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Conectas Direitos Humanos é uma organização não-governamental internacional, sem fins lucrativos, fundada

em outubro de 2001 em São Paulo – Brasil.

Sua missão é promover a efetivação dos direitos humanos e do Estado Democrático de Direito, especialmente
no Sul Global (África, América Latina e Ásia).

Desde janeiro de 2006, Conectas tem status consultivo junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e, desde
maio de 2009, dispõe de status de observador na Comissão Africana de Direitos Humanos e dos Povos.
Conectas desenvolve suas atividades por meio de dois programas que interagem entre si e abrangem atividades
nacionais, regionais e internacionais. Os projetos de cada um desses programas propiciam o fortalecimento
PROGRAMA SUL GLOBAL
de ativistas e acadêmicos em países do hemisfério sul e fomentam a interação entre eles, a partir de redes
colaborativas. No Brasil, Conectas promove ações de advocacia estratégica e de interesse público.

O PROGRAMA SUL GLOBAL tem como objetivo aumentar o impacto do trabalho de defensores, acadêmicos e
organizações de direitos humanos do Sul Global (África, América Latina e Ásia). Para tanto, realiza atividades de
educação, pesquisa, trabalho em rede e advocacy. O programa também busca facilitar o acesso dos ativistas do
Sul Global aos mecanismos de direitos humanos da ONU e dos sistemas regionais.

O Programa Sul Global é composto pelos seguintes projetos:

• Colóquio Internacional de Direitos Humanos


• Intercâmbio em Direitos Humanos para África Lusófona
• Sur – Revista Internacional de Direitos Humanos
• Política Externa e Direitos Humanos
Colóquio/2009
O PROGRAMA DE JUSTIÇA trabalha nacional, regional e internacionalmente para a proteção dos direitos
humanos e o acesso à justiça de grupos vulneráveis vítimas de violações dos direitos humanos no Brasil. Para Colóquio Internacional de Direitos Humanos
tanto, desenvolve ações de litígio estratégico e de participação no debate constitucional, particularmente no
Supremo Tribunal Federal. Com isso, busca-se desestabilizar as práticas de violação dos direitos humanos e a Organizado desde 2001, o Colóquio é um encontro anual que reúne defensores, acadêmicos e especialistas de
responsabilização dos agentes violadores, além do aumento do constrangimento político e do debate público. direitos humanos de todo o mundo, especialmente do Sul Global (América Latina, África e Ásia). Acontece por
uma semana em São Paulo (Brasil) em três idiomas: espanhol, inglês e português.
O Programa de Justiça é composto pelos seguintes projetos:
O Colóquio tem como objetivo fortalecer a atuação individual e coletiva dos defensores de direitos humanos
• Litígio estratégico e, ao mesmo tempo, encorajá-los a se engajarem internacionalmente na promoção desses direitos. Durante o
• Supremo Tribunal Federal: participação no debate constitucional encontro, ativistas e acadêmicos trocam conhecimento e experiências sobre temas de direitos humanos e ações
• Direito à saúde e acesso a medicamentos desenvolvidas em seus países em palestras, grupos de trabalho e oficinas.

O encontro busca, ainda, proporcionar um efeito multiplicador que beneficie os participantes e suas
Os objetivos de cada projeto e principais atividades e resultados atingidos até o início de 2011 são apresentados a seguir. organizações, por meio do trabalho em rede e ações conjuntas após o encontro. Muitas dessas ações são
relacionadas ao uso do sistema ONU e sistemas regionais de direitos humanos, temas tratados em todos os
encontros.

De 2001 a 2010, mais de 870 ativistas e acadêmicos de 50 países, especialmente da África, Ásia
e América Latina, participaram das 10 edições do Colóquio. Muitos deles continuam em contato e
desenvolvem atividades colaborativas, com facilitação da Conectas.
Intercâmbio em Direitos Humanos para África Lusófona Política Externa e Direitos Humanos

Anualmente, desde 2004, Conectas recebe ativistas de países africanos de língua portuguesa para aprofundar Criado em 2005, o projeto tem por objetivo fortalecer a proteção internacional dos direitos humanos, fomentando
seus conhecimentos acadêmicos e práticos sobre direitos humanos no Brasil. o uso da ONU e dos sistemas regionais por ONGs da América Latina, África e Ásia. Além disso, Conectas monitora
e influencia a política externa de países do Sul Global, particularmente do Brasil, nesses âmbitos.
O intercâmbio, parte do Programa de Intercambistas da Open Society Justice Initiative, busca fortalecer o
trabalho dos ativistas em seus países de origem e conectá-los com outros defensores do Sul Global. Durante a Para promover o acesso das ONGs à ONU e sistemas regionais, Conectas promove cursos de capacitação,
estadia de cinco meses no Brasil, eles participam de um curso ministrado na Pontifícia Universidade Católica de suporte técnico, atividades de advocacy, campanhas trans-regionais e trabalho em rede. No Brasil, Conectas
São Paulo (PUC-SP) e realizam estágios em outras ONGs brasileiras. trabalha para a criação de mecanismos de participação e monitoramento da política externa pela sociedade civil.
Neste sentido, é membro-fundador do Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa. Desde 2007,
Em seis anos, 34 ativistas de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique participaram do Conectas publica o anuário “Direitos Humanos: o Brasil na ONU”, compilando votos e iniciativas brasileiras, bem
intercâmbio. De volta aos seus países, utilizam o conhecimento adquirido no intercâmbio para como recomendações endereçadas ao país.
desenvolver projetos em diversas áreas de direitos humanos.
Desde 2010, Conectas conta com uma representação permanente em Genebra (Suíça), em parceria com o
Sur – Revista Internacional de Direitos Humanos Centro de Estudios Legales e Sociales (Argentina) e a Corporación Humanas (Chile).

Criada em 2004, é a única publicação multilíngue do gênero publicada em português, inglês e espanhol. Seu objetivo Conectas já participou de 14 sessões do Conselho de Direitos Humanos da ONU e de 2 da Comissão
é contribuir com um debate crítico sobre temas de direitos humanos a partir de uma perspectiva do Sul Global Africana de Direitos Humanos e dos Povos. Cursos foram organizados para mais de 500 defensores de
25 países, com foco especial no mecanismo de Revisão Periódica Universal (RPU) da ONU e no sistema
A tiragem de cada edição é de 2.700 exemplares, que são distribuídos gratuitamente para mais de 100 países. africano de direitos humanos.
A revista conta também com versão eletrônica (www.revistasur.org). Os artigos submetidos à Sur são
submetidos à análise por pares em um processo de blind-review (sem conhecimento do nome do autor). Conectas tem, também, atuado em conjunto com parceiros para reverter as violações de direitos
humanos na Coreia do Norte, Irã, Mianmar (Birmânia), Zimbábue e Venezuela, entre outros países.
Em parceria com outras organizações, Sur já publicou edições temáticas sobre justiça de transição; acesso
a medicamentos; direitos dos migrantes e refugiados; direitos econômicos, sociais e culturais; Objetivos de Em 2010, Conectas iniciou atividades relacionadas à Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas
Desenvolvimento do Milênio da ONU; responsabilidade das empresas; e direitos das pessoas com deficiência. com Deficiência.

Em 2010, a Sur estabeleceu uma parceria com a Fundação Carlos Chagas (FCC), que apoia a revista e integra
seu Comitê Editorial.

Até o final de 2010, foram publicadas 12 edições da Sur contendo 95 artigos, sendo 70% de autores
do Sul Global. Em 2011, a organização parceira Partners in Development for Research, Consulting and
Training (Egito) publicou uma edição especial em árabe.
PROGRAMA DE JUSTIÇA Em 2009 e 2010, em parceria com outras organizações, Conectas mobilizou-se para combater os
abusos no sistema prisional no estado do Espírito Santo. A sociedade civil denunciou a situação às
autoridades competentes, à ONU e ao sistema interamericano de direitos humanos. Com a realização
de um evento paralelo à sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, as graves violações
ganharam visibilidade nacional e internacional, o que resultou na sensibilização da opinião pública. O
governo foi obrigado a reconhecer problemas e apresentar algumas respostas, como a desativação das
celas metálicas, a interdição de delegacias de polícia e a redução da superlotação. Contudo, o sistema
ainda apresenta problemas sérios que devem ser resolvidos a partir do diálogo e do trabalho das
autoridades públicas com a sociedade civil brasileira.

Atualmente, Conectas concentra esforços para combater o uso abusivo da prisão preventiva, e integra
uma rede de nove organizações brasileiras que trabalham com o tema. Desde 2011, Conectas tem uma
representação permanente em Brasília (DF) para o monitoramento das iniciativas dos poderes Executivo e
Legislativo em matéria de justiça criminal, em parceria com o Instituto Sou da Paz e a Pastoral Carcerária.

Supremo Tribunal Federal: participação no debate constitucional


Delegacia de polícia do Espírito Santo /2009
Desde 2004, Conectas tem utilizado o instrumento jurídico de amicus curiae em ações que tramitam no
Litígio estratégico judiciário, particularmente no Supremo Tribunal Federal (STF) e envolvem garantias de direitos fundamentais.
O objetivo é influenciar as decisões do poder judiciário em relação a temas de direitos humanos.
O projeto de litígio estratégico da Conectas busca desestabilizar práticas institucionais de violações
sistemáticas de direitos humanos, especialmente nos sistemas socioeducativos e prisional. O projeto incentiva outras organizações interessadas a elaborarem amici curiae, ampliando a legitimidade da
participação da sociedade civil no STF.
Desde 2003, a organização trabalha pela defesa e garantia de direitos de jovens nas unidades da Fundação
Casa (antiga Febem), no estado de São Paulo, em parceria com outras organizações de direitos humanos. Até final de 2010, Conectas apresentou 41 amici curiae ao Supremo Tribunal Federal, 2 ao Tribunal de
Justiça de São Paulo e 2 à Corte Constitucional Colombiana sobre diversos temas, como Estatuto do
Em sete anos, Conectas elaborou 65 ações de indenização e procedimentos administrativos em casos Desarmamento, união estável homoafetiva e trabalho escravo.
de tortura ou morte em unidades da Fundação Casa/Febem.
Conseguiu elevar o patamar de indenizações por morte de 30 para 300 salários mínimos e obteve o Conectas participou de 4 audiências públicas celebradas pelo STF sobre medidas de ação afirmativa,
primeiro pagamento de pensão em benefício da mãe de uma vítima. antecipação terapêutica de parto de fetos anencéfalos, meio ambiente e importação de pneus reciclados
e direito à saúde.
Em 2007, Conectas passou a trabalhar também com o sistema prisional de adultos, onde se verificam
violações sistemáticas de direitos humanos.

Conectas é responsável por mais de 15 outras ações relacionadas à violência policial e ao sistema
prisional – parte delas acessando a ONU e os sistemas regionais de direitos humanos.


Direito à saúde e acesso a medicamentos
outros projetos
Como braço jurídico do Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual da Rede Brasileira pela Integração
A Justiciabilidade dos Direitos Humanos: Índia, Brasil e África do Sul (IBSA)
dos Povos (GTPI/Rebrip), Conectas desenvolve ações que buscam minimizar o impacto negativo do sistema
de proteção de propriedade intelectual de produtos farmacêuticos no acesso a medicamentos no Brasil.
Entre 2007 e 2009, além dos projetos mencionados acima, Conectas realizou a pesquisa comparativa “A
Justiciabilidade dos Direitos Humanos – uma análise comparativa: Índia, Brasil e África do Sul (IBSA)”.
As atividades visam à garantia do direito à saúde e do acesso a medicamentos por meio de ações judiciais,
pesquisas, seminários e advocacy nacional e internacional, em parceria com outras ONGs.
O estudo teve dois objetivos principais. O primeiro, de avaliar o papel desempenhado pelas cortes
constitucionais nos três países na promoção e proteção dos direitos humanos. Os resultados foram deduzidos
Conectas, como membro do GTPI, é responsável por cinco ações pioneiras sobre direito à saúde,
a partir do trabalho de acadêmicos, assim como de intervenções nos tribunais pela sociedade civil e
incluindo ação civil pública para licenciamento compulsório de medicamento, subsídios ao exame
organizações de interesse público. O segundo objetivo foi proporcionar aos profissionais do direito e centros
de patentes para produtos farmacêuticos e uma representação ao procurador-geral da República
de direitos fundamentais uma matriz comparativa de decisões judiciais e estratégias para que lições possam
contra o mecanismo de revalidação de patentes conhecido como pipeline. Além disso, foi elaborada
ser aprendidas e compartilhadas com o objetivo final de melhorar a prática da proteção dos direitos humanos.
a pesquisa “Propriedade intelectual para produtos farmacêuticos: um estudo sobre a adequação
legislativa sob a ótica da saúde pública e do direito humano à saúde”.
Os resultados foram apresentados em um seminário final em março de 2010. A pesquisa teve o apoio da
Fundação Ford.
O Programa de Justiça tem trabalhado todos esses anos em parceria institucional privilegiada com o Instituto
Pro Bono.
Direito à Saúde da Mulher Negra

De 2007 a 2010, Conectas, em parceria com o Geledès – Instituto da Mulher Negra, desenvolveu o projeto-piloto
“Direito à Saúde da Mulher Negra”, com o objetivo de combater a discriminação racial e de gênero e garantir às
mulheres um atendimento de saúde digno.

Os principais resultados do projeto, que contou com apoio da União Européia, foram: (a) capacitação de mais de
110 mulheres da zona leste de São Paulo sobre as temáticas de gênero, raça e acesso à saúde; (b) realização
de cursos de capacitação e elaboração de materiais; (c) criação de um Centro de Direitos em São Mateus.

Conectas Direitos Humanos acredita no trabalho colaborativo e mantém diversas parcerias com outras
organizações nacionais, regionais e internacionais. Atualmente, participa das seguintes redes: Coalición
Latinoamericana de ONGs, Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa, Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos (FENDH), Jusdh: Articulação Justiça e
Direitos Humanos, UN Human Rights Council Network (HRC Net), Plataforma Dhesca Brasil, Rede Brasileira de
Integração dos Povos (REBRIP)/Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI), Rede-Desc - Rede
Internacional para os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e Rede de Justiça Criminal.
Financiadores e Apoiadores (2001-2010) Equipe Intercâmbio em Direitos Humanos para a
África Lusófona
Conectas agradece a todos aqueles que acreditam e financiam suas atividades. Diretoria
Muriel Soares - Assistente de Projeto
 
Principais financiadores Lucia Nader - Diretora Executiva
Sur – Revista Internacional de Direitos Humanos 
Juana Kweitel - Diretora de Programas
Comissão Européia Marcos Roberto Fuchs - Diretor Adjunto
Pedro Paulo Poppovic - Editor
Fundação Carlos Chagas Oscar V. Vieira - Editor (Pro Bono)
Coordenadores
Matheus Hernandez - Assistente
Fundação Ford
Renato Barreto - Estagiário
MacArthur Foundation Fernanda Mioto - Gerente Administrativo e Financeiro
Agueda Lopes - Recepcionista
Oak Foundation Programa de Justiça
Celso Gottsfritz - Consultor de TI
Open Society Foundations Gisele dos Santos - Assistente Administrativa
Vivian Calderoni - Advogada
Overbrook Foundation Josefa Leite - Assistente Administrativa
Fernanda Machiaveli - Representante em Brasilia
Rosimeyri Carminati - Assistente Administrativa
United Nations Democracy Fund Eloísa Machado - Consultora
United Nations Foundation / Better World Fund (UNF/BWF) Desenvolvimento Institucional
The Sigrid Rausing Trust
Renata Preturlan - Assistente
Outros apoiadores
Comunicação
Consulado Geral da França em São Paulo
Natália Suzuki - Coordenadora
Consulado Geral do Canadá em São Paulo Fernanda Goto - Estagiária
Channel Foundation
Embaixada da Holanda em Brasília Programa Sul Global
Embaixada da Suíça em Brasília
Colóquio Internacional de Direitos Humanos
Friedrich Ebert Stiftung – Brasil Malak Poppovic 
Assessora Sênior para Projetos Especiais
Fundação Getúlio Vargas - Escola de Direito de São Paulo Tatiana Silva - Project Assistant
Thiago Amparo - Assistente de Projeto
Ministério da Saúde/UNESCO Mariana Duarte
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Representante em Genebra
Política Externa e Direitos Humanos 
Conectas conta também com uma equipe de
Camila Asano - Coordenadora
voluntários em cada um de seus projetos e recebe
Marília Ramos - Estagiária
estudantes de vários países para estágios
não-remunerados.
Conselho Deliberativo Conselho Fiscal

ANA LUCIA DE MATTOS BARRETTO VILLELA 


ANAMARIA SCHINDLER
Diretora, Instituto Alana
Superintendente, Instituto Arapyaú
FABIO CARUSO CURY
Advogado, Cury Advogados Associados
ANDRÉ RAICHELIS DEGENSZAJN
Gerente de Conhecimento, Grupo de Institutos,
FLAVIA REGINA DE SOUZA
Fundações e Empresas (GIFE)
Advogada, Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e
CLAUDE GRINFEDER
Quiroga Advogados
Membro do Conselho, Marjan Ind. Farmacêutica

GUILHERME LUSTOSA DA CUNHA (in memoriam)


Advogado e ex-Funcionário da ONU

MARGARIDA BULHÕES PEDREIRA GENEVOIS


Coordenadora, Rede Brasileira de Educação em
Direitos Humanos

MARIA TEREZA PINHEIRO


Jornalista, Rede Globo de Televisão

OSCAR VILHENA VIEIRA


Diretor, Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas

SANDRA CARVALHO
Diretora, Justiça Global

SÉRGIO FINGERMANN
Artista

THEODOMIRO DIAS
Advogado e Professor, Fundação Getúlio Vargas, São
Paulo
Rua Barão de Itapetininga, 93
5º. andar São Paulo SP
01042-908 Brasil
T | F +55 11 3884.7440

www.conectas.org
conectas@conectas.org

: conectas : Conectas Human Rights : @conectas

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