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Medicamentos fitoterápicos: uma opção

terapêutica
Elzo Velani*

O Brasil é conhecido mundialmente como um vasto e rico


reservatório natural de espécies vegetais de todos os tipos. É
através dessa rica flora que foram desenvolvidos os fitoterápicos,
medicamentos que utilizam matérias-primas vegetais em sua
composição.

Tão antiga quanto o próprio homem a fitoterapia, como recurso


terapêutico, avançou pela história e hoje, em todo o mundo, é
objeto de interesse de pesquisadores, fabricantes e, claro, da
sociedade moderna.

A principal diferença entre os medicamentos convencionais e os


fitoterápicos está na matéria-prima. Os convencionais utilizam
insumos derivados de síntese química e os fitoterápicos utilizam
extratos vegetais padronizados, o que garante a sua segurança,
eficácia terapêutica e sua reprodutibilidade.

A fabricação e o controle de qualidade dos medicamentos


fitoterápicos obedecem aos mesmos rigores dos medicamentos
convencionais. Para obter o registro de um fitoterápico a ANVISA,
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, exige os mesmos
procedimentos para o registro de um medicamento sintético.

Tamanho critério por parte dos órgãos reguladores é mais um fator


de segurança para o usuário de fitoterápicos. Os laboratórios do
setor investem muito em pesquisas e colocam no mercado produtos
cada vez mais avançados. Na outra ponta os médicos também vêm
receitando cada vez mais medicamentos fitoterápicos aos seus
pacientes. Na Alemanha, por exemplo, cerca de 50% dos
medicamentos comercializados são fitoterápicos - e a prescrição
destes produtos alcança mais de 70%. Esse cenário é fruto de um
maior fluxo de informação sobre os fitoterápicos e a importância real
destes medicamentos para males de toda espécie, além do fato de
que os medicamentos fitoterápicos apresentam baixíssimo índice de
reações adversas e interações medicamentosas.
O governo brasileiro também descobriu a importância desse
importante segmento da economia e lançou recentemente a Política
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. É uma ação
conjunta entre o governo (através de financiamentos), universidade
(pesquisa e desenvolvimento) e indústria (fabricação) buscando o
desenvolvimento de novos medicamentos destinados à população.

Até mesmo o Sistema Único de Saúde (SUS) está envolvido no


projeto. A iniciativa também quer garantir que a população tenha
acesso seguro e racional ao uso de medicamentos fitoterápicos.

A importância destes medicamentos é reconhecida em todos os


setores da comunidade. Começa pela questão prática, a de que
eles produzem efeitos benéficos no organismo. Passa pelo
mercado, que cresce com a comercialização ordenada deste tipo de
produto, criando novas oportunidades na cadeia produtiva,
principalmente com a possibilidade de exportação, e se
complementa com a proteção da nossa flora e seu uso racional por
parte de todos.

* Elzo Velani é diretor da Abifisa - Associação Brasileira das Empresas


do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde e
diretor da Bionatus Laboratório Botânico.

Fonte:
BIONATUS
comunicação@bionatus.com.br

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