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INTRODUÇÃO

Um dos aspectos que motivou minha pesquisa foram os anos de trabalho


com adolescentes na tentativa de tornar mais e mais atraente e interessante para
eles com certa significação o ensino de química, fugindo daquele paradigma das
ciências exatas: são chatas, desinteressantes e que geralmente trazem mais
dúvidas que efetivo conhecimento e aprendizado para o aluno, haja vista que a
cada ano, parece crescer o desinteresse e desestímulo dos alunos do ensino
médio no estudo dessas disciplinas, levando cada vez mais alunos em séries
terminais, optarem por áreas diversas de estudos posteriores, nem sempre de
acordo com seus interesses pessoais, vocacional, profissional etc. Desta forma é
profundamente interessante o trabalho com projetos no ambiente escolar de modo
a envolver o aluno no aprendizado de conceitos, tomando como base projetos
interdisciplinares, que possam servir como ponte de ligação entre o aprendizado
do aluno é o mundo social, econômico e até mesmo psicológico em que ele está
envolvido. Mas sim apenas no aspecto em que, qual o caminho a seguir para se
libertar do estudo e reencontro futuro com a Química no seu processo de
formação profissional, isto tem sido algo inquietante e em muitos aspectos
frustrantes para mim enquanto professor de química. Realidade esta que faz com
que até mesmo nos cursos de graduação, basicamente de Licenciatura em
Química o número de estudantes interessados se reduz, drástica e fortemente a
cada ano, a cada novo ciclo. Qual a razão que leva a essa fuga? Será que isso
não vem desde os primórdios de como a Química é e como deveria ser trabalhada
no ensino médio? Essas questões vão de encontro às minhas inquietações que
originaram os primeiros momentos de dúvidas e a um auto questionamento de
qual o melhor caminho para ensinar Química? Será que existe um caminho ideal?
Ou próximo disso?. Pois ao longo de minha curta carreira como Professor da rede
particular de ensino e da rede de ensino à distância (8 anos), essas dúvidas têm
se feito presente de forma crescente e levando-me a um sentimento de frustração
que acabaram por culminar com esse trabalho de pesquisa, buscando a partir de
um tema social gerador (alcoolismo), desenvolver o trabalho de pesquisa.
De acordo com (Kátia et al, 1999):
“A introdução ao ensino da química orgânica é normalmente
apresentada como sendo uma parte da química relacionado
à vida, tendo como ponto central, o átomo de carbono, e
com funções e reações específicas. A abordagem tradicional
privilegia a nomenclatura, as classificações e as reações,
causando uma grande confusão ao aluno, que assim utiliza
principalmente, a memorização como instrumento para
posterior avaliação”.

Isso vêm de encontro às minhas próprias dúvidas de como trabalhar com o


ensino de química, para que este passe a ter um significado real para o aluno e
mostre a este o quanto ela está presente e faz parte do seu dia—a-dia e de sua
vida como um todo.
Nos últimos anos, em um mundo cada vez mais globalizado e interligado, a
preocupação com um ensino mais integrado e interligado ao mundo real do aluno,
mais e mais ganha destaque nos debates educacionais, orientando a construção e
a concretização das propostas curriculares. Dentre elas, podemos situar a reforma
do Ensino Médio. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
(PCNEM), um dos braços da reforma e objeto de estudo e análise deste trabalho,
apresentam como eixo central a utilização de um tema social de real importância
como o embasamento para buscar a integração, socialização e contextualização.
Uma das formas se buscar trabalhar e desenvolver esse processo é a utilização
de projetos na escola que possam, efetivamente, envolver o aluno, para que esse
processo seja mais positivo e menos doloroso para o professor e para o aluno.
Foram realizados ciclos de debates, estabelecidos em seminários regionais,
de outubro de 2004 a março de 2005, com o intuito de consolidar um
procedimento educacional que promova o melhoramento da qualidade do ensino
médio oferecido no país. De acordo com o Ministro da Educação, Tarso Genro: “É
o ano da qualidade do ensino na educação básica e com foco no ensino médio,
que é a base para um bom desempenho, futuramente, no ensino superior”. A
contextualização do aprendizado e a interdisciplinaridade das matérias serão
prioridades da reforma curricular do ensino médio em 2005. Os seminários
objetivaram a releitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio, com estudos, críticas e sugestões. Com o objetivo principal de tentar
promover uma verdadeira mudança em todo o processo ensino-aprendizagem no
ensino médio, pois da forma como vêm ocorrendo em desconformidade com os
PCNs e LDBs está levando a um lento processo de falecimento do ensino de
ciências exatas no ensino médio.
O ensino médio possui uma estimativa de 16 mil escolas públicas e
privadas, 500 mil professores e nove milhões de alunos. O MEC (Ministério de
Educação e Cultura), através de políticas públicas, pretende ter como eixo
condutor dois grandes desafios que são: a melhoria e a ampliação do atendimento
escolar e a universalização do ensino. Além disso, com as novas orientações
curriculares, a expectativa é de consolidar o currículo a partir do aluno
considerado sujeito da aprendizagem, envolvendo toda a cultura letrada e
adquirida, no seu desenvolvimento pleno e na construção contínua de seu
conhecimento. Através das reorientações curriculares nacionais para o ensino
médio, pretende-se que o ensino brasileiro corresponda às necessidades das
gerações futuras, no sentido de afirmar o exercício da cidadania e a inserção no
mercado de trabalho, estimulando, também a continuidade dos estudos para além
do ensino médio, em cursos profissionalizantes e de graduação.
Devemos lembrar que os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino
Médio em seu processo de elaboração foi essencialmente disciplinar, pois os
grupos disciplinares trataram de forma independente os documentos,
apresentando listagens de competências e habilidades para cada área e para
cada disciplina, parecendo atribuir uma atitude disciplinar às competências
específicas. Saliento ainda que, todo parecer curricular deve ter como linha mestra
a interdisciplinaridade e a contextualização e até mesmo num segundo momento
promover uma socialização de acordo com a realidade que o aluno irá encontrar
para alcançar sua verdadeira legitimidade.
O Ensino Médio é um ensino tradicionalmente disciplinar, uma vez que as
disciplinas escolares tendem a se aproximar das disciplinas acadêmicas em busca
de status, recursos e território, delineando relações de poder e controle mais
nítidos e constituindo padrões de estabilidade curricular (Goodson, 1995). Assim,
entender como a integração pode ser desenvolvida nesse nível de ensino
depende da compreensão dos mecanismos de organização e de controle
presentes nessa nova forma curricular. Goodson (1997) argumenta que as
disciplinas são construídas sócio-historicamente a partir de exigências sociais,
tanto no contexto científico quanto no acadêmico e escolar. Entretanto, ressalta
que não existe uma identificação entre disciplina escolar e disciplina científica ou
acadêmica, pois os mecanismos de regulação presentes nesses contextos são
diferentes.

Segundo (Quadros & Barros, 2004):

“A educação brasileira tem passado por uma crise contínua, a qual é


representada, entre outros, pelos baixos índices de aprendizagem, pelos
altos índices de repetência e evasão escolar, pelos maus resultados
encontrados quando se aplicam os instrumentos de avaliação oficiais –
sem questionar se a avaliação de resultados avalia o sistema - e,
principalmente, pela falta de preparo intelectual dos seus egressos. E esta
crise se faz presente em todos os níveis de ensino”.
Criou-se, em muitos anos de falta de seriedade com a educação, um ciclo
vicioso de má formação, no qual um segmento do ensino vai transferindo a
responsabilidade sobre o segmento seguinte. O rompimento deste ciclo
tem sido um dos grandes objetivos de educadores e educadoras deste
país. Mas por onde iniciar esta ruptura? Com quem iniciá-la? Quem deve
iniciá-la?”

Como atuar para mudar essa realidade do ensino no Brasil, pois muito se
fala e escreve, mas nada de efetivo acontece, do que adianta se discutir,
argumentar, envolver-se em congressos, pesquisas se todo esse conhecimento
dos problemas que acontecem no ensino não chegam, efetivamente, a mudança
de comportamento em sala de aula, no papel exercido pelo educador, ora por
resistência do mesmo, com dúvidas ao que essa mudança pode causar no seu
próprio desempenho e papel como educador, de que forma os alunos e a
sociedade irá receber essas mudanças no processo ensino-aprendizagem que
precisa mudar para finalmente integrar a vida do aluno ao estudo que realiza no
ambiente escolar, como levar esses conhecimentos para sua vida na sociedade e
inserir no contexto de suas atividades do dia-a-dia.

No que se refere ao processo de contextualização, ela é entendida como


forma de garantir a integração do conhecimento escolar com a realidade social,
facilitando o processo de aprendizagem, pois só desta forma o aprendizado passa
a ter uma real importância na vida do aluno. Os textos oficiais defendem que o
ensino atual está descontextualizado, pois os conhecimentos trabalhados são
muito abstratos. Porém, não relacionam essa abstração ao reflexo da
aproximação entre as disciplinas escolares e a acadêmica (Goodson, 1997),
capaz de justificar as demandas sociais na seleção, hierarquização e exclusão
escolar. Analisam a descontextualização de forma neutra, como se a mudança no
currículo fosse apenas uma questão técnica e não social e política, a qual
garantiria novas relações da organização do conhecimento.

O conhecimento químico, muito mais do que propiciar um melhor


conhecimento de mundo permite construir e completar a educação geral, é
necessário para formar um cidadão mais conhecedor do mundo ao seu redor, mas
também torná-lo mais responsável. Porém, o seu ensino como têm ocorrido e se
desenvolvido ao longo dos últimos anos, é extremamente problemático (Pitombo &
Marcondes, 1992) e continua a ser exaustivamente discutido, assim como todo o
processo educacional brasileiro.

Nos dias atuais, os alunos do ensino médio de um modo geral em todos os


níveis de ensino continuam a não perceber e não dar o real valor e importância
em aprender química, alguns chegam a fazê-lo de má vontade, sem qualquer
empenho, interesse ou dedicação, por ser apenas uma exigência imposta pelas
autoridades educacionais e exames vestibulares, muitos destes alunos, acabam
por dizer abertamente: “Não vejo a hora de ficar livre de química, quando entrar
na faculdade, espero nunca mais me deparar com ela”.
Acredito que este alto grau de desinteresse dos alunos possa ou está
diretamente relacionado à forma como a química foi e continua sendo ensinada
até hoje, de forma fragmentada, sem uma visão global, desvinculada do mundo
real e social do aluno, separada das outras ciências (soto, 1987). E neste
processo de crescente desinteresse dos alunos pelo aprendizado e estudo da
química, levando ao freqüente comum questionamento, advindo dessa
fragmentação e desvinculação do mundo em que ele está inserido, feito por eles,
levam cada vez mais a interferir na atuação e na dedicação dos professores no
desenvolvimento de todo o processo de ensino-aprendizagem de química.

OBJETIVOS

Os objetivos que foram o embasamento para o projeto de pesquisa foram:


a) Buscar uma forma diferenciada de desenvolver o processo ensino-
aprendizagem, a partir da contextualização e socialização do um tema
social (alcoolismo) voltado para a realidade do aluno;
b) Medir de que forma essa contextualização e socialização melhora,
dificulta ou aprimora o processo ensino-aprendizagem;
c) Comparar o método tradicional de ensino-aprendizagem de química
orgânica, aulas expositivas com o processo de contextualização e
socialização do mesmo;
d) Abordar a questão do alcoolismo sob o aspecto da cidadania e da vida
dos alunos dentro e fora do ambiente escolar;
e) Desmistificar o conceito de que álcool seja uma única substância,
caracterizando-o como uma função química;
f) Utilizar a função álcool como referência para o desenvolvimento de
conceitos básicos de Química Orgânica e das demais funções.

JUSTIFICATIVA
Para o desenvolvimento deste trabalho, levou-se em consideração uma
constatação pessoal, após 8 anos consecutivos de atuação com alunos de ensino
médio no desenvolvimento da disciplina de química e a partir de discussão entre
colegas professores de química, que há muito tempo vêm discutindo e levantando
hipóteses sobre os motivos que levam ao desinteresse dos alunos de ensino
médio, na 3ª. Série, pela disciplina de química no que concerne à continuidade de
seu estudo em âmbito de ensino superior ou mesmo no de buscar saber e
descobrir o quão presente e importante ela é para si e para o mundo ao seu redor.
Uma das causas prováveis é o fato da mesma ser em muitos casos ou na maioria
deles ser desenvolvida sem qualquer ou com um mínimo de contextualização e
socialização de seus conteúdos. Desta forma uma das melhores maneiras de se
trabalhar nesse sentido é buscar o desenvolvimento de projetos interdisciplinares
que atentem para temas atuais e presentes na vida do aluno e da comunidade em
que ele está inserido.
Procurar também criar entre os alunos uma maior interação e discussão
sobre temas atuais em que eles podem expor suas idéias, dúvidas e até mesmo
buscar soluções no âmbito social e pessoal a partir de seu aprendizado na escola,
desta forma buscar tornar o processo de aprendizagem, algo não apenas
necessário, mas presente e participativo no mundo e na vida social do aluno.
A contextualização e socialização de determinados conteúdos têm como
uma das mais importantes ações de desenvolvimento do processo de
aprendizagem, pois possibilita levar aluno a pensar, tirando o aluno do papel de
expectador passivo, faz com que ele se torne peça chave no processo de ensino-
aprendizagem. Segundo Stein (apud PCN, 1999) na aprendizagem
contextualizada o aluno busca desenvolver o pensamento de ordem superior em
lugar da aquisição de fatos independentes da vida real; sobre o processo, assume
que a aprendizagem é sócio-interativa, envolve necessariamente valores, a
negociação permanente do próprio significado do conteúdo entre os alunos
envolvidos.
A orientação de estudos e a inclusão de um tema social têm sim um
caminho para levar o aluno a aprender a gostar e entender o porquê estudar
química orgânica no ensino médio, usando um problema muito freqüente hoje em
nossa sociedade que a dependência e a crescente ampliação do número de
adolescentes na faixa etária de 15 aos 20 anos que consomem
indiscriminadamente bebidas alcoólicas. Desta forma o aprendizado passa a ter
não apenas um aspecto de ensino, mas um forte apelo social e adquire valor e
significado para o aluno.
O aluno consegue entender mais determinados conceitos científicos,
quando ele consegue ver a aplicação prática e/ou real ligado ao seu mundo e
universos social. Segundo Vygostky (1998, p. X)

“A experiência prática mostra também que o ensino direto de


conceitos é impossível e infrutífero. O professor que tenta fazer
isso, geralmente não obtém qualquer resultado, exceto o
verbalismo vazio, uma repetição de palavras, semelhante a de
um papagaio, que simula um conhecimento dos conceitos
correspondentes, mas que na realidade oculta um vácuo”.

Cabe ao professor buscar formas de melhorar, ampliar esse processo


através do uso de formas diferenciadas de interagir e abordar conteúdos que
deverão ser desenvolvidos.
O processo de ensino é sempre algo complexo que demanda muito estudo
e análise de serem implantados, novos meios ou artifícios para melhorar o
processo, pois num determinado momento prejudicar ou invalidar todo o processo
de aprendizagem, caso não seja amplamente discutido, antes de fazer uso dele,
pois de acordo com Morin (2002, p. 35), diz que:
“O conhecimento do mundo como mundo é necessidade, ao mesmo
tempo, intelectual e vital. É o problema universal de todo cidadão do novo
milênio: como ter acesso às informações sobre o mundo e como ter a
possibilidade de articulá-las e organizá-las? Como perceber e conceber o
Contexto, o Global (a realidade todo/partes), o Multidimensional, o
Complexo? Para articular e organizar os conhecimentos e assim
reconhecer e conhecer os problemas do mundo, é necessária a reforma do
pensamento. Entretanto, esta reforma é paradigmática e,
não,programática: é a questão fundamental da educação, já que se refere
à nossa aptidão para organizar o conhecimento”.
Segundo (Oberto, 2006) uma cabeça bem cheia representa o acumulo de
saber sem mobilidade, sem sentido ou utilidade, a cabeça bem feita é aquela que
dá significado aos saberes, lhes dá a dinamicidade, e confere-lhes a utilidade que
estes devem ter, somente assim poderá dizer-se que houve aprendizagem,
quando o conhecimento tem aplicabilidades práticas, desenvolvida através do
raciocínio, como também enfatizam os Parâmetros Curriculares Nacionais, ao se
referir ao ensino específico da ciência química: “A memorização indiscriminada de
símbolos, fórmulas e nomes de substâncias não contribui para a formação de
competências e habilidades desejáveis no Ensino Médio.”

O que em outras palavras nos prova que a pratica da educação tradicional


não traz avanços qualitativos ao pensamento humano, pois como afirma Morin:
“Em tais condições, as mentes jovens perdem suas aptidões naturais para
contextualizar os saberes e integrá-los em seus conjuntos.”

O que para nós representa o corte substancial dos potenciais criativos e


desenvolvimento cognitivo de alunos adolescentes, ao receberem, desta forma, o
conteúdo de maneira geral, não somente da ciência química como qualquer outro,
estes seres tornam-se “máquinas” de respostas prontas sem sentido algum,
saberes soltos sem importância para suas vidas cotidianas.

Morin também nos diz que: “... os conhecimentos fragmentados só servem


para usos técnicos.”

Com base nessas análises e de uma profunda reflexão é que percebemos


que o ensino de química precisa e têm que mudar. É fato, conhecido e confirmado
no mundo inteiro, que existe uma tendência natural a encarar a química numa
visão mais global e socialmente inserida na realidade do aluno está se acentuando
(Pitombo & Marcondes, 1992)
METODOLOGIA

Esse trabalho foi desenvolvido com 48 alunos do ensino médio com idade
variando de 16 a 18 anos de uma escola da rede particular, o Colégio Radial.
Inicialmente foi apresentado o programa de química orgânica que seria estudado
no semestre e explicado como seria abordado cada conteúdo da disciplina.
Para o aprofundamento dos conteúdos foi realizado um questionamento
verbal sobre inúmeros temas sociais que envolvem a química orgânica que
poderiam ser estudados de forma contextualizada.
, como alcoolismo, combustíveis, poluição, conservação ambiental, entre
outros para junto aos alunos identificar qual o tema gerador de aprendizagem
seria mais interessante a ser abordado e que fosse o ponto de partida para essa
nova estratégia de formação do processo ensino-aprendizagem. Dentre esses
temas apresentada de forma clara e aberta foi feita uma votação individualizada e
pessoal pelos alunos de qual deveria ser o tema gerador desse processo inicial de
desenvolvimento da aprendizagem de Química Orgânica na 3ª. Série do ensino
médio. Os alunos por meio de diálogos abertos e explanação de idéias de cada
um com total liberdade de expressão e manifestação, para a escolha do tema que
seria o objeto de nosso projeto de pesquisa para uma inter-relação entre a
Química, a vida social do aluno e a inserção do conteúdo no seu mundo real e
vivência diária. Escolhido o tema gerador do nosso projeto de socialização e
contextualização do conteúdo para a função álcool: ALCOOLISMO, provendo
assim a explanação que se trata de um aspecto que envolve o estudo da referida
função. Num segundo momento foi aplicado um questionário do qual constavam
inúmeras questões nas quais se buscava conhecer o aluno com relação ao seu
enquadramento sócio-econômico e cultural, com questões como nome, sexo,
idade, profissão do pai e da mãe, local de residência, principais atividades
culturais e de lazer para ter um “esqueleto” fiel de quem é o nosso aluno alvo do
projeto e da pesquisa. Aplicação de um questionário se fez necessário para
termos base de como o aluno se comportou durante todo o processo e que mudou
de suas concepções, após o desenvolvimento do projeto e do trabalho de
pesquisa desenvolvido por ele próprio. Após a escolha do tema gerador, foram
formados grupos de 6 alunos num total de 8 grupos em que através de sorteio os
temas envolvendo álcool, alcoolismos e suas aplicações etc. foram distribuídos os
temas, onde ficou definido também por sorteio a forma e data de apresentação
dos trabalhos que constavam de uma parte escrita, outra na forma de slides ou
filme para lustrar o trabalho e uma apresentação formal de cada grupo para os
demais membros da sala em que cada aluo de acordo com o dinamismo do
próprio grupo decidiram como seriam a ordem de apresentação, num período de
20 a 30 minutos no máximo para que depois fossem abertos os debates e
discussões envolvendo dúvidas dos demais alunos, questionamento do professor
referente à forma de apresentação e exposição do trabalho como questões
relevantes de aspecto positivo em críticas sobre todo o desenvolvimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: (Forma para verificar se é desta forma que temos


que fazer as indicações, esses 4 primeiros autores constam de um material que
encontrei na internet e numa revista, como citar?)

BERNSTEIN, Basil. A estruturação do discurso pedagógico: classe, códigos e


controle. Petrópolis: Vozes, 1996a.
BERNSTEIN, Basil. Pedagogia, control simbólico e identidad: teoria, investigación
y crítica. Madrid: Morata, 1996b.
CHASSOT, Attico I. Catalisando transformações na educação.3a ed. Ijuí: Unijuí,
1995.
GOODSON, Ivor F. Currículo: teoria e história. Petrópolis: Vozes, 1995.
GOODSON, Ivor F. A construção social do currículo. Lisboa: Educa, 1997.
LUTFI, Mansur. Cotidiano e educação em química. Ijuí: Unijuí, 1988.
MACEDO, Elizabeth F. de & LOPES, Alice R. C. A estabilidade do currículo
disciplinar: o caso das Ciências. V Jornada de Pesquisadores em Ciências
Humanas do CFCH. Rio de Janeiro, CFCH/UFRJ, 1999.
MALDANER, Otavio A. Química I: construção de conceitos fundamentais. Ijuí:
Unijuí, 1992.
MEC/SEMTEC. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio. Brasília,
1999, 4 v. (Versão baixada do site do MEC)
QUADROS, Ana L. (Mestre em Educação nas Ciências/UFMG) & BARROS,
Joelia M.- Especialista em Química Ambiental. Anais do 2º Congresso
Brasileiro de extensão Universitária Belo Horizonte – 12 a 15 de setembro de
2004.
OBERTO, Soraia M (Aluna Curso Licenciatura Plena em Química da UFSM).
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Como e Porquê, a
disiciplina de Química. http://www.ufsm.br/gepeis/para.htm, maio, 2006.

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