EMPRESA NACIONAL DE EXPLORAÇÃO DE AEROPORTOS E NAVEGAÇAO AÉREA.

DESATIVAÇÃO DE POSTO DE TRANSFORMAÇÃO DENOMINADO CLIMATIZAÇÃO

1-Situação :- no intuito de desactivar um Posto de Transformação, denominado PT

Climatização, existente na zona de desembarque Internacional do Aeroporto 4º de Fevereiro,
em virtude de o mesmo estar localizado numa zona de evolução da construção civil, de
momento. Esta desactivação passa pela montagem de uma caixa Subterranea que servira para
dar continuidade de serviço a outros utentes ligados a mesma malha.
A Intel efectuou o trabalho o mesmo trabalho conforme descrição a seguir:-

• Aplicação de uma nova caixa de união.

• Ensaio com um PGK - Megger de 2500 V, conforme dados abaixo descrito.
• Especificação do cabo:
o 12/20 KV XHIAV
o Ensaio em exploração tempo 8 min
o Ensaio Fase/terra √2 U0Ω = 17 KV

2- Analises :

Tendo em conta a resistencia de isolamento de um cabo subterraneo circular e de Campo

radial ou não, a Resistencia de isolamento é dada por

Ri = Ki log R2/R1, M Ω.Km

Em que R1 – raio da Alma condutora incluindo o semicondutor e em mm

R2 – raio da camada isolante sem o semicondutor e em mm

Ki – constante de isolamento caracteristico do material isolante em M Ω.Km e varia segundo a

natureza do material isolante e em sentido inverso da temperatura. Os valores medios para
diversos isolantes, encontram-se em diversas tabelas, para diversas tensões.

Deve-se ainda ter em conta a resistencia do isolamento que é proporcional ao comprimento

do cabo ou do circuito neste caso, tendo em conta tambem, com base na expressão do
Gradiente de potencial nos permite afirmar que o gradiente de potencial num ponto qualquer
da camada isolante é de facto o valor do campo electrico naquele ponto.

Sabe-se que num campo radial, as linhas do campo electrico são radiais e determinando
superficies equipotenciais cilindricas e concêntricas em relação a alma condutora. O Gradiente
num ponto distante (x) em mm a partir do centro do condutor é dado pela expressão:

Gr = V / Xln R2/R1 , V/mm

Ora o gradiente é maximo em X=R1 e minimo em X=R2, na periferia da camada isolante.

Estes resultados são validos no caso de uma tensão alternada onde a repartição do campo é
de origem capacitiva, caso do cabo em vazio. Mas no caso de ser submetido a uma tensão
continua, o gradiente se reparte em função da resistividade do isolante, e segundo a variação
deste com a temperatura e o gradiente. Pode-se então produzir uma uniformização da
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SUBEST- P. Transformações Telefax – (244) 222 333279 Bics member 162445 Nr. 72 /72B Ingombotas - Luanda
estrutura dielectrica no isolante ou ate a transferencia do gradiente maximo em direcção a
periferia da camada isolante. Dai o cuidado na escolha da tensão de ensaioquando de origem
continua, e do tempo a que se submete a estrutura molecular do cabo aquela tensão.

Entretanto e considerado que para uma tensão e um valor maximo admissivel para o gradiente
4,6 KV/mm existe uma secção optima, em que o raio R1 da alma condutora em relação ao R2
sobre a camada isolante se relacionam pela expressão:-

Ri = V / Gr.max em que R2=2,718xR1

Conjugando as expressões podemos então calcular a nossa resistencia de isolamento do

circuito em questão, sendo que a condição de aceitação de ensaio é de que Rensaio>Ri

2.1.1 – Medidas

- Aparelhos utilizados
• Equipamento de Medida PGK 80, com temporização maxima de 30 minutos
• Detector de Tensão MT

Os valores de ensaio escolhidos foram os seguintes:

Fase nº Corrente, Tensão, KV Resistencia Resistemsia Media

1/tempo micro A GΩ de Ensaio, GΩ
9 6,5 17,5 2,6 2,83
8 6,4 18 2,75
6 5,8 18 2,8
4 5,6 18 2,9
2 5,5 18 2,95
0 5,4 18 3
Fase nº Corrente, Tensão, KV Resistencia Resistemsia Media
2/tempo micro A GΩ de Ensaio, GΩ
8 5,8 18 2,8 3,94
7 5,0 18 3,6
6 4,7 18 3,8
5 4,4 18 3,9
4 4,2 18 3,95
3 4,1 18 4,0
2 4,0 18 4,3
1 4,0 18 4,5
0 3,95 18 4,7
Fase nº Corrente, Tensão, KV Resistencia Resistemsia Media
3/tempo micro A GΩ de Ensaio, GΩ
9 8,0 19 2,2 3,2
8 7,2 19 2,35
7 6,6 19 2,55
6 6,1 19 3
5 5,9 19 3,1
4 5,6 19 3,15

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3 5,3 19 3,5
2 5,0 19 3,9
1 4,8 19 4,0
0 4,7 19 4,2

2.1.2- Resultados

L=1,5 Km
R1=6,45 mm
R2=2,718 x R1 = 17,5311 mm
Ki= 5000 M Ω.Km da tabela

Ri=Ki x log R2/R1

Ri=1447,5 MΩ

• A media das resistencias obtidas na fase nº1 é de 2,83 GΩ, o que é superior ao
calculado 1,4475 GΩ
• A media das resistencias obtidas na fase nº2 é de 3,94 GΩ, o que é superior ao
calculado 1,4475 GΩ
• A media das resistencias obtidas na fase nº1 é de 3,2 GΩ, o que é superior ao calculado
1,4475 GΩ
Ensaio com 18 - 19 KV
Tempo de carregamento 2 min
Tempo de ensaio 8 min
Tempo total 8 min
Valores em GΩ

2.1.3- Conclusões

Este cabo pode entrar em serviço o que se justifica neste ensaio, atendendo que em todas as
fases do cabo a resistencia media é superior ao calculado, respeitando assim as normas.
Assim sendo esta garantido o resultado do trabalho realizado, bem como a sua entrada em
serviço, descorando quaisquer situações anomalas advindas desta Obra.
•

2.1.4- Remédios e recomendações

1º - É indespensável e extremamente necessario vigiar a rede e o PT adjacente bem como

os seus paraemtros a fim de se evitarem situações anomalas no circuito.
2º - A obsolençia do cabo, leva a cuidados especias a este circuito devendo a ENANA /
EDEL, abordarem metodologias de gestão do circuito.
3º Prever substituição futura deste cabo.

Luanda , 21 de Agosto de 2009.

D. Tec-Comercial

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Gervásio Simão

( engº Electrotécnico)

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