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UNISAL – CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO

PAULO
U. E. LORENA
CURSO: DIREITO
TURMA: 1º A

ARTIGO CIENTÍFICO

Ana Claúdia Baesso Da Silva


Eliseo dos Santos Queiroz
Melina Teresa Vaz Magraner
Pétria Hágata Rodrigues

Lorena-SP
Junho 2007
UNISAL – CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO
PAULO
U. E. LORENA
CURSO: DIREITO
TURMA: 1º A

ARTIGO CIENTÍFICO

Ana Claúdia Baesso Da Silva


Eliseo dos Santos Queiroz
Melina Teresa Vaz Magraner
Pétria Hágata Rodrigues

Corrupção no Poder Judiciário Brasileiro


Trabalho apresentado à Profª
Elisa como instrumento de
avaliação na Disciplina Metodologia
Científica.

Lorena-SP
18/06/2007
Centro Universitário Salesiano de São Paulo – U.E. de Lorena – Curso de Direito 2

SUMÁRIO

A Corrupção no Judiciário Brasileiro .................................................................3


Resumo........................................................................................................3
1. Introdução ...............................................................................................3
2. A Corrupção e Seus Reflexos Nos Três Poderes ....................................4
3. Evolução da Corrupção Judiciária Brasileira..........................................5
4. A Atual Repercussão da Corrupção no Poder Judiciário ........................6
5. A Falta de Transparência ao Judiciário do Brasil ...................................7
6. Conclusão................................................................................................7
Referências Bibliográficas ..........................................................................9
Centro Universitário Salesiano de São Paulo – U.E. de Lorena – Curso de Direito 3

ARTIGO CIENTÍFICO
Ana Claúdia Baesso Da Silva
Eliseo dos Santos Queiroz
Melina Teresa Vaz Magraner
Pétria Hágata Rodrigues

A Corrupção no Judiciário Brasileiro

Resumo
Notório é o poder do sistema legal, tanto em agir contra as pessoas como
também se colocar acima de contestações ou denúncias de práticas indevidas.
A corrupção sempre existiu, mas não era tão divulgado como atualmente. Uma
das razões que justificam o regresso da Justiça Brasileira são as operações
Furacão e Têmis desencadeadas contra magistrados, procuradores, advogados
e outros. De acordo com o relatório realizado pela ONG sobre a análise a
respeito da corrupção em 45 países, afirma que no Brasil falta transparência no
Poder Judiciário.

Palavras-chave: Judiciário; corrupção; magistrado; juiz; processo.

1. Introdução
O Judiciário brasileiro sempre foi visto como um sistema intocável,
formado por pessoas que jamais se entregariam a corrupção, pessoas que tem o
poder de julgar, aplicar Leis, mas que apesar delas serem constitucionais, não
quer dizer que são justas. Decisões são dadas que podem mudar a vida de
pessoas, não se imaginava que poderiam ser compradas, mas infelizmente são.
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Os abusos são notórios, mostrados pela imprensa brasileira e


internacional. Como fica a “cabeça” daquelas pessoas simples, que vêem no
judiciário a esperança de se aplicar a Justiça, digo estas pessoas, porque são
elas as menos favorecidas nessa sociedade capitalista, onde a cada dia lutam
pela sobrevivência, e vêem a injustiça rodeando seus lares, mas acreditam que
a Justiça está atenta aos seus anseios. Aqueles que têm o poder têm influência
na sociedade, e compram pessoas, políticos, policiais, e para nosso espanto,
acreditem, os integrantes do sistema judiciário brasileiro, ficam impunes, riem
dos poderes constituídos, dão as costas para a Lei, mandam e desmandam. Mas
o que não pode continuar acontecendo e nunca deveria acontecer, é o poder
Judiciário se entregar à corrupção, deixando manchar as vestes da magistratura
brasileira. Mas apesar de estarmos vivenciando essa mancha no sistema
judiciário brasileiro, podemos acreditar que nem todos se entregaram à
corrupção, ainda temos esperança, é o que veremos durante a exposição deste
artigo.

2. A Corrupção e Seus Reflexos Nos Três Poderes

Notório é o poder do sistema legal, tanto em agir contra as pessoas


como também se colocar acima de contestações ou denúncias de práticas
indevidas. No Sistema Judiciário são visíveis as ilegalidades processuais e
sentenças que trazem revoltas. Assim, se tratando de ações criminosas de
autoridades, provavelmente ocorrerão arbitrariedades, abusos e cerceamentos.
É pilhéria aceitar o fato de que quando se denunciam crimes de
autoridades policiais ou judiciais, recorre-se ao próprio corpo policial e
judiciário. Corporativismo é um problema inevitável em todas as instituições,
que se expressa pelo fato de faltar, por intenção ou má fé, aos deveres do seu
cargo ou ministério; ou corrupção. Desse modo o sistema cria um meio
adequado para os crimes de quadrilha envolvendo autoridades.
Há uma falha no Brasil que afeta os três poderes, Executivo, Legislativo
e Judiciário, causando um problema de “sistema”. É consenso que o Brasil
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necessite de uma reforma política e judiciária, que depende do próprio


Legislativo, pois esta se esbarra em questões de competência. Torna-se
necessário que a Justiça Brasileira julgue os crimes cometidos por seus
membros sem se envolver.
Os Três poderes possuem, ao natural, a condição de fiscalizar um ao
outro em nome da representatividade popular. Cabe, portanto, mecanismos
dentro dos Poderes Legislativo e Executivo, que atuem como fiscalizadores e
controladores, inclusive com poder punitivo, aos membros do Poder Judiciário.
Assim como cabe ao Judiciário, mecanismos que lhe permitam atuação
fiscalizadora, controladora e punitiva sobre os membros dos Poderes
Legislativo e Executivo.

3. Evolução da Corrupção Judiciária Brasileira

Vladimir Souza Carvalho, juiz da 2ª Vara Federal em seu artigo sobre a


corrupção no Judiciário diz que a corrupção sempre existiu, mas não era tão
divulgado como atualmente.
“Nos tempos de antanho (...) A casa, em que o juiz da comarca
morava, gratuitamente, cedida pelo chefe político, era uma
maneira sutil de corrupção.(...) Mas, todos esses fatos
representavam uma minúscula cabeça de prego no corpo do
Judiciário”.1

Esses fatos do passado contemporâneo e do presente mais próximo não


se comparam diante da infinidade de acontecimentos que tomam conta dos
noticiários. Hoje a corrupção não é mais um fato isolado, mas em grande
repercussão social. Sendo assim o Judiciário deixa de ser ocupado por juizes
anteriormente sérios a negociadores de decisões, num processo de degradação
moral.

1
Artigo intitulado O Vírus da Corrupção no Judiciário, divulgado no Correio de Sergipe.
Autor, entre outros, de COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL, em sete edições, A
REPÚBLICA VELHA EM ITABAIANA, história, e ÁGUA DE CABAÇA, contos.
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4. A Atual Repercussão da Corrupção no Poder Judiciário

Até recentemente a imprensa brasileira dedicava pouco espaço ao Poder


Judiciário. Isso mudou e hoje são freqüentes as matérias jornalísticas
enfocando aspectos do sistema judiciário para denunciar falha.
Uma das razões que justificam o regresso da Justiça Brasileira são as
operações Furacão e Têmis desencadeadas contra magistrados, procuradores,
advogados e outros. Essas razões não estão tanto no fato de, mais uma vez, os
“operadores” do direito serem acusados de corrupção.
Na operação furacão, um juiz emitiu mandados de busca e apreensão e
de prisão temporária de um desembargador e juizes, em conseqüência disto
meritíssimos foram algemados e junto com os bicheiros e outros suspeitos
foram conduzidos à prisão para serem interrogados. Na operação Têmis os
pedidos de prisão temporária não foram concedidos, por que em nosso
Judiciário não há nenhuma preocupação com congruência doutrinária.
Dessa forma, se até mesmo os representantes, do mais importante entre
os poderes, agem como criminosos as pessoas passam a questionar o fato de se
esses representantes podem praticar tramóias não há motivo para que os
cidadãos comuns respeitem a lei.
Não se deve generalizar a situação e afirmar que todas as pessoas que
compõe sistema judiciário são corruptas, sendo que nos últimos anos surgiram
movimentos de juízes que reconhecem a necessidade de aperfeiçoamento e
vem trabalhando para isso, como exemplo pode citar a alegação de defesa da
imagem do Judiciário pelo Presidente Nacional da OAB, César Brito,
afirmando que é necessário o afastamento de todos os magistrados suspeitos de
corrupção.
Para Britto, as últimas operações da Polícia Federal, sobretudo a
Hurricane, deixaram a imagem do Judiciário arranhada. O único meio de
minimizar os efeitos e possibilitar a ampla defesa é os envolvidos se
licenciarem dos cargos.
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5. A Falta de Transparência ao Judiciário do Brasil

De acordo com o relatório realizado pela ONG sobre a análise a


respeito da corrupção em 45 países, afirma que no Brasil falta transparência no
Poder Judiciário, que se isola e se dedica a proteger privilégios corporativos e
não presta contas à sociedade e que, além disso, a justiça é lenta e inacessível
aos pobres e que as ineficiências contribuem para a impunidade no país.
Há pouco tempo, um grande fato abalou o Sistema Judiciário Brasileiro,
fato este que ficou conhecido como “Bingão da Justiça”, onde juízes
negociavam sentenças e chegavam a cobrar até 150 mil reais por liminar,
segundo afirma a Polícia Federal:
Outro fato que aumenta a névoa do sistema Judiciário Brasileiro foi à
conduta tomada pelo desembargador federal Eustáquio Nunes Silveira,
aposentado compulsoriamente, favoreceu seu filho, advogado, em uma causa
que envolvia supostos traficantes.
Logo, quando um cidadão usa o poder que detém sobre outros em favor
próprio, pactua com a corrupção.
O corregedor nacional de Justiça, Antonio de Pádua Ribeiro, diz que o
número de magistrados acusados de corrupção no país é pequeno mas o
suficiente para manchar a imagem do Poder Judiciário, de 14.500 juizes menos
20 se encontram nessa situação. O próprio corregedor, Ministro do STJ e
integrante do Conselho Nacional de Justiça teve sua reputação questionada por
uma reportagem que trazia trechos de um diálogo comprometedor entre um
assessor do ministro e o suposto líder de uma quadrilha especializada em
fraudar concursos públicos.

6. Conclusão

O Poder Judiciário precisa atravessar um corredor moral e ético mais


longo que o atual. Representa defender para os magistrados sólida base
psicológica e densa preparação, seja nos campos específicos do Direito, seja
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em áreas mais abrangentes do conhecimento e nos campos da ética pessoal e


profissional, do relacionamento humano, da hermenêutica, da liderança, do
raciocínio lógico e dos ensinamentos práticos.
Ficando claro que o Sistema Judiciário Brasileiro pode e deve ser
aperfeiçoado, analisando os escândalos divulgados para buscar seriamente
identificar suas falhas, para através dos constantes problemas erradicarem as
raízes dos mesmos.
Uma outra forma de estancar essa a ferida profunda da corrupção é
afastar da atividade aqueles juízes, promotores, desembargadores e advogados
envolvidos nos escândalos, para garantir dessa forma que a Imagem de Justiça
seja menos arranhada.
Alcançamos nosso objetivo, que foi mostrar que os atos ilícitos
praticados por aqueles que possuam a sagrada missão de serem justos, afetam a
imagem do Judiciário. Entretanto, o que se precisa, nesse momento, é tirar é
imagem negra conferida ao Judiciário e fazer valer a idéia que punições no
Brasil para corruptos de todo o Poder.
Como sugestão é importante ler a revista Consultor jurídico, que traz
assuntos interessantes na área do Judiciário Brasileiro.
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Referências Bibliográficas

1. Tognolli, Claudio Julio. Nanci, Luciana. Dedo na ferida. Revista Consultor

Jurídico;

2. Torquato, Gaudêncio. Névoa na Justiça. Revista Consultor Jurídico, 29 de

abril de 2007;

3. Toledo, Diego. Falta transparência ao Judiciário no Brasil, diz ONG

4. Juiz Vladimir Souza Carvalho, O Vírus Da Corrupção No Judiciário;

5. Dallari, Dalmo de Abreu. O modelo judiciário brasileiro, Jornal do Brasil


18/2/2006;
6. Abramo, Claudio Weber. Por que a Justiça não anda, 26/04/2007, Diário do

Comércio;

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