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Visita ao laboratório

Os resultados expostos neste relatório são derivados de experimentos realizados no dia


27/05, no laboratório de física do IFBA, campus Camaçari. O objetivo de tais
experimentos é a observação prática das teorias abordadas na sala de aula, tais como a
dinâmica de atração ou repulsão das cargas e a análise do comportamento do campo
elétrico. Para isso, foi utilizado um equipamento nomeado de Gerador de Van de Graff,
criado pelo americano Van de Graff com o intuito de realizar experimentos com fortes
tensões elétricas.

1° Experimento - Distribuição das cargas elétricas nos corpos

Para realizar essa primeira atividade cortamos tiras de papel


alumínio e as colamos na superfície da esfera do gerador,
colando a ponta dessas tiras com fita adesiva, em seguida
ligamos o equipamento. Ao ligar, constatamos que as tiras de
papel alumínio não são atraídas pelo globo e sim repelidas em
uma direção perpendicular a tal. Podemos afirmar assim que a
direção do campo elétrico em torno do mesmo é
perpendicular ou radial à sua superfície, pois em qualquer
ponto do globo podemos constatar que um objeto de carga
oposta é repelido na referida direção.

2° Experimento - Princípio de funcionamento do eletroscópio

No segundo experimento tivemos que retirar as tiras de


alumínio da superfície do gerador, em seguida, fixamos
uma das tiras em uma haste do eletroscópio para
analisarmos o que ocorreria. Observamos que as tiras
estavam sendo suspensas. Julgamos que isso ocorreu
porque as tiras estavam suspensas no ar pela haste
condutora de eletricidade. Essa eletricidade é conduzida
igualmente entre as duas pontas, que, no momento em
que recebem cargas iguais de sinais semelhantes, se
repelem e são repelidas pelo gerador. Com a finalidade
de explorar um pouco mais esta estrutura montada, foi

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T.I – 3º ano
proposto que fossem aproximados do gerador alguns fiapos
de algodão. Notamos que o algodão também sofre um
efeito perpendicular à superfície do globo, porém, ao invés
de serem repelidos, os fiapos são atraídos. Isso também
pode ser explicado pela dinâmica das cargas, pois, com base
nos estudos teóricos deduzimos que o algodão tem o sinal
de sua carga elétrica oposto ao sinal da carga da superfície
do gerador de Van de Graff.

3° Experimento - Torniquete Elétrico

Neste terceiro experimento realizado introduzimos na


cabeça do gerador um torniquete. Vimos que o torniquete
girou em sentido horário. Podemos relacionar esse
movimento com a teoria das pontas que diz que em
determinado condutor eletrizado a carga tende a acumular
nas pontas, assim, o campo elétrico é mais intenso nessas
áreas. Em conseqüência disso também o ar envolto às
pontas fica eletricamente carregado, assim, os íons que
possuem a mesma carga das pontas, as repelem. Para
associar também à terceira lei de Newton (a da ação e
reação), podemos pensar que ao mesmo tempo em que as pontas “empurram” o ar, o ar
também “empurra” as pontas, por causa do processo de repulsão de cargas iguais.

Ainda neste experimento, solicitamos que uma das pessoas presentes tocasse com as
palmas das mãos o gerador (era necessário que esta estivesse com o cabelo seco).
Observamos que como a pessoa estava sobre uma base isolante, a eletricidade não
conseguia achar um lugar para sair do corpo, que naquele momento estava conduzindo
eletricidade elétrica por todo o corpo, a tendência dessa então foi se concentrar nas
pontas, no caso, nos fios de cabelo. O que concluímos foi que os fios se arrepiaram, uma
vez que tinha a mesma carga das outras pontas, assim elas foram repelidas.

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4° Experimento - Descarga elétrica na atmosfera

Para finalizar fizemos um último experimento que envolveu


algumas análises, primeiro conectamos o bastão metálico ao
gerador por meio de um fio conector, e o aproximamos da
espera. Observamos com isso que é liberada uma quantidade
tão grande de energia que, até mesmo, é produzido um raio.
Mais uma vez relacionamos isso à eletrização da atmosfera do
campo que se formou com a aproximação do bastão, essa
eletrização foi tão grande que a energia se manifestou em forma
de luz e calor, o ar deixa de ser isolante. Com base nesse
raciocínio nos foi questionado: No momento em que o ar deixa
de ser isolante, o campo elétrico possui certo valor entre os
eletrodos. Como denominamos o maior valor que o campo
elétrico (atuante sobre um dielétrico) pode assumir, sem que o isolante conduza? Com
base em pesquisas encontramos que a rigidez dielétrica é a intensidade limite do campo
elétrico que é aplicado a um dielétrico. Essa no caso também corresponde ao maior
valor que o campo elétrico atuando em um dielétrico pode adotar sem que este ao estar
como isolante consiga conduzir.

Com o avançar do experimento, fomos conduzidos a pensar um pouco mais sobre essa
manifestação da eletricidade em forma de luz e calor, o raio. Sobre isso o que achamos
interessante é que a cor azulada da descarga elétrica surge de uma relação com a
química dos gases, a manifestação excessiva do calor se dá em forma de raio, que por
sua vez varia a cor em função do gás que está em contato com este, no caso, o ar.

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Anexo do 4° experimento
Algumas questões envolvendo cálculos também foram consideradas, foram essas:

Sabendo-se que a intensidade máxima do campo elétrico necessário para tornar o ar


condutor é aproximadamente igual a (3,0) x 106 N/C, o diâmetro da esfera do gerador é
de 20,0cm e considerando-se a constante eletrostática do ar como sendo (9,0) x 10 9
NmC-2, determine o valor da carga máxima acumulada na esfera do gerador.
2 6 2
E=K .¿ Q∨ ¿2 ¿  |Q|= E . r |Q| = 3,0∗10 N /C∗(0,2 m)  |Q| ≈ 13*10-6 C
r K 9,0∗109 Nm C−2

Considerando o módulo do campo elétrico nas proximidades da esfera do gerador como


sendo uniforme, determine a diferença de potencial elétrico entre a esfera do gerador e o
bastão metálico, utilizando a expressão U = Emáx d, sendo d a distância em que ocorre a
transferência de carga entre a esfera do gerador e o bastão metálico. Utilize um valor
entre 3 e 5cm.
Observação: Utilizando a intensidade máxima do campo elétrico, E, apresentada na
questão anterior, que é igual a 3,0*106 N/C, e utilizando como valor da distância em
que ocorre a transferência de carga entre a esfera e o gerador e o bastão metálico, 4
cm, que convertendo para metros corresponde a 0,04 m, temos então:
U = 3,0*106 N/C * 0,04m  12*104 V

Alguns conceitos:
Raio: descarga elétrica.
Relâmpago: luz que constitui o raio, clarão.
Trovão: som produzido pela descarga elétrica.

Referências:

FERRARO, Nicolau Gilberto; SOARES, Paulo Antônio de Toledo. Física básica –


volume único. São Paulo: Atual, 2004.

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