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Hidrelétricas

A hidroeletricidade se constitui numa alternativa de obtenção de energia


elétrica a partir do aproveitamento do potencial hidráulico de um
determinado trecho de um rio, normalmente assegurado pela construção
de uma barragem e pela conseqüente formação de um reservatório. Esse
tipo de obtenção de energia que utiliza como “combustível” a água é
apresentado como uma fonte energética “limpa, renovável e barata” e
por isso, hoje, um quinto de toda a energia elétrica no mundo é produzido
pelo aproveitamento dos cursos de água.

Obtenção de energia
Sua obtenção de energia é explicada pelo fato de um corpo, ao cair,
ganha velocidade à medida que for caindo, e, com o aumento da
velocidade, o corpo vai ganhando energia. Sendo assim, o homem
construiu grandes usinas hidrelétricas, que constituem a utilização de
energia dos planos inclinados dos rios para a posterior geração da
eletricidade. A energia hidráulica é convertida em energia mecânica por
meio de uma turbina hidráulica, que por sua vez é convertida em energia
elétrica por meio de um gerador, sendo a energia elétrica transmitida
para uma ou mais linhas de transmissão que é interligada à rede de
distribuição.

Questões sociais nos empreendimentos


hidrelétricos
No que se refere aos aspectos sociais, particularmente com relação às
populações ribeirinhas atingidas pelas obras, essas são invariavelmente
desconsideradas diante da perspectiva da perda irreversível das suas
condições de produção e reprodução social, determinada pela formação
do reservatório. A construção de uma usina representou para essas
populações a destruição de seus projetos de vida, impondo sua expulsão
da terra sem apresentar compensações que pudessem, ao menos,
assegurar manutenção de suas condições de reprodução num mesmo
nível daquele que se verificava antes da implantação do empreendimento
(deslocamento compulsório). No relacionamento das empresas do setor
elétrico com essas populações prevalece a estratégia do “fato
consumado”.

Potencial energético
O cálculo da potência instalada de uma usina é efetuado através de
estudos de energéticos que são realizados por engenheiros mecânicos,
eletricistas e civis.

No mundo:

A obtenção de energia através das hidrelétricas é crescente, pois


ocasiona uma grande geração de lucros para os agentes privados
responsáveis pela sua instalação e funcionamento além do fato de ser um
tipo de energia mais barata do que outras como a energia nuclear e
menos agressiva ambientalmente do que a do petróleo ou a do carvão.
Em todo o mundo, a energia hidrelétrica representa 20% da eletricidade
consumida no ano de 2005, produzindo um total de 930 mil megawatts,
equivalente a cinco bilhões de barris de petróleo. Os países mais notáveis
em relação à produção de energia através das hidrelétricas são: Brasil,
Canadá e os Estados Unidos.

No Brasil:

A capacidade instalada das usinas hidrelétricas atualmente em operação


(cerca de 74mil MW) representa não mais que 28,4% do potencial
hidrelétrico total no Brasil, estimado em 260,1 mil MW. Entre as bacias
com maior potencial destacam-se as do Rio Amazonas e do Rio Paraná.
Os climas chuvosos, o relevo predominante de planaltos e solos
favoráveis ao armazenamento de água, faz dessa matriz a opção
economicamente mais viável.
Hidrelétricas e a questão ambiental
É com freqüência que empreendimentos hidrelétricos têm se revelado
insustentáveis, no cenário internacional e particularmente no Brasil. Esse
caráter insustentável pode ser estabelecido a partir de critérios que
identificam os problemas físico-químico-biológicos decorrentes da
implantação e da operação de uma usina hidrelétrica, e da sua interação
com as características ambientais do seu lócus de construção.

Dentre os principais problemas ambientais em usinas hidrelétricas, cabe


destacar:

• Alteração do regime hidrológico, comprometendo as atividades a


jusante do reservatório;

• Comprometimento da qualidade das águas, em razão do caráter


lêntico do reservatório, dificultando a decomposição dos rejeitos e
efluentes;

• Assoreamento dos reservatórios, em virtude do descontrole no


padrão de ocupação territorial nas cabeceiras dos reservatórios,
submetidos a processos de desmatamento e retirada da mata ciliar;

• Emissão de gases de efeito estufa, particularmente o metano,


decorrente da decomposição da cobertura vegetal submersa
definitivamente nos reservatórios;

• Aumento do volume de água no reservatório formado, com


conseqüente sobrepressão sobre o solo e subsolo pelo peso da
massa de água represada, em áreas com condições geológicas
desfavoráveis (por exemplo, terrenos cársticos), provocando sismos
induzidos;

• Problemas de saúde pública, pela formação dos remansos nos


reservatórios e a decorrente proliferação de vetores transmissores
de doenças endêmicas;
• Dificuldades para assegurar o uso múltiplo das águas, em razão do
caráter histórico de priorização da geração elétrica em detrimento
dos outros possíveis usos como irrigação, lazer, piscicultura, entre
outros.

Vantagens
 Energia limpa e renovável

 Custo barato do Kw/hora

 Tempo útil de operação muito longo (aproximadamente 100 anos)

 Podem ser aproveitadas para desenvolver projetos complementares


de desenvolvimento regional como navegação, piscicultura e
turismo.

Desvantagens
 Custo elevado da obra

 Tempo longo para entrar em operação (projeto e construção)

 Causa impactos ambientais, represamento de águas e alteração do


ecossistema local

 Vulnerável a variações climáticas (depende da quantidade de


chuvas)

 Não podem ser construídas em qualquer local e exigem altos


investimentos em linhas de transmissão

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