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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL

INSTITUTO DE FÍSICA – IF
LICENCIATURA EM FÍSICA – MODALIDADE A DISTÂNCIA

Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho: Física, de Nilson


Marcos Dias Garcia; Jozamar Vieira e Rita Costa

ALUNO: JOELSON ALVES FERREIRA

Professora Fátima Serra

Maceió, JUNHO 2011


UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL
INSTITUTO DE FÍSICA – IF
LICENCIATURA EM FÍSICA – MODALIDADE A DISTÂNCIA

Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho: Física, de Nilson


Marcos Dias Garcia; Jozamar Vieira e Rita Costa

Tarefa sobre o texto:


“Construindo uma proposta para
os que vivem do trabalho:
Física, de Nilson Marcos Dias
Garcia; Jozamar Vieira e Rita
Costa” solicitada pela professora
Fátima Serra para conhecimento
no tema e obtenção de nota para
a disciplina.

Maceió, JUNHO 2011


Atualmente o ensino da Física está em constantes mudanças, uma vez que a maneira
tradicional de ensino-aprendizagem não está satisfeito, pois os alunos deixam o ensino médio
com uma pequena porcentagem absorvida daquilo que lhe foi atribuído para o ensino da
física. Apesar de termos profissionais nas escolas que ensinam há muito tempo, suas
qualificações são, nas muitas das vezes, em outras formações acadêmicas, como é o caso de
Licenciatura Plena em Matemática, e, espantosamente, na escola a qual vivenciei o estágio
supervisionado, havia professor com Licenciatura em Geografia ensinando Matemática, pela
falta de profissional qualificado na área, fazendo assim com que haja uma significativa
discrepância na Educação Atual.
De acordo com um questionário proposto para que o professor regente da disciplina
de Física existe uma grande deficiência na instituição escolar a qual ensina, ou seja, a falta de
profissionais com formação acadêmica na área, isto é, Graduação em Ensino da Física, por
alguma entidade de nível superior. Por este motivo, a entidade reaproveita a mão de obra
humana de outras áreas para compor o quadro professores, inclusive no ensino da disciplina
em questão. Esse tipo de contratação de mão de obra humana temporária acarreta sérios
prejuízos para a Educação Pública, uma vez que os pré-requisitos para a seleção são, na
maioria, apenas visando às áreas do conhecimento, ou seja, Ciências Naturais, Biológicas, ou
outras, descartando assim a especificidade de cada profissional. Assim sendo, o professor que
tem pelo menos 50% do curso de graduação em Matemática, Física ou Química, pode exercer
o ensino da Física em sala de aula, assim haja carência na mesma, e disponibilidade do
profissional.
Embora diversas literaturas sejam lançadas periodicamente para ajudarem o
profissional no ensino da física, como é o caso do texto retirado do livro “Construindo uma
proposta para os que vivem do trabalho: Física, de Nilson Marcos Garcia, Jazomar Vieira da
Rocha e Rita Zamlorensi Visneck Cossta”. Que trata o ensino da física em uma abordagem
atual, propondo experimentos com o uso de material de baixo custo, onde estão diversas
sugestões de práticas sobre esse assunto como eletroscópio, eletróforo de volta, forma de
acender uma lâmpada fluorescente com a mão, capacitor, circuito elétrico, bons e maus
condutores líquidos e outros. Muitos professores continuam adotando propostas pedagógicas
baseadas em um tradicionalismo, com ferramentas mecanizadas que levam o aluno a
reproduzir o conhecimento de forma robótica, copiativa e sem nexo com a vida atual.
Como vemos atualmente em sala de aula, dentro das escolas públicas e privadas
existem diversos profissionais que lecionam a muito tempo, no entanto não possuem
formação acadêmica adequada, entre outros problemas podemos citar:
• A Falta de participação no Planejamento Escolar
• Apesar das participações na coordenação pedagógica, os profissionais lecionam
com planejamentos próprios, abordando um planejamento próprio ou o que é
pior, abordando um planejamento de um livro didático que não faz parte da
realidade da classe que leciona, tornando o material não-satisfatório para o ensino
da física.
• A falta de livro didático para os alunos.
• Avaliações são feitas priorizando questões objetivas, que não levam os alunos a
contextualizarem, ou refletirem sobre o tema abordado, uma vez que os
problemas propostos na avaliação requerem apenas a aplicabilidade de fórmulas e
expressões predeterminadas, fazendo com que o aluno utilize mais as abordagens
aprendidas no ensino da Matemática do que mesmo os conceitos propostos para o
ensino da Física.
• Na prática, o professor não trabalha com o erro, uma vez que consideram o tempo
letivo, ou seja, a quantidade de horas-aulas, muito pequeno para a quantidade de
assuntos a serem abordados durante o período, daí, aqueles alunos que, de
alguma forma, se saíram prejudicados no ensino da física, não tem tempo hábil
suficiente para ‘reaprenderem’ o tempo, ou assimilarem o conteúdo através do
erro cometido. Sendo assim, isso se torna um grande problema para a construção
dos futuros saberes no ensino da física, uma vez que existem diversos conteúdos
que precisam necessariamente de outros temas de física para serem assimilados
pelos alunos, como é o caso do estudo de “Fontes de Campo Magnético” que
necessariamente tem como pré-requisito o estudo de Operação com Vetores,
Conceitos de Carga, Campo e Força.
Outra abordagem de Nilson Marcos Garcia consistia em propor uma pesquisa sobre o
início da era da eletricidade, assim como propor a construção de um motor elétrico com
materiais de baixo custo baseado no livro Introdução à Física. No entanto, o que vemos na
prática é um ensino de física baseado em uma reprodução não-construtiva, isto é, em
transcrever o conteúdo abordado em um livro de física, por um professor que não tem
qualificação específica para o ensino da física. Apesar de o professor entender que um
excelente profissional é aquele que constrói o conhecimento com seus alunos, ao invés
daquele que transmite o conhecimento para os seus alunos, o ensino da física tem sido
abordado por constantes propostas pedagógicas individualizadas e sem contexto com a
realidade de cada comunidade em questão.
Dessa forma, para que o processo de ensino-aprendizagem tenha oportunidades de
melhoria, as chamadas OM’s, é preciso que haja significativa mudança tanto nas instituições
de ensino em todas as áreas, como também na melhor preparação dos profissionais que estão
atuando dentro e fora da sala de aula. Bem como, na conscientização dos alunos, que exercem
significativo papel na sala de aula, tornando-se um aluno pesquisador, e construtor de seu
próprio saber. Daí é de suma importância, fazer com que o professor veja que o aluno não é
um ser limitado e acabado; é preciso fazer compreender que o aluno é um ser que interage
social, política, econômica e historicamente na formação educacional de toda sociedade,
transformando-a com seus próprios pensamentos, e refletindo aquilo que lhe ensinado, ou lhe
convidado a aprender. Nesse processo de construção do saber, cabe também ao aluno deixar-
se perceber ao seu redor, buscar maneiras práticas que utilizem as suas problemáticas diárias,
contextualizando aquilo que lhe interessa como fonte de pesquisa para adquirir o saber.
Percebendo o professor como parceiro nessa via de mão dupla, em que todos possam sair do
ambiente de aprendizagem com a maior e mais eficaz qualificação para a vida profissional.

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