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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO

TRABALHO DE SÃO LUÍS, MARANHÃO.

João Carlos da Silva brasileiro, casado, Mecânico, portador da cédula de identidade RG


nº 123456 e do CPF/MF nº 987654321-99, residente e domiciliado na Rua das
Gaivotas, nº 23, B, João Paulo, São Luís, CEP 65.000-000, Maranhão, por seu
Advogado e bastante procurador, conforme procuração em anexo, com endereço na
Rua 08, Quadra 20, nº 15, Vila Embratel, São Luís, CEP 65.000-00, vem,
respeitosamente à presença de Vossa Excelência com fulcro no artigo 280 do Código
de Processo Civil e artigo 840 da Consolidação das Leis Trabalhistas propor a presente
ação.

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face da Oficina JK Ltda, inscrita no CNPJ/MF sob nº 123450001/67, localizada na


Av Kenedy, nº 1500, Bairro Areinha, São Luís, Maranhão com fundamento no artigo
483, alínea d, da CLT, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:

DA ADMISSÃO E DEMISSÃO

O RECLAMANTE foi admitido aos serviços da RECLAMADA em


01.02.2007, na função de Mecânico, com o último salário de R$ 600,00 (seiscentos
reais) por mês, tendo sido demitido sem justa causa no dia 01.02.2011
DA JORNADA DE TRABALHO

O RECLAMANTE cumpria carga-horária de trabalho de segunda-


feira à sexta-feira, das 08h00min às 19h00min, com 01 hora de intervalo para o almoço
e aos sábados de 08h00min às 13h00min, sem intervalo para o almoço, perfazendo
assim uma jornada de trabalho de 55 horas semanais.

DA INADIMPLÊNCIA DA RECLAMADA

A RECLAMADA deixou de cumprir suas obrigações contratuais e não


pagou as verbas rescisórias, inclusive as férias e 1/3 das férias, bem como o décimo
terceiro do ano de 2010 devidos ao RECLAMANTE.

Diante de tal fato e das dificuldades financeiras, o RECLAMANTE se


viu obrigado a aceitar proposta de emprego em outra empresa do mesmo ramo, assim
como também não lhe restou alternativa senão a observância de seu direito, contido no
artigo 483, alínea “d”, da CLT.

DO AVISO PRÉVIO

É devido ao RECLAMANTE o aviso prévio no valor de remunerado de acordo com o §


4º do artigo 487 da CLT o valor de 600,00 (seiscentos reais).

DAS FÉRIAS E DA MULTA

O RECLAMANTE faz jus ao pagamento de férias integral do período


de 01.02.10, com 1/3 constitucional E MULTA DO ARTIGO 137 DA CLT, ainda não
pagas pela RECLAMADA, totalizando R$ 800,00 (oitocentos reais).
DO 13º SALÁRIO

O RECLAMANTE faz jus ao pagamento do 13º salário integral,


referente ao ano de 2010 e 1/12 avos referentes ao ano de 2011 ao período trabalhado,
por força do artigo 3º da Lei nº 4.090/62, no valor de R$ 650,00 (seiscentos e
cinqüenta reais).

DAS HORAS EXTRAS

O RECLAMANTE continuava trabalhando das 08h00min às


19h00min e das 08h00min às 13h00min, perfazendo 02 (duas) horas extras diárias de
2ª a 6ª feira e 01 (uma) hora aos sábados, totalizando 11 (onze) horas extras
semanais,totalizando 2016 (duas mil e dezesseis horas), que deveriam ser pagas com
adicional de 50.% (cinqüenta por cento), totalizando no valor de R$ 8.245,44 (oito mil
duzentos e quarenta e cinco reais e quarenta e quatro centavos).

DO FGTS E MULTA

Por não haver recolhido os devidos valores referentes ao FGTS


durante o período trabalhado, deverá ser a RECLAMADA condenada ao pagamento de
tais valores atualizados e com correção monetária, como também ao pagamento do
acréscimo do percentual da multa rescisória, conforme dispõe o artigo 20, § 15º da Lei
8.036/1990, no valor de R$ 3.987,20 (três mil novecentos e oitenta e sete reais e
vinte centavos).

DO SEGURO DESEMPREGO

Em virtude de o RECLAMANTE não ter dado motivo para a cessação


das relações de trabalho, tem ele o direito de receber as parcelas do seguro
desemprego, totalizando o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais).
DOS PEDIDIDOS
Diante do exposto, requer:

1. Que sejam julgados procedentes todos os cálculos supra delineados na exordial;


2. Que a reclamada seja notificada para que, dia e hora designados por Vossa
Excelência, compareça em audiência liquidando as verbas pleiteadas ou
oferecendo defesa no prazo legal, sob pena de confissão;
3. Após a fase conciliatória, seja a presente ao final julgada procedente em sua
totalidade, condenando a Reclamada ao pagamento das verbas pleiteadas,
acrescidas de juros e correção monetária,
4. Seja procedida as verbas relativas a honorários advocatícios sobre o montante
do pedido e demais cominações legais no valor R$ 3.456,52 (três mil
quatrocentos e cinqüenta e seis reais e cinqüenta e dois centavos);
5. Os benefícios da Justiça Gratuita, conforme declaração em anexo.
6. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,
especialmente pelo depoimento pessoal da Reclamada, desde logo requerido,
oitiva de testemunhas, provas documentais e periciais que se fizerem
necessárias, sem exclusão de qualquer outra, por mais especiais que sejam.
7. Que sejam atualizados os juros e correção monetária na forma da lei.
8. Dá-se a causa o valor de R$ 20.739,16 (Vinte e setecentos e trinta e nove reais e
dezesseis centavos).

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

São Luis, 15 de março de 2011.

Gil Liberato Lima


Advogado OAB-MA nº 132465

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