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Fisiologia I
Sebenta Teórica
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Tc (ºC)
AG F. Col F. Etan
12:0 0.0 30.0
14:0 23.5 48.3
16:0 41.3 62.6
18:0 - 20.0 -16.0
Exemplo
Mobildade Proteica
- Receptores con. A
• Mobilidade lateral
- Ca2+ ATPase
• Mobilidade rotacional
- Proteínas eritrocitárias
• Mobilidade vertical
Na+ e K+ ATPase
Actividade Catalítica de Enzimas
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• “Raft”:
Organização lateral dos lípidos e colesterol das membranas em plataformas
móveis, nas quais estão associadas proteínas específicas; Representam-se no
modelo três tipos possíveis de proteínas (P1 – P3).
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• Cavéolas
Subtipos de rafts lipidicos, com a característica de possuirem proteinas
especificas, as caveolinas (1,2,3).
Implicações funcionais:
• Transdução de sinal (factores de crescimento) e função de proteínas
ligadas ao GPI, desenvolvimento e transmição sinaptica
• Endocitose independente de clatrina – não leva à fusão com os
lisossomas.
• A deficiência em caveolina-3 (mutações), específica muscular, resulta
em patologia humana. A deficiência em caveolina-1 (presente nas
células não musculares) no murganho, resulta em problemas
cardiovasculares e respiratórios.
• Medeia a endocitose para moléculas patogénicas e microorganismos,
evitando a sua degradação pelos lisossomas.
Exemplos:
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Ig CAMs
Embora com junções distintas das imunoglobulinas, definem-se por terem
sequências similares com as Igs designadas “domínios Ig”.
Há 3 subclasses de “domínios Ig” definidos pelas semelhanças com a região
variável (V) ou constante (C) das Igs.
Exemplos: Ver Anexo.
Outras, no sistema nervoso, por exemplo a MAG (myelin associeted
glycoprotein) e as NCAM (neuronais). Um exemplo da sua importância está no
processo de adesão e transmigração endotelial dos leucocitos. (Anexo)
Integrinas
Receptores constituídos por 2 subunidades α e β, de ligação não-covalente. Na
sua porção citoplasmática interagem com muitas proteínas, incluindo do
citoesqueleto.
Conhecem-se hoje pelo menos 8 subunidades β e mais de 12 subunidades α.
Exemplos:
Com β1 (VLA-1, etc.) com β2 (LFA-1, Mac1). Outras com β3, com β2+
β3, etc.
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Selectinas
Possuem domínios tipo lectina, tipo EGF e tipo complemento. São de 3 tipos,
específicas:
• linfócitos (selectina – L),
• plaquetas e endotélio (selecrina – P)
• endotélio (selectina – E).
Caderinas
Superfamilia de moléculas de adesão com funções no reconhecimento celular,
morfogénese e supressão tumoral.
Todas possuem uma junção extra celular NH2 – terminal com 5 domínios, um
só domínio transmembranário e uma porção citoplasmática COOH- terminal.
Esta última interage com as proteínas Cateninas ( Beta e Alfa). A α-catenina
liga a β-catenina à actina do citoesqueleto.
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Nomenclatura
Moléculas Adesão Ligando Distribuição
(CD)
FAMILIA DAS
INTEGRINAS
Subfamilia β 1 ( CD 29)
VLA-1 CD49a/Cd29 Lamin,colag.
VLA-2 CD49b/CD29 Lamin,colag.
VLA-3 CD49c/CD29 Lamin.,colagen
VLA-4 CD49d/CD29 Fibronect ;VCAM-1
VLA-5 CD49e/CD29 Fibronect
VLA-6 CD49f/CD29 Laminina
Subfamília β2(CD 18)
LFA-1 CD11a/CD18 ICAM-1,ICAM-2 Leucócitos
Mac- 1 CD11b/CD18 ICAM-1, C3b Macrofágos,granulócitos
SUPERFAMILIA DAS
IMUNOGLOBULINAS
LFA-2 CD2 LFA-3 Células T
LFA-3 CD58 LFA-2
ICAM-1 CD54 LFA-1,Moc-1
ICAM-2 LFA-1 Endotélio vascular
VCAM-1 VLA-4 Endotélio vascular
FAMÍLIADAS
SELECTINAS
Selectina –E Endotélio vascular
Selectina_L Leucócitos
Plaquetas,endotélio
Selectina-P CD 62
vascular
FAMILIADAS
N ( neural), E ( epitelial), P( placentario), R ( )
CADERINAS
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Descrição da imagem:
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A. Transporte Passivo
Transporte possibilitado por uma diferença de concentração (para substâncias
sem carga) ou por uma diferença de concentração e de potencial eléctrico
(para substâncias com carga).
Tende a dissipar as diferenças que lhe deu origem e a distribuição final entre a
célula e o meio de um estado de equilíbrio.
Pressão osmótica
Pi =RT ( c)
Para solutos que se dissociam deve ser multiplicada pelo número de partículas
da molécula dissociada, a OSMOLARIDADE da solução. 1 osmol de uma
substância é a mesma massa desta que proporciona, em solução, o mesmo
número de partículas que 1 mol de uma substância não dissociável.
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Potencial electroquímico
2 = valência do ião
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C. Equilíbrio de GIBBS-DONNAN
Exemplo:
A- Cl- - +
K+ k+
EXTRA CEL.
INTRA 15 Na+ - 60 mV
CEL
150 K+ - 90 mV
7 Cl - - 70 mV
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D. Pressão Coloidosmótica
Como esta levaria à entrada de água para o interior da célula, deve concluir-se
que a distribuição de iões em equilíbrio entre a célula e o meio é incompatível
com a sobrevivência celular. Resulta daqui a necessidade de outro tipo de
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a) Difusão Simples
- Depende do Nº de choques da substância com a membrana, o
movimento resultante ocorrendo sempre no sentido da diferença
de concentração ou lotação.
- Depende da permeabilidade da membrana
i. superior para substâncias lipossolúveis e retendo
intracelularmente os intermediários
- Depende da presença de poros hidrofílicos (proteínas) nas
membranas, permitindo que a sua permeabilidade para
substâncias hidrofílicas seja maior do que nas membranas
anfipáticas de fosfolípidos
Estes poros descriminam a passagem com base no tamanho e na
carga eléctrica da substância.
- São em geral impermeáveis para solutos hidrofílicos com
diâmetro molecular maior a 7 Å
- São em geral impermeáveis para solutos com cargas idênticas à
sua parede, mas a densidade de carga do poro pode regular a
passagem de iões com a mesma carga (exemplo, o K+ tem
permeabilidade 10 X a do Na+ para carga e tamanhos idênticos)
- A conformação das proteínas dos poros alterando a densidade da
carga, pode regular a permeabilidade iónica
b) Difusão Facilitada
S+X sx Transporte de X
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Em resumo:
a) o tranporte é PASSIVO
b) o transporte é ESPECÍFICO para determinadas substâncias
c) o transporte é SATURÁVEL, quer dizer, é limitado pelo Nº de
transportadores, fazendo-se a velocidade constante a partir de certo
valor
c) Tranporte Activo
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LCR
• Volume
o neo-natal 40-60 ml
o <10 anos 60-100 ml
o adulto 140 ml
• Secreção
o Cerca de 70% pelos plexos coroideus
o 400 μl/min, 24 ml/h, 600ml/dia
o Cerca de 30% - do liquido intersticial (extracelular), vasos
sanguíneos (espaço subaracnoidneu),
ependimo
• Renovação
o 3 ou 4 vezes por dia
Os órgãos circunventriculares
A Absorção do LCR
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9 Transporte Activo
• Na/K ATPase
Localizada predominantemente na face anti-luminalda
célula endotelial
Efluxo de K+ do espaço intersticial para o sangue e influxo
de Na+ para o espaço intersticial
• Sistema A
Sistema de efluxo de pequenos aminoácidos neutros
(alanina, glicina, prolina, GABA)
• P-Glicoproteinas 1, mdr1a
Proteina transportadora ABC (ATP-binding casette),
produto do gene MDR1
Expressa na superfície luminal da barreira
Sistema de efluxo de drogas do cérebro para o sangue
Transportam também opiáceos endógenos e intra
neuropéptidos, podendo representar um novo sistema de
comunicação entre o SNC com o resto do organismo - para
além do sistema hipotálamo-hipófise e do sistema
autosomico.
9 Migração Celular
2. Funções Enzimático-Metabólicas
1. Funções de Transporte
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1. P
rot
eínas Transmembranárias
Claudinas (a), ocludina (b) e moléculas de adesão celular, incluindo as
moléculas de adesão de junção (c) e o complexo caderinas-cateninas (d)
3. Proteínas do Citoesqueleto
Actina, a principal (i), α-actinina e vinculina (j).
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3. A Composição do LCR
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Soro
Pré-Albumina 2-10%
Albumina 45-71% 50-68%
α1 Globulinas 2-7% 2-7%
α2 Globulinas 2-7% 6-11%
β1 Globulinas 4-16% 9-18%
β2 Globulinas 1,5-11%
γ Globulinas 5-14% 12-20%
D) Lipoproteínas no LCR
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Como as proteínas do LCR podem ter uma origem sérica e/ou intestinal, esta
relação pode estar alterada em situações patológicas, o qual pode ser avaliado
por métodos quantitativos e qualitativos. De especial relevância actual é a
síntese intrafecal de imunoglobulinas nalgumas situações neuroinflamatórias –
como a síntese intrafecal de IgG (a mais frequente) na esclerose múltipla.
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SANGUE
1. HEMATÓCRITO
É o volume de glóbulos vermelhos em 100 ml de sangue incoagulável
centrifugado até à obtenção de um volume constante em duas leituras
sucessivas.
V.N. 2-7mm/hora
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3. COR
Oxihemoglobina, hemoglobina reduzida.
4. OPACIDADE
Os glóbulos retêm a luz, é mais transparente na hemólise.
5. DENSIDADE
É maior que a do plasma, variando entre 1090 e 1100, enquanto a
densidade do plasma é de 1024.
6. VISCOSIDADE
Depende do atrito interno entre as partículas tomando a ++++++ como
unidade
♂ 4,3 – 5,3
♀ 3,9 – 4,9
7. PRESSÃO OSMÓTICA
Isotérmicas, hipertónicas, hipotónicas
A pressão osmótica do sangue total é semelhante à do plasma ou soro,
expressa-se pelo ponto de congelação.
O plasma humano congela a –0,56ºC, ~ a solução 0,63 H, equivalente a
uma pressão osmótica de 6,3 atmosferas
¾ da pressão osmótica do plasma deve-se ao NaCl cuja concentração de 9
g/l é isotónico com o plasma
A pressão osmótica determinada pelas proteínas é muito menor. A
albumina é responsável por 80% da p.o. das proteínas do plasma.
HEMÓLISE
Sob acção de diversos agentes físicos ou químicos a hemoglobina difunde
para o meio.
→ Resistência globular
elementos figurados
SANGUE
plasma – soro = a parte líquida após coagulação
90% no plasma
Água
65% no eritrócitos
9 Compostos Inorgânicos
• plasma + líquido intersticial – Na, Cl, Ca
• eritrócitos – Fe, K, Mg
• 3/4 das moléculas do plasma são electrólitos e destas 75% são NaCl
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Exemplo: Na
pA = 23
concentração = 3,35 g/l
3,35
–––– x 1 = 0,1456 = 145,6 mEq/l
23
→ PROTEÍNAS
Funções
1- Nutritiva e de Transporte
2- P. Osmótica – albumina, edema
3- Coagulação – fibrinogénio → fibrina
4- Viscosidade – fibrinogénio > γ globulinas
5- Estabilidade de suspensão (vs) – fibrinogénio > γ globulinas
6- Imunidade – imunoglobulinas (γ globulinas), outras
7- Equilíbrio ácido-base
como ácidos em meio alcalino
como bases em meio ácido
→ FORMAÇÃO
O fígado secreta albumina, o fibrinogénio e mais de 50% das globulinas.
As restantes formam-se no tecido linfóide (γ globulinas) e sistema
retículo-endotelial.
→ AZOTO NÃO-PROTEICO
Uma vez eliminadas do sangue todas as proteínas, permanecem
substâncias azotadas cristalóides – o azoto não proteico (25-35 mg/%).
Ureia > aminoácidos > ácido úrico > creatinina >creatina
→ OUTROS CONSTITUINTES
• Gases, glucose, lípidos, colesterol, etc.
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CAPILAR
ARTERIAL
Pressão
Líquidos saem
Arterial ⇒
P. Osmótica > P. Oncótica
36 mmHg
Pressão
Oncótica
28 mmHg
Pressão
Líquidos entram
Venosa ⇐
P. Osmótica > P. Venosa
20 mmHg
CAPILAR
VENOSO
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LINFA
1- Generalidades – Composição
• Semelhante à do plasma, mas com os seus constituintes em
menores concentrações e variando com o território e a actividade do
organismo:
• Electrólitos, lípidos, glicose, azoto não proteico, Proteínas (incluindo
enzimas e anticorpos): em cada dia, cerca de 50% das proteínas
plasmáticas passam pelo canal torácico.
• Elementos figurados: a quase totalidade são linfócitos, libertados
durante a passagem pelos gânglios linfáticos – 550 por mm3 na linfa
periférica; 20.000 por mm3 no canal torácico.
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4 – Circulação da Linfa
Esquerda Direita
Capilares linfáticos
1
Drena a metade direita da cabeça e pescoço e a parte
supradiafragmática do tronco: 0,1 ml/Kg/hora.
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I. Plaquetas
1. Adesão
• Adesão ao colagénio no vaso lesado através da glicoproteína Ia –
IIb em condições de baixo atrito de fluxo
• Adesão ao subendotelial factor de von Willebrand através da
glicoproteína Ib –IX sobretudo em condições de alto atrito de
fluxo.
2. Activação e Agregação
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Coagulação
(visão de conjunto)
Activação
Conversão enzimática
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III. Fibrinólise
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Transporte axonal
Legenda:
A – Estruturas vesiculares pequenas C – > 200 polipéptidos associados à Matriz
Neurotransmissores (péptidos) Axoplasmática
Proteínas membranárias e de secreção Microfilamentos: Actina, Miosina
Lípidos membranários Clatrina
Espectrina – Tb e SCa
B – Vesículas lisossomais Enzimas metab. energ. / outras
Enzimas (glicolíticas, CK, calmodulina)
Outras moléculas e estrutura
D – 70-80% em 5 polipéptidos:
Microtúbulos – α e βTubulinas
MAP’s
Neurofilamentos (Filamentos intermediários)
200, 145, 68 KDa
(H) (M) (L)
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II – Transportes rápidos
Transporte ante-rógrado
Síntese no retículo endoplasmático com passagem obrigatória pelo aparelho de
Golgi. Aporte de componentes membranários, moléculas de secreção e
neurotransmissão, enzimas e mitocôndrias, ou axónio e terminações axonais e
dendríticas.
Transporte retrógrado
Reciclagem molecular e estrutural da periferia neuronal, informação do estado
metabólico funcional da periferia (sinais durante o desenvolvimento e
regeneração), vesícula de transporte de factores neurotróficos, toxinas, vírus.
Retrógrado
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I – Potencial de membrana
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A – Influxo de Na+
B – Canais de Na+ fecham, efluxo de K+
C – Canais de K+ mantêm-se abertos
D – A despolarização da membrana inactiva os canis de Na+ e um novo PA não
pode ser gerado
E – Enquanto os canais de K+ se mantiverem abertos é necessária uma maior
intensidade de estimulação para gerar um PA.
2 . Fase de Repolarização
• Fase descendente do potencial de acção, que tem origem em 2
factores:
Brusca interrupção da entrada de Na+ (da sua permeabilidade)
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Fisiologia da Sinapse
1. Conceito de transmissão sináptica
a) O conceito de áreas de junção ou contacto entre neurónios e
polarização da condução por Cajal (contra os reticularistas) e a
introdução do termo sinapse por Sherrington (1897), com um
significado funcional
Substâncias químicas (neurotransmissores) na comunicação
sináptica, para além das sinapses eléctricas.
Principio de Dale - um neurónio contem e liberta só um
neurotransmissor nas suas terminações sinápticas. (hoje sabe-se
que existem excepções)
b) Organização das Sinapses
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• Inibição Pré-sináptica
o É a inibição obtida por redução da libertação de tranmissor na
terminação pré.sináptica de sinapse excitatória
o É realizada por sinapses axónio-axónio
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3. Circuitos Neuronais
• Convergência e Divergência
o Principio de convergência - a conexão sináptica de múltiplos
axónios com um neurónio (uma célula para várias fibras)
o Principio de divergência - a subdivisão de axónio de um neurónio
e conexões sinápticas com múltiplos neurónios (uma fibra para
várias fibras)
o Facilitação Temporal
9 É a acumulação dos efeitos de impulsos pré-sinápticos que
chegam sucessivamente a uma célula (sequencia
temporal) na mesma área, pela mesma via aferente
9 Ocorreu um aumento de excitabilidade resultante de
potencial pós-sináptico excitadores sucessivos
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o Facilitação Espacial
9 Duas ou mais áreas vizinhas de despolarização somam os
seus efeitos para alcançar o limiar de descarga da célula
9 Quer dizer, estímulos que activando de forma isolada não
descarregam a célula, agindo em conjunto somam as suas
áreas de despolarização e atingem o nível critico do neurónio
9 houve facilitação, que aqui é espacial – será necessário
que uma determinada superficie de um neurónio seja
despolarizada para que se inicie o impulso pós-sináptico.
Em Resumo:
Quando a eficácia de estimulos diversos simultâneos ou ocorrendo em rápida
sucessão é maior do que a de estímulos individuais, deu-se facilitação; quando
a eficácia de diversos estimulos simultâneos é inferior à soma dos estímulos
individuais, deu-se oclusão.
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1. Potencial de Membrana
(em todas as células)
2. Os Neurónios e a Neurotrasmissão
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Ora este potencial de acção tem a capacidade de ser arrastado pela membrana
do neurónio para além do ponto onde foi gerado. Para esta condução do
potencial de acção os neurónios estão especialmente habilitados;
Não só o podem fazer para grandes distâncias (axonais) como a grande
velocidade (120 m/s) – é a condução do impulso nervoso, que torna o sistema
nervoso o previligiado da comunicação – condução continua versus condução
saltatória (mielina).
4. A Libertação Neurotrasmissora
A resposta à 1ª pergunta:
• O neurotransmissor é libertado por A porque um PA gerado no
segmento inicial (cone de implantação) do seu axónio foi conduzido até
à terminação sinaptica e forneceu-lhe o nivel para a libertação (canais
de Ca2+ dependentes de voltagem)
5. Acção do Neurotransmissor
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Nota:
Há outras formas de acção neurotransmissora, não rápidas ou ionotrópicas
(receptores com canais iónicos) chamadas MODULADORAS, não só do
potencial de membrana como do metabolismo e expressão genética do
neurónio (exemplo: inibem a corrente–M)
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I. SINAPSE
• Substâncias químicas na comunicação neuronal
• Acções “nicotínicas” e “muscarínicas” da acetilcolina
• Libertação do “vagusstoft”
• Libertação de “simpatinas”
• Nervos colinérgicos e adrenergicos
• Princípio de Dale
1. um neurónio contém e liberta só um neurotransmissor
2. um neurónio é excitatório ou inibitório, mas não pode ter efeitos
diferentes em terminações diferentes.
´
NOVOS CONCEITOS:
1. Um mesmo transmissor pode produzir receptores diferentes em
diferentes locais.
2. Uma mesma resposta pode ser desencadeada por diferentes
transmissores em diferentes locais.
3. Num mesmo neurónio podem coexistir mais do que um transmissor.
4. A comunicação neurotransmissora pode exigir uma conexão anatómica
precisa – transmissão sináptica linear – mas pode existir uma libertação
difusa do transmissor através do espaço extra-celular – transmissão
para-sináptica de volume – e existem receptores em regiões não
sinápticas.
5. Os Astrocitos têm um papel fundamental na neurotransmissão –
recepção, transporte, catabolismo, sintese, libertação de NT.
6. Há uma diversidade de sinais químicos (moléculas, iões) na
comunicação inter-celular no SNC (neuro-reguladores) com acção do
tipo neurotransmissor, neuromodulador e de factor neutrófico.
NEURO-REGULADORES MOLÉCULARES
• Transmissores clássicos
o Acetilcolina, Dopamina, Noradrenalina, Adrenalina, Serotonina,
Histamina.
o Glicina, Ac. Gama-Aminobutírico(GAMA), Glutamato, Aspartato.
• Neuropéptidos
• Neurohormonas
o Hormonas de síntese nos neurónios ou fora deles mas
influênciando a função neuronal.
• “Factores “ neurotróficos, instrutivos e outros
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TRANSDUÇÃO DE SINAL
(SÍNTESE)
3 MECANISMOS:
A – Acoplamento do receptor A – A1 – enzimas efectoras ou A2, canais iónicos
através de proteína G
B – Directa activação de canais iónicos pelo ligando
C – Receptores com actividade enzimática (tirosina ou serina/tirosina cinase,
guanil ciclase)
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Neurotransmissor
• Substância libertada numa sinapse e com acções pós-sinapticas
• Efeitos rápidos na polaridade da membrana (despolarização-
excitatório, hiperpolarização-inibitório)
Neuromodulador
• Substância que “modula” a neurotransmissão (incluindo a libertação
ou/e acção de neurotransmissores), na presença de actividade
sináptica, a nível pós ou pré-sináptico.
• Não se libertam necessariamente em sinapses e podem agir em
receptores difusos não-sinápticos.
• Efeitos longos.
• Afectam frequentemente a condutância para o K+ ou o Ca2+.
• A mesma substância pode agir como neurotransmissor ou como
neuromodulador (ex.: a serotonina, a acetilcolina).
• A importância da libertação não-sináptica de monoaminas é
controversa -mais de 80% a menos de 10%.
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Tipo I
• Aminoácidos, como o glutamato, o GABA e a glicina.
• Responsáveis por 80-90% da transmissão sináptica no SNC.
• Transmissão predominantemente rápida, ionotrópica.
• Concentrações de micromoles por grama de peso fresco.
Tipo II
• Incluem os transmissores “clássicos”, como a acetilcolina,
catecolaminas e serotonina.
• Transmissão predominantemente lenta e de acção moduladora.
• Concentracções de monomoles por grama de peso fresco.
Tipo III
• Incluem os neuropeptidos.
• Transmissão predominante de acção moduladora e em receptores
difusos, maior do que só em regiões sinápticas.
• Concentrações de nanomoles a picomoles por grama de peso fresco.
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2. Migração e fusão
• com a membrana pré-sináptica (libertação do neurotransmissores)
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III. Neuropéptidos
Generalidades
Mais de 50 actualmente.
O nº possível de péptidos com 2 a 10 aminoácidos é maior que 10¹³.
Quantos mais haverão a descobrir?
• Presentes em concentrações muito baixas (picomoles por grama de
membro); coexistentes frequentemente com neurotransmissores dos
tipos I e II mas em grandes vesículas secretórias, permitindo uma
libertação diferencial dependente da frequência.
• Síntese no corpo neuronal como precursores, incorporação nas
vesículas (com processamento por proteases), libertação frequente
não-sinápticca, com acções difusas, mas tb pos-sinápticas,
dependente da cc de Ca2+ citoplasmático. Acção sobretudo
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• Endotelinas:
o END-1 e -3, prevalecendo a End-3 e os receptores e
astrocitos.
o Efeitos essenciais durante o desenvolvimento do SNC,
regulação neuroendocrina, etc.
o Aumentos no vasoesprasmo da isquemia cerebral e
hemorragia sub-aracnoideia
• Neuropeptido y
o Membro da família dos péptidos relacionados com o
polipeptido mais abundante em qualquer tecido, incluindo o
SNAutónomo e em muitas regiões do SNC.
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o Receptores y1, 2, 3.
o Implicados na modulação da dor (+ analgésico), ansiedade
(ansiolítico), comportamento alimentar (↑), memória (↑) e
regulação cardiovascular (hipertensão).
• Colecistoquinina (CCK)
o A maior concentração de todos os neuropeptidos no SNC,
especialmente no córtex cerebral com existência muito variada
com outros transmissores.
o Modula libertações de GABA e dopamina.
o Dois tipos de receptores, sendo o CCK-B predominante no
SNC.
o Implicações funcionais diversas, incluindo na modulação da
dor, compotamento alimentar e ansiedade.
• Galanina
o Abundante no tronco cerebral.
o Frequentemente associada a neurónios colimergicas,
serotonina e noraturgicas.
o Acção predominantemente inibitória.
• CRH
o Do nervo proventricular, com proporções difusas para o SNC.
o Participa nos circuitos de SNC associados ao stress
• Neurotensina
o Tridecapeptido com distribuição difusa no SNC.
o Efeitos sedativos morfotensores, moduladores da dor e
possivelmente anti-psicoticas.
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Péptidos Opioides
• Endorfinas
o Péptidos derivados de 3 famílias principais
o Sintetizados no SNC
o Diferenciam-se de péptidos com acção opioide de origem exógena
ou exorfinas (leite, plantas)
Péptidos derivados da
• Pró Opiomelanocortina
ª Não opioides (ACTH, γ, α, β-MSH e β-Endorfina.
ª Principalmente do nervo arqueado (hipotálamo) e
nervos tractos solitários (bulbo) com projecções e
defesas para muitas áreas do SNC.
Péptidos derivados da
• Pro-encefalina
ª Met-Encefalina e Leu-Encefalina (esta em menores
concentraçoes).
ª Os mais obliquamente distribuídos de todas as
opioides, do telencéfalo à medula, com as mais altas
concentrações no globus pallidus.
Péptidos derivados da
• Pro-dinorfina
ª Dinorfia A, Dinorfina B, Neoendorfina α e β.
ª Em geral em distribuição ou ás encefalinas.
ª As mais altas concentrações na hipófise posterior e
hipótalamo e altas concentrações na amígdala, septo,
medula, mesencéfalo.
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• Endomorfinas
o Recentemente descobertas Tetropeptidas, Endomorfina 1 e
Endomorfina 2 com alta especificidade e afinidade para o receptor da
morfina, Receptor μ (a heroína é um derivado da morfina, com dois
grupos acetis, que aumentam a sua lipo-solubilidade)
Receptores Opioides
Todos modulando a dor, mas com distribuições e funções diversas no SNC.
μ – córtex, amígdala, hipocampo, tálamo, mesencéfalo, protuberância,
bulbo e medula.
K – também no hipótalamo
δ – distribuição mais restrita no mesencéfalo e medula.
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Factores Neurológicos
Neurotrofinas
• Factor de crescimento do neuro (NGF)
o O primeiro a ser descoberto nos anos 50, não age só no
simpático e populações de neurónios sensoriais do SNP, mas
também no SNC (estriado, septo)
• Neurotrofina – 3 Neurotrofina 4/5 BDNF (brain derived neurotrophic
factor)
o Com o NGF constituam a família das neurotrofinas
o O BDNF tem sido mais estudados: medula a função do
hipocampo e a aprendizagem/memória
o Promove a mielinização e pode gerar potenciais de acção;
o Os seus sinais alteram-se nalgumas áreas do SNC com o stress,
e o seu aumento está associado com o tratamento crónico com
anti-depressivos.
o A NT3, contrariamente ao BDNF, é inibidora da mielinizaçao
Outros
• DNF (glia cll. Derived neurotrophic factor)
o com acções no SN e for a dele
• neurosepulinas
o multiplica acções, em particular nas sinapses neuro-musculares,
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• Efinas
o criticas para o desenvolvimento e migração neuronal … entre
outros…
Transdução de Sinal
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• p75
ª outro receptor, de baixa afinidade para neurotrofinas.
ª Tem mais vastas distribuições e expressão em maior número
de células para as TRK, pode estar co-expresso com estes,
ou não.
ª Tem semelhança estrutural com os receptores para a família
de factores de necrose tumoral (Citocinas), como nestes
estimulando a hidrólise de esfigomielina (sistema de
transdução de sinal), nomeadamente por proteínas sinases
estimuladas pela Ceramida .
ª Entre funções propostas contam-se:
• Aumentar a afinidade dos receptores para as neurotrofinas,
• medular a actividade da TRK tirosina-cinase,
• transporte retrogado de neurotrofinas,
• apoptoses..
2. Receptor CNFT
• Heterodímero comprendendo três sub-unidades.
• A componente α para o CNTF é extra-celular ligando-se a membrana
pelo glicosil-fosfatidilinositol.
• Ao LIFR(β) liga-se o factor inibitório leucemico (LIF), com reacções
neurais e extra neurais.
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Parassimpático
N. Edinger-West lII Gânglio ciliar
(mêsencéfalo) Gânglio pterigopalatino
Glândula submandibular
N.lacrimal, Glan.Salivar VII
(protuberância)
Gânglio óptico Acetilcolina Olho
Gânglio terminais Gland.lacrimal
N.salivar inf. IX
Gland.salivares
(bulbo)
Pulmão
Coração
N. dorsal vago e Ambíguo X
Fígado(simpático)
(bulbo)
Estômago
Pâncreas
Plexo pélvico Intestino
E S2- S4
Bexiga
Órgãos reprodutores
Acetilcolina
Simpático
T1 - L3
(coluna intermédio- Gânglio cervical sup.
lateral-medula) Gânglio estrelado
´ Cadeia paravertebral
Parassimpático
• O mediador principl é a acetilcolina, actuando em receptores
muscarinicos
• Também libertam péptidos com acção moduladora (ex. Vip)
Simpático
• O principal é a noradrenalina, com +/- péptidos
• Para alem dos receptores peptidergicos, há diversos receptores
adrenergéticos
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Músculo
1. Sarcolema
• A membrana citoplasmatica com os elementos especializados da
placa motora e outras de tecido conectivo e colagénio.
• O potencial de membrana é de cerca de -80mV
• Contém um complexo glicoprpteico associado à distrofina de grande
importância funcional e patológica
2. Sistema Contráctil
• Sistema de proteinas constituindo os filamentos espessos e os
filamentos delgados
3. Retículo Sarcoplásmico
• Os potenciais de acção originados no sarcolema penetram no interior
da fibra muscular por um sistema tubular em T associando-se ao
retículo sarcoplasmático
• Este reserva o cálcio no músculo relaxado, libertando-o quando a
despolarização chega pelo sistema T
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• Contem:
o uma ATPase, Ca2+ dependente, responsável pela sua
captura.
o uma proteína de canal de Ca2+ necessária para o
acoplamento da despolarização à libertação
o um receptor rianodina, necessárip para a libertação de
cálcio.
• Mutações neste receptor associam-se a doença (hipertremia
maligna)
4. Substratos Energéticos
• Ácidos Gordos livres
o O principal substrato em repouso, sobretudo em períodos
prolongados de endurance
o Originam-se dos triglicéridos musculares, do tecido adiposo e das
lipoproteinas
o A importância da carnitina
• Glicogénio
o No principio do exercício ou na sua grande intensidade
o A glicose e os ácidos gordos substituem-no à medida que o
trabalho se prolonga
o Muitas doenças estão associadas a défices de utilização destes
susbtratos
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• Cadeias B
o De ligação e internalização das toxinas
o Para além da cooperação de gangliósidos,
TB - A liga-se à proteína SV2
TB - B liga-se à proteína sinaptogarmina??
o Estas proteinas são V-SNAREs, proteinas da membrana
vesículas para a fusão e libertação de acetilcolina nas sinapses
neuromusculares
• Cadeias A
o São endoproteinas
o Ao clivarem SNAREs perturbam a fusão vesicular e libertação de
acetilcolina.
A da TB - A degrada a SNAP-25, uma proteína da
membrana pré-sináptica (t-SNARE)
A da TB - B degrada a sinaptobrevina (V-SNARE)
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Contracção Muscular
Banda I
• Isotrópicas
• Têm propriedades físicas uniformes qualquer que sejam as direcções
nas quais sejam medidas
Banda A
• Anisotrópicas
• As propriedades físicas dependem da direcção de medida
• O seu índice de refracção não é uniforme em todas as direcções
• Birrefrangência - componentes musculares assimetricos orientados
numa direcção
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2. ACTINA
• 20-25% das proteinas miofibrilhares
• Existe sob 2 formas:
o Actina G - Globular
o Actina F - Fibrilhar (constituída pela união de um grande número
de moléculas de actina G dispostas em dupla espiral)
• Constituem os filamentos delgados, juntamente com 2 outras
proteinas reguladoras
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3. TROPOMIOSINA
• 4-11% das proteinas miofibrilhares
• Entrelaçadas com as moléculas de actina
• Fixam-se ao nível da linha 2, juntamente com a α-actinina
4. TROPONINA
• Formada por 3 cadeias polipeptidicas
o Troponina T - fixa o complexo à tropomiosina
o Troponina C - fixa os iões cálcio
o Troponina I - inibe a interacção entre a actina e a miosina
ACTINOMIOSINA
• Forma-se pela associação de uma parte de Actina-F com 3 partes de
miosina
• O complexo é muito viscoso, dissociando-se a concentrações salinas
muito altas (KCL a 24)
• Enquanto a actividade ATPásica da miosina pura requer Ca2+ e é
inibida pelo Mg2+, a actividade ATPásica da actinamiosina é
estimulada pelo Mg2+
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A preceder a contracção:
• A despolarização do sistema T, cujas as membranas têm receptores
dihidropiridina, relacionados com canais de Na+ voltagem-dependentes,
é transmitida às membranas do retículo sarcoplásmico, que aumenta a
sua permeabilidade para o Ca2+ (receptor rianodina), contido nas suas
cisternas no estado de repouso. (o Ca2+ pode estar solúvel nas cisternas
ou ligado a calsequertrina)
• Neste estado, a hidrolise de ATP pela miosina é inibida pelas
concentrações de Mg2+. Esta é contrariada pela reacção da actina com a
miosina na presença de concentrações activadoras de Ca2+.
Nota: O ATP é necessário tanto para a contracção como para a relaxação. Pelo
menos 2/3 do ATP é usado para a contracção e 1/3 na relaxação.
•I
s
o
t
ó
n
ica - contracção onde há encurtamento do musculo e manutenção da
sua tensão
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3. Fadiga Muscular
• Redução da sua capacidade de gerar força e seu consequente uso
• Fadiga Rápida - exercício intenso/rápido leva ao aumento de acido
láctico, o que faz diminuir a quantidade de ATP
disponível.
• Fadiga Lenta - exercicio prolongado leva a uma diminuição do
glicogénio no musculo, que está dependente de
substâncias lipidicas (AG)~
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Músculo Cardíaco
• Fibras semelhantes às do tipo I do musculo esquelético
• Fibras mais curtas ligadas por discos intercalares, com complexos de
junção (permite a comunicação eléctrica entre as fibras).
• Não há somação
o O potencial de acção dura vários milisegundos, quase até ao final
da contracção
• Não há contracção tetânica
• A superfície da membrana tem canais de Ca2+ voltagem-dependentes,
o A entrada de Ca2+ pelo potencial de acção é necessária para o
acoplamento excitação-contracção.
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Músculo Liso
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