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Bélgica. De acordo com o Scientific Institute for Public Health, o contágio entre
imigrantes e grupos nativos aumentou 43 por cento entre 1997 e 2004.
De acordo a entidade, são diagnosticadas com o vírus uma média de três pessoas por dia,
sendo que na década de 80 a taxa era de dois por dia.
Neste país, 66 por cento dos homens seropositivos foram infectados por via homossexual
enquanto que 87 por cento das mulheres foram infectadas pela via heterossexual.
Afonso é dos poucos seropositivos que não esconde a verdadeira identidade em público.
Diz não recear possíveis actos de discriminação porque “Falar sem dar a cara é dar um
passo em frente e outro para trás”. Conta ainda que quando vai às escolas conversar com
jovens interpreta o papel de “alguém que gostava que tivesse surgido enquanto andava no
liceu”.
Afonso Pedro lembra o momento em que leu no resultado das análises ‘VIH positivo’:
“Quando uma pessoa acaba de saber que é seropositiva fica completamente absorvida por
isso. Passa a existir um seropositivo que vai morrer em breve e não sabe o que fazer.”
Hoje, mais conformado, diz não saber se vai morrer de SIDA embora revele que a doença
o “condiciona em muita coisa”.Resumo:
É minha intenção abordar alguns aspectos relativos à SIDA e Local de Trabalho,
chamando a atenção para, no essencial, tentar sustentar a tese de que um portador de VIH
não está, à partida, incapacitado de exercer uma qualquer actividade profissional, mesmo
considerando as profissões que possam envolver risco para “terceiros”. A argumentação
poderia ser feita com uma abordagem baseada na solidariedade, mas procurarei alicerçar
essa tese essencialmente em fundamentos técnico-científicos e de natureza ética.