Professional Documents
Culture Documents
DIREITO AGRÁRIO
Contratos Agrários
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal;
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois)
dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição
domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três)
quilômetros do imóvel considerado.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana,
constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à
indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo
anterior.
2
a) Arrendamento:
É um aluguel de imóvel rural, este valor é limitado por lei onde uma pessoa se
obriga a entregar a outra por tempo determinado ou indeterminado, uma parte ou
a totalidade da terra rural, para uso e gozo e por conta do arrendatário.
b) Parceria Rural:
% P/ P/ Outorgado
Outorgante
Terra nua 20% 80%
Terra preparada 25% 75%
Terra preparada 30% 70%
+ Moradia
(...) 75% 25%
V – Descrição
VI – Prazo etc.
Art. 13:
I – proibição de renúncia dos direitos e vantagens pelo Arrendatário ou Parceiro
Outorgado (em regra é a parte hipossuficiente).
II – Observância das seguintes normas para conservação dos recursos naturais:
a) Prazos mínimos:
* Arrendamento – 3 anos para culturas temporárias e/ou Pecuária de pequeno e
médio porte.
- 5 anos para culturas permanentes e/ou Pecuária de grande
porte.
- 7 anos para exploração florestal.
b) Proibições:
* prestar serviço gratuito pela parte mais fraca (Arrendatário e Parceiro
Outorgado).
* exclusividade de vendas – vende para quem quiser.
* obrigatoriedade do beneficiamento – é facultado colocar a mercadoria na
máquina do patrão ou não.
* Aquisições dos gêneros.
* Pagamento em vales.
área Valor cadastral p/ ha Valor cadastral total Preço máximo 15% Preço contratado
400ha 2.000,00 R$ 800.000,00 R$ 120.000,00 R$ 120.000,00
300ha 1.000,00 R$ 300.000,00 R$ 45.000,00 R$ 30.000,00
500ha 2.000,00 R$ 1.000.000,00 R$ 150.000,00 R$ 220.000,00
Prorrogação do contrato
- Solicitado para uso próprio – se o dono quiser o imóvel para uso próprio, ele
tem que notificar o arrendatário até 6 meses antes do término do contrato, se isto
não ocorrer, o contrato se renova automaticamente.
Extinção
b) Penhora / Alienação
usufruto, criando uma nova relação sobre o imóvel. Se o usufruto for extinto, o
arrendamento por sua vez também será extinto é a regra geral, o proprietário
assume a propriedade tendo que respeitar o arrendatário até o término do prazo.
5 – Mudança de destinação;
10/01...........................................10/03.......................................................10/09
↓ ↓ ↓
(lavrada a escritura de compra e venda) (registro) (prazo decadencial 6 meses)
Princípios e Definições
Art 1º O arrendamento e a parceria são contratos agrários que a lei reconhece, para o fim de
posse ou uso temporário da terra, entre o proprietário, quem detenha a posse ou tenha a livre
administração de um imóvel rural, e aquêle que nela exerça qualquer atividade agrícola, pecuária,
agro-industrial, extrativa ou mista (art. 92 da Lei nº 4.504 de 30 de novembro de 1964 - Estatuto da
Terra - e art. 13 da Lei nº 4.947 de 6 de abril de 1966).
Parágrafo único. Qualquer estipulação contratual que contrarie as normas estabelecidas neste
artigo, será nula de pleno direito e de nenhum efeito.
Art 3º Arrendamento rural é o contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga a ceder à outra,
por tempo determinado ou não, o uso e gozo de imóvel rural, parte ou partes do mesmo, incluindo,
ou não, outros bens, benfeitorias e ou facilidades, com o objetivo de nêle ser exercida atividade de
exploração agrícola, pecuária, agro-industrial, extrativa ou mista, mediante, certa retribuiç ão ou
aluguel , observados os limites percentuais da Lei.
Art 4º Parceria rural é o contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga a ceder à outra, por
te mpo determinado ou não, o uso especifico de imóvel rural, de parte ou partes do mesmo,
incluindo, ou não, benfeitorias, outros bens e ou facilidades, com o objetivo de nêle ser exercida
atividade de exploração agrícola, pecuária, agro-industrial, extrativa vegetal ou mista; e ou lhe
entrega animais para cria, recria, invernagem, engorda ou extração de matérias primas de origem
animal, mediante partilha de riscos do caso fortuito e da fôrça maior do empreendimento rural, e
dos frutos, produtos ou lucros havidos nas proporções que estipularem, observados os limites
percentuais da lei (artigo 96, VI do Estatuto da Terra).
I - agrícola, quando o objeto da cessão fôr o uso de imóvel rural, de parte ou partes do
mesmo, com o objetivo de nêle ser exercida a atividade de produção vegetal;
II - pecuária, quando o objetivo da cessão forem animais para cria, recria, invernagem ou
engorda;
9
III - agro-industrial, quando o objeto da sessão fôr o uso do imóvel rural, de parte ou partes do
mesmo, ou maquinaria e implementos, com o objetivo de ser exercida atividade de transformação
de produto agrícola, pecuário ou florestal;
IV - extrativa, quando o objeto da cessão fôr o uso de imóvel rural, de parte ou partes do
mesmo, e ou animais de qualquer espécie, com o objetivo de ser exercida atividade extrativa de
produto agrícola, animal ou florestal;
V - mista, quando o objeto da cessão abranger mais de uma das modalidades de parceria
definidas nos incisos anteriores.
Art 6º Ocorrendo entre as mesmas partes e num mesmo imóvel rural avenças de
arrendamento e de parceria, serão celebrados contratos distintos, cada qual regendo-se pelas
normas especificas estabelecidas no Estatuto da Terra, na Lei nº 4.947-66 e neste Regulamento.
Art 7º Para os efeitos dêste Regulamento entende-se por exploração direta, aquela em que o
beneficiário da exploração assume riscos do empreendimento, custeando despesas necessárias.
Art 8º Para os fins do disposto no art. 13, inciso V, da Lei nº 4.947-66, entende-se por cultivo
direto e pessoal, a exploração direta na qual o proprietário, ou arrendatário ou o parceiro, e seu
conjunto familiar, residindo no imóvel e vivendo em mútua dependência, utilizam assalariados em
número que não ultrapassa o número de membros ativos daquele conjunto.
Parágrafo único. Denomina-se cultivador direto e pessoal aquêle que exerce atividade de
exploração na forma dêste artigo.
Art 10. Caberá ao Instituto Brasileiro de Reforma Agrária - IBRA, em todo o território nacional,
a organização e manutenção do registro cadastral e do contrôle dos contratos agrários, em
obediência ao disposto na alínea " c " do inciso III, do artigo 46 do Estatuto da Terra, e de sua
regulamentação no Decreto 55.891, de 31-3-65, como também art. 13 da Lei 4.947, 6-4-66.
CAPÍTULO II
Art 11. Os contratos de arrendamento e de parceria poderão ser escritos ou verbais. Nos
contratos verbais presume-se como ajustadas as cláusulas obrigatórias estabelecidas no art. 13
dêste Regulamento.
§ 2º Cada parte contratante poderá exigir da outra a celebração do ajuste por escrito,
correndo as despesas pelo modo que convencionarem.
VIII - Prazo de duração, preço do arrendamento ou condições de partilha dos frutos, produtos
ou lucros havidos, com expressa menção dos modos, formas e épocas dêsse pagamento ou
partilha;
X - fôro do contrato;
Parágrafo único. As partes poderão ajustar outras estipulações que julguem convenientes aos
seus interêsses, desde que não infrinjam o Estatuto da Terra, a Lei nº 4.947-66 e o presente
Regulamento.
Art 13. Nos contratos agrários, qualquer que seja a sua forma, contarão obrigatoriamente,
clausulas q ue assegurem a conservação dos recursos naturais e a proteção social e econômica
11
dos arrenda t ários e dos parceiros-outorgados a saber (Art. 13, incisos III e V da Lei nº 4.947-
66);
a) prazos mínimos, na forma da alínea " b ", do inciso XI, do art. 95 e da alínea " b ", do inciso
V, do art. 96 do Estatuto da Terra:
b) observância, quando couberem, das normas estabelecidas pela Lei número 4.771, de 15
de setembro de 1965, Código Florestal, e de seu Regulamento constante do Decreto 58.016 de 18
de março de 1966;
III - Fixação, em quantia certa, do preço do arrendamento, a ser pago em dinheiro ou no seu
equivalente em frutos ou produtos, na forma do art. 95, inciso XII, do Estatuto da Terra e do art. 17
dêste Regulamento, e das condições de partilha dos frutos, produtos ou lucros havidos na parceria,
conforme preceitua o art.96 do Estatuto da Terra e o art. 39 dêste Regulamento.
VII - observância das seguintes normas, visando à proteção social e econômica dos
arrendatários e parceiros-outorgados (art.13, inciso V, da Lei nº 4.974-66):
- nenhuma das partes poderá dispor dos frutos ou dos frutos ou produtos havidos antes de
efetuada a partilha, devendo o parceiro-outorgado avisar o parceiro-outorgante, com a necessária
antecedência, da data em que iniciará a colheita ou repartição dos produtos pecuários;
- ao parceiro-outorgado será garantido o direito de dispor livremente dos frutos e produtos que
lhe cabem por fôrça do contrato;
Art 14. Os contratos agrários, qualquer que seja o seu valor e sua forma poderão ser provados
por testemunhas (artigo 92, § 8º, do Estatuto da Terra).
Art 15. A alienação do imóvel rural ou a instituição de ônus reais sôbre êle, não interrompe os
contratos agrários, ficando o adquirente ou o beneficiário, sub-rogado nos direitos e obrigações do
alienante ou do instituidor do ônus (art.92, § 5º do Estatuto da Terra).
SEÇÃO II
Art 16. A renda anual dos contratos de arrendamento será ajustada pelas partes contratantes,
tendo como limite o estabelecido no art. 95, inciso XII, do Estatuto da Terra.
§ 2º Nos casos em que ocorrer exploração de produtos com preço oficialmente fixado, a
relação entre os preços reajustados e os iniciais, não poderá ultrapassar a relação entre o nôvo
preço fixado para os produtos e o respectivo preço na época do contrato (art. 92, § 2º do Estatuto
da Terra).
Art 17. Para cálculo dos preços de arrendamento em cada imóvel rural, observar-se-ão, com
base no inciso XII do art. 95 do Estatuto da Terra os critérios fixados nos parágrafos seguintes:
13
§ 3º Para a área não arrendada, admite-se um preço potencial de arrendamento, que será de
15% (quinze por cento) do valor mínimo por hectare estabelecido na Instrução Especial do IBRA,
aprovada pelo Ministro do Planejamento, na forma prevista no parágrafo 3º do art. 14 do Decreto nº
55.891, de 31 de março de 1965.
§ 4º O preço potencial de arrendamento da área não arrendada, mais a soma dos preços de
arrendamento da áreas arrendadas, não poderá exceder o preço máximo de arrendamento da área
total do imóvel, estipulado no parágrafo 1º dêste artigo.
Art 18. O preço do arrendamento só pode ser ajustado em quantia fixa de dinheiro, mas o seu
pagamento pode ser ajustado que se faça em dinheiro ou em quantidade de frutos cujo preço
corrente no mercado local, nunca inferior ao preço mínimo oficial, equivalha ao do aluguel, à época
da liquidação.
Parágrafo único. É vedado ajustar como preço de arrendamento quantidade fixa de frutos ou
produtos, ou seu equivalente em dinheiro.
Art 19. Nos contratos em que o pagamento do preço do arrendamento deva ser realizado em
frutos ou produtos agrícolas, fica assegurado ao arrendatário o direito de pagar em moeda
corrente, caso o arrendador exija que a equivalência seja calculada com base em preços inferiores
aos vigentes na região, à época dêsse pagamento, ou fique comprovada qualquer outra
modalidade de simulação ou fraude por parte do arrendador (art. 92, § 7º do Estatuto da Terra).
Art 21. Presume-se contratado pelo prazo mínimo de 3 (três) anos, o arrendamento por tempo
indeterminado (art. 95, II do Estatuto da Terra).
§ 3º O arrendamento que, no curso do contrato, pretender iniciar nova cultura cujos frutos não
possam ser colhidos antes de terminado o prazo contratual, deverá ajustar, previamente, com o
arrendador, a forma de pagamento do uso da terra por êsse prazo excedente (art. 15 do Estatuto
da Terra.)
Art 22. Em igualdade de condições com terceiros, o arrendatário terá preferência à renovação
do arrendamento, devendo o arrendador até 6 (seis) meses antes do vencimento do contrato,
notificá-lo das propostas recebidas, instruindo a respectiva notificação com cópia autêntica das
mesmas (art. 95, IV do Estatuto da Terra).
§ 2º Os direitos assegurados neste artigo, não prevalecerão se, até o prazo 6 (seis meses
antes do vencimento do contrato, o arrendador por via de notificação, declarar sua intenção de
retomar o imóvel para explorá-lo diretamente, ou para cultivo direto e pessoal, na forma dos artigos
7º e 8º dêste Regulamento, ou através de descendente seu (art. 95, V, do Estatuto da Terra).
§ 3º As notificações, desistência ou proposta, deverão ser feitas por carta através do Cartório
de Registro de Títulos e documentos da comarca da situação do imóvel, ou por requerimento
judicial.
Art 23. Se por sucessão causa mortis o imóvel rural fôr partilhado entre vários herdeiros,
qualquer dêles poderá exercer o direito de retomada, de sua parte, com obediência aos preceitos
dêste Decreto; todavia é assegurado ao arrendatário o direito à renovação do contrato, quanto às
partes dos herdeiros não interessados na retomada.
Art 24. As benfeitorias que forem realizadas no imóvel rural objeto de arrendamento, podem
ser voluptuárias úteis e necessárias, assim conceituadas:
I - voluptuárias, as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do imóvel
rural, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor;
III - necessárias, as que tem por fim conservar o imóvel rural ou evitar que se deteriore e as
que decorram do cumprimento das normas estabelecidas neste Regulamento para a conservação
de recursos naturais.
Art 25. O arrendatário, no término do contrato, terá direito á indenização das benfeitorias
necessárias e úteis. Quanto às voluptuárias, somente será indenizado se sua construção fôr
expressamente autorizada pelo arrendador (art. 95, VIII, do Estatuto da Terra e 516 do Cód. Civil).
§ 1º Enquanto o arrendatário não fôr indenizado das benfeitorias necessárias e úteis, poderá
reter o imóvel em seu poder, no uso e gôzo das vantagens por êle oferecidas, nos têrmos do
contrato de arrendamento (arts. 95, VIII do Estatuto da Terra e 516 do Código Civil).
15
II - Pela retomada;
Parágrafo único. Nos casos em que o arrendatário é o conjunto familiar, a morte do seu chefe
não é causa de extinção do contrato, havendo naquele conjunto outra pessoa devidamente
qualificada que prossiga na execução do mesmo.
Art 27. O inadimplemento das obrigações assumidas por qualquer das partes, e a
inobservância de cláusula asseguradora dos recursos naturais, prevista no art. 13, inciso II, letra
"c", dêste Regulamento, dará lugar facultativamente à rescisão do contrato, ficando a parte
inadimplente obrigada a ressarcir a oura das perdas e danos causados (art. 92, § 6º do Estatuto da
Terra).
Art 28. Quando se verificar a resolução ou extinção do direito do arrendador sôbre o imóvel
rural, fica garantido ao arrendatário a permanecer nêle até o término dos trabalhos que forem
necessários à colheita.
Art 29. Na ocorrência de fôrça maior, da qual resulte a perda total do objeto do contrato, êste
se terá por extinto, não respondendo qualquer dos contratantes, por perdas e danos.
Art 30. No caso de desapropriação parcial do imóvel rural, fica assegurado ao arrendatário o
direito à redução proporcional da renda ou o de rescindir o contrato.
VIII - Nos casos de pedido de retomada, permitidos e previstos em lei e neste regulamento,
comprovada em Juízo a sinceridade do pedido;
Parágrafo único. No caso do inciso III, poderá o arrendatário devedor evitar a rescisão do
contrato e o conseqüente despejo, requerendo no prazo da contestação da ação de despejo, seja-
lhe admitido o pagamento do aluguel ou renda e encargos devidos, as custas do processo e os
honorários do advogado do arrendador, fixados de plano pelo Juiz. O pagamento deverá ser
realizado no prazo que o Juiz determinar, não excedente de 30 (trinta) dias, contados da data da
entrega em cartório do mandado de citação devidamente cumprido, procedendo-se a depósito, em
caso de recusa.
Art 33. O arrendador e o arrendatário poderão ajustar por acôrdo mútuo, a substituição da
área arrendada por outra equivalente, localizada no mesmo imóvel rural, respeitada as demais
cláusulas e condições do contrato e os direitos do arrendatário (art. 95, VII do Estatuto da Terra).
SEÇÃO III
Art 34. Aplicam-se à parceria, em qualquer de suas espécies previstas no art. 5º dêste
Regulamento, as normas da seção II, dêste Capítulo, no que couber, bem como as regras do
contrato de sociedade, no que não estiver regulado pelo Estatuto da Terra.
Art 35. Na partilha dos frutos da parceria, a cota do parceiro-outorgante não poderá ser
superior a (art. 96, VI, do Estatuto da Terra).
I - 10% (dez por cento) quando concorrer apenas com a terra nua;
II - 20% (vinte por cento) quando concorrer com a terra preparada e moradia;
17
III - 30% (trinta por cento) caso concorra com o conjunto básico de benfeitorias, constituído
especialmente de casa de moradia, galpões, banheiro para gado, cêrcas, valas ou currais,
conforme o caso;
IV - 50% (cinqüenta por cento), caso concorra com a terra preparada e o conjunto básico de
benfeitorias enumeradas no inciso III, e mais o fornecimento de máquinas e implementos agrícolas,
para atender aos tratos culturais, bem como as sementes e animais de tração e, no caso de
parceria pecuária, com animais de cria em proporção superior a 50% (cinqüenta por cento) do
número total de cabeças objeto da parceria;
V - 75% (setenta e cinco por cento), nas zonas de pecuária ultra-extensiva, em que forem os
animais de cria em proporção superior a 25% (vinte e cinto por cento) do rebanho onde se adotem
a meação do leite e a comissão mínima de 5% (cinco por cento) por animal vendido.
§ 2º Nos casos não previstos nos incisos acima, a cota adicional do parceiro-outorgante será
fixada com base em percentagem máxima de 10" (dez por cento) do valor das benfeitorias ou dos
bens postos à disposição do parceiro-outorgado (art. 96, VI, "g", do Estatuto da Terra).
Art 36. Na ocorrência de fôrça maior, da qual resulte a perda total do objeto do contato, êste
se terá por rescindido, não respondendo qualquer dos contratantes, por perdas e danos. Todavia,
se ocorrer perda parcial, repartir-se-ão os prejuízos havidos, na proporção estabelecida para cada
contratante.
Art 37. As parcerias sem prazo convencionado pelas partes, presumem-se contratadas por 3
anos (art. 96, I, do Estatuto da Terra).
SEÇÃO IV
Art 38. A exploração da terra, nas formas e tipos regulamentados por êste Decreto, somente é
considerada como adequada a permitir ao arrendatário e ao parceiro-outorgado gozar dos
benefícios aqui estabelecidos, quando fôr realizada de maneira:
a) que a área utilizada nas várias explotações represente porcentagem igual ou superior a
50% (cinqüenta por cento) de sua área agricultável, equiparando-se, para êsse fim, as áreas
cultivadas, as pastagens, as matas naturais e artificias e as áreas ocupadas com benfeitorias;
b) que obtenha rendimento médio, nas várias atividades de explotação, igual ou superior aos
mínimos fixados em tabela própria, periódicamente.
18
Art 39. Quando o uso ou posse temporária da terra fôr exercido por qualquer outra
modalidade contratual, diversa dos contratos de Arrendamento e Parceria, serão observadas pelo
proprietário do imóvel as mesmas regras aplicáveis à arrendatários e parceiros, e, em especial a
condição estabelecida no art. 38 supra.
CAPÍTULO III
SEÇÃO I
IV - a pagar as taxas, impostos, fôros e tôda e qualquer contribuição que incida ou venha
incidir sôbre o imóvel rural arrendado, se de outro modo não houver convencionado.
I - a pagar pontualmente o preço do arrendamento, pelo modo, nos prazos e locais ajustados;
V - a devolver o imóvel, ao término do contrato, tal como o recebeu com seus acessórios;
salvo as deteriorações naturais ao uso regular. O arrendatário será responsável por qualquer
prejuízo resultante do uso predatório, culposo ou doloso, quer em relação à área cultivada, quer
em relação às benfeitorias, equipamentos, máquinas, instrumentos de trabalho e quaisquer outros
bens a ele cedidos pelo arrendador.
Art 42. O arrendador poderá se opor a cortes ou podas, se danosos aos fins florestais ou
agrícolas a que se destina a gleba objeto do contrato.
Art 43. Não constando do contrato de arrendamento a forma de restituição de animais de cria,
de corte ou de trabalho, entregues ao arrendatário, êste se obriga a, rescindir o contrato, restituí-
los em igual número, espécie, qualidade e quantidade (art. 95, IX, do Estatuto da Terra).
Art 44. O arrendatário que sal, extinto ou rescindido o contrato permitirá ao que entra, a
prática dos atos necessários à realização dos trabalhos preparatórios para o ano seguinte. Da
mesma forma, o que entra permitirá ao que sai, todos os meios indispensáveis à ultimação da
colheita, de acôrdo com os usos e costumes do lugar.
Art 45. Fica assegurado a arrendatário o direito de preempção na aquisição do imóvel rural
arrendado. Manifestada a vontade do proprietário de alienar o imóvel, deverá notificar o
arrendatário para, no prazo, de 30 (trinta) dias, contado da notificação, exercer o seu direito (art.
92, § 3º do Estatuto da Terra).
Art 46. Se o imóvel rural em venda, estiver sendo explorado por mais de um arrendatário, o
direito de preempção só poderá ser exercido para aquisição total da área.
§ 1º O proprietário de imóvel rural arrendado não está obrigado a vender parcela ou parcelas
arrendadas, se estas não abrangerem a totalidade da área.
§ 2º Nos casos dêste artigo, fica assegurado a qualquer dos arrendatários, se os outros não
usarem do direito de preempção, adquirir para si o imóvel.
Art 47. O arrendatário a quem não se notificar a venda, poderá depositando o preço, haver
para si o imóvel arrendado, se o requerer no prazo de 6 (seis) meses, a contar da transcrição da
escritura de compra e venda no Registro Geral de Imóveis local, resolvendo-se em perdas e danos
o descumprimento da obrigação (art. 92, § 4º, do Estatuto da Terra).