 2003.
9
[17] BOCKRIS; J.O’M.; CONWAY; B.E.; YEARGER; E.; WHITE; R.E.; Hydrogen Economy; in
Comprehensive Treatise Electrochemistry; Vol. 3; pág.520-; Plenum Press Editora; New York;
1981.
[18] HAILE; S.M.; Materials for fuel cells; Materials Today; Vol. 6; nº 3; Pág.24-29; Março; 2003.
[19] DUPONT; J.; SUAREZ; P.A.Z.; DE SOUZA; R.F.; BURROW; R.A.; KINTZINGER; J.-P.; C-H-
pi interactions in 1-n-butyl-3-methylimidazolium tetraphenylborate molten salt: Solid and
solution structures; Chemistry-A European Journal; Vol. 6; nº 13; Pág.2377-2381; Julho; 2000.
[20] Y. Chauvin, R.F. de Souza, H. Olivier, FR94/15294, “Nouvelle Composition Catalytique à
Base de Complexe Fer Nitrosyle et Procédé pour la Dimérisation du Butadiène en Vinyl-4-
cyclohexène” ; for the Institut Français du Pétrole ; Dezembro ; 1994.
[21] J.D. Wadhawan, U. Schroder, A. Neudeck, S.J. Wilkins, R.G. Compton, F. Marken, C.S.
Consorti, R.F. de Souza, J. Dupont ; Ionic liquid modified electrodes. Unusual partitioning and
diffusion effects of Fe(CN)(6)(4-/3-) in droplet and thin layer deposits of 1-methyl-3-(2, 6-(S)-
dimethylocten-2-yl)-imidazolium tetrafluoroborate; Journal of Electroanalytical. Chemistry, Vol.
493; Pág. 75-83 ; Novembro ; 2000.
[22] U. Schroder, J.D. Wadhawan, R.G. Compton, F. Marken, P.A.Z. Suarez, C.S. Consorti, R.F.
de Souza, J. Dupont; Water-induced accelerated ion diffusion: voltammetric studies in 1-
methyl-3-[2,6-(S)-dimethylocten-2-yl]imidazolium tetrafluoroborate, 1-butyl-3-
methylimidazolium tetrafluoroborate and hexafluorophosphate ionic liquids; New Journal of
Chemistry, Vol. 24; Pág.1009-1015; Novembro; 2000.
[23] J.M. Zhang, C.H. Yang, Z.S. Hou, B.X. Han, T. Jiang, X.H. Li, G.Y. Zhao, Y.F. Li, Z.M. Liu,
D.B. Zhao, Y. Kou, Effect of dissolved CO2 on the conductivity of the ionic liquid [bmim][PF6]
;New Journal of Chemistry; Vol. 27; Pág.333-336; 2003.
[24] A. Berger, R.F. de Souza, M.R. Delgado, J. Dupont; Ionic liquid-phase asymmetric catalytic
hydrogenation: hydrogen concentration effects on enantioselectivity; Tetrahedron:
asymmetry; Vol. 12, Pág.1825-1828; Julho; 2001.
[25] 25. Anthony, E.J. Maginn, J.F. Brennecke ; Solubilities and Thermodynamic Properties of
Gases in the Ionic Liquid 1-n-Butyl-3-methylimidazolium Hexafluorophosphate ; Journal of
Physics Chemistry B ; Vol. 106, Pág.7315-7320 ; Maio ; 2002.
[26] 26. J. Ding, D. Zhou, G. Spinks, G. Wallace, S. Forsyth, M. Forsyth, D. MacFarlane; Use of
Ionic Liquids as Electrolytes in Electromechanical Actuator Systems Based on Inherently
Conducting Polymers; Chemical Materials; Vol. 15; nº 12; Pág.2392-2398; Fevereiro; 2003.
[27] EVANS; R.G.; KLYMENKO; O.V.; PRICE; P.D.; DAVIES; S.G.; HARDACRE; C.; COMPTON;
R.G.; A comparative electrochemical study of diffusion in room temperature ionic liquid
solvents versus acetonitrile; ChemPhysChem, Vol. 6; no ; Pág.526-533; 2005.
[28] DE SOUZA; R.F.; PADILHA; J.C.; GONÇALVES; R.S.; DUPONT; J.; Room temperature
dialkylimidazolium ionic liquid-based fuel cell; Electrochemistry Communication; Vol. 5;
Pág.728-731; Julho; 2003.
[29] GILMAN; S.; Measurement of hydrogen adsorption by the multipulse potentiodynamic
(MPP) method; Journal of Electroanalytical Chemistry;Vol. 7; Pág.382-391; Fevereiro; 1964.
[30] SUAREZ; P.A.Z.; SELBACH; V.M.; DULLIUS; J.E.L.; EINLOFT; S.; PIATNICKI; C.M.S.;
AZAMBUJA; D.S.; DE SOUZA; R.F.; DUPONT; J.; Enlarged electrochemical window in dialkyl-
imidazolium cation based room-temperature air and water-stable molten salts;
Electrochimica. Acta; Vol. 42, no 16; Pág.2533-2535; 1997.
10