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Elas devem ser encaminhadas ao Congresso Nacional que, depois, sem prazo
constitucionalmente fixado, devem enviá-las ao TCU.
Eis que, nela, se afirma: “(...) entre os quais um será escolhido ministro, periódica e
alternadamente, ....”
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CEX - TCU 2008
Prof. André Luís
Nada obstante tal informação também não foi devidamente especificada na assertiva.
Em outras palavras, o correto é dizer que: o membro do MPTCU é escolhido com base
em uma lista tríplice formada alternadamente, ora segundo o critério de antigüidade,
ora segundo o de merecimento.
Note-se, nesse ponto, que, segundo o STF, o Presidente da República não é obrigado
a escolher o 1° colocado na lista que lhe for apresentada.
Ocorre, porém, que a assertiva está errada, pois está em desacordo com expressa
disposição do STF e até mesmo com a posição adotada pelo próprio TCU.
Eis que, no item, se afirma: “(...) nessa situação, a Corte deveria ter emitido parecer
conclusivo, destacadamente, para cada um dos respectivos presidentes.”
O item reproduz expressa disposição contida nos artigos 56 e 57 da LRF, que estão
com eficácia suspensa por força da cautelar proferida pelo STF.
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CEX - TCU 2008
Prof. André Luís
Para piorar, o item se choca até mesmo com as disposições regulamentares do TCU,
que, na Sessão Plenária Extraordinária Pública de 24/6/2008, ao apreciar as contas do
Governo da República relativas ao exercício de 2007, emitiu um único parecer prévio
sobre as contas do Presidente da República.
“A medida cautelar concedida pelo Supremo Tribunal Federal em sede da Ação Direta
de Inconstitucionalidade n° 2.238-5, publicada do Diário da Justiça de 21/8/2007, em
que foi suspensa a eficácia do caput do art. 56 e do art. 57 da Lei Complementar n.º
101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), não alterou a estrutura do relatório sobre
as contas do Governo da República, haja vista que continua contemplando a gestão e
o desempenho dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e do Ministério Público
da União. No entanto, o parecer prévio é exclusivo para o Chefe do Poder Executivo,
cujas contas serão julgadas posteriormente pelo Congresso Nacional.”
Fácil de ver, então, que o TCU não deveria ter emitido parecer conclusivo
destacadamente sobre os demais órgãos políticos, como indevidamente afirmado na
questão.