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com/ CURIOSIDADES
Autor: Artur Penedos

CHEGOU A HORA DE FAZERMOS APENAS …UM INTERVALO!

José Sócrates encerrou mais um ciclo de governação socialista! Fê-lo de forma exemplar,
assumindo sozinho as responsabilidades de todos nós. Uns mais do que outros, é certo,
mas, convenhamos, a derrota do PS é de todos e não apenas de um.
Mas, o Secretário-geral do PS não se limitou a encerrar um ciclo da governação. Foi mais
longe e encerrou o seu próprio ciclo, abrindo espaço a novos e renovados caminhos.
Há uma nova realidade e, ignorá-la, poderia ser fatal para o futuro do país e, também, do
partido.
A grave crise que se abateu sobre o mundo e os efeitos que provocou nos países europeus,
levou os governos a tomarem medidas gravosas e impopulares para o dia-a-dia dos
cidadãos e, em consequência, a produzir um “vendaval” eleitoral, desfavorável a quem
teve que as tomar.
Estes factores, creio bem, são bastantes para explicar o revés eleitoral do PS. Sócrates
pessoalizou a derrota, demitiu-se!
O Primeiro-ministro demissionário retirou consequências do desaire, mas fê-lo com
grande altruísmo, dignidade e espírito de sacrifício. Sim, digo sacrifício, porque foi ele
quem assumiu os efeitos da derrota.
Da mesma forma que teve a coragem de decidir acabar com as subvenções vitalícias dos
deputados, do Primeiro-ministro, dos autarcas e de tantas outras situações de privilégios,
impôs a si próprio mais um sacrifício, renunciar exercer qualquer cargo político nos
próximos anos.
A derrota eleitoral de 5 de Junho deve levar-nos a cerrar fileiras em torno dos valores em
que acreditamos – especialmente os da solidariedade e da fraternidade – e a prosseguir o
legado de José Sócrates. Responder aos problemas que vivemos, é o desafio. Se o não
fizermos, o sacrifício de José Sócrates terá sido em vão.
E como ele próprio disse no seu memorável discurso da derrota, não é tempo de olhar
para trás, ou de alimentar ressentimentos. O futuro está mesmo aí e ninguém perdoaria
ao PS se este deixasse de procurar novos caminhos e novas opções para os portugueses.
Os portugueses, creio que ninguém duvida (a história recente é prova bastante) sempre
viram o PS como um farol de esperança e esperam que assim continue.
Agora, o que precisamos mesmo é de preparar o futuro, de mostrar que temos
preocupações sociais que outros nunca terão e que estaremos preparados para
responder às necessidades dos cidadãos quando voltarmos a ser chamados ao governo.
Agora o importante é retemperar forças e, sem necessidade de refundar o que quer que
seja (desiludam-se os que pensam que vão ter um novo PS), mostrar que somos capazes de
superar divergências e desencontros.

Sede do PS PAREDES
Avenida da República, n.º 136, 1º Andar, Esc. 3
4580-193 Paredes
Paredes

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