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Mariza Abreu
Secretária de Estado da Educação
No Brasil e no Rio Grande do Sul, hoje ensino médio, há ainda o problema de ina-
o principal desafio é melhorar a qualidade dequação entre os turnos, com falta de vagas
da educação de nossos alunos. E isso é di- no diurno.
fícil. Até algum tempo atrás, precisávamos Mas o grande desafio em todo o Brasil e
aumentar o numero de vagas. O desafio era no Rio Grande do Sul é a falta de qualida-
expandir o acesso à educação escolar. Isso de da educação escolar oferecida às nossas
era mais fácil, pois se tratava de construir crianças e jovens. Colocamos muitos alunos
uma escola, inaugurá-la e aumentar o nú- na escola e os recursos públicos destinados
mero de matrículas. à escola pública não aumentaram na mesma
Hoje, o acesso à escola está, em grande proporção e, em consequência, caiu a qua-
parte, resolvido ou relativamente encaminha- lidade, as condições físicas das escolas pio-
do em todo o País e aqui no Estado, especial- raram, baixou o valor dos salários dos pro-
mente no ensino fundamental e médio. Ainda fessores, cresceram as taxas de reprovação e
é problema na educação infantil, responsabi- repetência e reduziu-se a aprendizagem.
lidade dos Municípios, e é também problema Melhorar a qualidade é muito mais difí-
na educação profissional, responsabilidade cil. Em primeiro lugar, ninguém tem a fór-
dos Estados. Mas no ensino fundamental no mula pronta, pois, para começar, já não é
RS, é de 98% a taxa de escolarização das tão simples conceituar, nos dias de hoje, o
crianças nas escolas estaduais, municipais que é qualidade da educação. Depois, não
ou particulares. E 77% dos jovens de 15 a 17 é palpável, não se “pega com a mão”, como
anos estão matriculados no sistema de ensi- escola construída e número de alunos matri-
no. É um percentual ainda pequeno quando culados. E depois, não é tão rápido.
comparado com a meta de escolarizar no Construir escola é possível de se fazer no
mínimo 98% também da população nessa tempo de um governo e de capitalizar poli-
faixa etária. E muitos desses jovens ainda es- ticamente. Qualidade da educação é mais
tão atrasados, cursando o ensino fundamen- lenta no tempo, mais devagar. E tem mais um
tal. Entretanto, somadas as vagas nas escolas problema. De modo legítimo, os governantes
públicas e particulares do ensino médio, há movimentam-se atendendo a demandas da
vaga para todos os jovens de 15 a 17 anos população. E educação de qualidade não
residentes no Rio Grande do Sul. é ainda uma demanda de todos. Por isso,
É verdade que existe problema na distri- apesar dos discursos políticos e eleitorais, na
buição geográfica dessas vagas. Às vezes prática a educação não tem sido prioridade
faltam vagas em alguns lugares e há excesso dos governos. Nas pesquisas de opinião, em
noutros, principalmente nas cidades grandes geral, segurança, saúde e às vezes também
e mais populosas, naquelas que recebem emprego aparecem antes da educação nas
população de outras regiões ou de fora do preocupações da população. Isso porque já
Estado. Às vezes, nas cidades grandes, falta há vaga para todos, ou quase todos na es-
em alguns bairros e sobra em outros. E no cola pública, e, por exemplo, tem merenda
Na origem dos estados modernos, a defi- mensões continentais, com grande diversidade
nição do que se deve aprender na escola es- regional e marcantes desigualdades sociais na
teve associada à busca da unidade nacional distribuição da renda e do acesso à qualidade
e da igualdade formal entre os cidadãos, daí de vida. Estabelecer currículos nessa realidade
o caráter público e leigo que o currículo as- é uma tarefa nada trivial, que a LDB inicia e
sume na maioria dos países. Desse processo ordena em duas perspectivas.
resulta a presença, na quase totalidade das A primeira perspectiva, a partir da qual a
nações democráticas, de leis de educação LDB regula o currículo, é política e se refere
que estabelecem o currículo nacional, ainda à divisão de tarefas entre a União e os entes
que os níveis de especificação sejam distintos federados quando estabelece para toda a
de um país para outro. educação básica, em seu Art. 26, que “Os
As profundas mudanças ocorridas no currículos do ensino fundamental e Médio
mundo após a segunda guerra mundial pro- devem ter uma base nacional comum, a ser
vocaram rupturas e revisões das bases demo- complementada, em cada sistema de ensi-
cráticas da educação. A partir da segunda no e estabelecimento escolar, por uma parte
metade do século 20, os currículos nacio- diversificada, exigida pelas características
nais passam por sucessivas reorganizações. regionais e locais da sociedade, da cultu-
Além de incorporar a rápida transformação ra, da economia e da clientela”. Diferente-
da ciência e da cultura, essas revisões tam- mente das leis de diretrizes e bases que a
bém deram ênfases crescentes aos valores da antecederam, a LDB não definiu, nem dele-
diversidade e da equidade, como forma de gou a nenhuma outra instância, a definição
superar a intolerância e a injustiça social. de “disciplinas” ou “matérias” obrigatórias
Finalmente, desde o limiar do século 21, a para integrar a base nacional comum a que
revolução tecnológica está impondo a todas se refere o Art. 26.
as nações revisões curriculares com a finali- A segunda perspectiva é pedagógica e se
dade de incorporar também, e para todos, os refere ao paradigma curricular adotado pela
valores da autonomia, da sustentabilidade e Lei. Quando trata separadamente do ensino
da solidariedade, que serão necessárias para fundamental e do médio, a LDB traça as di-
a cidadania nas sociedades pós-industriais. retrizes dos currículos de ambos segundo um
Essa rápida retrospecção histórica é im- paradigma comum, expresso em termos de
portante para destacar que a construção de competências básicas a serem constituídas pe-
currículos não é um capricho pedagógico los alunos e não de conhecimentos disciplina-
nem um ato arbitrário dos níveis de condução res (Arts. 32, 35 e 36). As competências ficam
das políticas educacionais. É, sim, um dever assim estabelecidas como referência dos currí-
dos governos que estão gerenciando o Esta- culos da educação escolar pública e privada,
do num momento de rupturas e mudanças de dando destaque, entre outras, à capacidade
paradigmas educacionais. de aprender e de continuar aprendendo, à
O Brasil é um país complexo. Por ser fe- compreensão do sentido das ciências, das ar-
deração, a definição do currículo se inicia tes e das letras e ao uso das linguagens como
na regulação nacional – do Congresso e do recursos de aprendizagem. Também aqui a
Conselho Nacional de Educação, passa pela LDB não emprega o termo “matéria” ou “dis-
coordenação do Governo Federal, finaliza na ciplina”, nem utiliza os nomes tradicionais das
gestão estadual ou municipal para entrar em mesmas. Refere-se a “conteúdos curriculares”,
ação na escola. Além disso, é um país de di- “componentes” ou “estudos”.
2
Deste ponto em diante este documento incorpora algumas ideias das discussões e dos textos de trabalho do grupo responsável pela concepção do currículo
na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
A inseparabilidade entre
Um currículo que tem as competências competência e conhecimento
como referência, organiza-se por operado-
res curriculares transversais, que se referem Um currículo por competências não elimina
às competências gerais que devem ser per- nem secundariza os conteúdos. Sem conteúdos,
seguidas em todas as áreas ou disciplinas, recursos intelectuais, saberes ou conhecimen-
porque são competências indispensáveis para tos, não há o que possa ser mobilizado pelo
aprender qualquer conteúdo curricular. Es- sujeito para agir pertinentemente numa situa-
tes Referenciais adotam como competências ção dada, portanto não se constituem compe-
para aprender as cinco grandes competências tências. Os conteúdos são a substância do cur-
do ENEM, que podem ser consideradas seus rículo e para tanto se organizam em áreas do
operadores transversais: conhecimento ou disciplinas. É preciso, portan-
to, construir um currículo que não se limite ape-
•Dominar a norma culta e fazer uso das lin- nas às disciplinas, mas inclua necessariamente
as situações em que esses conteúdos devem
guagens matemática, artística e científica;
ser aprendidos para que sejam constituintes de
•Construir e aplicar conceitos das várias competências transversais.
áreas do conhecimento para a compreen-
são de fenômenos naturais, de processos
histórico-geográficos, da produção tecno- Isso significa que um currículo referido a com-
lógica e das manifestações artísticas; petências só tem coerência interna se conteúdos
•Selecionar, organizar, relacionar, interpre- disciplinares e procedimentos de promover, orien-
tar dados e informações representados tar e avaliar a aprendizagem sejam inseparáveis.
em diferentes formas, para tomar deci-
sões e enfrentar situações-problema; Para isso é preciso identificar, em cada
•Relacionar informações, representadas conteúdo ou disciplina, os conceitos mais im-
de diferentes formas, e conhecimentos portantes e as situações nas quais eles devem
disponíveis em situações concretas, para ser aprendidos de forma a constituírem com-
construir argumentação consistente; petências transversais como as do ENEM. A
•Recorrer aos conhecimentos desenvolvi- ausência desse trabalho resultou, no Brasil, na
dos na escola para elaborar propostas de anomia curricular instalada nos anos recentes,
intervenção solidária na realidade, res- de currículos em ação nas escolas que são di-
peitando os valores humanos e conside- vorciados das normas curriculares mais gerais
rando a diversidade sociocultural. e dos pressupostos teóricos que as orientam.
Referências:
ETTAYEBI, Moussadak; OPERTTI, Renato; JONNAERT, DENYER, Monique; FURNÉMONT, Jacques; POU-
Philippe. Logique de compétences et dévelopment cur- LAIN, Roger; VANLOUBBEECK, Georges. Las com-
riculaire: débats, perspectives et alternative pour les petencias em éducación: un balance. Mexico: Fon-
systèmes éducatifs. Paris: Harmattan, 2008. do de Cultura Económica, 2007.
O objetivo de nossa reflexão é analisar o pre foi e será uma necessidade do ser hu-
problema da aprendizagem relacionada ao mano. É que os recursos biológicos (esque-
desenvolvimento de competências e habili- mas inatos ou reflexos) de que dispomos ao
dades na educação básica. Em outras pa- nascer não são suficientes, ocorrendo o mes-
lavras, trata-se de pensar a questão – quais mo com os valores e condições sociocultu-
são os argumentos para a defesa de um cur- rais que lhes são complementares, expressos
rículo comprometido com o desenvolvimento como cuidados dos adultos. Por exemplo, a
de competências e habilidades na educação criança nasce sabendo mamar, isto é, nasce
básica? Sabemos que elas sempre foram com esquema reflexo de sucção. Mas neste
uma condição para a continuidade do exer- reflexo não estão previstos, nem poderiam
cício de profissões qualificadas e socialmente estar, as características (físicas, psicológicas,
valorizadas. Mas, hoje, temos duas altera- sociais, culturais, etc.) da mama e da mamãe,
ções fundamentais, que expressam conquis- que a amamentará. Da parte da mamãe é a
tas de direitos humanos e superação de de- mesma coisa. Mesmo que ter um filho seja
sigualdades sociais. Primeira, competências um projeto querido, sua mama cheia de leite
e habilidades são julgadas necessárias para e seu coração cheio de disponibilidade não
todas as profissões e ocupações. Segunda, substituem os esforços de sucção de seu fi-
mais que isto, são essenciais para uma boa lho, deste filho em particular, com suas ca-
gestão e cuidado da própria vida, na forma racterísticas e condições singulares, não pre-
complexa que assume, hoje. visíveis para a pessoa que cuidará dele. Para
O melhor momento e lugar para formar que esta interação entre dois particulares
competências profissionais é na escola supe- seja bem sucedida, mesmo que apoiada em
rior ou em cursos de habilitação. O melhor dois gerais (uma criança e uma mãe), ambos
momento e lugar para formar competências terão de aprender continuamente, terão de
e habilidades válidas para qualquer profissão reformular, corrigir, estender, aprofundar os
e que têm valor para a vida como um todo é aspectos adquiridos.
na educação básica, ou seja, no sistema de Aprender é uma necessidade constante do
ensino que a compõe (Escola de Educação In- ser humano, necessidade que encerra muitos
fantil, Escola Fundamental e Escola de Ensino conflitos e problemas, apesar de sua impor-
Médio). E se os conteúdos e os procedimentos tância. Nem sempre reunimos ou dominamos
relativos às competências e habilidades pro- os diferentes elementos que envolvem uma
fissionais são necessariamente especializados, aprendizagem. Cometemos erros. Calcula-
as competências e habilidades básicas só po- mos mal, não sabemos observar os aspec-
dem ser gerais e consideradas nas diferentes tos positivos e negativos que compreendem
disciplinas que compõem o currículo da edu- uma mesma coisa, nem sempre sabemos
cação básica. Daí nossa opção pelas com- ponderar os diferentes lados de um mesmo
petências valorizadas no Exame Nacional do problema. Daí a necessidade de fazer regula-
ensino médio (ENEM) como referência. ções, de prestar atenção, aperfeiçoar, orien-
Consideremos, agora, o problema da tar as ações em favor do resultado buscado.
aprendizagem em si mesma. Aprender sem- Este processo é sustentado pelo interesse de
Nos últimos anos, a sociedade brasileira sino médio. O SAERS avalia aprendizagens de
vem tomando consciência da necessidade de séries intermediárias, utilizando a mesma matriz
melhorar a qualidade do ensino oferecido à do SAEB. Embora tenham finalidade diversa,
maioria da população, por meio do fortaleci- essas avaliações tornam-se, em muitos casos,
mento e da qualificação da gestão da escola. referência para as aprendizagens na escola,
A gestão escolar deve mobilizar e articular as desempenhando outro papel além daquele
condições materiais e humanas necessárias à para o qual foram criados.
promoção da efetiva aprendizagem dos alu- Com a intenção de suprir essa lacuna, apre-
nos, tornando-os capazes de enfrentar os de- sentamos às escolas da rede estadual do RS
safios da sociedade do século XXI. estes Referenciais Curriculares que fixam, por
A partir da LDB (art.15), a escola passou a área de conhecimentos e disciplinas, aprendi-
ter maior autonomia nas áreas administrativa, zagens que devem ocorrer em cada momento
pedagógica e financeira, e a sua gestão tor- da educação básica, a partir da 5ª série do en-
nou-se mais complexa, o que passou a exigir sino fundamental, indicando a unidade mínima
da equipe gestora, além de uma visão global, que deve ser comum a uma rede de ensino.
a capacidade de reconhecer que na socieda-
de do conhecimento, a dimensão pedagógica Em consonância com as mais atualizadas
da gestão é a mais importante. Assim, o foco concepções de currículo, este Referencial des-
da gestão passa a ser pedagógico e as di- loca o foco do ensino para a aprendizagem,
mensões administrativa e financeira são meios o que significa organizar o processo educativo
para alcançar as finalidades da educação. para o desenvolvimento de competências bási-
Para responder às exigências da sociedade cas que a sociedade demanda.
do conhecimento, o Movimento Todos pela
Educação estabeleceu 5 metas para a educa-
ção brasileira, que devem ser cumpridas até Por isso, o planejamento das situações de
2022. Entre elas, a de número três prevê que aprendizagem em todas as áreas do conheci-
“todo aluno aprenda o que é adequado à sua mento, respeitadas suas especificidades, tem a
série”. Mas, o que é adequado a cada série? finalidade de levar o aluno a: expressar idéias
Hoje, na rede estadual, cada escola fixa o com clareza, oralmente e por escrito; ana-
que entende ser o adequado. Pois não há re- lisar informações e proposições de forma
ferências que definam as aprendizagens neces- contextualizada; ser capaz de tomar deci-
sárias em cada momento da educação básica, sões e argumentar; e resolver problemas/
o que abre espaço para os livros didáticos fa- conflitos. Essas competências estão previstas
zerem esse papel. Os parâmetros e as diretrizes na LDB em objetivos do ensino fundamental
curriculares nacionais têm caráter geral, não (artigo 32), como “o desenvolvimento da capa-
suprem essa necessidade. Apenas as matrizes cidade de aprender, tendo como meios básicos
de competência das avaliações externas, como o pleno domínio da leitura, da escrita e do cál-
o SAEB e a PROVA BRASIL, estabelecem um culo”, e do ensino médio, (artigo 35), em espe-
patamar de aprendizagens a serem atingidas cial, “a preparação básica para o trabalho e a
ao final da 4ª série/5º ano e da 8ª série/9º cidadania do educando, para continuar apren-
ano do ensino fundamental e do 3º ano do en- dendo, de modo a ser capaz de se adaptar com
Fonte: Educação Escolar Brasileira: O que trouxemos do século XX ?, Guiomar Namo de Mello, 2004, com adaptações.
1
Portela ´et alii´, 1997 e 1998; Fuller ´et alii´, 1999; Santiago, 1990 p. 47-60.
Reunião
Matemática
Considerações finais
A implementação do Referencial Curricu- e outras instituições, pois a apropriação do
lar na rede estadual de ensino é uma tarefa Referencial Curricular pela equipe gestora,
desafiadora que não pode ser de responsa- docentes e demais membros da comunidade
bilidade exclusiva da escola. Exige a cons- escolar, deve ser processual e sistemática.
tituição de uma rede de cooperação entre Nesta perspectiva, a SE disponibiliza-
escolas e CREs, Secretaria da Educação (SE) rá espaço virtual no seu site para apoio
Referências
MELLO, Guiomar Namo. Educação Escolar Brasileira: o PORTELLA, Adélia e ATTA, Dilza. Dimensão Peda-
que trouxemos do século XX?. Porto Alegre: Artmed, 2004. gógica da Gestão da Educação. Guia de Consulta
PIMENTA.Selma Garrido. Questões sobre a organização para o programa de Apoio aos Secretários Munici-
do trabalho na escola. Disponínel em www.srmarioco- pais de Educação – PRASEM II. Brasília: FUNDES-
vas.sp.gov.br acesso em 19 julho 2009. COLA/MEC, 1999, p. 77-114.
1 Caracterização da área
3
SACRISTÁN, J. G. Educar e conviver na cultura global. Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 102-103.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação o prazo de três anos para adaptação dos
Nacional, de 1996, em seu parágrafo 2 sistemas a tal exigência. As demais lingua-
do artigo 26 das disposições gerais sobre a gens, não sendo obrigatórias, passam a ser
Educação Básica, apresenta o ensino da Arte conteúdos eletivos da proposta pedagógica
como componente curricular obrigatório, nos da escola.
diversos níveis da educação básica, de forma Sabemos que a formação de professores
a promover o desenvolvimento cultural dos ainda não atende à diversidade da demanda
alunos2. Derivou desta premissa, a elabora- de trabalho em todas as escolas das diver-
ção dos Parâmetros Curriculares Nacionais, sas redes de ensino. Por isso, os Referenciais
nos quais a Arte se apresenta como área de Curriculares apresentados a seguir levam em
conta que há uma formação específica, mas
A arte pode se tornar importante e também consideram que é preciso atender às
necessária para as pessoas? necessidades imediatas da escola com a ne-
cessária flexibilidade que a realidade impõe.
Uma questão se impõe: a arte pode se
conhecimento que requer espaço e constân- tornar efetivamente importante e necessária
cia, como todas as áreas do currículo esco- ao desenvolvimento do currículo escolar? A
lar3, abrangendo, no ensino fundamental, di- resposta é, certamente, sim, se o processo
ferentes linguagens artísticas: Artes Visuais, de construção de conhecimento for mediado
Dança, Música e Teatro. Embora identificado por professores comprometidos com práti-
como área nos PCNs, neste Referencial o cas transformadoras. Intenções pedagógicas
ensino da Arte é tratado como componente claras e consistentes, aliadas à cumplicidade
curricular que, segundo as Diretrizes Curri- com os alunos, tendem a gerar sólidas e en-
culares Nacionais – DCNs, integra a Área riquecedoras experiências, contribuindo para
de Linguagens e Códigos e suas tecnologias. a multiplicidade de trocas e a qualidade das
O ensino de Arte, portanto, é composto interações. Assim, o projeto educativo apre-
por linguagens distintas que colaboram para sentado neste Referencial Curricular busca
a formação integral dos educandos. Dentre facilitar a compreensão de que as práticas
elas, a Música conquistou, no ano de 2008, artísticas são parte da cultura e da constru-
um lugar especial através da Lei nº 11. 769, ção simbólica da humanidade, participam
de 18 de agosto, que a coloca como conte- de um conjunto maior de conhecimentos e,
údo obrigatório, mas não exclusivo no com- como tal, são tão importantes quanto outros
ponente curricular (Art. 1º ), estabelecendo campos do saber. É fundamental que esta
1
READ, Herbert. A educação pela arte. Lisboa: Edições 70; São Paulo: Martins Fontes, 1982, p. 13-14.
2
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC/SEF, 1996.
3
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC, SEF,
1998 e BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Ministério da Educação; Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília:
MEC, 1999.
Ler, em Artes Visuais, pressupõe a leitura produção. Outras formas de escrita, relacio-
de imagens, a partir de elementos específicos nadas a este processo, são os registros de
da linguagem visual, que também é forma de ações, as pesquisas realizadas, as avaliações
leitura do mundo. A leitura de imagens, con- pessoais, o registro de aprendizagens, o por-
forme Ana Mae Barbosa4, está ligada ao de- tfólio de produções, a elaboração de projetos
senvolvimento das habilidades de ver, julgar e as reflexões realizadas.
e interpretar imagens da arte e da cultura vi-
sual; leva à apreensão dos elementos visuais Escrever acompanha os processos de
(linhas, formas, cores...) e à compreensão das criação, sendo que a construção de
relações estabelecidas entre eles no contexto uma poética pessoal é uma forma
da imagem. Ler uma imagem é atribuir-lhe de escrita.
sentido, criando distintas formas de interpre-
tação; não é tentar “decifrá-la”, nem somente
falar sobre ela, mas criar um outro discurso Resolver problemas estó presente no pró-
– gráfico, visual, verbal e até mesmo silencio- prio fazer artístico. A elaboração de proces-
so – para falar dela (PILLAR e VIEIRA, 1992, sos criativos pessoais, o desenvolvimento de
p.62)5. A leitura também se desenvolve na projetos contextualizados numa problemática
pesquisa sobre obras de arte, artistas, movi- específica, a busca por aprendizagens signi-
mentos, conceitos e problemáticas relaciona- ficativas a partir de propostas pedagógicas e
das ao campo de estudos. desafios que o fazer/pensar artístico provoca,
exigem a competência de resolução de pro-
blemas. Cada proposta de elaboração plás-
Ler, em Artes Visuais, envolve a leitu- tica apresentada ao aluno constitui um pro-
ra de imagens, a partir de elementos blema a ser resolvido. O fazer artístico requer
específicos da linguagem visual, que um tipo de pensar próprio, que demanda a
também é forma de leitura do mundo. articulação entre planejamento, recursos, pos-
sibilidades técnicas, conceitos operacionais e
conexões com outras áreas de conhecimento,
Escrever acompanha os processos de cria- bem como com outras formas de elaboração
ção. A construção de uma poética pessoal é artística, tanto do passado como do presente.
uma forma de escrita. O fazer artístico cons-
titui um linguagem plástica que apresenta a Resolver problemas envolve o fazer
interpretação e a representação de vivências artístico, a elaboração de processos
pessoais ou coletivas. Somente por meio da criativos pessoais, o desenvolvimen-
produção plástica, com a utilização de diver- to de projetos contextualizados numa
sas materialidades, instrumentos e técnicas, problemática específica, a busca por
é possível descobrir as qualidades, as possi- aprendizagens significativas a partir
bilidades e as limitações das linguagens ex- de propostas pedagógicas e desafios
pressivas, uma vez que com o fazer artístico, que o fazer/pensar artístico provoca.
aprende-se a conhecer diversos contextos de
4
Ana Mae Barbosa é referência nacional em arte e educação, sendo a primeira doutora brasileira nesta área (1977, Universidade de Boston).
Desenvolveu, no Brasil, a chamada Proposta Triangular de Ensino da Arte, base para pensar a educação em arte desde os anos 80. É autora de
diversos livros sobre o assunto.
5
PILLAR, Analice Dutra; VIEIRA, Denyse Maria Alcade. O Vídeo e a Metodologia Triangular no Ensino da Arte. Porto Alegre: Educação para Crescer
- Educação Artística. Porto Alegre: SEC/RS, 1992, p. 62.
A arte como
orientação de
ARTES Produção
artística: a
VISUAIS
poética do
sentido
processo
pessoal
Apreciação
estética e
História e leitura de
teorias da arte imagem
Temas estruturantes
Compreende os elementos e estruturas próprios da linguagem
Fundamentos da linguagem visual visual, princípios de composição e aspectos da percepção visual.
Arte, sociedade e - Estabelecer relações entre as manifes- - Produções artísticas locais e regionais, - Pesquisa sobre os fazeres ligados às artes visuais
diversidade cultural tações artísticas e outras manifestações incluindo os fazeres e as manifestações presentes na família e no cotidiano.
presentes na cultura local e regional. populares. - Pesquisa de manifestações culturais e artísticas
- Valorizar os mais diferentes tipos de - Imagens da cultura visual presentes no de seu bairro e cidade.
manifestações artísticas, incluindo as da cotidiano. - Análise das imagens presentes no material esco-
cultura popular. - Patrimônio cultural e artístico local e re- lar dos alunos.
gional. - Contato com artistas e espaços de exposição
locais.
Produção artística: a - Entender a arte como forma de constru- - Construção poética - Elaboração de produções visuais, individual-
poética do processo ção poética, que adquire sentido em um mente e em grupo, utilizando diversos materiais,
pessoal contexto sociocultural. técnicas, instrumentos e pesquisando recursos dis-
poníveis no entorno.
Apreciação estética e - Apreciar imagens que estabeleçam sig- - Leitura de imagens da arte e da cultura - Leitura de imagens presentes no contexto família
eeitura de imagem nificado interpretativo. visual objetivando a compreensão e a in- e escola.
terpretação da arte de diversos contextos - Leitura de imagens da arte que tenham relação
de produção. com temáticas relevantes e com projetos em an-
damento.
História e teorias da arte - Conhecer alguns dos principais aspec- - Estudo de momentos da história da arte, - Apreciação e análise de vídeos sobre artistas e
tos da produção artística brasileira no sé- de movimentos artísticos e de artistas rele- questões da história da arte.
culo XX e algumas de suas relações com vantes no contexto de aprendizagem. - Leitura de textos.
contextos mais amplos. - Pesquisa na internet e na biblioteca da escola
- A arte local e regional. (ou outras disponíveis).
- Portfólio de imagens de arte encontradas na lo-
calidade e região.
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Séries Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
A arte como produção - Relacionar os conhecimentos construí- - A arte e outros textos e contextos. - Coleções de imagens sobre determinado tema
5ª e 6ª de sentido dos em arte com o cotidiano e com expe- - A produção contemporânea em arte e cultura. em debate.
riências pessoais. - A arte e a vida cotidiana. - Pesquisa sobre as relações dessas imagens com
Fundamentos da - Elaborar produções artísticas, utilizan- - Elementos da linguagem visual. - Exercícios individuais e coletivos com a utiliza-
7ª e 8ª linguagem visual do os elementos básicos da linguagem ção dos elementos visuais.
visual, estabelecendo relações de com- - Princípios de composição e de relação - Observação da utilização dos elementos visuais
posição. entre elementos e estruturas visuais. e formas de relação entre eles em obras artísticas.
- Análise das qualidades perceptivas específicas
- Fundamentos da percepção visual. dos elementos da linguagem visual, através de
leitura de imagens e exercícios compositivos.
Arte, sociedade e - Reconhecer a pluralidade e a diversi- - Relações das artes visuais com outras - Pesquisa sobre aspectos específicos da arte bra-
diversidade cultural dade cultural, presentes no conjunto de áreas do conhecimento, com a cultura sileira e suas relações com a história e a socie-
manifestações artísticas produzidas na visual, com diferentes culturas e com o dade.
contemporaneidade e na história. cotidiano. - Estudo de artistas contemporâneos brasileiros.
- Refletir sobre imagens presentes na mí- - Os fazeres e as manifestações populares. - Visitas a museus ou a outros espaços expositivos
dia. - Patrimônio cultural e artístico. de arte e cultura.
- Estabelecer relações entre uma produ- - Formas de circulação de bens culturais. - Reflexão sobre imagens presentes na mídia.
ção artística e seu período histórico. - Contato com espaços de exposição de - Pesquisas sobre arte popular brasileira.
arte e artistas.
Produção artística: a - Entender a arte e sua própria experiên- - Contrução poética. - Elaboração de produções visuais, individual-
poética do processo cia com os elementos e os fundamentos mente e em grupo, utilizando diversos materiais,
pessoal da linguagem visual, como forma de técnicas e instrumentos .
construção poética, que adquire sentido - Pesquisa sobre meios tecnológicos de produ-
e é marcada pelo contexto sociocultural. ção, com análise de obras.
- Exercícios de construção poética que motivem a
descoberta de um modo próprio de elaboração
plástica.
Apreciação estética e - Abordar a leitura de imagens de forma - Leitura de imagens da arte e da cultura - Leitura de imagens presentes no cotidiano: mí-
leitura de imagem contextualizada, percebendo relações visual objetivando a compreensão e a in- dia, objetos de consumo, livros, revistas.
entre diversos tipos de produção artística terpretação da arte de diversos contextos - Leitura de imagens da arte, incluindo a arte
e suas condições de produção. de produção. contemporânea, selecionadas de acordo com os
projetos em andamento e o interesse dos alunos
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60
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Séries Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Elaborar formas críticas de pensamento - Leitura dos trabalhos dos alunos, em grande
7ª e 8ª sobre manifestações artísticas e culturais. grupo.
História e teorias da - Estabelecer relações entre as manifes- - Estudo de momentos da história da - Apreciação de vídeos sobre artistas e questões
A arte como produção - Relacionar os conhecimentos construí- - A arte e a vida cotidiana. - Pesquisa sobre as influências da cultura de de-
de sentido dos em arte com o cotidiano e com expe- - A arte e outros textos e contextos. terminado grupo étnico sobre a arte local ou na-
riências pessoais. - A produção contemporânea e sua re- cional (ex.: a cultura afro-brasileira).
lação com outras esferas de produção - Registro desta pesquisa em meio a ser publica-
cultural e de pensamento. do (seja digital, em mural ou painel).
- Estudo de uma obra contemporânea que apre-
sente uma temática ligada a uma questão social
importante no momento.
Fundamentos da - Elaborar produções artísticas, utilizando - Elementos da linguagem visual. - Exercícios individuais e coletivos com a utiliza-
1º ano linguagem visual os elementos da linguagem visual, de- ção dos elementos visuais.
monstrando conhecimento e manejo de - Princípios de composição e de relação - Observação da utilização dos elementos visuais
diferentes formas de composição. entre elementos e estruturas visuais. e sua presença em obras artísticas.
- Análise das qualidades perceptivas específicas
- Fundamentos da percepção visual. dos elementos da linguagem visual através de
leitura de imagens e exercícios compositivos.
- Relações entre forma e conteúdo na - Propostas de construção de imagens em que a
obra de arte. forma de fazer e apresentar tenha relação direta
com a temática abordada.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
Arte, sociedade e - Realizar leituras críticas de imagens ar- - Relações das artes visuais com outras áre- - Escolha de um monumento da cidade para a
diversidade cultural tísticas e da cultura visual, estabelecendo as do conhecimento, com a cultura visual, realização de uma pesquisa – relações desta pro-
relações entre produções contemporâne- com diferentes culturas e com o cotidiano. dução com a cidade e com a história.
Produção artística: a poética - Utilizar diferentes tipos de instrumentos, - Desenvolvimento de um percurso poético - Pesquisa e experimentação com diversos recur-
do processo pessoal materiais e técnicas para a construção pessoal. sos e materiais: recursos tradicionais, alternativos
poética intencional. e de novas tecnologias.
- Elaboração de produções visuais, individualmen-
- Conhecer e manejar meios alternativos te e em grupo, aperfeiçoando a utilização de ma-
de produção artística, incluindo as novas teriais, técnicas e instrumentos já conhecidos.
tecnologias. - Pesquisa sobre meios tecnológicos de produção,
com análise de obras.
- Elaboração de produções plásticas, utilizando
meios tecnológicos (vídeo, programas de compu-
tador, fotografia digital...).
- Realização de trabalhos plásticos coerentes entre
si, a partir de um projeto pessoal do aluno, com
recursos escolhidos por ele.
Apreciação estética e - Elaborar formas críticas de pensamento - Estudo de diferentes abordagens de leitu- - Estudo de uma imagem da história da arte com
leitura de imagem sobre manifestações artísticas e culturais, ra de imagens da arte e da cultura visual. a utilização de formas de abordagem: formal,
lançando mão de recursos de análise e - Exercícios de leitura de imagens que ob- historicista, sociológica... a partir da questão:
interpretativos. jetivem a compreensão e a interpretação Como se pode “ler” uma obra de arte?
da arte em diversos contextos de produção. - Estudo do trabalho de um artista contemporâ-
neo, cujo trabalho tenha relação com a pesquisa
- Estabelecer critérios para a avaliação
poética individual do aluno.
crítica de suas próprias produções ar- - Apresentação de uma produção pessoal ao
tísticas e para a análise de imagens em grande grupo, com memorial descritivo.
geral.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
História e teorias da - Estabelecer relações entre as manifes- - A periodização da história da arte, movi- - Apreciação de vídeos sobre artistas e questões
arte tações artísticas locais e nacionais com mentos artísticos, estéticos e artistas reno- da história da arte e da contemporaneidade.
1º a arte presente em diversos contextos e mados no contexto de aprendizagem. - Leitura de textos.
outras culturas. - Transformações e rupturas na história da - Pesquisa na internet e na biblioteca da escola
arte. (ou outras disponíveis).
A arte como produção - Reconhecer valor e atribuir sentido às - A arte e a vida cotidiana. - Estudo sobre a história da fotografia e sua uti-
de sentido produções artísticas contemporâneas, - A arte e outros textos e contextos - a in- lização pela arte; relações deste meio de produ-
sejam brasileiras ou internacionais. tertextualidade. ção tecnológico em trabalhos de artistas e de fo-
- A produção contemporânea e sua rela- tógrafos que se destacam na atualidade (locais,
ção com outras esferas de produção cultu- nacionais ou internacionais).
ral e de pensamento. - Pesquisa sobre trabalhos que são difíceis de
classificar em categorias tradicionais da arte.
- Relações entre arte e vida: trabalhos em que a
arte se confunde com a vida (ex.: performances,
interferências em espaço público...).
Fundamentos da - Elaborar produções artísticas, utilizan- - Elementos da linguagem visual. - Exercícios individuais e coletivos com a utiliza-
linguagem visual do elementos da linguagem visual, de- - Princípios de composição e de relação ção dos elementos visuais.
monstrando conhecimento e manejo de entre elementos e estruturas visuais. - Utilização dos elementos visuais e suas formas
2º diferentes formas de composição. - Sistemas de representação. de relação com obras artísticas de interesse no
- Fundamentos da percepção visual. momento.
- Relações entre forma e conteúdo na obra - Propostas de construção de imagens com uti-
de arte. lização dos mesmos elementos visuais, mas de
formas diversificadas (proposições a serem ela-
boradas pelos próprios alunos).
Arte, sociedade e - Refletir sobre as funções das produções - Relações das artes visuais com outras - Visita a uma exposição de arte contemporânea
diversidade cultural artísticas e culturais em diversos contex- áreas do conhecimento, com a cultura vi- (Bienal do Mercosul ou outra possível – ou estudo
tos de produção. sual, com diferentes culturas e com o co- de artigos jornalísticos sobre o tema) e discussão
tidiano. sobre as formas de organização, exposição dos
- Os fazeres e as manifestações populares. trabalhos e apresentação das obras.
- Patrimônio cultural e artístico. - Visitas a sites de museus nacionais e internacio-
- Formas de circulação de bens culturais. nais, em busca de referenciais e relações para os
temas ou conteúdos em estudo.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Contato com espaços de exposição de - Exposição dos trabalhos feitos com curadoria
arte e artistas. dos alunos, no espaço da escola ou do bairro.
2º - Realização de interferência na escola ou em ou-
Produção artística: a - Utilizar diferentes tipos de instrumentos, - Desenvolvimento de um percurso poético - Pesquisa e experimentação com diversos recur-
poética do processo materiais e técnicas para a construção pessoal. sos e materiais: recursos tradicionais, alternativos
pessoal poética intencional. - Meios alternativos e novas tecnologias e de novas tecnologias.
- Explorar meios alternativos de produ- em produções artísticas. - Elaboração de produções visuais, individual-
mente e em grupo, aperfeiçoando a utilização de
ção artística, incluindo novas tecnolo-
materiais, técnicas e instrumentos já conhecidos.
gias. - Elaboração de produções plásticas com utiliza-
ção de meios alternativos ou tecnológicos (vídeo,
programas de computador, fotografia digital, ma-
teriais não convencionais...).
- Realização de um conjunto de trabalhos plásti-
cos coerentes entre si, a partir de um projeto pes-
soal do aluno, com os recursos escolhidos por ele.
Apreciação estética e - Elaborar pensamento crítico sobre as - Estudo de diferentes abordagens de leitu- - Estudo comparativo de imagens de diversos
leitura de imagem próprias produções artísticas e outras. ra de imagens da arte e da cultura visual. períodos da história da arte, a partir de um con-
- Realizar leituras críticas de imagens ar- - Exercícios de leitura de imagens objeti- ceito principal a ser enfocado, como: paisagem,
tísticas e da cultura visual. vando a à compreensão e a interpretação retrato, corpo, etc.
da arte de diversos contextos de produção. - Estudo do trabalho de um artista contemporâ-
neo, cujo trabalho tenha relação com a pesquisa
poética individual do aluno.
- Seminário apresentando produções dos alunos.
- Registros pessoais, escritos sobre seu processo
de criação.
História e teorias da - Estabelecer relações entre as mais va- - A periodização da história da arte, movi- - Apreciação de vídeos sobre artistas e questões
arte riadas formas de manifestação artística, mentos artísticos e estéticos e artistas rele- da história da arte e da contemporaneidade.
desde o mais próximo ao mais distante. vantes no contexto de aprendizagem - Leitura de textos.
- Transformações e rupturas na história da - Pesquisa na internet e na biblioteca da escola
arte. (ou outras disponíveis).
- Arte de diversas culturas, inclusive orien- - Pesquisa sobre formas de arte diferentes das
tais e outras. que estamos acostumados a ver: oriental, hindu,
- A arte dos povos primitivos de diferentes árabe, etc.
locais.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
A arte como produção - Relacionar produções artísticas diversas - A arte e a vida cotidiana. - Pesquisa sobre obras que se colocam no espaço
de sentido com questões presentes no contexto da - A arte e outros textos e contextos - a in- público: qual sua função, o que significam para os
3º contemporaneidade. tertextualidade. grupos sociais em que se inserem?
- A produção contemporânea e sua rela- - Estudo teórico e experimentações com perfor-
ção com outras esferas de produção cultu- mance, instalação e interferência: modos con-
Fundamentos da - Escrever e falar sobre artes visuais, de- - Elementos da linguagem visual. - Exercícios individuais e coletivos com a utiliza-
linguagem visual monstrando conhecimento e manejo das - Princípios de composição e de relação ção dos elementos visuais.
mais diversas formas de articulação entre entre elementos e estruturas visuais. - Observação da utilização dos elementos visu-
os elementos visuais e princípios compo- - Sistemas de representação. ais e formas de relação entre eles em obras artís-
sitivos. - Fundamentos da percepção visual. ticas de interesse no momento.
- Relações entre forma e conteúdo na obra - Propostas de elaboração plástica em que se
de arte. evidenciem formas criativas de utilização dos
elementos da linguagem visual e da composição
artística.
Arte, sociedade e - Reconhecer e respeitar manifestações - Relações das artes visuais com outras - Visita a uma exposição de arte contemporânea
diversidade cultural artísticas no âmbito da multiculturalida- áreas do conhecimento, com a cultura vi- (Bienal do Mercosul ou outra possível – ou estudo
de. sual, com diferentes culturas e com o co- de artigos jornalísticos sobre o tema) e discussão
- Observar e reconhecer o patrimônio tidiano. sobre as formas de organização, exposição dos
cultural de seu entorno, bem como de - Os fazeres e manifestações populares. trabalhos e apresentação das obras.
outras etnias e culturas - Patrimônio cultural e artístico. - Visitas a sites de museus nacionais e internacio-
- Formas de circulação de bens culturais. nais, em busca de referenciais e relações para os
- Contato com espaços de exposição de temas ou conteúdos em estudo.
arte e artistas. - Realização de exposição dos trabalhos feitos
com curadoria dos alunos, no espaço da escola
ou do bairro.
- Análise de peças publicitárias, com leitura das
imagens de forma interpretativa.
Produção artística: a - Criar ou recriar produções artísticas - Desenvolvimento de um percurso poético - Pesquisa e experimentação com diversos recur-
poética do processo com base em experiências individuais ou pessoal. sos e materiais: recursos tradicionais, alternati-
pessoal coletivas do fazer das artes visuais. vos e de novas tecnologias.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
Apreciação estética e - Apreciar obras de arte e manifestações - Estudo de diferentes abordagens de leitu- - Estudos comparativos entre imagens de diver-
leitura de imagem artísticas com senso crítico, relacionan- ra de imagens da arte e da cultura visual. sos períodos da história da arte, a partir de ques-
do-as com seu contexto histórico e socio - Exercícios de leitura de imagens com vis- tões abordadas no momento (ex.: luta social,
cultural. tas à compreensão e à interpretação da identidade, figura feminina e masculina, etc.).
- Ler imagens das artes através de pro- arte de diversos contextos de produção. - Estudo do trabalho de um artista contemporâ-
cedimentos apropriados/específicos para neo, cujo trabalho tenha relação com a pesquisa
este fim, estabelecendo relações com a poética individual do aluno
cultura visual, transpondo este conheci- - Seminário de apresentações de produções dos
mento para a vida cotidiana. alunos.
- Registros pessoais, escritos, sobre seu processo
de criação.
História e teorias - Compreender e usufruir da arte em suas - A periodização da história da arte, movi- - Apreciação de vídeos sobre artistas e questões
da arte mais variadas formas de manifestação na mentos artísticos e estéticos e artistas rele- da história da arte e da contemporaneidade.
história e na contemporaneidade. vantes no contexto de aprendizagem. - Leitura de textos.
- Arte contemporânea e suas relações com - Pesquisa na internet e na biblioteca da escola
a história. (ou outras disponíveis).
- Escolha de obras contemporâneas para análise
e estabelecimento de relações com a história da
arte.
- Pesquisa sobre os conceitos e obras que utili-
zam: apropriação e citação.
A arte como produção - Discorrer e escrever sobre seu próprio - A arte e a vida cotidiana. - Estudo de relações entre artes visuais, teatro,
de sentido processo criativo e produções realizadas, - A arte e outros textos e contextos - a in- dança e música: análise de obras em que são
bem como soluções encontradas para re- tertextualidade. utilizadas diferentes linguagens ao mesmo tempo.
solver problemas (visuais, estéticos, técni- - A produção contemporânea e sua rela- - Realização de produções em grupo, em que se
cos, de composição, de estrutura, etc.). ção com outras esferas de produção cul- experimente trabalhar com mais de uma lingua-
tural e de pensamento. gem artística.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
3º - Estabelecer relações entre as artes vi- - Pesquisa sobre obras que se propuseram levan-
suais e outras áreas das artes e do conhe- tar questionamentos sobre questões sociais ou
cimento em geral, bem como com ques- políticas (ex.: Inserções em Circuitos Ideológicos,
tões relevantes no contexto sociocultural. de Cildo Meireles).
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Estratégias para a ação
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O foco principal do trabalho com ensino diversos materiais, recursos, instrumentos
de Arte é a compreensão crítica da arte, em e técnicas. Possibilita a descoberta de di-
suas diversas linguagens e formas de mani- ferentes formas de expressão e colabora
festação. Pretende-se a construção de um para a capacidade de leitura de imagens
abrangente conhecimento em arte, que con- e para o pensar sobre criação visual.
sidere as diferenças culturais e as vivências do • A apreciação possibilita o exercício de di-
cotidiano; ainda o aperfeiçoamento de sabe- versas formas de abordagem na leitura de
res sobre o fazer e o pensar artístico e estéti- imagens, constituindo importante instru-
co, bem como o conhecimento sobre diversos mento de reflexão sobre as próprias ima-
contextos de produção artística de diferentes gens realizadas e sobre as obras de arte
tempos históricos e origens distintas. existentes em diversas culturas. É impres-
Para atingir estes objetivos, o referencial cindível o contato do aluno com diversas
teórico-metodológico considerado mais produções artísticas, de diferentes épocas
pertinente na contemporaneidade é a propos- e culturas, incluindo as artesanais e os fa-
ta de integração entre três eixos de apren- zeres populares. A leitura de imagens não
dizagem: a produção, a apreciação e a con- é um exercício mecânico, de repetição de
textualização. A educação em arte baseia-se roteiros preestabelecidos, mas deve pro-
na relação entre estes três eixos, que não são vocar o aluno a pensar e a elaborar suas
estanques, sendo que cada um deles é impor- visões pessoais sobre as produções artísti-
tante para o desenvolvimento dos outros dois. cas que incluem interpretações possíveis e
A aquisição de conhecimentos, a produção significados diversos.
artística e a compreensão destes fazeres se
complementam. Nesta forma de articulação, A arte é considerada como campo
a arte é considerada como campo de saber, de saber, sendo que a ação baseia-
sendo que a ação baseia-se na construção, se na construção, na elaboração
na elaboração pessoal e na cognição, e bus- pessoal, na cognição, e busca
ca acrescentar à dimensão do fazer e da ex- acrescentar à dimensão do fazer e da
perimentação a possibilidade de acesso e de experimentação, a possibilidade de
entendimento de parte do patrimônio cultural acesso e de entendimento de parte do
da humanidade. Assim, pretende-se contribuir patrimônio cultural da humanidade.
para uma “alfabetização visual”. Tendo como
aporte a leitura de imagens, a reflexão crítica
e a contextualização dos diversos fazeres artís- Os recursos disponíveis para tanto são
ticos na história e na contemporaneidade, es- imagens impressas, vídeos, DVDs, aces-
taremos propiciando ao aluno condições para so à internet, visita a exposições de arte.
desenvolvimento de um pensamento crítico e É desejável também o contato direto com
capacidade de decodificação e articulação de produções artísticas contemporâneas a
linguagem visual em diversos contextos. partir de visitas a exposições, museus,
• A produção é o conjunto de fazeres ar- galerias, salões de arte, ou, ainda, como
tísticos, desenvolvidos como meio de pela visita de artistas convidados à sala
construção poética pessoal e modo de de aula.
aquisição de saberes sobre arte e suas • A contextualização requer um olhar para
diversas formas de constituição. Envolve os contextos de produção de uma obra,
a experimentação e o conhecimento de isto é, para entender uma obra é neces-
Referências
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gre: LPM, 1986. M. Terezinha. Didática do ensino da arte: a língua do
Relações em
Criação
dança
DANÇA
Elementos do Apreciação
movimento
Contextualização
- Criar frases de movimento, experimen- - Sequências com início, meio e fim. - Práticas corporais de criação a partir de diferen-
Criação tando diferentes estímulos. - Colocação de sequências no tempo mu- tes estímulos (ações, músicas, figuras, variação
sical. de nível, direção, tamanho, simetria e assimetria,
- Improvisação simples. etc.).
- Estado de jogo e de presença. - Práticas corporais de improvisação simples a
- Habilidades de copiar, de ser copiado, partir de condução de alimentação contínua, pré-
de espelhar. estruturada, estrutura aberta.
- Usar acumulação de movimentos onde se unem
livremente pequenas frases de criação individual
numa criação conjunta (pode ser realizada pri-
meiramente em duplas, depois quartetos, octetos
e turma toda).
- Apreciar dança, demonstrando olhar - Fronteiras da dança e do movimento hu- - Observação de apresentações dos próprios co-
Apreciação atento e sensível. mano. legas, mais de uma vez para apreciar detalhes.
- Entender dança como linguagem, uma - Leituras de danças e discussão de sen- - Práticas de observação: propor questões ante-
maneira de atribuir sentidos. tidos. riores à apreciação para fomentar uma discussão
posterior (quais foram as escolhas de movimentos
do coreógrafo? Que qualidades e escolhas espa-
ciais foram ressaltadas em determinadas partes?
Como a música contribui ou não para a obra?).
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Série Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Uso de DVD de grupos profissionais e de tre-
5ª e 6ª chos de dança (por exemplo, no YouTube).
- Apresentações de grupos de dança ao vivo.
- Conhecer dança em contextos culturais - A dança local e seu contexto. - Busca de imagens e livros de dança em biblio-
Relações em dança - Relacionar dança com outras manifesta- - Dança e aspectos musicais. - Trocar músicas já estabelecidas para alguma
ções artísticas ou aspectos do cotidiano. - Dança que use algum padrão ou ideia dança ou dançar o silêncio.
de outra disciplina. - Dançar o ciclo da água em todas as suas fases
da natureza.
7ª e 8ª Elementos do - Executar elementos do movimento e da - Combinações de maior complexidade - Práticas corporais de sequências de movimento
movimento dança, demonstrando e relacionando de movimentos axiais e locomotores de ligadas ou não à tradição da dança, de estilo
princípios do movimento. dança. livre ou repertório específico.
- Memorizar e reproduzir sequências de - Princípios do movimento (alinhamen- - Uso do espelho para autocorreção e visualiza-
movimentos. to dinâmico, suporte central, suporte da ção dos movimentos.
respiração, iniciação e sequenciamento,
transferência de peso, tensões contrárias,
enraizamento, etc.).
- Uso articulado das partes do corpo.
- Elevação, voo e aterrissagem.
- Uso da gravidade em movimentos de
queda e recuperação, como pêndulo e
rebote.
- Relação com o espaço (cinesfera, di-
mensões, planos, diagonais, formações).
- Qualidades de movimento (peso leve ou
forte, tempo acelerado ou desacelerado,
fluência livre ou contida e foco direto ou
indireto).
- Memorização de sequências.
- Passos de maior complexidade de (dois)
estilos de dança diferentes.
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Série Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Criar frases de movimento, compreen- - Contraste, transição, clímax, repetição - Práticas corporais de criação a partir de ideias
7ª e 8ª Criação dendo princípios, processos e estruturas e variação. diversas (notícias de jornal, poemas, emoções,
coreográficas básicas. - Processos de reordenamento e de acaso. literatura, etc.).
- Apreciar dança, demonstrando olhar - Leituras de dança e discussões de sen- - Observação de apresentações dos próprios
Apreciação atento e sensível. tidos. colegas.
- Relação pessoal e significado. - Uso de DVD de grupos profissionais, de tre-
- Escolhas coreográficas para comunicar chos de dança na internet.
ideias abstratas em dança. - Apresentações de grupos de dança ao
- Pantomímica, mímica, gesto representa- vivo(visitando praças, feiras, eventos que te-
tivo ou cotidiano e abstração. nham programação de dança).
- Sonoridade e significado.
- Figurino e significado.
- Relacionar dança com outras manifes- - Dança e manifestações da arte visual - Comparação das dimensões utilizadas no mo-
Relações em dança tações artísticas ou aspectos do cotidia- em relação ao uso do espaço. vimento da dança e em certas pinturas, escultu-
no. - Dança que use algum padrão ou ideia ras e/ou instalações.
de outra disciplina ou da experiência co- - Criações a partir de danças e imagens de dan-
tidiana dos alunos. ça presentes no cotidiano (mídia, revistas, obje-
tos de consumo).
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Executar elementos do movimento e da - Aprofundamento dos princípios do mo- - Práticas corporais de sequências de movimento
dança em combinações de maior exi- vimento. com abordagem contemporânea de dança.
1º Elementos do
gência e complexidade, dialogando com - Organização corporal (respiração, ra- - Exercícios de memorização de sequências mais
movimento
a tradição e a dança contemporânea. diação central, espinhal, homóloga, ho- complexas, usando repetição, variação de for-
molateral e contralateral). mação, de orientação espacial, em grupos, etc.
- Força, flexibilidade, agilidade e coorde- - Autoavaliação e correção do próprio aluno.
- Criar coreografias, aplicando princí- - Formas coreográficas como rondó, tema - Práticas corporais de criação (variar a partir de
pios, processos e estruturas coreográfi- e variação, canônica. um repertório pronto).
Criação
cas. - Elementos do espetáculo. - Práticas corporais de improvisação (a partir do
- Compreender dança como uma manei- uso de matériais cênicos variadas para dançar).
ra de criar sentidos através do corpo e - Tarefas de realização individual, em pequenos
de outros elementos da dramaturgia da grupos ou em grande grupo.
dança (música, figurino, elementos cêni-
cos, entre outros).
- Analisar como a dança é representada - Elementos do espetáculo e sentido co- - Observação de apresentações dos próprios co-
nos meios de comunicação e discutir suas reográfico. legas.
Apreciação implicações. - Manipulação e desenvolvimento dos - Uso de DVD de grupos profissionais (contem-
- Aplicar e demonstrar comportamento movimentos em dança a partir da visão porâneos).
apropriado ao assistir dança. de (um) coreógrafo contemporâneo. - Apresentações de grupos de dança (contempo-
- Analise de questões étnicas, de gênero, rânea) ao vivo (visitando teatros ou espaços de
econômicas/sociais, idade e/ou condição performance).
física em relação à dança.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Usar modismos de dança na mídia (novelas,
1º vídeosclipe, programas de auditório) para pro-
vocar discussões subsidiadas.
- Executar elementos do movimento e - Refinamento técnico em relação às - Práticas corporais de sequências de movimen-
Elementos do da dança, dialogando com a tradição e possibilidades corporais, espaciais, di- to de abordagem contemporânea de dança.
movimento a dança contemporânea. nâmicas e rítmicas. - Autoavaliação e correção do próprio aluno.
- Demonstrar aumento de consciência - Correção verbal, visual, auditiva e tátil-cines-
cinestésica, concentração e foco nas tésica por parte do professor.
atividades.
- Criar coreografias, aplicando princí- - Poética pessoal em dança. - Práticas corporais de criação (a partir de temas
Criação pios, processos e estruturas coreográfi- - Elementos do espetáculo e relação com polêmicos, como gravidez precoce).
cas. o sentido coreográfico. - Práticas corporais de improvisação (por exem-
- Entender dança como uma maneira - Dança e temas sociais contemporâneos. plo, com música dançante, contra a qualidade/
de criar sentidos através do corpo, de tempo da música, sem música, com barulhos).
outros elementos da dramaturgia da - Tarefas de realização individual, em pequenos
dança (música, figurino, elementos cê- grupos, ou em grande grupo.
nicos entre outros) e de recursos tecno- - Uso de um diário de anotações, descrevendo
lógicos em geral. o processo criativo.
- Identificar possíveis critérios estéticos - Elementos do espetáculo e sentido co- - Observação de apresentações dos próprios
para avaliar dança, como habilidades reográfico. colegas.
Apreciação
físicas, originalidade, impacto emocio- - Concepções estéticas, poéticas e éticas - Uso de DVD de grupos profissionais (contem-
nal, entre outros. em diferentes danças. porâneos).
- Apresentações de grupos de dança (contem-
porânea) ao vivo.
- Pesquisar, organizar e registrar dan- - Linha do tempo com importantes even- - Leitura de textos.
Contextualização ça (de abordagem contemporânea) tos de dança desde o século XX. - Busca de informações e imagens em sites es-
de contextos culturais variados, rela- - Comparar e contrastar a noção de pecializados de dança.
cionando suas próprias experiências corpo, estética e poética de dança em - Pesquisa histórica em centros culturais ou em
pessoais como criadores, intérpretes e culturas diferentes. outras bibliotecas existentes.
apreciadores de dança.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Articular razões para as decisões artís- - Comparar e contrastar o papel da dan- - Exposição do professor ou de trabalho de alu-
ticas e revisar as perdas e ganhos destas ça em (duas) culturas diferentes. nos como fomentador de diálogos na turma.
decisões.
- Fazer conexões entre dança e corpo,
saúde e sociedade, dança e tecnologia.
- Relacionar dança com outras manifes- - Movimentos e práticas corporais. - Refletir como o movimento corporal nas interações
Relações em dança tações artísticas ou aspectos do cotidia- entre as pessoas, a postura, os hábitos corporais, o
no. foco, a disciplina, o olhar sensível, o pensar “diferen-
te” ou “ao avesso” podem ajudar na vida.
3º - Valer-se do conhecimento técnico na - Técnica em relação às possibilidades - Práticas corporais de sequências de movimento
Elementos do utilização dos elementos do movimento corporais, espaciais, dinâmicas e rítmicas. ligadas à abordagem contemporânea de dança.
movimento da dança, dialogando com a tradição e - Autoavaliação e correção do próprio aluno.
com a dança contemporânea. - Correção verbal, visual, auditiva e tátil-cinesté-
sica por parte do professor.
- Criar coreografias compreendendo - Poética pessoal em dança. - Práticas corporais de criação (a partir de esco-
Criação como aplicar e transgredir os princípios, - Tecnologia para a criação de vídeos- lhas pessoais).
os processos e as estruturas coreográfi- dança e/ou projeções de dança. - Práticas corporais de improvisação variadas.
cas. - Técnica do estranhamento como um - Tarefas de realização individual, em pequenos
meio de desencadear uma ruptura da grupos ou em grande grupo.
- Realizar produções amadoras de dan- normalidade. - Uso de um diário de anotações descrevendo o
ça de forma individual ou coletiva, com processo criativo.
autonomia. - Uso de fotos, videocâmera, celular, imagens
digitais, retroprojetor, iluminação nas produções
de dança.
- Exploração de trabalhos de dança que cruzam
a fronteira entre dança e cotidiano (performan-
ces, espaços não convencionais, rompimento da
relação artista/plateia, movimentos cotidianos e
não cotidianos).
- Criação e produção de trabalhos dos e pelos
alunos no espaço da escola ou da comunidade.
- Estabelecendo critérios estéticos para - Criação de significados a partir de uma - Observação e análise crítica de apresentações
Apreciação avaliar seu próprio trabalho assim como variedade de perspectivas. dos próprios colegas.
- Uso de DVD de grupos profissionais (contem-
o de outros. porâneos).
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Estilo e/ou forma cultural de certo coreó- - Apresentações de grupos de dança (contempo-
grafos. rânea) ao vivo.
3º
- Relacionar dança com outras manifesta- - Comparação de diferentes linguagens - Observação das semelhanças e diferenças ao
Relações em dança ções artísticas ou aspectos do cotidiano. artísticas de um mesmo período histórico. apreciar uma peça teatral contemporânea e uma
dança contemporânea.
Observações: A área de arte, e nela, a de dança, é um campo não tão estruturado como algumas outras disciplinas do currículo escolar. Considere-se que
todos os conteúdos dos temas estruturantes estão sempre sendo trabalhados, de acordo com o nível e os interesses de estudo de cada etapa. Os conteúdos
constantes nos quadros apresentados são abertos o suficiente para abarcar as questões cruciais para o grupo no momento do trabalho. As formas de
operacionalização são sugestões, não se restringindo o trabalho somente ao que está sendo proposto.
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Estratégias para a ação
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A prática do movimento em dança está Observar como a dança faz parte da
tradicionalmente vinculada ao aprendizado nossa vida, seja por meio dos comerciais da
de técnicas e estilos, em que o professor en- televisão, dos videoclipes, dos quadros dos
sina aos alunos o conhecimento dos passos programas de auditório, de temas de festa,
de dança. Este modelo é típico do ensino novelas, filmes, em comemorações familia-
informal – cursos livres, que preparam o res e sociais, em representações visuais e
aluno para uma possível inserção profis- discursivas, ou mesmo como um objeto de
sional como bailarino. Na escola formal, a estranhamento, pode ser um meio de pen-
performance técnica do aluno é importante, sar a dança, a arte e as manifestações do
mas não primordial. Salienta-se, que sejam nosso tempo. Contrastar com outras danças
contempladas nas atividades a criação e a e manifestações de outros tempos e cultu-
valorização das práticas da dança como ras pode ser um motivo para problematizar
arte, incluindo a apreciação crítica de dife- nosso próprio pensamento e a constituição
rentes estilos e origens culturais da dança. da(s) nossa(s) identidade(s).
O ensino da dança deve promover a co- A aula de dança certamente trata da prá-
laboração e a interdependência do grupo, tica do movimento, mas envolve também
como possibilidades de provocar a reflexão momentos de apreciação, de leituras, de
sobre valores e atitudes, mais do que uma escritas e de reflexões. A apreciação do
competitividade a respeito de quem está “na trabalho de dança dos colegas e de grupos
frente”ou quem tem o corpo mais propício. amadores ou profissionais deve desenvolver
Para a prática de movimento, o espaço a capacidade de análise crítica. Assim, é útil
é fundamental. A existência de uma lugar orientar os alunos para que assistam à dan-
amplo, ventilado, com um piso macio e ça, usando alguns critérios que direcionem
aderência adequada é o ideal; a falta das suas leituras e que abordem questões sobre
condições ideais, entretanto, não pode ser cenografia, iluminação, figurinos, escolha
um motivo para não se realizar um bom tra- musical, escolha de momentos de solo ou
balho. Iniciar a aula com um momento de conjunto, clímax, entre outros.
organização do espaço ajuda inclusive na A oportunidade de assistir a um espetá-
posterior apreciação do movimento, já que culo profissional ou amador pode ser uma
certa poluição visual é prevenida. experiência proveitosa para os alunos. Mas
A música é um recurso muito utilizado na não basta organizar a ida ao espetáculo.
prática do movimento, seja como estímu- É preciso planejar atividades e ações que
lo ou acompanhamento. Outros recursos possam de fato tornar essa experiência rica
tecnológicos podem ser utilizados dentro em aprendizado. O ideal é que o professor
das disponibilidades da escola: filmadoras, assista antes ao espetáculo para preparar
internet e DVD de espetáculos de artistas e as ações posteriores com maior consciên-
companhias profissionais, entre outras pos- cia. Conhecer detalhes sobre a história do
sibilidades. Assim, tanto o aluno quanto o grupo, de seu coreógrafo, do processo de
professor podem pesquisar materiais sobre criação e outros, pode trazer pistas para
dança e fazer uso da tecnologia. uma apreciação mais subsidiada.
Nas atividades corporais, o uso de uma Posteriormente, o exercício da descrição
roupa adequada é necessário. Entretanto, em separado desses elementos pode re-
basta serem confortáveis, de maneira que constituir o espetáculo, possibilitando uma
evitem restringir os movimentos. análise mais profunda e intercâmbio maior
Referências
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nologia: textos selecionados. São Paulo: Annablume, 1990.
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MEC/ SEF, 1998. Perspectiva, 2003.
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LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: transformar o ensino. 4. ed. Porto Alegre: Artes Mé-
Summus, 1983. dicas, 2000.
Áreas
integradas Teoria
MÚSICA
Criação Apreciação
Execução
Temas estruturantes
A música está presente nas manifestações artísticas de outras
Áreas integradas linguagens da Arte.
- Apreciar músicas com senso crítico, en- - Estudo da música no Rio Grande do Sul; - Abordar a história da música no Rio Grande do
Apreciação tendendo-as como uma linguagem. estudo da música do cotidiano dos alunos. Sul, contextualizando no Brasil e no mundo os fatos
históricos marcantes.
- Investigar com os alunos suas preferências musi-
cais e realizar audições das mesmas.
- Utilizar da literatura da área para coleta de infor-
mações sobre gêneros apreciados.
- Conhecer o contexto da música apreciada: quem,
onde, quando, por que, para que.
- Reconhecer os elementos formadores - Elementos formadores da música (timbre, - Estudo dos elementos formadores da música,
Teoria da música em exercícios auditivos e es- forma, textura, harmonia, melodia, ritmo); através de exercícios de percepção sonora e de
critos. - Utilização progressiva da leitura e grafia teoria da música. Exercícios escritos. Concepções
musical tradicional9 e alternativa; e definições de conceitos. Iniciação à leitura e à
- Classificação de instrumentos musicais. escrita da linguagem musical convencional.
- Uso da linguagem alternativa para registro de
criações ou recriações musicais.
- Estudo das categorias dos instrumentos musicais
através da literatura e apreciação musical.
- Executar instrumentos musicais alternati- - Entoação de canções a uma e duas vo- - Exercícios de técnica vocal.
Execução vos com ênfase na percussão. zes, com ou sem acompanhamento instru- - Entoação de canções num processo de expres-
- Cantar a uma ou mais vozes com ou mental; são individual ou em grupo. Utilização da técnica
sem acompanhamento instrumental. instrumental para a execução dos instrumentos de
7
O professor deverá estar sempre atento às apresentações artísticas locais e, se possível, organizar a apreciação dos alunos em espetáculos ao vivo.
8
Neste contexto, os instrumentos alternativos são os elaborados em sala de aula com materiais do cotidiano (tampinhas, latas, garrafas de plástico, etc.) ou sucatas selecionadas, e os convencionais são os
comprados em lojas de música.
9
A grafia tradicional refere-se à escrita de partitura com os símbolos universais utilizados no ocidente, cristalizado no período barroco. A grafia alternativa é criada pelo próprio aluno.
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Séries Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
Áreas Integradas - Observar e reconhecer o patrimônio cul- - Apreciação de musicais (shows nacio- - Utilizar DVDs e vídeos como ferramenta para
tural musical de seu entorno, bem como nais, shows internacionais e óperas); aná- apreciação de musicais das áreas integradas.
7ª e 8ª de outras etnias. lise musical em espetáculos de dança, te- - Observar a produção artística local, nacional e
atro, cinema ou manifestações populares. internacional.
Criação - Arranjar ou recriar música com base em - Estudo de formas musicais (sugestão: - Observar peças musicais curtas nas formas mu-
experiências individuais ou coletivas do binária, ternária, rondó); elaboração de sicais trabalhadas.
fazer artístico-musical, exercitando seu arranjos de musicais; composição de pe- - Apresentar publicamente composições.
potencial de autoria. ças musicais como parlendas, jingles, rap, - Gravar as improvisações e registrá-las grafica-
entre outros. mente (linguagem convencional ou alternativa).
- Registrar as composições em CD, se possível.
Apreciação - Apreciar músicas com senso crítico. - Apreciação e estudo de música de dife- - Abordar a história da música no Brasil e no mun-
do ocidental.
- Entender música como uma das manei- rentes estilos e culturas - gêneros musicais
- Utilizar a literatura da área para coleta de infor-
ras de criar sentido. do Brasil; música erudita, popular, folcló- mações sobre gêneros apreciados.
rica. - Realizar exercícios de significação em música,
- Compreender a semiótica musical. através da apreciação e comentários sobre o sen-
tido da música no contexto individual e coletivo.
- Conhecer o contexto da música apreciada:
quem, onde, quando, por que, para que.
- Acessar meios eletrônicos e multimídias que pos-
sam proporcionar um contato maior com as mani-
festações musicais de sua preferência.
Teoria - Reconhecer os elementos formadores da - Percepção e identificação da divisão rít- - Estudo dos elementos rítmicos da música, através
música em exercícios auditivos e escritos. mica ternária e binária; percepção e iden- de exercícios de percepção sonora e de teoria da
- Conhecer divisão de compasso. tificação de idiomas musicais da música música. Exercícios escritos.
- Ler partituras simples de percussão. ocidental e oriental (pentatônica, hexatô- - Uso da linguagem convencional para registro de
- Ler melodias em clave de sol. nica, diatônica, etc.); composições ou músicas estudadas.
10
Bongô, atabaque, agê, pandeiro, agogô, tarol, surdo, triângulo, cajón, etc.
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O pátio da escola, nos momentos do recreio escolar, pode ser uma boa opção para a realização das apresentações dos trabalhos elaborados em sala de aula.
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Séries Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Utilização progressiva da leitura e grafia
musical tradicional.
7ª e 8ª
- Executar instrumentos musicais alter- - Entoação de canções a uma ou mais - Exercícios de técnica vocal.
nativos e convencionais com ênfase na vozes, com ou sem acompanhamento; uti- - Entoação de canções num processo de expressão
Execução
percussão. lização do sistema tonal ou modal em exe- individual ou em grupo.
- Reconhecer manifestações musicais no - Apreciação de musicais (shows nacio- - Utilizar DVDs e vídeos como ferramenta para
1º ano
âmbito da pluralidade cultural. nais, shows internacionais e óperas); aná- apreciação de musicais das áreas integradas.
Áreas integradas
lise musical em espetáculos de dança, te- - Observar a produção artística local, nacional e
atro, cinema ou manifestações populares. internacional.
- Arranjar, criar ou recriar músicas com - Elaboração de arranjos musicais; com- - Compor peças musicais curtas nas formas musi-
base em experiências individuais ou cole- posição de peças musicais como parlen- cais trabalhadas.
Criação
tivas do fazer artístico-musical, exercitan- das, jingles, rap, entre outros. - Gravar as composições e registrá-las graficamen-
do seu potencial de autoria. - Produção de espetáculos musicais. te (linguagem convencional ou alternativa).
- Registrar as composições em CD, se possível.
- Apreciar músicas com senso crítico. - Música de diferentes estilos e culturas; - Utilizar a literatura da área para coleta de infor-
- Entender música como uma das manei- gêneros musicais do Brasil; música con- mações sobre gêneros apreciados.
Apreciação
ras de criar sentido. temporânea. - Conhecer o contexto da música apreciada:
- Idiomas musicais do mundo: pentatôni- quem, onde, quando, por que, para que.
co, hexatônico, diatônico, entre outros. - Acessar meios eletrônicos e multimídias que
possam proporcionar um contato maior com as
manifestações musicais de sua preferência.
- Reconhecer os elementos formadores da - Percepção e identificação da divisão rít- - Estudo dos elementos teóricos da partitura através de
música em exercícios auditivos e escritos. mica ternária e binária e suas combina- exercícios escritos.
Teoria - Ler partituras simples de exercícios de ções; sinais gráficos em partitura e seus - Concepções e definições de conceitos.
percussão e melodias em clave de sol. significados12; - Leitura e escrita da linguagem musical convencional.
- Uso da linguagem alternativa para registro de com-
posições.
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Sinais de repetição, claves, linhas suplementares, figuras de notas, figuras rítmicas, compasso, etc.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Reconhecer acordes auditivamente e as - Utilização progressiva da leitura e - Exercícios de percepção de acordes em músicas
cifras (I, IV e V graus). grafia musical tradicional e alternativa; populares simples e em canções infantis.
percepção e teoria de acordes estrutu-
- Reconhecer manifestações musicais no - Apreciação de musicais (shows nacio- - Utilizar DVDs e vídeos como ferramenta para
Áreas integradas âmbito da pluralidade cultural. nais, shows internacionais e óperas); aná- apreciação de musicais das áreas integradas.
2º - Transitar por outras áreas das artes que lise musical em espetáculos de dança, te- - Observar a produção artística local, nacional e
não a música. atro, cinema ou manifestações populares. internacional.
- Arranjar, criar ou recriar músicas com - Elaboração de arranjos de musicais; - Compor peças musicais curtas nas formas musi-
Criação base em experiências individuais ou cole- composição de peças musicais como par- cais trabalhadas.
tivas do fazer artístico musical, exercitan- lendas, jingles, rap, entre outros; produ- - Organizar apresentações públicas de músicas
do seu potencial de autoria. ção de espetáculos musicais. trabalhadas de forma coletiva e individual.
- Gravar as composições e registrá-las grafica-
mente (linguagem convencional ou alternativa).
- Registrar as composições em CD, se possível.
- Falar e escrever sobre músicas com sen- - Música de diferentes estilos e culturas; - Utilizar literatura da área para coleta de informa-
Apreciação so crítico, relacionando-as com seu con- gêneros musicais do Brasil; música con- ções sobre gêneros apreciados.
texto histórico e sociocultural. temporânea. - Conhecer o contexto da música apreciada:
- Entender música como uma das manei- quem, onde, quando, por que, para que.
ras de criar sentido. - Acessar meios eletrônicos e multimídias que
possam proporcionar um contato maior com as
manifestações musicais de sua preferência.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Reconhecer os elementos formadores da - Percepção e identificação da divisão rít- - Exercícios escritos e de percepção sonora.
Teoria música em exercícios auditivos e escritos. mica ternária e binária e suas combina- - Exercícios de leitura e escrita da linguagem mu-
- Ler partituras simples de exercícios de ções; utilização progressiva da leitura e sical convencional.
percussão e melodias em clave de sol. grafia musical tradicional. - Uso da linguagem convencional para registro de
2º - Reconhecer acordes auditivamente e as composições.
- Executar instrumentos musicais alternati- - Entoação de canções num processo de - Exercícios de técnica vocal.
Execução vos e convencionais com ênfase na per- expressão individual ou em grupo; utiliza- - Utilização da técnica instrumental para a execu-
cussão. ção do sistema tonal ou modal em exe- ção de instrumentos musicais.
- Cantar a uma ou mais vozes, com ou cução musical; execução de instrumentos - Realização de apresentações públicas das músi-
sem acompanhamento instrumental. de percussão; execução de instrumentos cas trabalhadas.
- Realizar produções musicais simples, de convencionais (sopro, cordas e teclado, se - Gravar os momentos de execução musical e,
forma individual ou coletiva, e apresentá- possível). posteriormente, proceder à avaliação dos mes-
las para a comunidade escolar. mos.
- Reconhecer manifestações musicais no - Apreciação de musicais (óperas, shows - Utilizar DVDs e vídeos como ferramenta para
3º Áreas integradas âmbito da pluralidade cultural. internacionais, shows nacionais); análise apreciação de musicais das áreas integradas.
- Transitar por outras áreas das artes que musical em espetáculos de dança, teatro, - Utilizar a literatura da área para elaboração de
não a música. cinema ou manifestações populares; rela- trabalhos escritos.
ção entre música e visualidade; pesquisa - Observar na produção artística nacional e inter-
em música; biografias; discografias; músi- nacional a integração das áreas artísticas.
cos como agentes sociais.
- Arranjar, criar ou recriar músicas com - Elaboração de arranjos de musicais; - Compor peças musicais curtas nas formas musi-
Criação base em experiências individuais ou cole- composição de peças musicais como par- cais trabalhadas.
tivas do fazer artístico-musical, exercitan- lendas, jingles, rap, entre outros; - Gravar as composições e registrá-las grafica-
do seu potencial de autoria. - Produção de espetáculos musicais e áre- mente (linguagem convencional ou alternativa).
as integradas. - Registrar as composições em CD, se possível.
- Realizar pequenas apresentações incluindo as
demais áreas das artes.
- Falar e escrever sobre músicas com sen- - Música de diferentes estilos e culturas; - Abordar a história da música, sublinhando os
so crítico, relacionando-as com seu con- Música contemporânea, folclórica, fatos históricos marcantes.
Apreciação - Utilização da literatura da área para coleta de
texto histórico e sociocultural. popular e erudita.
- Entender música como uma das manei- informações e trabalhos escritos sobre gêneros
ras de criar sentido. apreciados.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Conhecer o contexto da música apreciada:
quem, onde, quando, por que, para que.
- Acessar meios eletrônicos e multimídias que
- Executar instrumentos musicais alter- - Entoação de canções num processo de - Exercícios de técnica vocal.
nativos e convencionais com ênfase na expressão individual ou em grupo; utiliza- - Entoação de canções num processo de expressão
Execução percussão. ção do sistema tonal ou modal em exe- individual ou em grupo.
- Cantar a uma ou mais vozes, com ou cução musical; execução de instrumentos - Utilização da técnica instrumental para a execução
sem acompanhamento instrumental. de percussão; execução de instrumentos de instrumentos musicais.
- Realizar produções musicais simples de convencionais (sopros, cordas e teclado). - Realização de apresentações públicas das músicas
forma individual ou coletiva. trabalhadas.
- Gravar os momentos de execução musical e, pos-
teriormente, proceder à avaliação dos mesmos.
Observações: A arte, e nela a música, é um campo não tão estruturado como algumas outras disciplinas do currículo escolar. Considere-se que todos os
conteúdos dos temas estruturantes estão sempre sendo trabalhados, de acordo com o nível e interesses de estudo de cada etapa. Os conteúdos constantes
nos quadros apresentados são abertos o suficiente para abarcar as questões cruciais para o grupo no momento do trabalho. As formas de operacionalização
são sugestões, não se restringindo o trabalho somente ao que está posto nesta coluna.
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Estratégias para a ação
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94
LER, ESCREVER E
RESOLVER PROBLEMAS
(T)EC(L)A
LER Teoria ESCREVER
Atividades de: Execução Atividades de:
Teoria Composição Teoria
Execução Literatura Execução
Composição Apreciação Composição
Literatura Literatura
Apreciação Apreciação
RESOLVER PROBLEMAS
Atividades de:
Teoria
Execução
Composição
Literatura
Apreciação
13
Como modelo metodológico, sugere-se o modelo (T)EC(L)A (técnica, execução, composição, literatura e apreciação (SWANWICK, 1979), que
consiste num modelo de parâmetros ou atividades musicais, indispensáveis para o desenvolvimento do conhecimento musical. Os parâmetros de com-
posição, execução e apreciação encontram-se na base da estruturação curricular, sendo que os parâmetros de técnica e literatura são considerados
complementares no processo de educação musical. (HENTSCHKE, 1996, p.13). Os cinco itens do modelo devem ser trabalhados de forma integrada,
com base nas experiências musicais dos próprios alunos, e estão contemplados no item Sugestões\estratégias\operacionalização no Quadro
Estruturante da Música.
Este modelo também está sendo utilizado no documento de Uberlândia (2003), que tem como colaboradora na área da Educação Musical a Pro-
fessora Dr. Margarete Arroyo. Na p. 34 do documento, está sintetizado o modelo TECLA da seguinte forma, que serve a este documento também:
(T) = técnica (domínio de habilidades tais como técnica instrumental e vocal, terminologia técnico-musical, teoria musical, códigos musicais escritos, etc.);
E = execução (tocar, cantar, dançar – produzir música no momento presente);
C = criação (criar com sons, compor, improvisar, fazer arranjos musicais, etc.);
(L) = literatura (conhecimentos sobre música: históricos, sociais e culturais das práticas e produtos musicais, conhecimentos sobre instrumentos mu-
sicais, etc.);
A = audição: “ouvir é o primeiro ponto na lista de prioridades para qualquer atividade musical” (SANWICK, 1979, p.40).
MODELO TECLA: tendo como foco A COMPREENSÃO DA MÚSICA
PARÂMETROS PRINCIPAIS (ou eixos): Execução, Composição e Apreciação.
PARÂMETROS COMPLEMENTARES (ou eixos): Técnica e Literatura
Referências
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Teatro, Produção e
sociedade e criação
diversidade
TEATRO
Elementos da Apreciação
linguagem estética
teatral
Contextualização
Teatro, sociedade e diversidade cultural É relacionar o teatro com outras áreas do conhecimento e das
artes; inter-relações entre arte e cotidiano; circulação da cultura;
patrimônio cultural da humanidade.
Produção e criação - Vivenciar e perceber o estado de jogo. - Narração e dramatização de histórias e - Exercícios de prática teatral, jogos teatrais, jogos
- Utilizar e demonstrar elementos básicos fábulas. dramáticos e proposições para improvisação.
da linguagem teatral e habilidades no - Atuação em situações de dramaturgia, - Elaboração de cenas curtas e personagens, indi-
fazer teatro, participando de improvisa- explorando capacidades do corpo e da vidualmente e em grupo, a partir de temas, ideias
ções. voz. e ações, entre outras possibilidades sugeridas
- Atuar na convenção palco/plateia. - Criação de cenas a partir de estímulos pelo grupo ou pelo professor.
- Aplicar e demonstrar habilidades de diversos como imagens, filmes, músicas e
pensamento crítico e criativo em teatro. textos.
- Criação de cenas estruturadas com iní-
cio, desenvolvimento e finalização.
Apreciação estética - Desenvolver interesse e hábitos para as- - Apreciação e crítica de peças teatrais re- - Assistir aos próprios colegas com interesse e
sistir teatro, discutindo opiniões com os presentadas ao vivo ou por meio de vídeo, atenção.
colegas de maneira construtiva. DVD ou TV e discussão crítica. - Apresentação e diálogo sobre os trabalhos rea-
- Interesse e respeito pela própria produ- lizados pelos alunos.
ção, dos colegas e de outras pessoas. - Propor questões para fomentar uma discussão
posterior.
- Observar DVD de grupos profissionais, trechos
de teatro no YouTube e/ou grupos de teatro ao
vivo.
Contextualização - Desenvolver saberes sobre história e - Conhecimento de artistas e suas produ- - Pesquisa de manifestações culturais e artísticas
estética do teatro que ampliam o conhe- ções em diferentes contextos e períodos. de seu bairro e cidade.
cimento da linguagem e dos códigos cê- - Relações da prática teatral com a história - Pesquisa histórica.
nicos. e a estética teatral. - Apreciação de vídeos sobre artistas e questões
da história da arte.
- Relacionar os conhecimentos construídos - Conexões entre o teatro e a vida coti- - Leitura de textos.
Teatro, sociedade e em teatro com o cotidiano e com experiên- diana. - Pesquisa na internet e na biblioteca da escola
diversidade cultural cias pessoais. (ou outras disponíveis).
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Séries Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- A arte e o teatro dos povos primitivos de - Realização de portfólio das aulas.
5ª e 6ª diferentes locais. - Produzir um diário de anotações descrevendo
o processo criativo.
- Utilizar o corpo no espaço em diferen- - Ampliação da percepção dos sentidos. - Jogos e brincadeiras tradicionais, jogos dra-
- Utilizar e demonstrar elementos bási- - Atuação em situações de dramaturgia, - Jogos dramáticos, jogos teatrais, proposições
cos da linguagem teatral e habilidades explorando capacidades do corpo e da para improvisação.
Produção e criação no fazer teatro, criando cenas curtas co- voz. - Leituras dramáticas.
letivamente. - Criação de espaços imaginários. - Elaboração de cenas e personagens, individu-
- Aplicar e demonstrar habilidades de - Conscientização do estado de jogo. almente e em grupo, a partir de temas, ideias,
pensamento crítico e criativo em teatro. - Criação de roteiros para cenas. ações, entre outras possibilidades sugeridas pelo
- Atuar na convenção palco/plateia e - Criação de cena a partir de textos dra- grupo ou pelo professor.
compreender essa relação. máticos e outros textos.
- Significação dos objetos cênicos, cená-
rios, vestimentas, sons e imagens.
- Apreciar produtos de arte, em suas vá- - Interesse e respeito pela própria produ- - Apreciação/leitura dos trabalhos dos alunos,
Apreciação estética rias linguagens, de forma a desenvolver ção, dos colegas e de outras pessoas. em grande grupo.
significados interpretativos. - Apreciação e crítica de peças teatrais - Apreciação/leitura de produções artísticas, in-
representadas ao vivo ou por meio de ví- cluindo arte contemporânea, selecionadas de
deo, DVD ou TV. acordo com os projetos em andamento e o inte-
- Relacão da experiência prática com resse dos estudantes.
apreciação de espetáculos. - Apreciação/leitura de produções artísticas pre-
sentes no cotidiano: televisão, cinema, web, etc.
- Desenvolver saberes sobre aspectos da - Conhecimento de períodos da história - Pesquisa sobre aspectos específicos do teatro,
Contextualização história e estética do teatro que ampliam do teatro. de acordo com o período estudado em suas re-
o conhecimento da linguagem e dos có- - Conhecimento de artistas e suas produ- lações com a história e a sociedade.
digos cênicos. ções em diferentes contextos e períodos. - Estudo de artistas, suas obras e relações com o
- A produção teatral local. contexto de criação.
- Pesquisas sobre teatro brasileiro, gaúcho e da
cidade.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Visitas a teatros ou outros espaços de arte e cul-
tura.
- Compreender noções dos conceitos de - Análise de textos dramáticos (sua ação) - Exercícios individuais e coletivos com a utiliza-
ação física e ação dramática. e de personagens (sua expressão corporal ção dos elementos da linguagem teatral.
1º Elementos da - Identificar critérios possíveis para ava- e verbal, características físicas e psicoló- - Exercícios de práticas teatrais escolhidas de
linguagem teatral liar teatro, como engajamento e concen- gicas). acordo com objetivos e interesses.
tração; uso do espaço, do corpo e da - Uso da voz: volume, altura, ressonância,
voz; estrutura cênica. articulação.
- Criar ações e sequências de ações fí- - Fragmentação corporal: uso das diferen-
sicas. tes partes do corpo.
- Utilizar e demonstrar elementos da lin- - Composição de personagens e elemen- - Elaboração de cenas, individualmente e em gru-
guagem teatral e habilidades no fazer tos inerentes à cena teatral de acordo com po, aperfeiçoando a utilização das
Produção e criação teatro, criando cenas e personagens. roteiro, texto ou ideias; convenções teatrais.
- Aplicar e demonstrar habilidades de - Criação de cenas com conflito, ação - Elaboração de alguma produção, utilizando
pensamento crítico e criativo em teatro. dramática e contracenação. qualquer meio tecnológico (vídeo, programas de
- Desenvolver autonomia para realizar - Experimentação de modos de uso da ex- computador, fotografia digital...).
produções de teatro de forma individual pressão teatral em produções audiovisuais - Realização de apresentação pública das cenas
e coletiva. (vídeo, fotonovela, radionovela, etc.) realizadas pelos alunos.
- Atuar na convenção palco/plateia e
compreender essa relação.
- Apreciar produtos de arte, em suas vá- - Interesse e respeito pela própria produ- - Apreciação/leitura das cenas criadas pelos alu-
Apreciação estética rias linguagens, desenvolvendo tanto a ção, dos colegas e de outras pessoas. nos, em grande grupo.
fruição quanto a análise estética. - Apreciação e crítica de peças teatrais re- - Apreciação/leitura de produções artísticas pre-
presentadas ao vivo ou por meio de vídeo, sentes no cotidiano: televisão, cinema, web, etc.
DVD ou TV. - Apreciação/leitura de produções artísticas, in-
cluindo a arte contemporânea, selecionadas de
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Relação da experiência prática com a acordo com os projetos em andamento e o inte-
apreciação de espetáculos. resse dos estudantes.
- Visita a escolas e grupos de teatro para contato
com o espaço teatral profissional.
- Apropriar aspectos da história e estética - Artistas e suas produções em diferentes - Pesquisa sobre aspectos específicos do teatro,
- Fazer conexões entre teatro e tecno- - Elementos da linguagem teatral nas no- - Apreciação de vídeos sobre artistas e questões
logia, utilizando meio eletrônico e mul- vas tecnologias e mídias, como a televisão da História da Arte e da contemporaneidade.
timídia para conhecer, apreciar e fazer e o cinema. - Leitura de textos.
teatro. - Pesquisa na internet e na biblioteca da escola
- Transitar por outras áreas do conheci- (ou outras disponíveis).
Teatro, sociedade e mento, traçando relações com área do
diversidade cultural teatro.
- Apreciar e realizar produções de tea- - Texto dramático: análise de textos (sua - Exercícios individuais e coletivos com a utiliza-
tro de forma individual e coletiva, com ação e conflito) e de personagens (sua ex- ção dos elementos da linguagem teatral.
autonomia. pressão corporal e verbal, características - Exercícios de práticas teatrais escolhidas de
2º - Estabelecer critérios estéticos para ava- físicas e psicológicas). acordo com os objetivos e interesses.
liar seu próprio trabalho, assim como de - Uso da voz: respiração, volume, altura, - Observação da utilização dos elementos tea-
Elementos da outros, tais como engajamento e con- ressonância, articulação. trais nas cenas criadas em aula e em produções
linguagem teatral centração; uso do espaço, do corpo e apreciadas.
da voz, soluções criativas.
- Aprofundar noções de personagem e
conflito.
- Utilizar e demonstrar elementos da lin- - Criação de cenas a partir de texto dramático, - Escolha de um estilo ou gênero para realizar
guagem teatral e habilidades no fazer te- adaptações de textos ou de roteiros criados. pesquisa e exercício prático de linguagem.
atro, dialogando com a tradição e com - Uso expressivo da voz. - Propostas de criação teatral com utilização dos
o teatro contemporâneo. - Ocupação do espaço com significação. elementos da linguagem teatral de formas diver-
- Aplicar e demonstrar habilidades de - Significação dos objetos cênicos, cená- sificadas (proposições a serem elaboradas pelos
Produção e criação pensamento crítico e criativo em teatro. rios, vestimentas, sons e imagens. próprios alunos).
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Atuar na convenção palco/plateia e - Convenções teatrais de algum gênero - Apresentação pública do trabalho realizado pe-
compreender essa relação. dramático ou espetacular: comédia, tra- los alunos, no espaço da escola ou do bairro.
gédia, drama, farsa, circo, melodrama e
2º - Apreciar produtos de arte, em suas - Apreciação de cenas e/ou montagens - Apreciação/leitura de produções artísticas pre-
várias linguagens, de forma contextu- teatrais representadas ao vivo ou por meio sentes no cotidiano: televisão, cinema, web, etc.
alizada, relacionando a diversidade da de vídeo, DVD ou TV; e discussão crítica. - Apreciação/leitura de produções artísticas, in-
produção teatral com as condições de - Interesse e respeito pela própria produ- cluindo a arte contemporânea, selecionadas de
Apreciação estética
produção. ção, dos colegas e de outras pessoas. acordo com os projetos em andamento e o inte-
resse dos estudantes.
- Apreciação/leitura de cenas criadas pelos alu-
nos, em grande grupo.
- Desenvolver saberes sobre aspectos - Conhecimento de artistas e suas produ- - Pesquisa sobre aspectos específicos do teatro,
da história e estética do teatro que am- ções em diferentes contextos e períodos. de acordo com o período estudado em suas re-
pliam o conhecimento da linguagem e - Transformações e rupturas na história do lações com a história e a sociedade.
dos códigos cênicos. teatro. - Estudo de artistas, suas obras e relações com o
Contextualização
- Estudo de diferentes gêneros dramáticos contexto de criação.
e estilos de encenação: comédia, drama, - Visitas a teatros ou outros espaços de arte e
farsa, melodrama, circo e outros. cultura.
- Transitar por outras áreas do conheci- - Relações do teatro com a dança, a mú- - Leitura de textos.
Teatro, sociedade e mento, traçando relações com área do sica, as artes visuais, a literatura e outras - Pesquisa na internet e na biblioteca da escola
teatro. áreas do conhecimento. (ou outras disponíveis).
diversidade cultural
- Pesquisa sobre formas espetaculares diferen-
tes das que estamos acostumados a ver: teatro
oriental, teatro de bonecos, teatro de sombras.
- Apreciar e realizar produções de tea- - Elementos da ação física e da ação dra- - Exercícios individuais e coletivos com a utiliza-
tro de forma individual e coletiva com mática. ção dos elementos da linguagem teatral.
3º autonomia. - Uso da voz: respiração, volume, altura, - Exercícios de práticas teatrais escolhidas de
- Aprofundar noções de ação física e ressonância e articulação. acordo com objetivos e interesses.
Elementos da
linguagem teatral ação dramática. - Observação da utilização dos elementos tea-
trais e formas de relação entre eles nas cenas
criadas em aula ou outras a que se tiver acesso.
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Ano Temas estruturantes Competências/habilidades Blocos de conteúdos Sugestões/estratégias/operacionalização
- Utilizar e demonstrar elementos da lin- - Improvisação e atuação nas situações de - Propostas de criação teatral com utilização dos
guagem teatral e habilidades no fazer te- dramaturgia, explorando capacidades do elementos da linguagem teatral de formas diver-
atro, dialogando com a tradição e com corpo e da voz. sificadas (proposições a serem elaboradas pelos
o teatro contemporâneo. - Criação de cenas a partir de texto dra- próprios alunos).
- Aplicar e demonstrar habilidades de mático, adaptações de textos ou de rotei- - Realização de produções em grupo, em que se
pensamento crítico e criativo em teatro. ros criados e outros. experimente trabalhar com mais de uma lingua-
- Apreciar produtos de arte com senso - Apreciação/leitura de cenas e/ou mon- - Apreciação/leitura de produções artísticas,
crítico, estabelecendo relações com a tagens teatrais representadas ao vivo ou incluindo a arte contemporânea, selecionadas
Apreciação estética prática teatral. por meio de vídeo, DVD ou TV e discussão de acordo com os projetos em andamento e o
crítica. interesse dos estudantes.
- Interesse e respeito pela própria produção, - Apreciação/leitura dos trabalhos dos alunos,
dos colegas e de outras pessoas. em grande grupo.
- Desenvolver saberes sobre aspectos da - Conhecimento de artistas e suas produ- - Pesquisa sobre aspectos específicos da arte, de
história e estética do teatro que ampliam ções em diferentes contextos e períodos. acordo com a categoria estudada em suas rela-
Contextualização o conhecimento da linguagem e dos có- - A produção teatral contemporânea e local. ções com a história e a sociedade.
digos cênicos.
- Fazer conexões entre teatro e tecno- - Conexões entre teatro e vida cotidiana. - Estudo de relações entre as linguagens artísti-
Teatro, sociedade e logia, utilizando meio eletrônico e mul- - Relações do teatro com a dança, a mú- cas: análise de obras em que são utilizadas dife-
diversidade cultural timídia para conhecer, apreciar e fazer sica, as artes visuais, a literatura e outras rentes linguagens ao mesmo tempo.
teatro. áreas do conhecimento. - Pesquisa sobre trabalhos difíceis de classificar
- Transitar por outras áreas do conheci- em categorias tradicionais da arte: performan-
mento, traçando relações com área do ces, happening, teatro do oprimido, teatro físico
teatro. e outros.
Observações: A área de arte e, nela, a do teatro, é um campo não tão estruturado como algumas outras disciplinas do currículo escolar. Considere-se que todos os conteúdos
dos temas estruturantes estão sempre sendo trabalhados, de acordo com o nível e interesses de estudo de cada etapa. Os conteúdos constantes nos quadros apresentados são
abertos o suficiente para abarcar as questões cruciais para o grupo no momento do trabalho. As formas de operacionalização são sugestões, não se restringindo o trabalho
somente ao que está sendo proposto. E ainda: as sugestões para cada nível podem ser aproveitadas pelos outros. Ex.: os exercícios de narração e contação de histórias, sugeridos
no Caderno do Professor para 5ª e 6ª séries podem ser realizados em qualquer nível, até o ensino médio.
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Estratégias para a ação
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Existem várias abordagens e metodolo- do jogo. Puppo afirma que “em consonância
gias para o ensino de teatro na escola. Al- com essa ênfase na capacidade do jogo que,
guns professores usam o teatro como meio sob as mais diversas formas, vem sendo culti-
para explorar conteúdos e temas de apren- vada no teatro atual, encontramos em nossos
dizagem articulados a outras disciplinas. Ou- dias várias modalidades de improvisação te-
tros exercitam a prática teatral acompanhada atral que se caracterizam justamente por se-
do estudo e da reflexão sem realizar apresen- rem procedimentos de caráter lúdico” (2001,
tações públicas, funcionando, ainda, como p.181)14. O caráter lúdico do jogo dramático
um ateliê ou oficina de teatro. Outros, ao responde a necessidades primordiais do ser
contrário, focam o trabalho na realização de humano e, no exercício da linguagem teatral,
montagens teatrais com apresentações à co- o jogo, a brincadeira e a improvisação não
munidade escolar. Abordagens como o jogo só são procedimentos como conteúdos, pois
dramático (SLADE) e o jogo teatral (SPOLIN) o teatro também é jogo, brincadeira e impro-
são razoavelmente conhecidas e utilizadas visação.
por professores de teatro. Também há quem A atividade teatral na escola pode ainda
desenvolva um trabalho mais focado no cor- funcionar como um promotor da presença
po e nas suas possibilidades de expressão mais ativa e constante da família na vida
(proximidade com a dança); ou na criação escolar, através da participação efetiva nos
de roteiros e adaptações de textos para se- projetos ou o acompanhamento das ativida-
rem encenados (proximidade com a literatu- des desenvolvidas.
ra). Propostas como a do Teatro do Oprimido É muito importante que sejam contempla-
(BOAL) e da Peça Didática (BRECHT, KOU- das nessas atividades a criação e a valoriza-
DELA) têm sido também experimentadas em ção das práticas teatrais como Arte, desenvol-
espaços de educação formal. vendo a apreciação de diferentes linguagens
Certamente essas diversas abordagens artísticas e valorizando criticamente criações
envolvem a prática teatral, mas também artísticas e teatrais de diferentes estilos e ori-
envolvem ações de apreciação, leitura, es- gens culturais.
crita e reflexão. A atividade teatral é uma A apreciação do trabalho dos alunos
prática de grupo que se desenvolve a partir pelos colegas também deve desenvolver a
dos conhecimentos, experiências e vivências capacidade de análise crítica com critérios
individuais dos alunos e que pode propiciar a teatrais. Para isso, é necessário criar formas
aquisição e a compreensão de novas apren- de estimular os alunos a se interessarem pelo
dizagens através da exploração de conteúdos trabalho alheio e analisá-lo com respeito. O
dramáticos. O teatro é uma prática coletiva professor pode servir como propositor e me-
e o seu ensino rege-se por metodologias es- diador das ideias dos alunos, entretanto o
sencialmente cooperativas, que promovem a foco é fazer o aluno criar, e não o professor.
colaboração e a interdependência no seio do A oportunidade de assistir a um espetá-
grupo, e são suscetíveis de provocar a refle- culo teatral profissional ou amador pode ser
xão sobre valores e atitudes. uma rica experiência para os alunos. Mas
Um procedimento comum a várias des- não basta organizar a ida ao teatro, levar os
sas abordagens é o uso da improvisação e alunos e pedir que se comportem no teatro. É
14
Maria Lúcia Pupo atua na formação de professores de Teatro e orienta pesquisas no campo da pedagogia teatral (USP). Publicou diversos livros e
artigos sobre o assunto.
Referências
ARISTÓTELES. A poética clássica. São Paulo: Cultrix, ção teatral. São Paulo: Perspectiva, 1983.
1997. COURTNEY, Richard. Jogo, teatro & pensamento. São
AZEVEDO, Sônia Machado de. O papel do corpo no Paulo: Perspectiva, 1980.
corpo do ator. São Paulo: Perspectiva, 2002. DESGRANGES, Flavio. A pedagogia do espectador.
BAJARD, Elie. Ler e dizer. São Paulo: Cortez, 1994. São Paulo: HUCITEC, 2003.
BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. São DESGRANGES, Flavio. Pedagogia do teatro. São Pau-
Paulo: Perspectiva, 2001. lo: Artes e Ofícios, 2006.
BOAL, Augusto. Jogos para atores e não-atores. Rio HELIODORA, Bárbara. O teatro explicado aos meus
de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998. filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008.
CABRAL, Beatriz. Drama como método de ensino. São HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. São Paulo: Perspec-
Paulo: HUCITEC, 2006. tiva, 1996.
CHACRA, Sandra. Natureza e sentido da improvisa- ICLE, Gilberto. Teatro e construção de conhecimento.
Apresentação
Pelo menos desde o início da década de Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Mo-
80 do século XX, a Educação Física tem ten- derna, e trouxe mais desafios à organização
tado se livrar do estigma de uma disciplina curricular desta disciplina nos ensino funda-
meramente prática, na qual os alunos não mental e médio. Tal inclusão ainda causa
têm o que estudar. Esta imagem foi legiti- estranheza em certos círculos acadêmico-
mada durante o longo período de vigên- profissionais do campo, pois veem a Educa-
cia do Decreto n° 69.450/71, publicado ção Física mais ligada à área das Ciências
no auge da ditadura militar em 1971, que da Natureza, mais próximas de uma discipli-
tratava a Educação Física como uma ativi- na como Ciências no ensino fundamental ou
dade escolar destinada ao desenvolvimento Biologia no ensino médio, do que das disci-
da aptidão física. A Lei de Diretrizes e Bases plinas da área de Linguagens e Códigos.
da Educação Nacional (LDB n° 9394/96) e, De um modo geral, ela aí se justifica pelo
posteriormente, os Parâmetros Curriculares uso da linguagem corporal, sem dúvida um
Nacionais (PCN) contribuíram para a con- elemento central no processo de interação
solidação da educação física como compo- dos alunos com a cultura corporal de mo-
nente curricular da escola básica. Tal con- vimento. No entanto, o conhecimento espe-
dição não foi alcançada sem controvérsias; cífico da Educação Física, assim como o Te-
pelo contrário, houve intensas disputas polí- atro e a Dança, não se limita ao estudo das
ticas antes, durante e depois da construção formas de se expressar e se comunicar cor-
de ambos os documentos, alimentadas pelo poralmente. A linguagem corporal é um dos
movimento renovador da área iniciado na temas que a Educação Física compartilha
década de 80, que tinha por objetivo mos- com as demais matérias de ensino da área
trar que a Educação Física, assim como as das Linguagens e Códigos, mas não pode ser
demais disciplinas escolares, também possui entendida como o elemento fundamental de
conteúdo próprio. estudo desta disciplina específica.
Apesar das controvérsias em torno da LDB Na mesma linha, é importante mencionar
e dos PCN, não há como negar a importân- que o trabalho de educação corporal dentro
cia destes documentos na consolidação da da escola não se restringe à Educação Físi-
cultura corporal de movimento como obje- ca. O processo de escolarização dos corpos,
to de estudo da Educação Física. Neles fica além de envolver todas as áreas do conheci-
claro que, tornar os alunos fisicamente ap- mento, abrange uma série de práticas pouco
tos, não deve mais ser a principal finalida- visíveis nos projetos pedagógicos, mas muito
de dessa disciplina na escola, e sim levar os marcantes na vida dos alunos. Por exemplo,
estudantes a experimentarem, conhecerem e a forma como são organizados os espaços
apreciarem diferentes práticas corporais sis- e tempos escolares, as formas de se movi-
tematizadas, compreendendo-as como pro- mentar na sala de aula e no pátio, os regula-
duções culturais dinâmicas, diversificadas e mentos, os conteúdos e as metodologias de
contraditórias. ensino, os livros didáticos e os eventos come-
Esta configuração propiciou a inserção da morativos, as filas, as formas de sentar entre
Educação Física na área das Linguagens e tantas outras maneiras de educar os corpos.
Códigos, juntamente com Artes, Literatura, De um modo específico, cabe à Educa-
119
119
Práticas corporais Representações sociais sobre a cultura
sistematizados corporal de movimento
Esporte Ginástica Jogo motor Lutas Práticas Práticas corporais Atividades Práticas corporais Práticas corporais
corporais
expressivas junto à natureza aquáticas e sociedade e saúde
Figura 1
dade e práticas corporais e saúde, em função zem/constroem com base na experiência sus-
das suas características, desdobram-se em tentada predominantemente no movimento
alguns subtemas. São assim tratados porque corporal estão alocados no eixo dos “saberes
dentro de cada tema existem objetos de es- corporais”. Já os saberes relativos ao conjunto
tudo específicos que permitem organizar as de dados e conceitos que descrevem e expli-
competências e conteúdos a eles vinculados cam diferentes aspectos relativos às práticas
com certo grau de autonomia. Por exemplo, corporais sistematizadas estão alocados no
dentro da ginástica se destacam três subte- eixo dos “saberes conceituais”.
mas (acrobacias, exercícios físicos e práticas Por exemplo, aprender a cobrir os espaços
corporais introspectivas), porque há um grau vazios no seu lado da quadra durante o saque
de especificidade entre eles que demanda adversário no vôlei é um tipo de saber que
abordagens diferenciadas, difíceis de serem permite desenvolver a competência de usar
tratadas didaticamente como um único obje- esta prática esportiva de forma proficiente e
to de estudo. Já nos casos dos temas esporte, autônoma em atividades recreativas no con-
jogo motor, lutas, atividades aquáticas, não texto de lazer. Entender que as mudanças nas
se entendeu necessário desdobrar subtemas regras do vôlei se deram por razões técnicas
(Figura 2). e interesses econômicos é um tipo de saber
A partir daí os temas ou subtemas estrutu- que possibilita desenvolver a competência de
radores se subdividem em “eixos” referentes compreender a diversidade de significados e
aos saberes específicos que predominam nas a inserção desta prática em distintas épocas
competências e habilidades em cada um de- e contextos socioculturais. Nos exemplos aci-
les. Nesse sentido, os saberes que se produ- ma, tanto o primeiro quanto o segundo tipo
Educação Física
Figura 2
120
120 Continua
Práticas corporais
sistematizadas
Continua
Esporte Ginástica
Práticas corporais
Acrobacias Exercícios fìsicos intraspectivas
Saberes corporais Saberes Saberes corporais Saberes Saberes corporais Saberes Saberes corporais Saberes
conceituais conceituais conceituais conceituais
Figura 3
de saber fazem parte do tema esporte, e são virar” fora da escola em atividades ensinadas
conhecimentos que devem ser ensinados na nas aulas de Educação Física: “dar para o
escola, mas eles têm uma especificidade que gasto” em um joguinho entre amigos, saber
merece tratamento diferenciado. E, na medi- fazer aquecimento e alongamento, entrar e
da em que merecem tratamento diferenciado, sair de uma roda de capoeira, dar alguns
demandam descrições específicas na explici- passos de dança, entre tantos outros exem-
tação do currículo. Por isso, um se aloja no plos. Este subeixo explicita os conhecimentos
eixo dos “saberes corporais” e o outro no dos necessários para “saber praticar” algumas
“saberes conceituais” (Figura 3). das manifestações da cultura corporal de
Dentro de cada um destes dois eixos, são movimento.
identificados dois subeixos que permitem visu- Já o segundo subeixo relativo aos “saberes
alizar, de maneira mais detalhada, as compe- corporais” evidencia os conhecimentos sobre
tências e conteúdos específicos a serem traba- as diferentes práticas corporais que também
lhados em cada tema ou subtema estruturador. são acessíveis pela via da experimentação.
Os dois subeixos relativos aos “saberes São conhecimentos de “carne e osso” que
corporais” estão organizados de acordo não podem ser assimilados sem passar pela
com as expectativas que se têm em relação vivência corporal, sem “senti-los na pele”.
à aprendizagem, mais especificamente, ao São da mesma natureza do “saber praticar”,
nível de proficiência almejado em relação às mas deles se diferenciam em função do ní-
práticas corporais tematizadas nas aulas de vel proficiência almejado. Por exemplo, uma
Educação Física. O primeiro tem como pro- determinada arte marcial pode ser escolhi-
pósito desenvolver durante as aulas um tipo da pelo professor como objeto de estudo de
de saber prático que leve à apropriação dos uma das unidades didáticas que tratam das
elementos necessários para participar, de for- lutas. Tal escolha implicará a proposição de
ma proficiente e autônoma, de práticas cor- um fazer corporal em aula que leve os alunos
porais recreativas. Trata-se de um conjunto a conhecerem tal prática, mas sem a preten-
de conhecimentos que permite ao aluno “se são de investir em um nível de apropriação
Educação Física
Continua
Práticas corporais
sistematizadas
Continua
Esporte Ginástica
Exercícios físicos
Acrobacias para
para conhecer
saber praticar
Esportes para
Esportes para
para conhecer
introspectivas
para praticar
conhecer
conhecer
Figura 4
6
Neste ponto é importante salientar que nos Mapas de Competências e Conteúdos o termo “conhecer” foi utilizado apenas para se referir ao tipo
de conhecimento de “carne e osso” gerado pelo “se-movimentar” (Kunz, 2005). Neste Referencial a expressão conhecer faz alusão à competência
específica, originada apenas pela experiência corporal, que gera uma possibilidade singular de apreender a manifestação corporal tematizada e de
os alunos se perceberem como sujeitos encarnados. Seguramente, a palavra “conhecer” não expressa a complexidade daquilo que se produz pela
experiência corporal, assim como nenhuma outra, pois as experiências humanas de um modo geral, e as corporais de um modo específico, escapam
à própria linguagem, não se acomodam, portanto, em um determinado conceito. No entanto, como afirma Fensterseifer (2009, p.3), “esse algo
inominável ou permanece como tal, sem aceder ao mundo humano, ou para ser comunicado em uma prática pedagógica, por exemplo, precisa
aceder à linguagem, e por isso paga um preço”, no caso específico deste referencial, o preço a ser pago é o de ser designado pela expressão
“conhecer”.
Continua
122
122
Práticas corporais
sistematizadas
Continua
Esporte Ginástica
introspectivas para
Práticas corporais
Exercícios físicos
Acrobacias para
Conhecimentos
Conhecimentos
Conhecimentos
Conhecimentos
Conhecimentos
Conhecimentos
Conhecimentos
Conhecimentos
Exercícios para
para conhecer
saber praticar
Esportes para
Esportes para
conhecer
conhecer
conhecer
técnicos
técnicos
técnicos
técnicos
praticar
críticos
críticos
críticos
críticos
Figura 5
sociedade e saúde
Representações
Implicações sociais
Manifestação cultural
123
Atividades Práticas
123
Corpo e sociedade
Atividades de
Saberes corporais Conhecer
aventuras
Práticas corporais
junto à natureza
Técnicos
Saberes conceituais
Críticos
contemplação
Atividades de
Saberes corporais Conhecer
Técnicos
Saberes conceituais
Críticos
Saber praticar
Saberes corporais
Conhecer
Dança
Práticas corporais
Técnicos
Saberes conceituais
expressivas
Críticos
Saberes corporais Conhecer
Expressão
corporal
Técnicos
Educação Física
Saberes conceituais
Críticos
Saber praticar
Saberes corporais
Figura 6
Conhecer
Lutas
Técnicos
Saberes conceituais
Críticos
Saber praticar
Saberes corporais
Jogo motor
Conhecer
Técnicos
Saberes conceituais
Críticos
Saber praticar
Saberes corporais
Práticas corporais
introspectivas
Conhecer
Técnicos
Saberes conceituais
corporais
Práticas
Críticos
Saber praticar
Saberes corporais
Conhecer
Ginástica
Exercícios
físicos
Técnicos
Saberes conceituais
Críticos
Técnicos
Saberes conceituais
Críticos
Saber praticar
Saberes corporais
Conhecer
Esporte
Técnicos
Saberes conceituais
Críticos
Esporte Ginástica Jogo motor Lutas Práticas Práticas Atividades Práticas Práticas
corporativas corporais aquáticas corporais e corporais e
expressivas junto sociedade saúdde
à natureza
5ª e 6ª 50% 18% 10% 10% 6% 6%
Quadro 1
Figura 7
7
Há outros formatos e suportes possíveis para organizar um documento com as mesmas características deste, por exemplo, o hipertexto. Experiências
desenvolvidas com esse recurso na disciplina de Currículo e Planejamento em Educação Física, da Universidade Regional do Noroeste do Estado de
Rio Grande do Sul (Unijuí), mostram que esse tipo de suporte oportuniza arranjos interessantes na exposição do plano de estudo, bem como gera
processos interativos de modificação e o arquivamento de experiências didáticas vinculadas aos diferentes temas estruturadores.
Exercícios Físicos
Saberes corporais
Exercícios físicos para saber praticar Exercícios físicos para conhecer Conhecimentos técn
(carga/peso, amplitude de movimento, físicas básicas. aeróbia e flexibilidade de acordo com os básicas. Indicadores da intens
intervalo de recuperação). sistemas básicos de treinamento.
Indicadores da intensidade e do esforço do exercício físico (frequência card
Resistência aeróbia: contínuo e intervalado. físico (frequência cardíaca e respiratória).
Reconhecer e utilizar indicadores básicos
Reconhecer e utilizar indicadores básicos
Sessões de treinamento para o Flexibilidade: estático-ativo e Facilitação de diagnóstico das capacidades físicas para de diagnóstico das capacidades físicas para
definir os parâmetros de treinamento.
es de treinamento para desenvolvimento da força, resistência
REFERENCIAL 2º e 3º CURRICULAR
Planejar e realizar um programa V2.indd
de exercício 128
Princípios de Entender
programação do os
exercício sistemas/métodos
físico para C7
elementares
Conhecer os programas de exercíciosNeuromuscular
Exercícios de Proprioceptiva;
aquecimento específicos. B2
Força: dinâmica
Compreender e dos
as características Princípios de organização e de funcionamento C1 Problematizar as possíveis relações Exercício físicodefinir
e saúde. os parâmetros
C4 de24/8/2009
treinamento. 12:27:52
físico adequado para o desenvolvimento ou manutenção e desenvolvimento das capacidades físicos mais populares da região Exercícios básicos. C1 programas de exercícios físicos mais que regem o programa, exercícios elementares, C2 entre exercício físico, saúde e estética Exercício físico e estética corporal.
Código das estratégias e sugestões
Exercícios Físicos
129
129
Saberes corporais
Exercícios físicos para saber praticar Exercícios físicos para conhece
7ª e 8ª Usar de forma proficiente Intenções técnico-táticas avançadas D1 Conhecer esportes de precisão, Lógica de funcionamento dos
alguns elementos técnico-táticos individuais dos esportes de invasão. D2 esportes de combate, esportes diferentes tipos de esporte.
avançados e, de forma incipiente, • Criar jogo um contra um 1x1 (drible); com rede divisória ou parede de
combinações táticas elementares e • Movimentar-se com trajetórias ofensivas rebote, e esportes de invasão.
básicas no(s) esporte(s) de invasão (quando ataca sem posse de bola); Técnicas esportivas elementares
escolhido(s). • Utilizar fintas para sair da marcação; dos esportes de precisão
• Regular a distância sobre o atacante escolhidos.
direto em função da meta;
• Realizar marcação individual sobre o Intenções táticas e elementos
atacante sem a posse da bola, mas “de técnico-táticos dos esportes de
olho” no atacante que está com ela. combate, com rede divisória ou
parede de rebote, e de invasão
Elementos técnico-táticos individuais escolhidos.
avançados do(s) esporte(s) de invasão A3
escolhido(s).
9
Neste eixo, foram descritas as competências e conteúdos comuns aos esportes de invasão, orientações específicas para o desenvolvimento do
voleibol estão detalhadas no Anexo 2 deste Referencial.
Saberes conceituais
Conhecimentos técnicos Conhecimentos críticos
E. Competência Conteúdo E. Competência Conteúdo E.
A2 Diferenciar esporte de outras Conceito de esporte e de jogo motor. A1 Localizar culturalmente as Contextualização das B1
C6 manifestações da cultura corporal de C8 modalidades esportivas estudadas. modalidades estudadas: B2
movimento. Transformação de jogos em esporte. - Origem, grupos sociais
envolvidos (praticantes,
A3 Discernir as modalidades esportivas Lógica interna e externa, categorias e tipos espectadores) com
com base nos critérios da lógica de esportes. C6 as práticas esportivas
interna. estudadas.
A3 Classificar diferentes modalidades de Tipos de esportes que reúnem diferentes Identificar locais disponíveis no Organização, condições B3
acordo com o tipo de esporte. modalidades. “bairro” e materiais (oficiais e socioeconômicas e
alternativos) necessários para a estrutura física da prática
Identificar e nomear os elementos Nomenclatura e características das prática; bem como as condições esportiva local.
técnicos ou técnico-táticos técnicas dos esportes de marca e técnico- socioeconômicas que permitem tal
individuais das modalidades combinatórios escolhidos. combinação.
estudadas. Transformação do
Nomenclatura e características de intenções equipamento esportivo
e elementos técnico-táticos dos esportes de (segurança, desempenho,
campo e taco, esportes com rede divisória mercadorização):
ou parede de rebote, e esportes de invasão •Características do
escolhidos, tanto para saber praticar quanto equipamento oficial.
para conhecer. •Consumismo e grifes de
material esportivo.
A2 Descrever a lógica de funcionamento Tipos de esporte. A1 Reinventar/adaptar locais Características dos espaços B3
tático e estratégico dos diferentes Princípios de ação. C8 disponíveis no “bairro” e materiais físicos. C7
tipos de esporte com interação. Intenções táticas individuais. para realizar práticas corporais de Possibilidades de acesso;
Organização coletiva. seu interesse, bem como organizar Responsabilidades do
A3 coletivamente para reivindicar poder público.
junto ao poder público contantes
Reconhecer diferentes elementos do Elementos de desempenho esportivo C6 melhorias na infraestrutura no C3
desempenho esportivo. (técnica, tática individual, combinações esporte e lazer.
A3 táticas, sistemas de jogo).
1º Usar elementos técnico-táticos Intenções táticas individuais avançadas dos D1 Conhecer modalidades esportivas Intenções táticas e/ou técnicas
avançados, combinações táticas esportes de invasão. D2 divulgadas na mídia (que não esportivas elementares dos
elementares e sistema de jogo • Criar jogo 1x1; tenham sido objeto de estudo esportes escolhidos.
básicos no(s) esporte(s) de invasão • Utilizar fintas para sair da marcação; em anos anteriores) e pouco
escolhido(s). • Marcação individual de ajuda e praticadas no lugar onde se vive.
sobremarcação.
2º e 3º Usar de forma proficiente elementos Combinações táticas (CT): D1 Conhecer modalidades vinculadas Intenções táticas e/ou técnicas
técnico-táticos avançados, • CT básicas (da modalidade escolhida); D2 com esportes de precisão e esportes esportivas elementares dos
combinações táticas elementares • CT complexas (encadeamento de CT com rede divisória ou parede esportes de precisão, esportes
e básicas e, sistemas de jogo básicas); de rebote, com potencial para com rede divisória ou parede de
básicos no(s) esporte(s) de invasão • Procedimentos especiais (jogadas de bola o envolvimento em atividades rebote escolhidos.
escolhido(s). parada). recreativas fora da escola que não
Utilizar de forma incipiente tenham sido objetos de estudo em
anos anteriores.
A2 Compreender e identificar, “ao Elementos de desempenho esportivo (técnica, D1 Identificar as características das Manifestações do C1
A3 vivo” e em jogos transmitidos pela tática individual, combinações táticas, D2 principais manifestações do esporte esporte (rendimento e C2
mídia, a influência dos elementos de sistemas de jogo, estratégia, capacidades C9 contemporâneo (rendimento e participação). C3
desempenho esportivo na atuação físicas e volitivas). participação) e as diversas formas
de um atleta ou equipe nos esportes Elementos de desempenho na atuação de significação da prática esportiva Sentidos e significados
escolhidos para saber praticar. esportiva. no tempo livre. atribuídos à prática
esportiva no tempo livre
Organizar eventos esportivos Organização clássica de torneios e (esporte participação).
recreativos adequados às campeonatos. Sistema de eliminação:
características dos grupos simples, dupla, turno e returno, por chaves. Propor alternativas para A prática esportiva no
participantes. desenvolver práticas esportivas tempo livre.
Organização alternativa de práticas no tempo livre que privilegiem Formas de organização
esportivas regulares. a participação de todos, tomadas pelo “espírito“ do
independentemente do esporte de rendimento (“as
Arbitrar e auxiliar na arbitragem de Procedimentos básicos em arbitragem, desempenho esportivo individual. ganhas”).
forma adequada em competições sinalética e preenchimento de súmulas dos Formas de organização
recreativas dos esportes escolhidos esportes escolhidos para saber praticar. para manutenção do
para saber praticar. “espírito” lúdico no esporte
participação (“as brincas”).
A2 Orientar indivíduos e equipes a Combinações táticas complexas; C2 Entender e problematizar as Relações entre esporte, C1
A3 “se virarem bem” nos esportes Procedimentos especiais, sistemas de jogo e C9 relações possíveis entre esporte, saúde e aprendizagem de C2
escolhidos para saber praticar. estratégias nas modalidades selecionadas. saúde e aprendizagem de valores valores sociais positivos: C3
sociais positivos. • Doping; C4
• Violência.
Organizar e conduzir campeonato Formas clássicas e alternativas da
esportivo (mini olimpíada). organização da prática esportiva.
Saberes conceituais
técnicos Conhecimentos críticos
Conteúdo E. Competência Conteúdo E.
Características das práticas corporais A1 Contextualizar as acrobacias no universo da cultura corporal de História das práticas corporais acrobáticas B2
acrobáticas. C1 movimento. (“saltimbancos”) e sua transformação.
C9
Saltos, reversões, giros, equilíbrios. Identificar acrobacias presentes na cultura corporal de Contextualização de jogos populares e/ou A1
movimento popular e/ou tradicional do lugar onde se vive. tradicionais que privilegiam a utilização de
Lógica externa: contexto de criação; acrobacias.
lugar de origem; intencionalidade
da prática.
Reconhecer o processo de transformação da apropriação/ História dos sistemas ginásticos; esportivização C9
Lógica interna: técnicas de transmissão/institucionalização das acrobacias pelos métodos das acrobacias.
movimentos e formações comuns. ginásticos.
Conhecer novas formas de práticas Movimentos básicos da prática acrobática escolhida para conhecer
corporais acrobáticas presentes na [Exemplos: le parkour, freerunning; acrobacias com panos; acrobacias Reconhecer as particularidades
contemporaneidade. circenses, cheerleaders]. da indumentária, materiais,
instalações, instituições
relacionadas às modalidades
escolhidas como objeto de estudo.
1º
2º e 3º
Saltos, reversões, giros, equilíbrios, C1 Reconhecer as diversas práticas corporais acrobáticas presentes Práticas corporais acrobáticas do mundo.
tomadas. C3 em distintas culturas do mundo.
C9
Deslocamentos sincronizados. Contextualizar as características de diferentes manifestações Origem, códigos, inserção social na B2
Pirâmides, dinâmicas, coreografias. acrobáticas surgidas na contemporaneidade. contemporaneidade.
Pegas [Exemplos: simples,
de punhos, frontal, de dedos,
entrelaçada, pé/ mão]. Identificar locais disponíveis no “bairro” e materiais (oficiais Organização, condições socioeconômica B3
Suportes. e alternativos) necessários para a prática, bem como as e estrutura física das práticas corporais
condições socioeconômicas que permitiram tal configuração acrobáticas.
•Le parkour, Freerunning.
•Acrobacias com panos.
•Acrobacias circenses.
•Danças com movimentos
acrobáticos.
Indumentária, materiais
(convencionais e alternativos),
instalações (oficiais e alternativas),
instituições (federações, associações,
etc.) vinculadas às modalidades das
práticas corporais escolhidas para
estudar as acrobacias.
7ª e 8ª Realizar de forma adequada Exercícios de alongamento, força, resistência C9 Conhecer, em linhas gerais, Aquecimento específico, exercícios
diferentes tipos de exercícios muscular localizada e resistência aeróbia. os programas de exercícios básicos, alongamentos específicos
físicos para o desenvolvimento das físicos mais populares da utilizados no(s) programa(s) de
capacidades físicas básicas. região [Exemplos: musculação, exercícios físicos escolhidos para
ginástica aeróbia, ginástica estudar o tema.
localizada, step].
Saberes conceituais
Conhecimentos técnicos Conhecimentos críticos
A2 Reconhecer e utilizar indicadores Frequência cardíaca (máxima, mínima, C6 Problematizar a prática A prática excessiva de C2
A3 básicos de diagnósticos das repouso). excessiva de exercícios físicos exercícios: C3
C9 capacidades físicas. Frequência respiratória. e o uso de medicamentos para • Características e C4
Tipos de fadigas produzidas pelo exercício. a ampliação do rendimento consequências.
ou potencialização do
Identificar as características Exercícios predominantes, exercícios desenvolvimento corporal. Medicamentos, exercício
principais dos programas exercícios especiais, capacidades físicas demandadas, físico e formas corporais:
físicos mais populares da região. organização da sessão de treinamento, • Anabólicos;
intervalos de recuperação recomendados. • Suplementos alimentares.
C9 Compreender os princípios de Princípios fundamentais (orgânicos A3 Identificar os diferentes motivos Exercícios físicos e seus B1
treinamento e sua aplicação para o e de planejamento) do treinamento para o envolvimento com vínculos com o lazer,
desenvolvimento das capacidades das capacidades físicas: adaptação, programas de exercício físico. sociabilidade, saúde,
físicas. individualidade, progressão (volume, estética.
intensidade), continuidade, alternância,
recuperação e frequência.
Reconhecer semelhanças e
diferenças entre as práticas
corporais introspectivas ocidentais.
Saberes conceituais
técnicos Conhecimentos críticos
Conteúdo E. Competência Conteúdo E.
Técnicas de respiração, A1 Situar historicamente as práticas corporais introspectivas como Contextualização das práticas corporais B2
relaxamento, sensibilização, A2 manifestações culturais produzidas por grupos sociais em introspectivas como manifestação cultural.
alongamento. C2 determinados períodos e circunstâncias.
C3 C2
Conhecer ao menos uma prática Rituais, códigos, técnicas corporais básicas da modalidade escolhida para Identificar os conceitos vinculados
corporal introspectiva oriental. estudar as práticas corporais introspectivas orientais [Exemplos: yoga, tai chi ao mundo das práticas corporais
chuan, liang gong/ginástica chinesa]. introspectivas orientais.
Reconhecer semelhanças e
diferenças entre as práticas
corporais introspectivas orientais.
Saberes conceituais
nicos Conhecimentos críticos
Conteúdo E. Competência Conteúdo E.
Conceito de jogo e jogos motores. A1 Reconhecer os jogos motores como manifestações culturais O jogo como uma manifestação cultural. B2
C8 produzidas por diferentes grupos sociais em determinados O jogo como patrimônio cultural intangível.
períodos históricos, e também entendê-los como patrimônio
cultural intangível da humanidade.
Conceitos de jogos populares e
jogos tradicionais. Identificar os grupos sociais que se envolviam e que se Características dos grupos sociais (idade, B1
envolvem com a prática dos jogos. gênero, residência, classe econômica)
praticantes dos jogos.
Jogos populares e tradicionais C1
vinculados aos grupos sociais Reconhecer as influências de distintos grupos sociais na Origem da população brasileira.
próximos do lugar onde vivem. produção das diferenças e semelhanças, nas tradições culturais Grupos étnicos predominantes em diferentes
do país e na constituição do patrimônio lúdico brasileiro. partes do Brasil.
Jogos de povos indígenas, africanos, europeus,
americanos, asiáticos e da oceania. B3
C2
Reconhecer as lógicas de
funcionamento dos jogos, propor
e negociar novas regras, adaptar
as atividades às características
dos participantes e às condições
ambientais e materiais de prática.
7ª e 8ª
1º
2º e 3º
10
Neste ponto é importante que o plano de estudo da escola articule este conteúdo com o previsto no tema estruturante esporte, já que, também nele,
são contemplados os esportes de combate.
Origem, principais regras, C2 Identificar locais disponíveis no “bairro” e materiais necessários Locais públicos para o desenvolvimento de jogos C3
habilidades e estratégias básicas C3 para a prática. motores.
implicadas na realização dos Espaços alternativos para a prática de jogos.
jogos. Normas para o cuidado e o uso com segurança
dos espaços públicos e alternativos.
Regras. C7 Materiais necessários para a prática dos jogos
Incerteza de resultados. motores (adaptação e confecção).
Inclusão de todos.
Procurar alternativas para preservar manifestações culturais, Transformação das formas de jogar na A3
tais como jogos populares e tradicionais, reconhecendo a contemporaneidade.
importância do patrimônio lúdico para a preservação da Os jogos motores tradicionais como elemento da
memória e da identidade local. identidade cultural.
Saberes conceituais
Conhecimentos técnicos Conhecimentos críticos
E. Competência Conteúdo E. Competência Conteúdo E.
A2 Reconhecer distintas formas de ação Conceitos: desequilíbrio, imobilização, A1 Diferenciar e problematizar Luta, briga, violência. C9
C6 sobre o corpo do adversário. exclusão, ataque, defesa, contra-ataque. C2 a relação entre lutas, briga e
C7 violência. As lutas como uma
C9 Identificar os conceitos vinculados ao Conceitos: artes marciais, esportes de manifestação cultural.
mundo das lutas. combate, técnicas de defesa pessoal.
Compreender as lutas como Contextualização das
Reconhecer semelhanças e Lógica externa: artes marciais, técnicas de manifestações culturais modalidades de lutas
diferenças entre as lutas com base defesa pessoal; contexto de criação; lugar produzidas por grupos sociais selecionadas para estudar.
em critérios das lógicas internas e de origem. em determinados períodos e
externas. circunstâncias históricas.
Lógica interna: tipo de domínio de corporal Origem social das lutas.
visado, tipo de interação permitida/ Entender o processo de Transformação do sentido
privilegiada, distância de combate, etc... esportivização das lutas. da prática.
Identificar as características das lutas Esportivização das lutas.
escolhidas para estudar o tema. Regras, normas, elementos técnico-táticos
e estratégias de enfrentamento das lutas Identificar e valorizar a capoeira História da capoeira.
escolhidas para conhecer. como uma técnica de defesa Escravidão no Brasil.
e uma manifestação corporal Resistência à escravidão.
conectada a outras dimensões Manutenção de
culturais de um grupo social comunidades livres.
específico.
Acrobacias:
• Queda de rim;
• Parada de mão (bananeira);
• Parada de cabeça;
• Macaco;
• Rolê.
1º
2º e 3º
Referir sobre as letras e cantigas Cantigas populares de capoeira (ladainhas, Contextualizar criticamente as Funções básicas das
comumente usadas em rodas de chulas ou quadras e corridos). letras das cantigas mais populares cantigas: ritualística,
capoeira. no mundo da capoeira. mantenedora das tradições
e da ética.
Distinguir os instrumentos utilizados Instrumentos: berimbau, atabaque, Conteúdo: relações de
nas rodas de capoeiras e os sons pandeiro, reco-reco, agogô. gênero.
produzidos por eles.
Saberes conceituais
para conhecer Conhecimentos técnicos Conhecimentos críticos
Conteúdo E. Competência Conteúdo E. Competência Conteúdo E.
Possibilidades expressivas A2 Diferenciar a dança e Conceito de danças; A1 Identificar as danças Dança como uma B1
do corpo como um todo e de C6 práticas de expressão expressão corporal. C1 como manifestações manifestação cultural. B2
suas diferentes partes: mãos, C7 corporal de outras C3 culturais produzidas C1
pés, cabeça, ombro, costas. C9 manifestações da cultura por diferentes grupos Transformação das formas de C2
corporal de movimento. sociais em determinados dançar. C3
Expressão e dimensões da períodos históricos e sua C8
sensopercepção: contato, Reconhecer as danças transformação no tempo. História social das danças
consciência e controle folclóricas do Rio Grande populares.
do tônus muscular, do Sul e distinguí-las de
peso corporal, contornos outras danças. Diferenciar as danças História social das danças
corporais, relaxamento e folclóricas do Rio Grande folclóricas do Rio Grande
respiração, voz, posturas. Identificar os ritmos, Origem, indumentárias, do Sul das danças do Sul.
passos e coreografias ritmos, músicas mais tradicionais gaúchas.
Ritmos binários, terciários, básicas das danças populares, passos básicos, Conceitos: danças folclóricas;
quaternários. folclóricas do Rio Grande coreografias elementares. danças tradicionais.
do Sul escolhidas para
Composição coreográfica. A2 Reconhecer danças Danças populares C1 Construir categorias de • Inserção social das danças B1
Abordagem rítmica. C6 populares contemporâneas contemporâneas. C3 diferenciação e apreciação populares contemporâneas. B2
Escolha do repertório. C7 da região e de outros das danças populares • Danças populares B3
C9 lugares do Brasil de outros contemporâneas da região contemporâneas como C2
Linha e frase musical, tipos de danças. e de outros lugares do expressão da identidade. C3
contagem dos tempos, Brasil.
compassos e intervalos Identificar os ritmos, Origem, indumentárias,
musicais. passos e coreografias ritmos, músicas mais Compreender as
básicas de danças populares, passos básicos, danças populares
Padrões de movimentos populares contemporâneas coreografias elementares. contemporâneas da região
utilizados em linhas da região e de outros e de outros lugares do
musicais, frases e intervalos lugares escolhidas para Brasil como manifestações
musicais. estudar o tema. de diferentes visões de
mundo, ligadas a tempos
Compreender os aspectos • Composição coreográfica e espaços distintos e como
básicos da organização – aplicação dos parâmetros expressões de identidade.
coreográfica. de movimento, forma,
espaço, ritmo temporal e
força.
• Elementos
coreográficos – tipo,
número de participantes,
acompanhamento,
indumentária e cenário.
Saberes conceituais
ecer Conhecimentos técnicos Conhecimento crítico
Competência Conteúdo E. Competência Conteúdo E.
Diferenciar os tipos de práticas As práticas corporais junto à natureza. C8 Identificar as práticas corporais As práticas corporais junto à C2
corporais realizadas junto à - Categorias: C1 realizadas junto à natureza como natureza como manifestação C3
natureza. • Aventura [Esportivas: corrida orientada, C2 manifestações de diferentes visões cultural.
corrida de aventura, corridas de de mundo ligadas a tempos
mountain bike. Não esportivas: rapel, e espaços distintos e como Contextualização das práticas B1
tirolesa, arborismo]; expressões de identidade. corporais junto à natureza: B2
• Contemplação [excursionismo, surgimento e transformação.
acantonamentos, acampamentos];
• Localização geográfica. Reconhecer e analisar o impacto Impacto no meio ambiente dos A3
no meio ambiente dos diferentes diferentes tipos de práticas corporais
Distinguir e descrever as Origem, indumentárias, instrumentos, C2 tipos de práticas corporais realizadas junto à natureza.
características centrais das práticas principais regras, habilidades e estratégias C3 realizadas junto à natureza.
corporais escolhidas para estudar básicas implicadas na realização das
o tema. práticas corporais escolhidas.
1º
2º e 3º Conhecer técnicas de práticas Técnicas básicas de movimentos. A2 Conhecer elementos básicos Excursionismo com base A2
corporais junto à natureza. Equipamentos para práticas corporais C1 do excursionismo e os modos em acantonamento e
oficiais e adaptadas. C6 de programar, organizar e acampamento.
Normas e medidas de segurança C7 executar a atividade sem
[Exemplos: arborismo, escalada, rapel, C9 danificar o meio ambiente.
tirolesa].
Distinguir e caracterizar diferentes Tipos de práticas junto à natureza. Refletir sobre o crescimento das Práticas corporais junto à natureza B1
técnicas de práticas corporais junto Origem, indumentárias, instrumentos, práticas corporais junto à natureza na contemporaneidade. B2
à natureza. principais normas, habilidades e estratégias e o processo de urbanização nas
básicas implicadas na realização das grandes cidades.
práticas corporais escolhidas.
1º Conhecer as formas básicas de Flutuação em equilíbrio (diversas posições); C9 Compreender a técnica básica de deslocamento na água.
movimentos e técnicas rudimentares imersão; deslocamentos com mudanças de direção,
de deslocamento no meio aquático. coordenação da inspiração/respiração, batida de
pernas e braçada de crawl. Entender a técnica básica dos 4 estilos formais.
Inspiração/respiração, flutuação; C3 Identificar as distintas funções das atividades aquáticas. Contextualização das diferentes manifestações das A1
imersão; deslocamentos; propulsão. atividades aquáticas (recreação, esporte, exercício físico,
terapêutica).
Reconhecimento do lugar.
Características do espelho de água. Locais e instalações (características e disponibilidade).
Alimentação e atividades aquáticas. Identificar instalações e locais disponíveis na região para a Qualidade da água.
realização de atividades aquáticas. Condições de acesso. B3
Umidade na pele e micoses.
Água nos ouvidos.
Hidratação.
Princípio dos movimentos de propulsão/ C6 Propor alternativas e reivindicar locais apropriados e seguros As práticas das atividades aquáticas de lazer como um B1
sustentação no meio líquido. para o acesso da comunidade às aquáticas na região. direito do cidadão.
Corpo e sociedade
Competência Conteúdo E.
Entender os significados sociais atribuídos às modificações corporais nas diferentes fases O tempo do corpo: infância, adolescência, adultez e velhice. A1
da vida: infância, adolescência, adultez e velhice. Noções de corpo em movimento e padrões de beleza em diferentes fases da C1
vida. C2
C3
Identificar as práticas de vestir e problematizar as “marcas” que “fazem a cabeça” da Práticas de vestir (indumentária) e “marcas” de pertencimento.
população em cada fase da vida.
Conhecer os princípios básicos do Sistema Nacional de Esporte e Lazer. Sistema Nacional de Esporte e Lazer.
Contextualizar os grandes eventos esportivos. Grandes eventos esportivos: Copa do Mundo; Jogos Olímpicos, Jogos
Paraolímpicos, Pan-Americano, etc.
Compreender a relação entre a lógica de funcionamento do mercado de bens Consumo (necessidades básicas versus consumismo) de marcas vinculadas
e consumo e o mundo da cultura corporal de movimento. ao mundo das práticas corporais sistematizadas:
• Torcedores e mercado (mídia e consumo do esporte espetáculo);
• Praticantes e mercado (consumo de serviços e produtos vinculados com as
práticas corporais sistematizadas).
2º e 3º Compreender a gestão municipal dos recursos (financeiros, materiais, etc.) A organização municipal do esporte e do lazer. B3
públicos para o esporte e o lazer. Responsabilidade dos municípios na promoção do esporte e do lazer. C1
C4
Compreender o lazer e o acesso às práticas corporais sistematizadas como Lazer como direito. C8
direito de cidadania, valorizando e reivindicando ações voltadas para sua Lazer como obrigação do Estado.
materialização.
Inferir e questionar a relação entre condições de vida e o envolvimento de Relação entre o envolvimento com práticas corporais sistematizadas e B1
grupos sociais específicos com as práticas corporais sistematizadas. marcadores sociais como raça, etnia, gênero, sexo, classe socioeconômica,
idade, regionalidade.
Entender e observar os cuidados básicos vinculados à alimentação e à Alimentação antes, durante e depois da prática corporal.
hidratação antes, durante e depois da realização de práticas corporais. Noções de hidratação relativas às práticas corporais.
Reconhecer as principais adaptações do funcionamento do organismo Principais adaptações do funcionamento do organismo durante a atividade física:
durante a atividade física. • Frequência cardíaca,
• Frequência respiratória,
• Sinais exteriores de fadiga e suas relações com as funções
cardiorrespiratória e muscular.
Conhecer as diferentes tecnologias voltadas à reparação de movimentos ou Padrões corporais e tecnologias de reparação dos movimentos (próteses) e C8
potencialização do desempenho. potencialização do desempenho [Exemplos: substâncias químicas; roupas C9
especiais para natação].
Reconhecer as fontes de padronização dos critérios de beleza e desempenho no mundo Mercado do corpo e da beleza.
globalizado. Práticas de vestir e uso de uniformes hoje em dia.
Entender a atividade física regular como um fator, entre muitos outros, vinculado ao Promoção da atividade física e as diversas práticas de cuidado (individuais
processo saúde-doença. e coletivas) em saúde.
Compreender as relações entre atividade física, recuperação, repouso, Efeitos da atividade física sobre o organismo:
alimentação e hidratação. • Adaptações dos aparelhos e sistemas orgânicos da atividade física;
• Atividade física, recuperação, repouso, alimentação e hidratação;
• Equilíbrio energético e peso corporal.
Identificar a relação entre movimentos corporais repetitivos e danos ao Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares
sistema osteomuscular. Relacionados ao Trabalho (DORT).
Conhecer e interpretar indicadores básicos da composição corporal. Índice de Massa Corporal (IMC).
Relação Cintura-Quadril (RCQ).
1º Realizar atendimentos básicos de primeiros socorros frente às lesões mais Sensações, descrição e procedimento frente a possíveis eventos/lesões
comuns nas práticas corporais. durante as práticas corporais:
• Câimbra muscular;
• Lesão muscular (“fisgada” muscular);
• Inflamação do tendão (tendinites);
• Contusão;
• Fratura óssea;
• Entorse;
• Luxação;
• Hemorragia nasal;
• Insuficiência respiratória por esforço intenso;
• Crise asmática;
• Desidratação;
• Insolação (heliose);
• Desvanecimentos;
• Ataque epiléptico.
2º e 3º Entender aspectos básicos do papel da prática regular de atividade física na Características básicas da asma, diabetes, hipertensão, osteoporose, C2
atenção a grupos em condições especiais de saúde. obesidade e a relação com a atividade física. C3
Entender a prática regular de exercícios físicos e sua relação com a saúde na Multiplicidade dos fatores que afetam a saúde e a relação com a atividade
complexidade de fatores individuais e coletivos. física regular.
Relação de causa/efeito: “atividade física leva à saúde?” ou ”saúde leva à
atividade física?”.
Problematizar a relação causa/efeito entre prática regular de atividades físicas e Atividades físicas e saúde: benefícios, riscos, indicações e contraindicações.
saúde.
Reconhecer as relações entre as condições de vida socialmente produzidas e as Condições de vida e prática regular de atividades físicas:
C2
possibilidades/impossibilidades de cuidado pessoal referentes à própria saúde, • Atividade física compulsória ;
C3
vinculada aos hábitos em geral e, em particular, à atividade física regular. • Atividades físicas de lazer;
A3
• Estilo de vida ativo/sedentarismo.
Compreender a saúde como um direito do cidadão, valorizando e reivindicando Saúde como direito:
ações voltadas a sua promoção/manutenção, proteção e recuperação. • Conselhos de Saúde;
• Ações implementadas pelo município para promoção/manutenção,
proteção e recuperação da saúde.
FOTO 5 - Fonte:
Acervo pessoal
de Adolfo Matias
Binsfeld
Na mesma linha do item anterior, solici- tratado em aula. Logo será importante que
tar um caderno de Educação Física também o Caderno seja um “fiel companheiro” dos
não é exatamente uma estratégia, e sim, um alunos nas aulas de Educação Física, mes-
elemento de organização da dinâmica das mo que ele pareça ser incompatível com
aulas. Esta sugestão pode parecer estranha as particularidades do lugar onde as ta-
para muitos por dois motivos diferentes. Por refas são desenvolvidas (quadra, campo,
um lado, para os professores de Educação pátio) e a dinâmica das aulas (chão irregu-
Física (e, por incrível que possa parecer, há lar, condições climáticas, suor dos alunos,
muitos!) que normalmente “cobram” dos etc.).
alunos um caderno para a disciplina, pode
parecer desnecessário este tipo de sugestão, B) Estratégias para articular competên-
já que não entendem como é possível dar cias que reúnem conhecimentos relativos
aulas sem tomar notas acerca do que está a mais de um tema estruturador
sendo estudado. Por outro, para aqueles
professores que há muitos anos ministram B1) Elaborar um mapa das características
aulas sem nunca terem sentido falta de um dos grupos sociais envolvidos com as prá-
caderno da disciplina para os alunos em ticas corporais em estudo
suas aulas.
De um modo ou outro, o fato é que A estratégia está baseada no desenvol-
o caderno é uma ferramenta importante vimento de um mapa esquemático, no qual
para a Educação Física, já que permite aos possam ser lançadas informações sobre as
alunos elaborarem e compartilharem suas características dos grupos sociais mais (e/
próprias sínteses sobre o que está sendo ou menos) envolvidos com as práticas cor-
C4) O tribunal
O “tribunal” é uma for-
ma de organizar a discussão
de temas polêmicos com
base em uma dinâmica de
grupo. Trata-se de pôr em
julgamento expressões car-
regadas de contradição ou
preconceito, por exemplo,
“as torcidas organizadas
são as únicas responsáveis
pela violência nos estádios”,
FOTO 7 - Fonte: Acervo pessoal de Fabrício Döring Martins
2. Conscientização tática da
situação 5. Realização de tarefa/s
orientadas ao desenvolvimento
das habilidades
GRÁFICO 1
inicial. Contudo, solicita-se aos alunos nos o desempenho dos jogadores em quadra e,
primeiros minutos desta parte da aula que consequentemente, a aprendizagem sobre os
“encenem” a situação, ou seja, façam de princípios táticos.
conta que estão jogando para tentar, de Para que esta dinâmica funcione, alguns
forma coletiva, orientar as ações de quem pré-requisitos são importantes. Primeiro,
naquele momento estiver fazendo uso da os “alunos-técnicos” devem ser claramente
intenção tática em estudo. orientados sobre o comportamento técnico-
7°) Finalmente, os alunos são “liberados” para tático que devem “cobrar” de seus colegas
dar sequência à tarefa inicial, o que lhes e, no caso do árbitro, uma definição muito
permite avaliar o que foi aprendido na transparente das regras de funcionamento
aula e o que ainda lhes falta. Nesta etapa do jogo. Segundo, obviamente, é importante
(ou mais adiante), também pode ser pro- que o tempo dedicado aos diferentes papéis
posto um jogo mais próximo do formal, seja equilibrado, para que todos passem pe-
procurando facilitar a transposição do que las três experiências, pois a vivência em uma
foi aprendido. função não substitui a outra. Terceiro, os gru-
pos deveriam permanecer praticamente os
D2) Técnicos e árbitros mesmos durante uma aula, pois assim não
se perde muito tempo na organização das
Em consonância com as ideias apresen- tarefas. Quarto, na mesma linha do ponto
tadas anteriormente, esta estratégia consiste anterior, é importante que a complexificação
em fazer com que o aluno assuma não ape- das situações de aprendizagem não deman-
nas a função de jogador durante as aulas, dem grandes mudanças na lógica das ativi-
mas também os papéis de técnico e árbitro. dades durante uma mesma aula, pois assim
Este procedimento, além de contribuir para os novos desafios poderão ser rapidamente
a compreensão sobre o funcionamento do compreendidos.
jogo e a valorização de outras funções es- Por exemplo, para ensinar numa aula de
portivas, favorece a visão de conjunto sobre handebol a intenção tática “desmarcar-se
Linha-meta
Espaço neutro
Sentido do
jogo
GRÁFICO 2
Glossário
Combinações táticas
Coordenação de ações individuais entre dois ou mais jogadores realizadas durante um esporte coletivo com
interação entre adversários, para conseguir vantagem nas ações ofensivas e defensivas. Por exemplo, no
handebol: passar e seguir, cruzamento, engajamento, bloqueios direto/indireto, dinâmico/estático.
Contextualização
Dados, informações, ideias e teorias não devem ser apresentadas de maneira estanque, separadas de suas
condições de produção, do tipo de sociedade em que são gerados e recebidos, de sua relação com outros
conhecimentos (BRASIL, 2002b). Nessa linha, a contextualização a que se referem os mapas de competências
e conteúdos se refere, pelo menos, a três níveis diferentes:
- Contextualização sincrônica: analisa a prática corporal sistematizada (e as ideias a respeito destas e o
corpo) em relação à época e à sociedade que a gerou. Quais foram as razões da sua produção? De que
maneira ela foi recebida em sua época? Como se deu o acesso a essa prática corporal sistematizada? Quais
as condições sociais, econômicas e culturais da sua produção e recepção? Como a mesma prática corporal
sistematizada foi apropriada por grupos sociais diferentes?
- Contextualização diacrônica: considera o objeto cultural no eixo do tempo. De que maneira aquela prática
corporal sistematizada, aquela ideia, aquela teoria sobre o corpo se inscreve na História da Cultura e
das Ideias? Como ela foi apropriada por outros grupos em períodos posteriores? De que maneira ela se
apropriou de objetos culturais de épocas anteriores a ela própria?
- Contextualização contemporânea: considera a inserção da prática corporal sistematizada e as representações
sociais na atualidade da região, do país e do mundo. Como essa prática corporal sistematizada é vista hoje
em dia? Que tipo de interesse ela desperta? Quais os interesses econômicos e políticos que a atravessam?
Quais as características dessa prática corporal sistematizada que fazem com que ela seja apreciada ou
valorizada? De que maneira cada prática corporal sistematizada se relaciona com outros objetos culturais?
Contextualização que deve também contemplar a reflexão sobre as possibilidades de acessar a prática
corporal sistematizada na região em que se vive. Quais são os recursos disponíveis (públicos e privados) para
a realização da prática corporal sistematizada? Quais são os agentes envolvidos em seu desenvolvimento?
Como se pode ter acesso às instalações públicas para sua prática?
Dança folclórica
Fato da cultura popular de aceitação coletiva, que possui tradicionalidade, transferência do legado cultural
às gerações futuras. Pode apresentar variantes que são decorrentes da forma espontânea de manifestação
de cada grupo ou da sua transformação ao longo do tempo. Um fato folclórico permanece vigente enquanto
tiver sentido para o grupo, senão torna-se histórico ou em estado “latente” até reaparecer, até se tornar
significativo novamente. Não pode ser considerada folclórica uma dança da “moda”, comercial ou que se
submete ao controle de uma instituição. A reprodução de uma dança folclórica caracteriza a projeção de
um fato folclórico, uma das modalidades de utilização do folclore na escola. As outras possibilidades são:
estudo, aproveitamento e iniciação à pesquisa do fato.
Esportes de combate
Competições em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), com técnicas, táticas e estratégias de
desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço, na combinação de ações de
ataque e defesa (Exemplo: boxe, esgrima, jiu-jítsu, judô, karatê, luta, sumô, taekwondo, etc.).
Esportes de invasão
Modalidades nas quais os jogadores tentam ocupar o setor da quadra/campo defendido pelo adversário para
marcar pontos (gol, cesta, touchdown), protegendo simultaneamente o próprio alvo ou meta (basquetebol,
corfebol, floorball, frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei na grama, lacrosse, pólo
aquático, rúgbi, etc.).
Esportes de marca
Modalidades baseadas na comparação dos registros mensurados em segundos, metros ou quilos (Exemplo:
todas as provas do atletismo; como também patinação de velocidade; remo; ciclismo; levantamento de
peso; etc.).
Esportes de precisão
Aqueles cujo objetivo central é arremessar/lançar um objeto procurando acertar um alvo específico estático ou
em movimento, levando-se em consideração o número de tentativas empreendidas, a pontuação estabelecida
em cada tentativa (maior ou menor do que o adversário) ou a proximidade do objeto arremessado ao alvo
(mais perto/longe do que o adversário conseguiu deixar). (Exemplos: bocha, curling, croquet, golfe, sinuca,
tiro com arco, tiro esportivo, etc.).
Esportes técnico-combinatórios
Aqueles em que a comparação de desempenho está centrada na dimensão estética e acrobática do
movimento, dentro de determinados padrões ou critérios (Exemplos: todas as modalidades de ginástica:
acrobática, aeróbica esportiva, artística, rítmica, com trampolim; como também as provas da patinação
artística, nado sincronizado, saltos ornamentais, etc.).
Habilidade técnica
Competência adquirida por um sujeito para realizar uma tarefa concreta. Trata-se da capacidade para
resolver um problema motor específico, para dar uma resposta eficiente e econômica, com a finalidade de
alcançar um objetivo preciso. É o resultado de uma aprendizagem, de frequência prolongada, que depende
de um conjunto de recursos de que dispõe o indivíduo, ou seja, sua capacidade para transformar seu
repertório de respostas (DURAND, 1988).
Proficiente
Este conceito é sinônimo de: competente, capaz, hábil. Ser proficiente numa prática corporal significa poder
dar conta das exigências colocadas quando de sua realização no contexto do lazer. Trata-se de um grau de
domínio da prática que permite ao sujeito “se virar” quando a realiza.
Sistema de jogo
Estrutura conceitual que distribui e coordena a movimentação de todos os jogadores de uma equipe no
espaço de jogo com o objetivo de manter a organização do ataque e da defesa, e fazer a transição de um
para outro (contra-ataque/retorno defensivo). Geralmente são denominados por meio de números cardinais
que identificam um posicionamento esquemático dos jogadores em linhas que se formam em função da
sua colocação (“4-4-2” ou “3-5-2” no futebol), ou também são denominados pela figura que formam
(“diamante e um” no basquetebol; “recepção em W” no voleibol).
Subpapéis
Em um esporte de invasão, os jogadores ora desempenham o papel de atacantes (membros da equipe com
a posse de bola), ora de defensores (membros da equipe sem a posse de bola). Além dessa grande divisão
de papéis, é possível distinguir duas situações diferentes entre os atacantes: os que estão conduzindo a bola
e os que estão sem a bola. Esta condição dos atacantes traz repercussões para a atuação dos defensores,
uns vão marcar o atacante da outra equipe que está com a bola, e outros vão marcar aqueles que não
estão com a posse de bola. Assim, com base nessa análise, nos esportes de invasão, é possível identificar,
pelo menos, quatro subpapéis diferentes em função do desempenho dos jogadores: atacante com posse
de bola, atacante sem posse de bola, defensor do atacante com posse de bola e defensor do atacante sem
posse de bola.
Tática individual
Decisão tomada por um jogador para adequar sua ação às situações de jogo ou oposição gerada pelas
práticas esportivas com interação entre adversários.
Técnica esportiva
Neste Referencial, entre as diversas definições existentes, técnica esportiva é entendida como: modelo
ideal de movimento que serve para resolver um problema motor específico (LASIERRA et al. 1993), isto
é, a representação simplificada e abstrata da forma de movimento mais adequado para solucionar um
problema motor originado por uma modalidade esportiva. Seguem alguns exemplos de descrições de
técnicas esportivas. A postura fundamental de expectativa no voleibol: “Pernas afastadas (aproximadamente
a distância entre os ombros), um pé ligeiramente à frente, tronco semiflexionado e braços (quase unidos) à
frente, ligeiramente semiflexionados” (ARAÚJO, 1994, p. 18). No futebol, chute em linha reta: “o jogador
deverá bater na bola com a região medial, o distal do pé e sua ponta podem ser virados tanto para direita
quanto para esquerda. A bola não deverá ser tocada com a parte mais alta do pé. Ao bater na bola, a
articulação tíbio-társica deverá estar em flexão plantar” (FRISSELLI; MANTOVANI, 1999, p. 137).
Para consultar outros conceitos utilizados neste Referencial, ver Gonzáles, F.; Fensterseifer, P. (ORGS.). Dicionário crítico de
Educação Fíica. Ijuí: Unijuí (2005)
11
Os saberes conceituais são os descrito no mapa de competências e conteúdos 4.1