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1.o
Estrutura da proposta de definição do âmbito
do anexo I à presente portaria, que dela faz parte entregar no IPAMB, no prazo de cinco dias contados
integrante. do envio por este Instituto da notificação de confor-
2 — A PDA a apresentar à autoridade de AIA, de midade prevista no n.o 7 do artigo 13.o do mesmo
acordo com o n.o 1 do artigo 11.o daquele diploma, diploma, um número adicional de exemplares do EIA
deve constar de 10 exemplares, acompanhados de um (n), para o envio às entidades participantes na consulta
exemplar da declaração prevista no n.o 2 do mesmo do público, calculado através da seguinte fórmula:
artigo, cujo modelo, de carácter indicativo, consta da
parte 1 do anexo VI à presente portaria. n=1+DRAOT+CM
3 — Caso o proponente opte pela realização de con-
em que:
sulta pública em sede de PDA, conforme o previsto
no n.o 5 do artigo 11.o daquele decreto-lei, deve assinalar
o correspondente pedido na declaração referida no DRAOT=número de direcções regionais do
número anterior. Ambiente e do Ordenamento do Território com
4 — Caso, nos termos do n.o 5 do artigo 11.o do citado jurisdição na área do projecto;
diploma, a comissão de avaliação (CA) decida favora- CM=número de câmaras municipais abrangidas
velmente o pedido, notifica o proponente, que fica obri- pela área de localização do projecto.
gado a entregar ao Instituto de Promoção Ambiental
(IPAMB), no prazo de cinco dias:
3.o
a) Um número adicional de exemplares da PDA
Critérios para a elaboração do resumo não técnico
correspondente ao somatório das câmaras
municipais e juntas de freguesia da área de loca- 1 — O resumo não técnico (RNT), definido na alí-
lização do projecto; nea q) do artigo 2.o do Decreto-Lei n.o 69/2000, de 3
b) Os ficheiros, utilizando as aplicações informá- de Maio, deve respeitar, com as necessárias adaptações
ticas definidas por despacho do presidente do a cada caso concreto, os critérios mencionados no
IPAMB, de todas as peças escritas e desenhadas anexo III à presente portaria, que dela faz parte
que constituam a PDA, para o efeito da res- integrante.
pectiva divulgação na Internet. 2 — No prazo fixado no n.o 4 do artigo anterior, o
proponente deve apresentar no IPAMB:
5 — Complementarmente ao disposto na alínea b) do
número anterior, o proponente pode informar o IPAMB a) Um número adicional de exemplares do RNT
de qual o endereço na Internet onde a PDA está dis- igual ao número de juntas de freguesia abran-
ponível, autorizando a respectiva ligação para a página gidas pela área de localização do projecto;
de Internet do IPAMB, responsabilizando-se por apenas b) Os ficheiros, utilizando as aplicações informá-
colocar nesse endereço a informação constante da PDA. ticas definidas por despacho do presidente do
IPAMB, de todas as peças escritas e desenhadas
2.o que constituam o RNT, para o efeito de divul-
gação na Internet.
Estrutura do estudo de impacte ambiental
i) Lista das principais acções ou actividades de 5 — Proposta metodológica para avaliação de impac-
construção, exploração e desactivação (cessação tes:
da actividade, com ou sem eliminação total ou
parcial de edifícios, instalações ou infra-estru- a) Metodologia que o proponente se propõe adop-
turas); tar para a identificação e avaliação de impactes,
j) Lista dos principais tipos de materiais e de ener- incluindo definição de critérios a utilizar para
gia utilizados ou produzidos; apreciação da sua significância;
k) Lista dos principais tipos de efluentes, resíduos b) Metodologia que o proponente se propõe adop-
e emissões previsíveis; tar para a previsão de impactes cumulativos,
nomeadamente fronteiras espaciais e temporais
l) Programação temporal estimada das fases de
dessa análise.
construção, exploração e desactivação e sua
relação, quando aplicável, com o regime de
licenciamento ou de concessão. 6 — Proposta metodológica para a elaboração do
plano geral de monitorização.
7 — Planeamento do EIA:
2 — Alternativas do projecto — tipos de alternativas
que o proponente pretenda/deva considerar, nomea- a) Proposta de estrutura para o EIA;
damente: b) Indicação das especialidades técnicas envolvidas
e dos principais recursos logísticos, quando rele-
a) De localização; vantes (por exemplo, laboratórios);
b) De dimensão; c) Indicação dos potenciais condicionalismos ao
c) De concepção ou desenho do projecto; prazo de elaboração do EIA, nomeadamente
d) De técnicas e processos de construção; os motivados pelas actividades de recolha e tra-
e) De técnicas e procedimentos de operação e tamento da informação.
manutenção;
f) De procedimentos de desactivação; ANEXO II
g) De calendarização das fases de obra, de ope-
ração e manutenção e de desactivação. Normas técnicas para a estrutura do estudo
de impacte ambiental
3 — Identificação das questões significativas: Com a estrutura do EIA proposta neste anexo pre-
tende-se normalizar alguns aspectos relativos à sua ela-
a) Identificação preliminar das acções ou activi- boração e apresentação, seguindo um alinhamento coe-
dades nas fases de construção, exploração e rente com os objectivos traçados no decreto-lei.
desactivação, com potenciais impactes negativos Tendo em conta que os projectos sujeitos ao pro-
significativos; cedimento de AIA são, no entanto, de natureza, dimen-
b) Hierarquização do significado dos potenciais são e características muito variáveis, o plano de ela-
impactes identificados e consequente selecção boração do respectivo EIA deve merecer, por isso
dos impactes a estudar e ou da profundidade mesmo, e em cada caso, uma ponderação particular à
com que cada impacte será analisado; luz do conteúdo que neste anexo é proposto.
c) Identificação dos factores ambientais relevan- 1 — O EIA é composto por:
tes, tendo em conta a hierarquização dos poten-
ciais impactes ambientais; a) Resumo não técnico (RNT);
d) Identificação dos aspectos que possam constituir b) Relatório ou relatório síntese (RS);
condicionantes ao projecto; c) Relatórios técnicos (RT), quando necessário;
e) Identificação preliminar das populações e de d) Anexos.
outros grupos sociais potencialmente afectados
ou interessados pelo projecto. 2 — O RNT constitui uma das peças obrigatórias do
EIA, devendo ser apresentado em documento separado,
conforme o previsto no n.o 9 do artigo 12.o do decre-
4 — Proposta metodológica de caracterização do to-lei.
ambiente afectado e sua previsível evolução sem pro- 3 — O conteúdo do EIA deve adaptar-se criteriosa-
jecto — apresentação de um programa de caracterização mente à fase de projecto considerada (anteprojecto,
da situação actual e da sua previsível evolução sem pro- estudo prévio ou projecto de execução) e às caracte-
jecto, para cada factor ambiental relevante anterior- rísticas específicas do projecto em causa, devendo o rela-
mente identificado: tório ou o RS estruturar-se nas seguintes secções, que
a) Objectivos da caracterização (relação com impac- cobrem a totalidade do conteúdo do EIA:
tes significativos); I — Introdução:
b) Tipos de informação a recolher, incluindo limi- a) Identificação do projecto, da fase em que se
tes geográficos e temporais; encontra e do proponente;
c) Fontes de informação; b) Identificação da entidade licenciadora ou com-
d) Metodologias de recolha da informação; petente para a autorização;
e) Metodologias de tratamento da informação; c) Identificação dos responsáveis pela elaboração
f) Escalas de cartografia dos resultados obtidos, do EIA e indicação do período da sua ela-
caso aplicável. boração;
N.o 78 — 2 de Abril de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 1919
d) Referência aos eventuais antecedentes do EIA, ii) Efluentes, resíduos e emissões previsí-
nomeadamente à eventual proposta de defini- veis, nas fases de construção, funciona-
ção do âmbito e respectiva deliberação da mento e desactivação, para os diferentes
comissão de avaliação; meios físicos (água, solo e atmosfera);
e) Metodologia e descrição geral da estrutura do iii) Fontes de produção e níveis de ruído,
EIA (referenciando o plano geral ou índice do vibração, luz, calor, radiação, etc.
EIA).
IV — Caracterização do ambiente afectado pelo
projecto:
II — Objectivos e justificação do projecto:
a) Caracterização do estado actual do ambiente
a) Descrição dos objectivos e da necessidade do susceptível de ser consideravelmente afectado
projecto; pelo projecto e da sua evolução previsível na
b) Antecedentes do projecto e sua conformidade ausência deste, com base na utilização dos fac-
com os instrumentos de gestão territorial exis- tores apropriados para o efeito, bem como na
tentes e em vigor, nomeadamente com planos inter-relação entre os mesmos, nas vertentes:
sectoriais, enquadrando-o ao nível municipal, i) Natural: nomeadamente diversidade bio-
supramunicipal, regional ou nacional. lógica, nas suas componentes fauna e
flora; solo; água; atmosfera; paisagem;
III — Descrição do projecto e das alternativas con- clima; recursos minerais; e
sideradas: ii) Social: nomeadamente população e povoa-
mento; património cultural; condicionan-
a) Descrição breve do projecto e das várias alter- tes; servidões e restrições; sistemas ou
nativas consideradas, incluindo, sempre que apli- redes estruturantes; espaços e usos defi-
cável, a dos principais processos tecnológicos nidos em instrumentos de planeamento;
envolvidos e, quando relevante, dos mecanismos sócio-economia. Referência às metodo-
prévios de geração e eliminação de alternativas, logias utilizadas.
referindo, quando aplicável, a deliberação sobre
a proposta de definição do âmbito; b) Esta caracterização, realizada sempre que neces-
b) Projectos complementares ou subsidiários (por sário às escalas micro e macro, deve permitir
exemplo, acessos viários, linhas de energia, con- a análise dos impactes do projecto e das suas
dutas de água, colectores de águas residuais e alternativas. Os dados e as análises apresentados
pedreiras para obtenção de materiais); devem ser proporcionais à importância dos
c) Programação temporal estimada das fases de potenciais impactes; os dados menos importan-
construção, exploração e desactivação e sua tes devem ser resumidos, consolidados ou sim-
relação, quando aplicável, com o regime de plesmente referenciados;
licenciamento ou de concessão; c) Deve ser explicitado o grau de incerteza global
d) Localização do projecto: associada à caracterização do ambiente afec-
tado, tendo em conta a tipologia de cada um
i) Concelhos e freguesias. Cartografia a dos factores utilizados.
escala adequada, com os limites admi-
nistrativos. Localização às escalas regio- V — Impactes ambientais e medidas de mitigação:
nal e nacional; a) Identificação e descrição e ou quantificação dos
ii) Indicação das áreas sensíveis (na defini- impactes ambientais significativos a diferentes
ção do artigo 2.o do Decreto-Lei níveis geográficos (positivos e negativos, direc-
n.o 69/2000, de 3 de Maio) situadas nos tos e indirectos, secundários e cumulativos, a
concelhos (ou freguesias) de localização curto, médio e longo prazos, permanentes e tem-
do projecto ou das suas alternativas e, porários) de cada alternativa estudada, resul-
se relevante, respectiva cartografia; tantes da presença do projecto, da utilização
iii) Planos de ordenamento do território da energia e dos recursos naturais, da emissão
(regionais, municipais, intermunicipais, de poluentes e da forma prevista de eliminação
sectoriais e especiais) em vigor na área de resíduos e de efluentes e referência às meto-
do projecto e classes de espaço envol- dologias utilizadas;
vidas; b) Avaliação da importância/significado dos impac-
tes com base na definição das respectivas escalas
iv) Condicionantes, servidões e restrições de
de análise;
utilidade pública; c) A análise de impactes cumulativos deve con-
v) Equipamentos e infra-estruturas relevan- siderar os impactes no ambiente que resultam
tes potencialmente afectados pelo pro- do projecto em associação com a presença de
jecto; outros projectos, existentes ou previstos, bem
como dos projectos complementares ou sub-
e) Para cada alternativa estudada, devem ser descri- sidiários;
tos e quantificados: d) A análise de impactes deve indicar a incerteza
associada à sua identificação e previsão, bem
i) Materiais e energia utilizados e produzidos, como indicar os métodos de previsão utilizados
incluindo matérias-primas, secundárias e para avaliar os impactes previsíveis e as refe-
acessórias, formas de energia utilizada e rências à respectiva fundamentação científica,
produzida e substâncias utilizadas e pro- bem como indicados os critérios utilizados na
duzidas; apreciação da sua significância;
1920 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 78 — 2 de Abril de 2001
e) Descrição das medidas e das técnicas previstas VII — Lacunas técnicas ou de conhecimen-
para evitar, reduzir ou compensar os impactes tos — resumo das lacunas técnicas ou de conhecimento
negativos e para potenciar os eventuais impactes verificadas na elaboração do EIA.
positivos; VIII — Conclusões:
f) Identificação dos riscos ambientais associados a) Principais conclusões do EIA, evidenciando
ao projecto, incluindo os resultantes de aciden- questões controversas e decisões a tomar em
tes, e descrição das medidas previstas pelo pro- sede de AIA, incluindo as que se referem à
ponente para a sua prevenção; escolha entre as alternativas apresentadas;
g) A análise de impactes deve evidenciar os impac- b) No caso de o EIA ser realizado em fase de
tes que não podem ser evitados, minimizados estudo prévio ou de anteprojecto, identificação
ou compensados e a utilização irreversível de dos estudos a empreender pelo proponente que
recursos; permitam que as medidas de mitigação e os pro-
h) Para o conjunto das alternativas consideradas, gramas de monitorização descritos no EIA
deve ser efectuada uma análise comparativa dos sejam adequadamente pormenorizados, tendo
impactes a elas associados; em vista a sua inclusão no RECAPE.
i) Do conjunto das várias alternativas em análise,
deve ser sempre indicada a alternativa ambien- 4 — Na identificação dos responsáveis, devem distin-
talmente mais favorável, em termos de localização, guir-se claramente o ou os responsáveis pela globalidade
tecnologia, energia utilizada, matérias-primas, do EIA dos consultores que apenas são responsáveis
dimensão e desenho, devendo ser justificados os por uma análise particular constante de uma ou mais
critérios que presidiram à definição de «alternativa secções do EIA; em ambos os casos a identificação deve
ambientalmente mais favorável». incluir o nome dos responsáveis/consultores, a respectiva
responsabilidade assumida no EIA e, eventualmente,
a sua formação académica e ou profissional relevante
VI — Monitorização e medidas de gestão ambiental
e o resumo da experiência profissional.
dos impactes resultantes do projecto: 5 — Os anexos devem consistir em material prepa-
a) A consideração da monitorização do projecto rado especificamente para o EIA, podendo ser utilizada,
deve ser avaliada numa lógica de proporciona- quando relevante, informação da Administração
lidade entre a dimensão e as características do Pública.
projecto e os impactes ambientais dele resul-
tantes; ANEXO III
b) Descrição dos programas de monitorização para Critérios para a elaboração de resumos não técnicos
cada factor, cobrindo os principais impactes de estudos de impacte ambiental
negativos previsíveis nas fases de construção,
O resumo não técnico (RNT) constitui uma das peças
exploração e desactivação, passíveis de medidas
obrigatórias do EIA. Apresentando-se em documento
de gestão ambiental por parte do proponente. separado, o seu papel é o de sumarizar e traduzir em
Os programas devem especificar, caso a AIA linguagem não técnica o conteúdo do EIA, tornando
decorra em fase de projecto de execução: este documento acessível ao público em geral.
i) Parâmetros a monitorizar; Deste modo, o RNT é uma peça essencial à par-
ii) Locais (ou tipos de locais) e frequência ticipação do público no procedimento de AIA, sendo,
das amostragens ou registos, incluindo, em muitos casos, a única fonte de informação de alguns
segmentos do público interessado.
quando aplicável, a análise do seu sig-
Face à extensão e à complexidade técnica que nor-
nificado estatístico;
malmente caracterizam os EIA, é fundamental que o
iii) Técnicas e métodos de análise e equi- RNT seja preparado com rigor e simplicidade, lingua-
pamentos necessários; gem acessível, correspondente ao nível de entendimento
iv) Relação entre factores ambientais a moni- do cidadão comum, e dimensão reduzida.
torizar e parâmetros caracterizadores da O RNT deve ser suficientemente completo para que
construção, do funcionamento ou da possa cumprir a função para a qual foi concebido, sin-
desactivação do projecto ou outros fac- tetizando o conteúdo do EIA, sem ser exaustivo, não
tores exógenos ao projecto, procurando tendo de abordar, necessariamente, todos os pontos
identificar os principais indicadores focados no EIA.
ambientais de actividade do projecto; Para a elaboração do RNT deverão ser seguidos os
v) Tipo de medidas de gestão ambiental a Critérios de Boa Prática para a Elaboração e Avaliação
adoptar na sequência dos resultados dos de Resumos não Técnicos, publicados pelo IPAMB e
programas de monitorização; disponíveis para consulta na página da Internet deste
vi) Periodicidade dos relatórios de monito- Instituto.
rização e critérios para a decisão sobre
a revisão do programa de monitorização; ANEXO IV
c) Encontrando-se o projecto em avaliação em fase Normas técnicas para a estrutura do relatório de conformidade
ambiental do projecto de execução
de anteprojecto ou de estudo prévio, devem ser
apresentadas as directrizes a que obedecerá o O relatório de conformidade ambiental do projecto
plano geral de monitorização a pormenorizar de execução (RECAPE) tem por objectivo a verificação
no RECAPE. de que o projecto de execução obedece aos critérios
N.o 78 — 2 de Abril de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 1921
VI — Anexos.
ANEXO VI
Parte 1