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23/08/2007

AET
Análise Ergonômica do Trabalho
Prof. Roger Abdala
Pós-Graduado em Fisioterapia do Trabalho
Mestrando em Engenharia de Produção/Ergonomia – UFSC
Diretor da Ergofit – Centro de Fisioterapia e Ergonomia Ltda.

Análise da Demanda É nesta fase onde se identifica


Análise da Demanda

1. Formulação da demanda; • O motivo:


2. Análise das ref. bibliográficas sobre o estudo; –Ex.: Não conformidade legal,
notificação, melhoria, adequação a um
3. Análise documental;
sistema de gestão, certificação, perícia.
4. Definição de ferramentas de pesquisa.

É nesta fase onde se identifica • A análise da demanda tem como foco de


Análise da Demanda
estudo a própria análise que será realizada.
• E a abrangência da AET: Desta forma, em reuniões com os gerentes do
– Ex.: Produto, processo, postos de trabalho, trabalho e com os operadores, os analistas
atividades, funcionários, grupos devem discutir e apresentar o que se pretende
homogêneos ou heterogêneos de com a análise ergonômica do trabalho.
exposição.

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Planejamento da Análise Problematização


• É a fase mais importante do processo, da qual
• Refere-se às definições quanto aos métodos
dependem todos os passos seguintes.
de trabalho, cronograma aproximativo e
• Procura-se levantar a maior quantidade de
envolve uma revisão bibliográfica sobre as
informação possível sobre o fenômeno observado,
questões pertinentes à análise.
de forma a permitir uma definição clara e objetiva do
problema, uma análise do meio ambiente e uma
delimitação da área de atuação.

Problematização Análise da Documentação


• Observação de trabalhos anteriores a estes
• “Não formular o problema é andar às
que possam conter dados importantes para o

cegas, no escuro”. desenvolvimento da análise, tais como PPRA,

Dewey (1981) PCMSO, PCA, livros ambulatoriais ou de


segurança do trabalho, e estudos ergonômicos
anteriores.

Análise de Campo
Análise de Campo
• Deve ser ressaltada sempre a importância da
• Começa na análise do posto de trabalho, ou da função
participação dos trabalhadores, que não deve ser
exercida. Diferentes técnicas são utilizadas:
limitada a uma simples coleta de opiniões, mas deve
– Observação direta,

– Observação clínica, servir de grande auxílio na descrição da realidade do


– Registro de variáveis: trabalho, das atividades perceptivas, cognitivas e
• Fisiológicas, cinesiológicas, ambientais, psicológicas, etc.
motoras dos mesmos, sendo esta uma forma de
• Consolidando em uma coleta de dados relacionados a
validar as informações.
informações gerais do em estudo.

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Inspeção, Observação e
Trabalho, Tarefa e Atividade
Acompanhamento
• As funções e o trabalho dos colaboradores são • A tarefa, ou trabalho prescrito, refere-se
inspecionadas e acompanhadas, também chamada àquilo que a pessoa deve realizar, sendo
de atividades de laboratório, onde o avaliador pode
descrita em termos de metas e objetivos,
realizar a tarefa ele mesmo, para que possa extrair
procedimentos, regras e restrições, etc.
maiores informações e sentimentos na rotina.

Trabalho, Tarefa e Atividade Trabalho, Tarefa e Atividade

• Sua análise é feita através de entrevistas,


• A atividade, ou trabalho realizado,
análise da circulação e tratamento das
informações, da organização do trabalho, das refere-se ao como a pessoa
ligações entre os serviços, das características
dos postos de trabalho, etc. realmente realiza sua tarefa.

Apreciação Ergonômica

• É uma fase exploratória, de mapeamento

geral, onde não há informações suficientes.

• Levantada hipóteses e predições acerca dos

constrangimentos ergonômicos

encontrados.

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Apreciação Ergonômica Análise do Trabalho


Separar por Classes

• Nesta fase são feitas as primeiras 1. Posturais 5. Espaciais


leituras sobre o assunto, buscando
2. Instrumentais 6. Ambientais
referenciais que possam ser utilizados
3. Acionais 7. Informacionais
como parâmetro ou comparativo.
4. Movimentacionais 8. Dentre outras

Campo de

Posturais Visão

Característica Posicionamento
Antropométrica dos Componentes

• Posturas prejudiciais resultantes de inadequações do posto de


trabalho, do campo de visão, do envoltório acional e dos
alcances, do posicionamento de componentes, dos apoios,
Flexibilidade
Postural Posturais Alcances
das articulações, do espaço de trabalho, da flexibilidade
postural, das características antropométricas, com prejuízos
para o sistema músculo-esquelético.
Espaços de
Trabalho Ações

Apoios

Instrumentais Instrumentais

• Ferramentas de trabalho e materiais


• Conservação de ferramentas e instrumentos
manipulados que acarretam dificuldades ou
desconfortos no manuseio, com falta de de trabalho.
ajustes, falta de apoios, e características
dimensionais inadequadas.

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Informacionais Acionais
• Arranjos físicos e deficiências na identificação de • Aspectos biomecânicos que possam ser
painéis de informações e de comandos, que prejudiciais no ataque acional a comandos,
acarretam dificuldades na tomada de informações e
ferramentas, painéis, ângulos, movimentação
de acionamentos, e de exploração visual, que
de materiais e outros, que agravam as lesões
possam causar prejuízos na memorização, detecção,
por traumas repetitivos.
e na tomada de decisões.

Acionais Comunicacionais

• Ruídos e desajustes quando necessária a


• Nestes estão incluídos aspectos repetitivos,
transmissão de informações sonoras ou
fisiológicos, cinesiológicos funcionais, esforços gestuais.
estáticos e dinâmicos.
• Má audibilidade de mensagens radiofônicas
e/ou telefônicas.

Organizacionais Organizacionais

• Ritmo e monotonia intensa, pressão de prazos


• Falta de objetivação, responsabilidade,
autonomia e participação.
de produção e de controles, ausência de

pausas e micro pausas, falta de controle do • Inexistência de uma gestão participativa,


desconsiderando opiniões e sugestões de
operador.
funcionários.

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Organizacionais Organizacionais

• Centralização de decisões, excesso de níveis • Conflitos entre indivíduos e grupos sociais,


hierárquicos, falta de transparência nas
dificuldades de comunicações e interações
comunicações das decisões, prioridades e
interpessoais, falta de opções de descontração
estratégias, falta de política de cargos e salários
e lazer.
coerente, descuido ao trabalhador.

Organizacionais Movimentacionais
• Excesso de peso, distância do curso da carga,
• Falta de ordem, arrumação, local freqüência de movimentação dos objetos a levantar
ou transportar, desnivelamento de pisos que possam
de deposição de matérias causar deficiências em transporte de cargas,
ausência ou desajustes de facilidades mecânicas ou
(armários, gavetas, etc). hidráulicas, e que acarretam no esforço humano.

Movimentacionais Deslocamentos
• Excesso de caminhamentos e deambulações.
• Desrespeito aos limites recomendados de
• Grandes distâncias a serem percorridas para a
movimentação manual de materiais, com realização das atividades da tarefa.

riscos para o sistema músculo-esquelético. • Utilização inadequada e constante de plataformas e


escadas.

• Utilização de áreas de higiene pessoal.

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Acessibilidade Acessibilidade

• Despreocupação com a independência e a • Má acessibilidade, espaços inadequados


autonomia dos usuários portadores de
para movimentação de cadeiras de
deficiências, dos trabalhadores mais idosos,
rodas, falta de apoios para utilização de
considerando locomoção e acessos, nas
edificações e em sistemas de transporte. equipamentos.

Ambientais Ambientais

• Isolamento, má aeração, insolação, • Partículas, elementos tóxicos e aero-


dispersóides em concentração no ar acima dos
reflexos.
limites permitidos.
• Temperatura, ruído, iluminação, vibração,
• Falta de otimização da cor do ambiente.
radiação, acima ou abaixo dos níveis
• Falta de higiene e assepsia, o que permite a
recomendados. proliferação de germes patogênicos.

Acidentário Instrucionais

• Falta de dispositivos de proteção de • Desconsideração das atividades concretas da


máquinas, precariedade do solo, de andaimes, tarefa durante o treinamento, falta de
rampas e escadas, manutenção insuficiente. orientação a prevenção e gerenciamento de

• Deficiência na rotina de equipamentos para riscos. Manuais de instrução confusos que

emergências. privilegiam a lógica do funcionamento.

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Análise da População Formas de Pesquisa

• Questionários • Observação Aberta (conhecimento)

• Entrevistas • Observação Armada (armazenamento)


• Observação Participante (laboratório)
• Documentos
• Entrevistas (dirigidas e informal)
• Prontuários
• Questionários (definição de amostras)
• Pesquisa (dados, estatísticas, controles)

Abordagens Abordagens

• Qualitativa – Profissiograma do local de


trabalho (descrição do “o que faz”, “onde
faz”, „quando faz”, “como faz”); carga
física estática (postura, duração,
freqüência); fatores psicofisiológicos
(estresse, organização).

Abordagens Análise Quantitativa


Aplicação de Ferramentas

• Quantitativa – Antropometria; Carga física


• Check points
dinâmica (taxa metabólica, levantamento de
pesos); medições/comparações com outros • Tabelas
agentes ambientais (vibrações, calor, ruído,
etc); medição de tempos e ritmos de • Softwares
trabalho, dentre outros.
• Equipamentos

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Exemplos de Ferramentas Exemplos de Ferramentas


Ergonomia Ergonomia

• Eletromiógrafo • Medidores
• Niosh • Columbine e Borg
• Monitorização Ambientais
• Check list • Owas
Cardíaca • Liberty
• Sue Rodgers • 3D Michigan • Rula • Ergoplus
• Lerhman • Latere • Ocra • Ergoeasy

• More Garg • Dentre Outros

Check-list’s
Interpretações
• Deve ser aplicado por profissional adequado, em mãos
 Excelente – 91 a 100%
erradas podem gerar problemas, pois exige compreensão
 Bom – 81 a 90%
ergonômica e bom senso.  Regular – 61 a 80%
• VANTAGEM – Rápida análise.  Ruim – 31 a 60%
 Péssimo – 0 a 30%
• A aprovação segue 3 critérios: Entendimento,

Reprodutividade, Confiabilidade

• Serve posteriormente para tomar as medidas preventivas e

acompanhar as mudanças.

Obrigado!
Email: ergofit@pop.com.br

S i t e : w w w. d i g i t o o l . c o m . b r / e r g o f i t

Prof. Roger Abdala

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