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Habilidades requeridas:
Desenvolvimento do raciocínio lógico e metódico.
Noções dos princípios e habilidade na interpretação.
Noções gerais dos grandes fatos, ideias e movimentos da história.
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
A editoras estão disponibilizando nas bancas revistas e livros sobre o tema. O Estado
tornou a filosofia obrigatória no Ensino Médio. Porém, corre-se o duplo risco da
aceitação e da rejeição. Por um lado, os eventos, publicações, valorização da filosofia,
tudo isso está mais presente no país. Por outro lado, muitos professores que não são
formados em filosofia têm gerado preconceitos e mal entendidos sobre a filosofia nos
alunos do Ensino Médio. Os filósofos estão fora do Ensino da Filosofia. Isso pode gerar
um mal estar e uma ineficácia na presente oportunidade que a Filosofia tem de mostrar
o seu valor aos estudantes brasileiros. A seguir, alguns tópicos sobre Filosofia para
quem está começando.
O que é filosofia?
Primeiramente, devido à longa tradição que possui o saber filosófico é difícil
estabelecer uma única definição de filosofia. Apresentemos como ponto de partida a
etimologia da palavra Filosofia. Em grego, Φιλοσοφία significa “amizade ao saber”.
Segundo a tradição, foi Pitágoras (570-496 a. C.) que cunhou esse termo porque não se
considera sábio, mas apenas “amigo do saber”, em grego, filósofo. Dentre tantas
definições, vamos começar por esta: Filosofia é a investigação crítica e racional dos
princípios fundamentais relacionados ao mundo, ao homem e a sua ação e seus valores.
Onde surgiu a filosofia?
A filosofia clássica surgiu nas cidades gregas situadas na Ásia Menor. Os primeiros
filósofos partiram suas reflexões a partir dos mitos e dos temas religiosos da época. A
primeira investigação pretendida por eles era saber qual o princípio de todas as coisas.
Esses pensadores foram chamados de naturalistas. No estudo tradicional da filosofia, a
primeira fase da história é chamada de Pré-socrática, porque inclui todos os filósofos
que antecederam Sócrates ou tiveram uma temática distinta deste.
Quando surgiu a filosofia?
Os registros mais antigos de um saber filosófico são encontrados nos séculos VII e VII
a. C. O filósofo considerado ponto de partida da história do pensamento ocidental foi
Tales de Mileto (624-556 a. C.), viveu onde atualmente está situada a Turquia.
Quais são os objetos de investigação da filosofia?
Para começo de conversa, o homem é sujeito e objeto da filosofia. Isso quer dizer o
homem enquanto ser e enquanto agente. A filosofia se preocupa com tudo que o homem
é e tudo que ele faz e atribui valores. Mas para delimitar melhor o campo filosófico,
existem várias subdivisões, cada uma se ocupando de um aspecto do homem ou da
realidade. A seguir, os ramos da filosofia:
Lógica: Trata do raciocínio metódico e válido.
Ontologia: Trata da realidade, do ser e do nada.
Gnoseologia: Trata da natureza e validade do conhecimento.
Ética: Trata dos valores, da distinção entre o bem e o mal.
Estética: Trata da arte, da noção de belo e de feio.
Além dessas áreas, atualmente existem muitas outras como Filosofia Política, Filosofia
da Religião, Filosofia da Educação, demonstrando que toda área do conhecimento pode
ser tratada filosoficamente.
Quem é o filósofo?
Primeiramente, filósofo é todo estudioso que se interessa pela investigação sobre o
mundo, sobre o homem e seus valores. É alguém crítico, questionador. Em se tratando
de educação formal, na legislação brasileira recebe o título de filósofo quem cursou um
bacharelado em Filosofia. Porém, a lista oficial de filósofos que aparece nos manuais de
filosofia, considera como tais, pessoas formadas na área ou não que fizeram
investigações filosóficas inovadoras e relevantes.
Biografia
Friedrich Nietzsche foi um filósofo alemão. Ele nasceu em Röcken, no ano de 1844.
Estudou nas Universidades de Bonn e de Leipzig. Estudou filologia, filosofia e teologia,
Foi professor de filosofia na Universidade de Basileia, na Suíça. Morreu em 1900.
Obras
1871 – A Origem da Tragédia.
1872 – O Nascimento da Filosofia na Época Trágica dos Gregos.
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Áreas de Concentração
Nietzsche pesquisou sobre linguagem, filosofia grega, cristianismo, razão, moral.
Apolíneo e o dionisíaco
A partir da tradição grega, Nietzsche destaca na cultura e no homem duas tendências: O
apolíneo e o dionisíaco. O apolíneo é a visão de sonho e tentativa de expressar o sentido
das coisas na medida e na moderação, explicitando-se em figuras equilibradas e
límpidas. O dionisíaco é a embriaguez criativa e paixão sensual, a humanidade em plena
harmonia com a natureza.
Linguagem e verdade
A verdade é um conjunto de metáforas, de tentativas de conhecer a realidade. Mas tudo
está sujeito à linguagem. Portanto, não há verdade absoluta porque a linguagem não
pode expressar a essência das coisas.
Vontade e liberdade
A vontade no pensamento de Nietzsche tem um papel importante. Os impulsos humanos
tendem a ampliar um desejo de vir-a-ser-mais-forte, de domínio. A vontade e a razão
são as bases da ação humana. A vontade de poder é a força que impulsiona e move o ser
humano à vida, à afirmação dos instintos fundamentais.
Cristianismo
Niezsche critica veementemente o cristianismo. Ele escreve a deturpação dos
ensinamentos de Jesus mediante a pregação cristã de uma salvação no outro mundo e da
preferência de valores que rebaixam a condição humana, que negam a vida. Ela
denomina essa tendência de “moral de rebanho”.
Valores morais
Os valores morais não são naturais. Eles resultam de uma avaliação. Não existe
nenhuma instância supra-sensível que os confirme. Esses valores são relativos e
dependem das condições existenciais de cada grupo humano.
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O eterno retorno
A história não tem uma finalidade. Segundo Nietzsche, deveríamos agir como se a vida
viesse a repetir. Cada momento repetido várias vezes até a eternidade. Assim como a
natureza, as coisas vivem por si mesmas, não possuem um objetivo.
O super-homem
O übermensch é o estágio do homem no qual ele é conduzido unicamente pela vontade
de poder. É a superação do próprio homem conduzido pelos antigos ideais.
Citações-chave
“Não há fenômenos morais, mas apenas interpretação moral dos fenômenos”.
“No fundo, não existiu mais que um cristão, e esse morreu na cruz”.
ANTIGUIDADE
Aristóteles: Ética a Nicômaco, Política.
Platão: Apologia de Sócrates, República.
MEDIEVO
Agostinho: Confissões, O livre-arbítrio.
Tomás de Aquino: Suma Teológica.
MODERNIDADE
Maquiavel: O Príncipe.
Thomas More: Utopia.
Descartes: O Discurso do Método
Blaise Pascal: Pensamentos.
David Hume: Leviatã, Ensaio sobre o Entendimento Humano
Jean-Jacques Rousseau: O contrato social.
Immanual Kant: Crítica da Razão Pura.
CONTEMPORANEIDADE
Georg Hegel: Fenomenologia do Espírito.
Friedrich Nietzsche: A Genealogia da Moral.
Martin Heidegger: Ser e Tempo.
Jean-Paul Sartre: O Ser e o Nada.
Ludwig Wittgenstein: O Tractatus Logico-philosophicus.