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CURSO REGULAR − TEORIA E EXERCÍCIOS


PROFESSOR: ANDERSON LUIZ

Olá! Sejam bem-vindos(as)!

AULA 01: Lei do Processo Administrativo Geral (Lei nº 9.784/99).

1. INTRODUÇÃO

De acordo com Diógenes Gasparini, o processo administrativo é o


“conjunto de medidas jurídicas e materiais praticadas com certa ordem e
cronologia, necessárias ao registro dos Atos da Administração Pública, ao
controle do comportamento dos administrados e de seus servidores, a
compatibilizar, no exercício do poder de polícia, os interesses público e
privado, a punir seus servidores e terceiros, a resolver controvérsias
administrativas e a outorgar direitos a terceiros” .
Não se preocupem em memorizar esse conceito. Apesar de
importante para a introdução de nosso estudo, ele não é cobrado em prova.
Traduzindo a definição acima, temos que o processo administrativo é o
instrumento utilizado pelo Estado no exercício de sua função
administrativa, isto é, na aplicação da lei com a finalidade de atender o
interesse público.
No âmbito federal, o processo administrativo é disciplinado pela Lei
nº 9.784/99. Com a publicação dessa Lei, foram assegurados direitos dos
servidores e administrados, definidos prazos processuais e estabelecidos
princípios aplicáveis ao processo administrativo. Com efeito, a norma legal
propiciou maior segurança jurídica ao processo administ rativo.
De acordo com o art. 69 da Lei nº 9.784/99, “os processos
administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-
se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei”. Para melhor
entendimento deste dispositivo, tomaremos como exemplo o Processo
Administrativo Disciplinar, que é regido, na esfera federal, pela Lei nº 8112/90.
Havendo previsão na Lei nº 8.112/90, esta deve prevalecer sobre a Lei nº
9.784/99, por ser mais específica.
Com efeito, a Lei nº 9.784/99, estabelece normas e conceitos que
são aplicados, subsidiariamente, no Processo Administrativo Disciplinar. A
título de exemplo, cito os d ispositivos sobre:
 Direitos e deveres dos administrados (arts. 3º e 4º);
 Impedimentos e suspeição (arts. 18 a 21);
 Forma, tempo e lugar dos a tos processuais (arts. 22 a 25 );
 Comunicação dos atos (arts. 26 a 28);
 Instrução (arts. 29 a 4 7); motivação (art. 50);
 Anulação, revogação e convalidação (arts. 53 a 55);
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 Recursos administrativos (arts. 56 a 65); e


 Prazos (arts. 66 e 67).

IMPORTANTE:
As regras da Lei nº 9.784/99 aplicam-se subsidiariamente aos
processos administrativos específicos (processo disciplinar, processo
administrativo tributário, processo licitatório etc.), regulados em leis
próprias.

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO DA LEI Nº 9.784/99

A referida Lei estabelece normas básicas sobre o processo


administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta,
visando, em especial, á proteção dos direitos dos administrados e ao melhor
cumprimento dos fins da administração.
Ademais, essa Lei também se aplica aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa.

IMPORTANTE:
A Lei nº 9.784/99 aplica-se:
(1) À Administração Federal direta e indireta; e
(2) Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da
União, quando no desempenho de função
administrativa.

Ressalto que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por


intermédio de suas próprias leis, podem dispor sobre o processo administrativo
aplicável à sua Administração. No âmbito da Administração Pública do Estado
de São Paulo, por exemplo, o processo administrativo está regulamentado pela
Lei nº 10.177/98.

IMPORTANTE:
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de
suas próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo
aplicável à sua Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº
9.784/99.

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Por fim, de acordo com o art.1º, §2º, da Lei:


 Órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da
Administração direta e da estrutura da Administração indireta.
Cabe destacar que os órgãos não possuem personalidade
jurídica. São exemplos: Ministérios, Secretarias, Gabinetes etc.
 Entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade
jurídica. São exemplos: autarquias, fundações públicas,
sociedades de economia mista e empresas públicas.
 Autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de
decisão. São exemplos: Ministros de Estado, Secretários-
Executivos etc.

3. PRINCÍPOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Nos termos do art. 2º da Lei nº 9.784/99, a Administração Pública


obedecerá, dentre outros (ou seja, rol não taxativo), aos princípios de
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade,
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
público e eficiência.
MEMORIZEM esses princípios. Muitas questões de concursos
públicos exigem tão-somente o conhecimento deste rol. São apenas 11
princípios! Memorizá-los, “SERá FÁCIL Pro MoMo”, e pra vocês também
(perdoem-me pelo trocadilho! Tudo em nome da aprov ação de vocês, rs).
Segurança Jurídica
Eficiência
Razoabilidade
Finalidade
Ampla defesa
Contraditório
Interesse Público
Legalidade
Proporcionalidade
Moralidade
Motivação

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Além disso, o parágrafo único do art. 2º da Lei elenca os critérios


que deverão ser observados nos processos administrativos. Antes de citá-los,
informo-lhes que esses critérios são decorrências de diversos princípios
aplicáveis á Administração Pública. Dito de outra forma, os critérios são
desdobramentos práticos dos princípios que facilitam a aplicação destes no
caso concreto.
Assim, para melhor entendimento de vocês, utilizo a tabela abaixo
para demonstrar a relação entre os critérios e os respectivos princípios.
Vejamos:

CRITÉRIOS PRINCÍPIOS

Atuação conforme a lei e o Direito Legalidade

Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia Impessoalidade


total ou parcial de poderes ou competências, salvo
autorização em lei

Objetividade no atendimento do interesse público, Impessoalidade


vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades

Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e Moralidade


boa-fé

Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas Publicidade


as hipóteses de sigilo previstas na Constituição

Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de Proporcionalidade


obrigações, restrições e sanções em medida superior e Razoabilidade
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público;

Indicação dos pressupostos de fato e de direito que Motivação


determinarem a decisão

Observância das formalidades essenciais à garantia dos Segurança Jurídica


direitos dos administrados e Informalismo

Adoção de formas simples, suficientes para propiciar Segurança Jurídica


adequado grau de certeza, segurança e respeito aos e Informalismo
direitos dos administrados

Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de Contraditório e


alegações finais, à produção de provas e à interposição Ampla Defesa
de recursos, nos processos de que possam resultar
sanções e nas situações de litígio

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Proibição de cobrança de despesas processuais, Gratuidade


ressalvadas as previstas em lei

Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem Oficialidade


prejuízo da atuação dos interessados

Interpretação da norma administrativa da forma que Impessoalidade e


melhor garanta o atendimento do fim público a que se Segurança Jurídica
dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação.

Amigos, os princípios da Legalidade, da Impessoalidade, da


Moralidade, da Publicidade e da Eficiência já foram estudados na aula
demonstrativa. Por isso, a seguir, veremos o significado dos princípios da
Proporcionalidade e Razoabilidade, da Motivação, da Segurança Jurídica, do
Informalismo, do Contraditório e Ampla Defesa, da Gratuidade e da
Oficialidade. Vamos lá!

3.1. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE

Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade limitam a


atuação e a discricionariedade dos poderes públicos. Ou seja, vedam que a
Administração Pública aja com excesso, praticando atos desproporcionais ou
desarrazoados.
Segundo esses princípios, nos processos administrativos serão
observados, entre outros, os critérios de adequação entre meios e fins,
sendo vedado à Administração impor obrigações, restrições e sanções
em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento
do interesse público.
Esses princípios, portanto, são utilizados na aferição da legitimidade
dos atos discricionários que limitam direitos dos administrados, impõem
obrigações ou aplicam sanções administrativas. Em outras palavras, tais
princípios atuam como limit es à imposição de restrições aos administrados.

JURISPRUDÊNCIA DO STF :

“Limitação de direitos e necessária observância, para efeito de sua


imposição, da garantia constitucional do devido processo legal. A
imposição estatal de restrições de ordem jurídica, quer se concretize
na esfera judicial, quer se realize no âmbito estritamente
administrativo (como sucede com a inclusão de supostos devedores
em cadastros públicos de inadimplentes), supõe, para legitimar-se
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constitucionalmente, o efetivo respeito, pelo Poder Público, da


garantia indisponível do due process of law, assegurada, pela
Constituição da República (art. 5º, LIV), à generalidade das
pessoas, inclusive às próprias pessoas jurídicas de direito público,
eis que o Estado, em tema de limitação ou supressão de direitos,
não pode exercer a sua autoridade de maneira abusiva e arbitrária.
Doutrina. Precedentes." (AC 1.033-AgR-QO, Rel. Min. Celso de
Mello, julgamento em 25 -5-06, Plenário, DJ de 16-6-06).

A razoabilidade e a proporcionalidade são consideradas as


maiores limitações às competências discricionárias da Administração Pública.
Pois, exigem que os atos discricionários praticados pela Administração sejam
necessários, adequados e proporcionais, a partir do critério do homem
médio (homem ponderado, comum, racional).
O desrespeito a um desses requisitos já torna o ato ilegítimo. Em
outros termos, faltando qualquer um desses requisitos o ato não será razoável,
nem proporcional. Desta forma, evita-se que o agente público faça uso abusivo
de sua competência discricionária.

O ato da Administração s erá:

Necessário Quando não houver outro meio menos gravoso aos


(ou Exigível) administrados para atingir o mesmo objetivo (fim).

Adequado Quando alcançar o resultado almejado (fim).


(ou Útil)

Proporcional Quando a restrição imposta (meio) não for


excessiva, ou seja, estiver na medida exata para a
(*)
consecução do interesse público (fim).

(*) Pode-se dizer que o princípio da proporcionalidade representa


uma das vertentes do princípio da razoabilidade.

IMPORTANTE:
Os princípios da razoabilidade da proporcionalidade são
apontados pela doutrina como as maiores limitações impostas ao
poder discricionário da Administração.

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E em relação às competências vinculadas, há aplicação desses


princípios? A resposta é NÃO. Isso mesmo! Os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade não se aplicam aos atos vinculados.
Isto é, mesmo que o ato seja extremamente gravoso para o
administrado, tais princípios não servem de parâmetro para a análise dos atos
produzidos a partir de competência vinculada da administração. Pois, nestes
atos a lei não confere à Administração qualquer margem de liberdade para
atuar.

ATENÇÃO:
Na prova, se o enunciado da questão não disser expressamente que
se trata de competência discricionária, ainda que o ato praticado
seja flagrantemente desnecessário, inadequado ou desproporcional,
ele não poderá ser analisado em relação aos princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade.
Logo, conclui-se que:
1) A discricionariedade não é presumível.
2) Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade se
aplicam tão-somente aos atos discricionários.

Então, que fique claro o seguinte: por intermédio dos princípios da


razoabilidade e da proporcionalidade, são impostas limitações à
discricionariedade administrativa. Com efeito, são ampliados os aspectos de
controle do ato administrativo realizado pelo Poder Judiciário.
Assim, o ato que viole esses princípios é ilegítimo e deve ser anulado
pelo Poder Judiciário. Notem que é caso de anulação, e não de revogação.
Isso significa que não é cabível a revogação de um ato desarrazoado ou
desproporcional.
Esse controle judicial de legitimidade do ato administrativo não pode
ser entendido como uma invasão do Poder Judiciário à margem de liberdade
que a lei concede ao administrador nas competências discricionár ias.

IMPORTANTE:
A correção judicial baseada na ofensa ao princípio da razoabilidade
não invade o mérito do ato administrativo, isto é, o campo de
liberdade outorgado pela lei à Administração para decidir-se de
acordo com critérios de c onveniência e oportunidade.

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Como ensinam Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “é diante de


situações concretas, sempre no contexto de uma relação meio-fim, que deve
ser aferido o critério da razoabilidade, cabendo ao Poder Judiciário apreciar
se as restrições são adequadas e justificadas pelo interesse público: se o ato
implicar limitações inadequadas, desnecessárias ou desproporcionais (não
razoáveis) deverá ser anulado.”
Isso significa que o princípio da razoabilidade impõe que a
Administração, no exercício de suas funções administrativas, adote meios que
se revelem adequados, necessários e proporcionais para a realização de seus
fins. Ademais, como o exame da proporcionalidade do ato ocorre conforme o
caso concreto, um mesmo ato pode ser considerado proporcional em uma
situação e desproporcional em outra, em função da variação do interesse
público.
Por exemplo: o ato de interdição de uma padaria poderá ser
proporciona ou não, a depender do interesse público a ser protegido pelo
referido ato. Se a padaria é situada em um prédio que corre risco de desabar,
o ato será proporcional. Porém, será desproporcional se resultar da
comercialização de um tipo de queijo fora do prazo de validade. Nessa segunda
hipótese, a aplicação de uma multa seria menos gravosa para a população,
que continuaria a usufruir dos serviços da padaria.
Para finalizar o estudo acerca desses princípios, ressalto que eles não
estão expressos no texto da Constituição Federal. Segundo o STF, os princípios
da razoabilidade e da proporcionalidade decorrem do princípio do devido
processo legal (CF, art. 5º, LIV: ninguém será privado da liberdade ou dos
seus bens sem o devido processo legal). Por isso, são chamados de princípios
implícitos.

IMPORTANTE:
Conforme entendimento do STF, os princípios implícitos da
razoabilidade e da proporcionalidade decorrem do princípio
expresso do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV).

JURISPRUDÊNCIAS DO STF :

"Abrindo o debate, deixo expresso que a Constituição de 1988


consagra o devido processo legal nos seus dois aspectos,
substantivo e processual, nos incisos LIV e LV, do art. 5º,
respectivamente. (...) Due process of law, com conteúdo
substantivo – substantive due process – constitui limite ao
Legislativo, no sentido de que as leis devem ser elaboradas com
justiça, devem ser dotadas de razoabilidade (reasonableness) e de
racionalidade (rationality), devem guardar, segundo W. Holmes, um

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real e substancial nexo com o objetivo que se quer atingir.


Paralelamente, due process of law, com caráter processual –
procedural due process – garante às pessoas um procedimento
judicial justo, com direito de defesa." (ADI 1.511-MC, voto do Min.
Carlos Velloso, julgamento em 16 -10-96, Plenário, DJ de 6-6-03).

"O entendimento desta Corte é no sentido de que o princípio do


devido processo legal, de acordo com o texto constitucional,
também se aplica aos procedimentos administrativos." (AI 592.340-
AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 20-11-07, 1ª
Turma, DJ de 14-12-07)

3.2. PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO

O princípio da motivação exige que todos os atos e decisões da


Administração Pública sejam fundamentados. No Estado Democrático de direito
não é concebível ato administrativo sem motivação. Assim, nos processos
administrativos, serão observados, entre outros, os critérios de indicação dos
pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão (Lei nº
9.784/99, art. 2º, parágrafo único, VII)

Nesse contexto, o art. 50 da Lei cita um rol mínimo de atos que


necessariamente serão motivados. Amigos, esse artigo é cai em quase todas
as provas em que a Lei nº 9.784/99 é cobrada. Portanto, memorizem-no. Para
facilitar essa tarefa, percebam que os atos que sempre serão motivados, em
regra, apresentam uma das seguintes características: diminuem direitos;
aumentam obrigações; decidem algo; contrariam opiniões anteriores; e geram
risco de lesão aos cofres públicos.

LEI Nº 9.784/99, ART. 50 :


Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção
pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprud ência firmada sobre a questão ou
discrepem de pareceres, l audos, propostas e relatórios oficiais;

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VIII - importem anulação, r evogação, suspensão ou convalidação d e


ato administrativo.

Acerca da motivação, convém citar as seguintes regras:


 Deve ser explícita, clara e congruente.
 Pode consistir em declaração de concordância com fundamentos de
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas. Neste caso, tais
pareceres, informações, decisões ou propostas integrarão o ato.
 Pode ser prévia ou contemp orânea à expedição do ato.
 Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser
utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde
que não prejudique direito ou garantia dos interessa dos.
 A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou
de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito.

Como disse acima, esses atos citados nos incisos do art. 50 da Lei
representam um rol mínimo de atos que sempre serão motivados. Na verdade,
a motivação é necessária para todos os atos administrativos, sejam
discricionários, sejam vincu lados.
Todavia, a Constituição Federal cria algumas exceções ao princípio da
motivação obrigatória dos atos produzidos no âmbito da competência
discricionária da Administração. Por exemplo: os cargos em comissão são de
livre nomeação e exoneração, isto é, independem de motivação (diz-se
nomeação e exoneração ad nutum).

3.3. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA

O princípio da segurança, também chamado de princípio da


estabilidade das relações jurídicas, visa a proteger o passado (relações
jurídicas já consolidadas), bem como visa a assegurar a estabilidade d as
situações jurídicas futuras. Tal princípio é consagrado por vários institutos, tais
como: direito adquirido, coisa julgada, ato jurídico perfeito, prescrição e
decadência.
Por força desse princípio, no âmbito do processo administrativo
federal, a Administração Pública deve interpretar a norma administrativa de
forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige. Por
isso, é vedada a aplicação retroativa de nova interpretação, a fim de garantir
ao administrado adequado grau de cer teza e segurança de seus direitos.
Assim, o princípio da segurança jurídica não impede que a
Administração Pública mude sua interpretação acerca de determinadas
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normas. Na verdade, o princípio visa a evitar que essa mudança de orientação


afete situações jurídicas já consolidadas.

IMPORTANTE:
De acordo com o princípio da segurança jurídica (ou princípio
da estabilidade das relações jurídicas), é vedada à
Administração a aplicação retroativa de uma nova interpretação de
determinada norma legal.

Por fim, destaco que a aplicação deste princípio visa, também, a


impedir a desconstituição desnecessária de atos jurídicos, ainda quando
eivados de alguma imperfeição irrelevante. Isso significa que pode haver
situações em que a desconstituição de ato irrelevantemente imperfeito não
justifica a instabilidade e a perturbação causada na ordem jurídic a.
Deste modo, vícios superáveis nos atos administrativos podem ser
considerados incapazes de provocar a invalidade do ato, a fim de se preservar
as lícitas relações jurídicas dele constituídas e decorrentes. Assim, a
necessidade de se preservar a segurança jurídica impõe a convalidação do ato
imperfeito.

3.4. PRINCÍPIO DO INFORMALISMO

É simples o significado do princípio do informalismo: o processo


administrativo não se sujeita a formas rígidas. Contudo, não se pode concluir
que há ausência total de forma. Lembrem-se de que o processo é escrito.
Logo, sempre há forma. Além disso, quando a lei expressamente exigir forma
legal para a prática de determinado ato, está será cumprida. Caso contrário, o
ato será nulo.
Segundo esse princípio, no processo administrativo o formalismo
somente existe quando é necessário à proteção do interesse público e à
proteção dos direitos dos administrados. Nesse ponto o processo
administrativo difere do processo judicial. Pois, neste a regra é a formalidade
de seus atos.
Nos termos da Lei nº 9.784/99, o processo administrativo deve
observar as formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados,
bem como adotar formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de
certeza, segurança e respeito aos direi tos dos administrados. Assim:
 Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo
(em português), com a data e o local de sua realização e a
assinatura da autoridade responsável.

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 Em regra, o reconhecimento de firma somente será exigido quando


houver dúvida de autenticidade. A lei, porém, poderá estabelecer
outras situações em que o reconhecimento de firma será necess ário.
 A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo
órgão administrativo.
 O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e
rubricadas.

IMPORTANTE:
De acordo com o princípio do informalismo, o processo administrativo,
que não se sujeita a formas rígidas, deve observar as formalidades
essenciais à garantia dos direitos dos administrados, bem como adotar
formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,
segurança e respeito aos direitos dos administ rados.

3.5. PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA A MPLA DEFESA

Os princípios do contraditório e da ampla defesa são decorrências da


garantia constitucional prevista no art. 5º, LV da Constitui ção Federal.

CF, ART. 5º, LV:


“Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.”

Por isso, o art. 2º, parágrafo único, inciso X, da Lei nº 9.784/99


estabelece que o processo administrativo deve garantir os direitos à
comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de
provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam
resultar sanções e nas situações de litígio.
Daí, as partes do processo podem fazer uso de todos os meios lícitos
para demonstrarem sua pretensão (ampla defesa), bem como podem se
contrapor às provas produzidas p ela outra parte (contraditório).

JURISPRUDÊNCIAS DO STF :

"O servidor público ocupante de cargo efetivo, ainda que em estágio


probatório, não pode ser exonerado ad nutum, com base em
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decreto que declara a desnecessidade do cargo, sob pena de ofensa


à garantia do devido processo legal, do contraditório e da ampla
defesa. Incidência da Súmula 21 do STF." (RE 378.041, Rel. Min.
Carlos Britto, julgamento em 21-9-04, 1ª Turma, DJ de 11-2-05)

"A garantia do direito de defesa contempla, no seu âmbito de


proteção, todos os processos judiciais ou administrativos." (RE
426.147-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 28-3-06, 2ª
Turma, DJ de 5-5-06)

“Recurso extraordinário. Processo Administrativo Disciplinar.


Cerceamento de defesa. Princípios do contraditório e da ampla
defesa. Ausência de defesa técnica por advogado. A falta de defesa
técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição. Recursos extraordinários conhecidos e
providos.” (RE 434.059, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 7-
5-08, Plenário, DJE de 12-9-08)

“O entendimento da Corte é no sentido de que, embora a


Administração esteja autorizada a anular seus próprios atos quando
eivados de vícios que os tornem ilegais (Súmula 473 do STF), não
prescinde do processo administrativo, com obediência aos princípios
constitucionais da ampla defesa e do contraditório.” (AI 710.085-
AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 3-2-09, 1ª
Turma, DJE de 6-3-09)

“Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-


se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder
resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie
o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de
concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.” (Súmula
Vinculante 3)

Cabe-me destacar que, no âmbito do processo administrativo, os


princípios do contraditório e da ampla defesa impedem a exigência de
garantia como condição para a interposição de recurso. Contudo, não
impedem a fixação de prazos para a apresentação de provas e recursos.
Acerca dessa distinção, vejam o entendimento da Corte Suprema.

JURISPRUDÊNCIAS DO STF :

"A garantia constitucional da ampla defesa afasta a exigência


do depósito como pressuposto de admissibilidade de recurso
administrativo." (RE 388.359, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento
em 28-3-07, Plenário, DJ de 22-6-07). No mesmo sentido: AI

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398.933-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 2-4-07,


Plenário, DJ de 29-6-07; AI 408.914-AgR, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, julgamento em 2-4-07, Plenário, DJ de 29-6-07; RE
389.383, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 28-3-07, Plenário,
DJ de 29-6-07; RE 390.513, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em
28-03-07, Plenário, DJ de 29-06-07.

"A exigência de depósito ou arrolamento prévio de bens e


direitos como condição de admissibilidade de recurso
administrativo constitui obstáculo sério (e intransponível, para
consideráveis parcelas da população) ao exercício do direito de
petição (CF, art. 5º, XXXIV), além de caracterizar ofensa ao
princípio do contraditório (CF, art. 5º, LV). A exigência de
depósito ou arrolamento prévio de bens e direitos pode converter-
se, na prática, em determinadas situações, em supressão do direito
de recorrer, constituindo-se, assim, em nítida violação ao princípio
da proporcionalidade. Ação direta julgada procedente para declarar
a inconstitucionalidade do art. 32 da MP 1699-41 – posteriormente
convertida na lei 10.522/2002 –, que deu nova redação ao art. 33,
§ 2º, do Decreto 70.235/72." (ADI 1.976, Rel. Min. Joaquim
Barbosa, julgamento em 28-3-07, Plenário, DJ de 18-5-07)

“Não há ofensa à garantia do contraditório e da ampla defesa,


inerente ao devido processo legal, quando, em procedimento
administrativo, o interessado, notificado, deixa, sem justa causa, de
apresentar defesa no prazo legal.” (RMS 26.027-AgR, Rel. Min.
Cezar Peluso, julgamento em 2-6-09, 2ª Turma, DJE de 7-8-09)

Ademais, a recusa, pela autoridade competente, de atos meramente


protelatórios (apresentação de provas irrelevantes, solicitação de perícias
desnecessárias, interposição de sucessivos recursos etc.) não viola os
princípios do contraditório e da ampla defesa. Sobre o tema, o Supremo
Tribunal Federal possui o seguinte entendimento:

JURISPRUDÊNCIAS DO STF:

"A garantia constitucional da ampla defesa tem, por força direta da


Constituição, um conteúdo mínimo, que independe da interpretação
da lei ordinária que a discipline (RE 255.397, 1ª T., Pertence, DJ 7-
5-04). (...) Não há afronta à garantia da ampla defesa no
indeferimento de prova des necessária ou irrelevante." (RE
345.580, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 17-8-04, 1ª
Turma, DJ de 10-9-04)

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3.6. PRINCÍPIO DA GRATUIDADE

Segundo o princípio da gratuidade, a regra é a proibição de cobrança


de despesas processuais. Todavia, a lei pode dispor de forma contrária. Com
efeito, a administração não pode cobrar custas ou despesas processuais como
condição para realização de determinado ato, visto que o que a move é o
interesse público de esclar ecer o fato.
Contudo, deve ficar claro que o pri ncípio em estudo não impede que o
administrado, por vontade própria, incorra em gastos pessoais. Assim, em
decorrência do processo, o administrado pode ter que custear a contratação de
advogado; o pagamento de peritos e consultores particulares; e fornecimento
de cópia dos autos etc.
Em suma, o significado do princípio é a ausência de custas e não a
gratuidade propriamente dita. Pois, os gastos incidentais, decorrentes de
pretensão do administrado, deverão ser por ele custeados, sem previsão legal
de ressarcimento.

IMPORTANTE:
De acordo com o princípio da gratuidade, é vedada a cobrança de
despesas processuais, ressalvada as previstas em lei. Assim, em regra,
os processos administrativos são gratuitos.

3.7. PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE

Em face do princípio da oficialidade, também chamado de princípio do


impulso oficial do processo, o processo administrativo pode ser instaurado
(iniciado, estabelecido) de ofício (pela própria Administração),
independentemente de provocação do administ rado.
Além disso, à Administração cabe impulsionar o processo. Isso
significa que a Administração movimentará o processo administrativo mesmo
que o administrado fique inerte, ainda que a instauração tenha sido provocada
por particular.
Deste modo, uma vez instaurado o processo, ele passa a pertencer à
Administração Pública. A ela não é outorgada a discricionariedade de retardá-
lo, sob pena de violar não só ao princípio da oficialidade, mas também ao
princípio da eficiência.

IMPORTANTE:
De acordo com o princípio da oficialidade (ou princípio do impulso
oficial do processo), o processo administrativo pode ser instaurado
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de ofício, independentemente de provocação do administrado.


Ademais, à Administração cabe impulsionar o processo.

3.8. PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL

Apesar de não estar expressamente previsto na Lei nº 9.784/99, o


princípio da verdade material também orienta os processos administrativos
em geral. A busca da verdade material caracteriza os processos
administrativos, já que representa a principal diferença em relação aos
processos judiciais.
Enquanto no processo judicial o juiz limita-se somente às provas
indicadas pelas partes, no processo administrativo importa saber com se deu o
fato no mundo real, isto é, conhecer o fato efetivamente ocorrido .
Portanto, no processo administrativo prevalece a verdade
material sobre a verdade forma l (ou verdade dos autos).

IMPORTANTE:
De acordo com o princípio da verdade material, o processo
administrativo busca saber com se deu o fato no mundo real, isto é,
conhecer o fato efetivamente ocorrido .

4. DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

O art. 3º da Lei da Lei 9.784/99 prevê os direitos dos administrados


no curso do processo administrat ivo. São eles (rol não taxativo):
 Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão
facilitar o exercício de seus direitos e o cumprim ento de suas obrigações;
 Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a
condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos
neles contidos e conhecer as decisões proferidas;
 Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais
serão objeto de consideração pelo órgão competente;
 Fazer-se assistir, FACULTATIVAMENTE, por advogado, salvo quando
obrigatória a representação, por força de lei .

O conhecimento do dispositivo sobredito é suficiente para acertar


diversas questões de provas. Todavia, o meu objetivo aqui é prepará-los para

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os principais concursos do País. Por isso, precisamos ir além da memorização


da literalidade da lei.
Então, cabe-me cotar-lhes o seguinte, em relação a esse último
direito: em setembro de 2007, o STJ aprovou a Súmula nº 343, cujo
enunciado indicava ser obrigatória a presença de advogado em todas as fases
do processo administrativo disciplinar. Para redigi-la, os Ministros tiveram por
base a Lei nº 8.112/90, além da jurisprudência da própria Corte.
Não obstante, ao observarem trechos de alguns julgados do STF
transcritos abaixo, vocês perceberão que o tema era deveras controverso.

STF, Agravo de Instrumento nº 207.197: “Ementa: A extensão


da garantia constitucional do contraditório (art. 5º, LV) aos
procedimentos administrativos não tem o significado de subordinar a
estes toda a normatividade referente aos feitos judiciais, onde é
indispensável a atuação do advogado.”
STF, Recurso Extraordinário nº 396.288: “Ementa: (...) 2. No
processo administrativo, é admissível a defesa pelo próprio acusado
ou por advogado regularmente constituído, de modo que a ausência
do advogado no feito administrativo não tem o condão de fulminar
de nulidade o procedimento e a decisão correspondente.”
STF, Mandado de Segurança nº 22.962, Despacho: “(...)
Outrossim, a alegada ofensa ao art. 156, da Lei nº 8.112/90 não
ocorre. A Lei apenas faculta que o servidor acompanhe o processo
pessoalmente ou por intermédio de procurador, inclusive na fase
instrutória. Consoante se observa dos documentos constantes de fls.
64/70, o servidor foi cientificado de todos os procedimentos
instrutórios promovidos pela Comissão. O princípio do devido
processo legal foi observado, assim como a determinação do art.
156, da Lei nº 8.112/90. (...) O princípio do devido processo legal e
os dispositivos da Lei nº 8.112/90 foram respeitados.” Idem: STF,
Mandado de Segurança nº 24.9 61

Essa discussão sobre a obrigatoriedade da participação de advogado


em todas as fases do processo administrativo disciplinar restou totalmente
superada quando o STF aprovou a emissão da Súmula Vinculante nº 5, com
o seguinte enunciado: “a falta de defesa técnica por advogado no
processo administrativo discipli nar não ofende a Constituição.”
Pois, conforme os dispositivos do art. 103-A da CF, essa espécie de
súmula do STF terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do
Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas
federal, estadual e municipal.

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IMPORTANTE:
São direitos dos administrados (rol não taxativo):
 Ser tratado com respeito.
 Ter acesso a informação.
 Formular alegações e apresentar provas.
 Ser representado por advogado (facultativamen te).

JURISPRUDÊNCIA DO STF :

“A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo


disciplinar não ofende a Constituição.” (Súmula Vincul ante 5)

5. DEVERES DOS ADMINISTRADOS

O art. 4º da Lei trata dos deveres dos administrados, no âmbito do


processo administrativo, perante a Administração Pública. Segundo o
dispositivo mencionado, são dev eres dos administrados:
 Expor os fatos conforme a verdade;
 Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
 Não agir de modo temerário (ser prudente, ajuizado);
 Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o
esclarecimento dos fatos.

6. INÍCIO DO PROCESSO

De acordo com o art. 5º da Lei, o processo administrativo pode


iniciar-se de ofício (isto é, pela própria Administração) ou a pedido do
interessado (ou seja, por provocação deste).
Em regra, o pedido deve ser feito por escrito, exceto nos casos em
que for admitida a solicitação oral. O requerimento conterá os seguintes dados
(art. 6º):
 Órgão ou autoridade a que se dirige (para quem?);
 Identificação do interessado ou de quem o represente (para
quem?);
 Domicílio do requerente ou local para recebimento de
comunicações (de onde?);

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 Formulação do pedido, com exposição dos fatos e seus


fundamentos (o que? + por que? ); e
 Data e assinatura do requerente ou de seu representante
(quando? + assinatura ).

DADOS DO REQUERIMENTO:

PARA QUEM?

PARA QUEM?

DE ONDE?

O QUE? + POR QUE?

QUANDO? + ASSINATURA

Conforme o parágrafo único do art. 6º, a Administração deve


orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas no pedido.
Isso significa que o servidor deve prestar informações ao requerente sobre o
modo de solucionar problemas relativos à falta de elementos essenciais ao
pedido.
Ademais, em razão do Direito de Petição (CF, art. 5º, XXXIV), é
vedada à Administração a recusa imotivada de receber o requerimento ou
outros documentos.
A fim de facilitar o acesso do administrado a seus direitos, o art. 7º
da Lei dispõe que os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar
modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem
pretensões equivalente s.
No mesmo sentido, quando os pedidos de diversos interessados
tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um
único requerimento , exceto se houver previsão legal em contrário (art. 8º).

IMPORTANTE:
 O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido
do interessado.
 Em regra, o pedido deve ser feito por escrito.
 A Administração deve orientar o interessado quanto ao
suprimento de eventuais falhas no pedido.
 É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento

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de documento
 A Administração deverá elaborar modelos ou formulários
padronizados para assuntos equivalentes.
 Em regra, quando os pedidos de diversos interessados tiverem
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados
em um único requerimento.

7. INTERESSADOS

A Lei nº 9.784/99, em seu art. 9º, define que, no processo


administrativo, são legitimados como interessados:
 Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos
ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação;
 Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
 As organizações e associações representativas, no tocante a
direitos e interesses coletivos;
 As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a
direitos ou interesses difusos.

INTERESSADOS

TITULARES (PF OU PJ)

NÃO TITULARES AFETADOS

ENTIDADES REPRESENTATIVAS

ENTIDADES LEGAIS + INTERESSES DIFUSOS

Ressalvada previsão especial em ato normativo próprio, para fins de


processo administrativo, são considerados capazes os maiores de 18 anos
(art. 10). Isso significa que, em regra, o menor de 18 não pode atuar no
processo, a não ser que assistido ou representado por responsável.

8. COMPETÊNCIA

A competência é irrenunciável. Destarte, a competência deve ser


exercida por quem a lei a concedeu. Excepcionalmente, são admitidas a
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delegação e a avocação. Essa é a tradução do art. 11 da Lei, cuja redação é:


“a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a
que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação
legalmente admitidos”.

8.1. DELEGAÇÃO

Acerca da delegação, o art. 12 da Lei estabelece que “um órgão


administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial. Essas regras se aplicam à delegação de
competência dos órgãos col egiados aos respectivos presidentes.
Em decorrência do princípio da publicidade, o ato de delegação e
sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. O referido ato
deverá especificar com clareza o que foi transferido, os limites da atuação do
delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível. Ademais,
será revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
Percebam que o ato de delegação não será um “cheque em branco”
entregue ao delegado. Com efeito, as decisões adotadas por delegação devem
mencionar explicitamente esta qualidade, ou seja, o delegado deve registrar
que praticou o ato em função de determinada competência que lhe foi
transferida. Além disso, o delegado (e não o delegante) será responsável por
tais decisões.

IMPORTANTE:
 Em regra, a competência é irrenunciável e se exerce pelos
órgãos administrativos a que foi atribuída como própria.
 A delegação só será admitida se não houver impedimento
legal.
 O delegante só poderá transferir parte de suas competências.
 A delegação independe de subordinação hierárquica.
 A delegação de competência é ato discricionário
(conveniência e oportunidade).
 A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social,
Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ).
 O ato de delegação e sua revogação deverão ser
publicados no meio oficial.
 O ato de delegação deverá especificar o objeto, os limites, a
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duração e os objetivos da delegação, bem como o recurso


cabível.
 A delegação é revogável a qualquer temp o.
 As decisões adotadas por delegação devem mencionar
explicitamente esta qualidade. O delegado será responsável
por tais decisões.

De acordo com o art. 13 da Lei, não podem ser objeto de delegação:


 A edição de atos de caráter normativo;
 A decisão de recursos administrativos;
 As matérias de competência exclusiva.

SÃO INDELEGÁVEIS:

ATOS NORMATIVOS

DECISÃO DE RECURSOS

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA

8.2. AVOCAÇÃO

Nos termos do art. 15 da Lei, em caráter excepcional e por motivos


relevantes devidamente justificados, será permitida a avocação
temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
Dito de forma mais simples, a avocação é a medida excepcional, temporária e
justificada, mediante a qual o “superior” “pega para si” a competência
originariamente atribuída ao “inferior”. Assim, a avocação de procedimentos
administrativos decorre do poder hierárquico.
Por fim, cabe ressaltar que inexistindo competência legal específica,
o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor
grau hierárquico para decidir (art. 17).

IMPORTANTE:
 Em caráter excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados, será permitida a avocação
temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inf erior.

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 Inexistindo competência legal específica, o processo


administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de
menor grau hierárquico para decidir.

9. IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO

Na aula passada, vimos que uma das interpretações do princípio da


impessoalidade relaciona-se à suspeição e ao impedimento. Naquela
oportunidade, disse a vocês que tais circunstâncias visam a afastar dos
processos administrativos servidores ou autoridades que tenham alguma
relação de parentesco, amizade ou inimizade com os envolvidos no
processo, de modo que possam ameaç ar a aplicação imparcial da lei.
De acordo com o art. 18 da Lei, é impedido de atuar em processo
administrativo o servidor ou autoridade que:
 Tenha interesse direto ou indireto na matéria.
 Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou
representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge,
Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3)
 Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado
ou respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC)
Percebam que a aferição da ocorrência do impedimento é objetiva,
direta, isto é, sua caracterização independe de juízo do valor. Por isso, diz-
se que o impedimento gera uma presunção absoluta de incapacidade para
atuar no processo. Assim, a autoridade ou servidor que incorrer em
impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se
de atuar. Consequentemente, a omissão do dever de comunicar o
impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplina res.
Já o art. 20, ao tratar da suspeição estabelece que pode ser argüida
a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou
inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos
Cônjuges, Companheiros, Parentes e Afins até o º grau (CCPA3).
Em suma, os casos de suspeição são caracterizados, basicamente,
pela existência de amizade íntima (vai além do mero coleguismo do
ambiente de trabalho) ou inimizade notória (vai além da antipatia, do não
gostar; o convívio é impossível) entre a autoridade ou o servidor e algum dos
interessados no processo.
Assim, diferentemente do impedimento, a aferição da suspeição é
subjetiva, indireta, isto é, sua caracterização depende do juízo de valor.
Por isso, a suspeição gera uma presunção relativa de incapacidade para
atuar no processo. Com efeito, na suspeição há uma mera faculdade (“pode
ser argüida...”) de atuação da parte interessada que se sinta prejudicada. O

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indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem


efeito suspensivo (ou seja, o processo não é p aralisado).

IMPORTANTE:
IMPEDIMENTO:
 Interesse direto ou indireto.
 Perito, testemunha ou representante (CCPA3).
 Litígio administrativo ou judicial (CC).
 Presunção absoluta de incapacidade.
 Deve ser comunicado. Se não, falta grave.
SUSPEIÇÃO:
 Amizade íntima ou inimizade notória (CCPA3).
 Presunção relativa de incapacidade
 Pode ser argüida
 Se indeferida, cabe recurso (sem efeito suspensivo)

10. TEMPO E LUGAR DO PROCESSO

Em relação ao tempo do processo (momento de realização do ato


administrativo), a Lei dispõe o seguinte: os atos processuais serão realizados
nos dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição em que
tramitar. Poderão ser concluídos depois desse horário os atos já iniciados, cujo
adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao
interessado ou à Administração (art. 23).
Além disso, se não houver disposição específica, os atos do órgão
ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele
participem devem ser praticados no prazo de 5 dias (art. 24), salvo motivo de
força maior. Esse é o chamado prazo genérico do processo administrativo.
Pois, só é aplicável se não houver pra zo específico.
Ressalta-se que esse prazo genérico pode ser dilatado até o dobro,
mediante comprovada justificação. Percebam que prazo não será,
necessariamente, aumentado para 10 dias. Como a Lei diz “até o dobro”, tal
prorrogação pode ser de 1, 2,..., até 5 dias.
Por fim, em relação ao lugar do processo (local de realização do ato
administrativo), a Lei estabelece que, preferencialmente, os atos do processo
serão realizados na sede do órgão. Contudo, poderão ser realizados em outro
local. Nesse caso, o interess ado será informado (art. 25).

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11. COMUNICAÇÃO DOS ATOS

O órgão competente perante o qual tramita o processo


administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão
ou a efetivação de diligências (art. 26).
Todos os atos do processo que resultem para o interessado em
imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e
atividades, bem como os demais atos de seu interesse, devem ser objeto de
intimação (art. 28). Essa intimação observará a antecedência mínima de
três dias úteis quanto à data de comparecimento (art. 26, §2º).
A intimação deverá conter (art. 26, §1º):
 Identificação do intimado e nome do órgão ou entidade
administrativa;
 Finalidade da intimação;
 Data, hora e local em que deve comparecer;
 Se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fizer-se-se
representar;
 Informação da continuidade do processo independentemente do
seu comparecimento;
 Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

Nesse momento vocês devem estar pensando: como será feita essa
intimação? A resposta está no art. 26, §3º da Lei. De acordo com o referido
dispositivo, a intimação pode ser efetuada por:
 Ciência no processo (assinatura do interessado nos autos do
processo);
 Via postal com aviso de recebimento (AR);
 Telegrama; ou
 Outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado
(p. ex: um servidor vai à casa do interessado para intimá-lo).
 Publicação oficial, no caso de interessados Desconhecidos,
Indeterminados ou com Domicílio Indefinido (art. 26, §4º).
(Interessados “DIDI” = Publicação oficial)

As intimações serão nulas quando feitas sem observância das


prescrições legais. Porém, é importante destacar que o comparecimento do
administrado supre sua falta ou irregularidade (art. 26, §5º). Isso significa
que a intimação feita em desacordo com a Lei é nula. Mas, se o administrado
comparecer ao local indicad o, não há que se falar em nulidade.

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Para concluirmos essa parte de nosso estudo, digo-lhes que a


expressão popular “quem cala consente” não tem aplicação no processo
administrativo. Pois,o desatendimento da intimação não importa o
reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo
administrado (art. 27).

12. INSTRUÇÃO

Por intermédio da instrução busca-se averiguar e comprovar os dados


necessários à tomada de decisão. Nos termos da Lei nº 9.784/99, a instrução
pode ser de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo,
sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias (art.
29).
O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados
necessários à decisão do processo. Além disso, em decorrência dos princípios
do informalismo, da ampla defesa e do contraditório, os atos de instrução que
exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo menos oneroso
para estes. E, em razão do art. 5º, LVI, da CF, as provas obtidas por meios
ilícitos são inadmissíveis no processo administrativo.
Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral,
o órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de
consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do
pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada (art. 31).
Em relação a essa consulta pública, cabem duas observações.
Quais sejam:
 A sua abertura será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de
que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se
prazo para oferecimento de alegações escritas.
 A participação de terceiros não confere, por si, a condição de
interessados doprocesso, mas confere o direito de obter da
Administração resposta fundamentada. Essa manifestação da
Administração poderá ser comum a todas as alegações substancialmente
iguais.
Ainda nesse sentido, a fim de subsidiar sua decisão, diante da
relevância da questão, a autoridade competente poderá realizar audiência
pública para debates sobre a mat éria do processo (art. 32).
Cabe mencionar que a consulta e a audiência pública não são as
únicas formas de manifestação dos particulares no processo. Pois, os órgãos e
entidades administrativas, em matéria relevante, poderão estabelecer
outros meios de participação de administrados, diretamente ou por meio de
organizações e associações legalmente reconhecidas (art. 33).
Independentemente do meio de participação do administrado, os resultados

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obtidos deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado


(art. 34).
A Lei define que cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha
alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a
instrução (art. 36). Ou seja, se um servidor alegar que sofreu um desconto
indevido em seus vencimentos, caberá a ele o ônus da prova.
Todavia, quando o interessado declarar que fatos e dados estão
registrados em documentos existentes na própria Administração responsável
pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a
instrução (e não o interessado) proverá, de ofício, à obtenção dos
documentos ou das respectivas cópias (art. 37).
Em decorrência dos princípios do contraditório e da ampla defesa, o
interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão,
juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem
como apresentar alegações referentes à matéria objeto do processo (art. 38).
Nesse contexto, em regra, os elementos de provas propostos pelos
interessados serão considerados na decisão. Isso significa que os elementos
probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão.
Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as
provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes,
desnecessárias ou protelatórias. Já vimos que essa recusa não fere os
princípios do contraditório e da ampla defesa.
Sempre que a produção de determinada prova ou a realização de
diligência forem necessárias, os interessados serão intimados com a
antecedência mínima de 3 dias úteis (art. 41). Lembrem-se de que a
intimação tem prazo específico (antecedência mínima de 3 dias úteis).
Por tanto, a ela não se aplica o prazo genérico de 5 dias.
Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado
forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no
prazo fixado pela Administração para a respectiva apresentação implicará
arquivamento do processo. Ou seja, se o interessado não apresentar os
documentos requeridos na intimação, o processo será arquivado (art. 40).
O art. 42 da Lei nº 9.784/99 regula a produção de pareceres
obrigatórios por órgão consultivos. Essas regras são importantes, visto que
constantemente são cobrad as em provas de concursos públicos. São elas:
 Em regra, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias.
A exceção fica por conta de previsão em norma especial ou de
comprovada necessidade de maior prazo.
 Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo
fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação,
responsabilizando-se quem der causa ao atraso.
 Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no
prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido
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com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu


no atendimento.

ATENÇÃO:
Acerca desse tema, normalmente, as questão de provas são
respondidas com o conhecimento da implicação, no trâmite do
processo, da não emissão do parecer o brigatório.
Por isso, não se esqueçam do seguinte: a não emissão de parecer
vinculante paralisa o processo. Se o parecer não é vinculante, o
processo prossegue. Em ambos os caso, quem causa a não
emissão de parecer obrigatório é responsa bilizado.

Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente


obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não
cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela instrução
deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e
capacidade técnica equivalentes (art. 43).
Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-
se no prazo máximo de 10 dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado
(art. 44). Para isso, os interessados têm direito à vista do processo e a
obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o
integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por
sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem (art. 46). Já vimos que
o princípio da gratuidade não impede que o interessado arque com os custos
dessas cópias reprográficas.
Não obstante, em caso de risco iminente, a Administração Pública
poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia
manifestação do interessado (art. 45).
O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão
final elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do
procedimento e formulará proposta de decisão, objetivamente justificada,
encaminhando o processo à aut oridade competente (art. 47).
O relatório é documento que informa à autoridade competente para
decidir tudo o que ocorreu no processo, bem como opina por uma decisão. Em
regra, o relatório não é vinculante para a Administração, nem para os demais
interessados no processo. Por isso, a autoridade competente para decidir pode
discordar da suas conclusões.

13. DEVER DE DECIDIR

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A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos


processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de
sua competência (art. 48). Em outras palavras, a Administração Pública tem o
dever de decidir as questões que lhe são submetidas, mediante processo
administrativo.
Assim, concluída a instrução do processo administrativo, a
Administração tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser
prorrogado por igual período , desde haja motivação expressa (art. 49).

14. DESISTÊNCIA E EXTINÇÃO D O PROCESSO

Nos artigos 51 e 52 da Lei, estão previstas as regras sobre


desistência e extinção do processo. Segundo elas, mediante manifestação
escrita, o interessado poderá desistir total ou parcialmente do pedido
formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.
Entretanto, tais institutos não prejudicam o prosseguimento do
processo, caso a Administração considere que o interesse público assim o
exige. Além disso, existindo vários interessados, a manifestação formulada por
um deles não atinge os demai s. Não se esqueçam disso!
No que tange à extinção do processo, o órgão competente poderá
declará-la quando (duas hipóteses):
a) Exaurida sua finalidade; ou
b) O objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por
fato superveniente.

IMPORTANTE:
Mediante manifestação escrit a, o interessado poderá:
 Desistir total ou parcialmente do pedido formulado.
 Renunciar a direitos disponíveis.

Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um


deles não atinge os demais.

A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o


prosseguimento do processo, caso a Administração considere
que o interesse público assim o exige.

15. ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO


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Conforme o art. 53 da Lei, a Administração deve anular seus


próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por
motivo de conveniência ou oportunid ade, respeitados os direitos adquir idos.

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido,


por razões de conveniência e
oportunidade.

Pode ser determinada pela própria Só pode ser realizada pela própria
Administração que produziu o ato, Administração que produziu o ato.
bem como pelo Poder Judic iário

Tem efeitos retroativos (ex -tunc). Tem efeitos proativos (ex -nunc).

Em relação à convalidação de atos defeituosos, a Lei prevê duas


possibilidades. São elas:
 Convalidação tácita: o direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários
decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé do beneficiado (art. 54). Essa modalidade de convalidação
chama-se tácita porque decorre da inércia da Administração. Transcorrido o
prazo de 5 anos, sem que ocorra manifestação da Administração, o ato será
tacitamente convalidado.
 Convalidação expressa: Em decisão na qual se evidencie não
acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os
atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela
própria Administração (art. 55).

No que tange à convalidação tácita, no caso de efeitos patrimoniais


contínuos, o prazo de decadência será contado da percepção do primeiro
pagamento (art. 54, §2º). Por exemplo: imagine que um servidor,
mensalmente, receba uma determinada quantia a que não faça jus.
Considerando que não haja má-fé deste servidor, o prazo 5 anos será contado
a partir do recebimento do primeiro pagament o.

JURISPRUDÊNCIA DO STF :
“Servidor público. Ascensão funcional. Anulação determinada pelo
Tribunal de Contas da União – TCU. Inadmissibilidade. Ato

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administrativo praticado em procedimento que não observou o


devido processo legal. Inobservância do contraditório e da ampla
defesa em relação aos servidores prejudicados. Consumação,
ademais, de decadência do poder da administração de anular ou
revogar seus atos. Violação de direito líquido e certo. Segurança
concedida. Aplicação do art. 5º, LIV e LV, da CF, e art. 54 da Lei n.
9.784/99. Precedentes. Ofende direito líquido e certo do
servidor público, a decisão do Tribunal de Contas da União
que, sem assegurar-lhe o contraditório e a ampla defesa,
determina a anulação de sua ascensão funcional, mais de 5
(cinco) anos depois do ato que lha concedeu.” (MS 26.790,
Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 14-4-08, Plenário, DJE de
30-5-08)

16. RECURSO E REVISÃO

Em concursos públicos, questões que tratam do recurso


administrativo e da revisão são muito frequentes. A disciplina sobre esses
temas é encontrada nos artigos 56 a 65 da Lei nº 9.784/99. Não vão para uma
prova sem lê-los!
Há recurso administrativo quando a parte interessada, insatisfeita
com a decisão administrativa, pede a sua reforma ou reexame dentro do prazo
estabelecido por lei.
Há revisão quando, a qualquer tempo, a pedido do interessado ou de
ofício pela Administração, se proceda, nos processos concluídos de que
resultem sanções, a correta adequação da sanção imposta, em razão de fatos
novos ou circunstâncias relevantes a justificá-la.
Nesse contexto, segundo a Lei nº 9.784/99, das decisões
administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito
(art. 56). O recurso será interposto por meio de requerimento no qual o
recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo
juntar os documentos que julgar convenientes (art. 60).
Em regra, é de 10 dias o prazo para interposição de recurso
administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão
recorrida (art. 59). Tal recurso será dirigido à autoridade que proferiu a
decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o encaminhará à
autoridade superior (art. 56, §1º). Salvo exigência legal, a interposição de
recurso administrativo independe de caução (art. 56, §2º) .
Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria
enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade responsável pela
decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o
recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou
inaplicabilidade da súmula (art. 56, §3º).
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Visando à celeridade processual, o recurso administrativo, em regra,


tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas (art. 57) e não terá
efeito suspensivo (art. 61). Entretanto, se houver justo receio de prejuízo de
difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a
imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao
recurso (art. 61, parágrafo único).
Em regra, o recurso da decisão proferida em processo administrativo
não tem efeito suspensivo. Isso significa, salvo disposição legal em contrário,
que a decisão proferida pela autoridade pode ser imediatamente cumprida,
mesmo quando houver recurso pendente de julgamento da parte que teve
seus interesses afetados.
Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo
deverá ser decidido no prazo máximo de 30 dias, a partir do recebimento
dos autos pelo órgão competente. Esse prazo poderá ser prorrogado por
igual período, ante justificativa explícita (art. 59, §§ 1º e 2º).
O recurso não será conhecido quando interposto (art. 63 ):
 Fora do prazo;
 Perante órgão incompetente. Nesse caso, será indicada ao
recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o
prazo para recurso (art. 63, §1º);
 Por quem não seja legitimado;
 Após exaurida (esgotada) a esfera administrativa.

Esse artigo tem “cara” de questão de prova. Percebam que o recurso


não será conhecido em quatro situações. Aí, o examinador cria uma quinta
possibilidade absurda e pergunta qual é a opção incorreta. Então, memorizem
essas quatro possibilidades!
O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever
de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa. Por
preclusão entende-se a perda do direito de praticar algum ato em razão da
inércia do titular.
De acordo com o art. 64, o órgão competente para decidir o
recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou
parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. Em
respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa, se dessa decisão
puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado
para que formule suas alegações antes da decisão (art. 64, parágrafo único).
Portanto, quando da apreciação do recurso administrativo, a
autoridade competente possui amplos poderes para alterar a decisão recorrida.
Poderá, inclusive, reformar a decisão em prejuízo do recorrente (reformatio
in prejus), que deverá, nesse caso, ser cientificado para que formule suas
alegações antes da decisão.

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Quanto ao tratamento dado pelo legislador à chamada reformatio in


prejus, ressalta-se a seguinte distinção: apesar de ser aceita nos recursos
administrativos, não é admitida na rev isão dos processos.
Ou seja, os processos administrativos de que resultarem sanções
poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando
surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
inadequação da sanção aplicada (art. 65). Contudo, dessa revisão não poderá
resultar agravamento da sanção (art. 65, parágrafo único).

Reformatio in prejus (na Lei nº 9.784/99)

Recursos administrativos Sim

Revisão dos processos Não

17. PRAZOS

Quanto à contagem dos prazos processuais, a Lei nº 9.784/99


estabelece o seguinte:
 Os prazos começam a correr a partir da data da ciência oficial,
excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do
vencimento.
 Se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou
este for encerrado antes da hora normal, considera-se prorrogado o
prazo até o primeiro dia útil seguinte
 Os prazos expressos em dias contam -se de modo contínuo.
 Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se
no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início
do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. Por exemplo: se,
nos autos de um processo administrativo, for determinada a
suspensão do feito por cinco meses, desde 31/1/2008, esse processo
ficará paralisado até 30/6/2008.
 Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos
processuais não se suspendem. Ou seja, em regra, a contagem não é
paralisada.

18. SANÇÕES

As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão


natureza pecuniária (multa) ou consistirão em obrigação de fazer ou de
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não fazer (interdição de estabelecimento comercial, apreensão de


mercadorias, etc.), assegurado sempre o direito de defesa (art. 68).

19. DISPOSIÇÕES FINAIS

As regras a seguir foram incluídas na Lei nº 9.784/99 pela Lei nº


12.008/09. Como as bancas examinadoras adoram novidades, vamos dar uma
“olhadinha”...
Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância,
os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado:
 Pessoa com idade igual ou superior a 60 anos;
 Pessoa portadora de deficiência, física ou menta l;
 Pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia
maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia
grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia
grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget
(osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de
imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base
em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença
tenha sido contraída após o início do processo.
A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de
sua condição, deverá requerê-lo à autoridade administrativa competente, que
determinará as providências a serem cumpridas. Deferida a prioridade, os
autos receberão identificação própria que evidencie o regime de tramitação
prioritária.

20. RESUMO

1) As regras da Lei nº 9.784/99 aplicam-se subsidiariamente aos


processos administrativos específicos (processo disciplinar, processo
administrativo tributário, processo licita tório etc.), regulados em leis próprias.

2) A Lei nº 9.784/99 aplica-se:


 À Administração Federal direta e indireta; e
 Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União,
quando no desempenho de função administrativa.

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3) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de suas


próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo aplicável à sua
Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº 9.784/99.

4) Os princípios da razoabilidade da proporcionalidade são apontados


pela doutrina como as maiores limitações impostas ao poder discricionário
da Administração.

5) A correção judicial baseada na ofensa ao princípio da razoabilidade não


invade o mérito do ato administrativo, isto é, o campo de liberdade outorgado
pela lei à Administração para decidir-se de acordo com critérios de
conveniência e oportun idade.

6) Conforme entendimento do STF, os princípios implícitos da


razoabilidade e da proporcionalidade decorrem do princípio expresso do
devido processo legal (CF, art. 5º, LIV).

7) Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos


e dos fundamentos jurídicos, quando (art. 50):
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.

8) De acordo com o princípio da segurança jurídica (ou princípio da


estabilidade das relações jurídicas), é vedada à Administração a aplicação
retroativa de uma nova interpretação de determinada norma legal.

9) De acordo com o princípio do informalismo, o processo administrativo,


que não se sujeita a formas rígidas, deve observar as formalidades essenciais
à garantia dos direitos dos administrados, bem como adotar formas simples,
suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos
direitos dos administrados.
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10) “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados


em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes.” (CF, art. 5º, LV)

11) “Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o


contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma
e pensão.” (Súmula Vinculante 3)

12) De acordo com o princípio da gratuidade, é vedada a cobrança de


despesas processuais, ressalvada as previstas em lei. Assim, em regra, os
processos administrativos são gratuitos.

13) De acordo com o princípio da oficialidade (ou princípio do impulso


oficial do processo), o processo administrativo pode ser instaurado de
ofício, independentemente de provocação do administrado. Ademais, à
Administração cabe impulsionar o processo.

14) De acordo com o princípio da verdade material, o processo


administrativo busca saber com se deu o fato no mundo real, isto é, conhecer
o fato efetivamente ocorrido .

15) “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo


disciplinar não ofende a Constituição.” (Súmul a Vinculante 5)

16) O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido do


interessado. Em regra, o pedido deve ser feito por escrito.

17) A Administração deve orientar o interessado quanto ao suprimento de


eventuais falhas no pedido. É vedada à Administração a recusa imotivada
de recebimento de documento.

18) A Administração deverá elaborar modelos ou formulários


padronizados para assuntos equivalentes. Em regra, quando os pedidos de
diversos interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos,
poderão ser formulados em um único requerimento.

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19)

INTERESSADOS

TITULARES (PF OU PJ)

NÃO TITULARES AFETADOS

ENTIDADES REPRESENTATIVAS

ENTIDADES LEGAIS + INTERESSES DIFUSOS

20) A competência é irrenunciável. Destarte, a competência deve ser


exercida por quem a lei a concedeu. Excepcionalmente, são admitidas a
delegação e a avocação.

21) Se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência


a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial
(TSE + TJ).

22) A delegação é revogável a qualquer tempo. As decisões adotadas por


delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade. O delegado será
responsável por tais decisões.

23)

SÃO INDELEGÁVEIS:

ATOS NORMATIVOS

DECISÃO DE RECURSOS

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA

24) Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente


justificados, será permitida a avocação temporária de competência
atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

25) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo


deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para
decidir.
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26) IMPEDIMENTO:
 Interesse direto ou indireto.
 Perito, testemunha ou representante (CCPA3).
 Litígio administrativo ou judicial (CC).
 Presunção absoluta de incapacidade.
 Deve ser comunicado. Se não, falta grave.

27) SUSPEIÇÃO:
 Amizade íntima ou inimizade notória (CCPA3).
 Presunção relativa de incapacidade
 Pode ser argüida
 Se indeferida, cabe recurso (sem efeito suspensivo)

28) A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis


quanto à data de comparecimento.

29) A intimação pode ser efetuada por:


 Ciência no processo (assinatura do interessado nos autos do
processo);
 Via postal com aviso de recebimento (AR);
 Telegrama; ou
 Outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado
(p. ex: um servidor vai à casa do interessado para intimá-lo).
 Publicação oficial, no caso de interessados Desconhecidos,
Indeterminados ou com Domicílio Indefinido (art. 26, §4º).
(Interessados “DIDI” = Publicação oficial)

30) Em regra, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias.


A exceção fica por conta de previsão em norma especial ou de comprovada
necessidade de maior prazo.

31) Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo


fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação,
responsabilizando-se quem der causa ao atraso.

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32) Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no


prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua
dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no
atendimento.

33) Mediante manifestação escrit a, o interessado poderá:


 Desistir total ou parcialmente do pedido formulado.
 Renunciar a direitos disponíveis.

34) Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um deles


não atinge os demais.

35) A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o


prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o
interesse público assim o exige.

36)

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

É o desfazimento do ato ile gal. É o desfazimento de um ato válido,


por razões de conveniência e
oportunidade.

Pode ser determinada pela própria Só pode ser realizada pela própria
Administração que produziu o ato, Administração que produziu o ato.
bem como pelo Poder Judiciário

Tem efeitos retroativos (ex -tunc). Tem efeitos proativos (ex -nunc).

37) Convalidação tácita: o direito da Administração de anular os atos


administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários
decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé do beneficiado (art. 54). Essa modalidade de convalidação
chama-se tácita porque decorre da inércia da Administração. Transcorrido o
prazo de 5 anos, sem que ocorra manifestação da Administração, o ato será
tacitamente convalidado.

38) Convalidação expressa: Em decisão na qual se evidencie não


acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os

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atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela


própria Administração (art. 55).

39) Os processos administrativos de que resultarem sanções poderão ser


revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos
novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da
sanção aplicada. Contudo, dessa revisão não poderá resultar agravamento
da sanção.

40)

Reformatio in prejus (na Lei nº 9.784/99)

Recursos administrativos Sim

Revisão dos processos Não

41) Os prazos começam a correr a partir da data da ciência oficial, excluindo-


se da contagem o dia do começo e incluindo -se o do vencimento.

42) Se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for
encerrado antes da hora normal, considera-se prorrogado o prazo até o
primeiro dia útil seguinte

43) Os prazos expressos em dias contam -se de modo contínuo.

44) Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no


mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo,
tem-se como termo o último dia do mês. Por exemplo: se, nos autos de um
processo administrativo, for determinada a suspensão do feito por cinco
meses, desde 31/1/2008, esse pr ocesso ficará paralisado até 30/6/2008.

45) Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos


processuais não se suspendem. Ou seja, em regra, a contagem não é
paralisada.

46) As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão


natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não
fazer, assegurado sempre o direito de defesa.

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21. EXERCÍCIOS

21.1. DA ESAF

101. (ANA/2009) Segundo a Lei n. 9.784/1999, o administrado tem os


seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe
sejam assegurados, exceto:
a) fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando
obrigatória a representação, por força de lei.
b) formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais
serão objeto de consideração pelo órgão competente.
c) ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão
facilitar o exercício de seus direitos e o cumprim ento de suas obrigações.
d) ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a
condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos
neles contidos e conhecer as decisões proferidas.
e) ver proferida a decisão em processo administrativo de seu interesse em
um prazo improrrogável de trinta dias.

102. (ANA/2009) Sobre a competência, no âmbito do processo


administrativo na Administração Pública Federal, é correto afirmar:
a) a edição de atos de caráter norma tivo pode ser objeto de delegação.
b) o ato de delegação é irrevogável.
c) em qualquer caso, a avocação é proib ida.
d) a decisão de recursos administrativos não pode ser objeto de delegação.
e) com a delegação, renuncia -se à competência.

103. (AFC/CGU/2008) Assinale a opção correta, no que tange aos processos


administrativos.
a) Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o
interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao
exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu
interesse.
b) Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal
de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo, não
podendo os atos serem praticados fora dessas condições.
c) Os atos do processo devem realizar-se necessariamente na sede do
órgão, cientificando-se o interessado.

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d) O desatendimento da intimação importa o reconhecimento da verdade


dos fatos e a renúncia a dir eitos pelo administrado.
e) Os processos administrativos obrigatoriamente vão depender de forma
determinada.

104. (AFC/CGU/2008) A respeito das disposições constantes da Lei n.


9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o processo administrativo geral no
âmbito da Administração Pública Federal, é inc orreto afirmar que:
a) esta lei veda aos órgãos e entidades a elaboração de formulários
padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes,
apesar de caracterizar prática usual mente adotada por órgãos públicos.
b) possui aplicação apenas subsidiária em relação ao processo
administrativo disciplinar, que continua a reger-se pela Lei n. 8.112, de
11 de dezembro de 1990.
c) estabelece como critério nos processos administrativos a adoção de
formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,
segurança e respeito aos direitos dos administ rados.
d) proíbe a cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em
lei.
e) aponta como dever do administrado perante a Administração a prestação
de informações que lhe forem solicitadas e a colaboração para o
esclarecimento dos fatos.

105. (AFC/CGU/2008) A respeito das disposições constantes da Lei n.


9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o processo administrativo geral no
âmbito da Administração Pública Federal, em relação à competência, é correto
afirmar que:
a) é renunciável, salvo nos casos de delegação e avocação legalmente
admitidos.
b) mesmo que parcial, a delegação de competência não pode abranger
órgãos que não possuam vinculação de subordinação hierárquica.
c) inexistindo competência legal específica, o processo administrativo
deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para
decidir.
d) decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta
qualidade, e considerar-se-ão editadas pelo delegante.
e) decisão de recurso administrativo pode ser objeto de delegação quando o
interesse público exigir.

106. (AFC/CGU/2008) Em conformidade com as disposições constantes da

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Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o processo administrativo


geral no âmbito da Adm inistração Pública Federal, é corre to afirmar que:
a) os atos administrativos dispensam motivação quando decorram de
reexame de ofício.
b) a motivação deve ser implícita, clara e congruente e quando consistir em
declaração de concordância com parecer anterior este passa a fazer
parte integrante do ato.
c) os interessados devem ser intimados de prova ou diligência ordenada,
com antecedência mínima de cinco dias, mencionando-se data e hora da
realização do ato.
d) os interessados têm direito à vista e carga dos processos, além do direito
à obtenção de certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos
que o integram, ressalvados os protegidos por sigilo.
e) nos prazos fixados em meses, se no mês do vencimento não houver o
dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último
dia do mês.

107. (AFC/CGU/2008) Em conformidade com as disposições constantes da


Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o processo administrativo
geral no âmbito da Administração Pública Federal, no que tange à comunicação
dos atos, é incorreto afirmar que:
a) no caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio
indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.
b) a intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal
com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a
certeza da ciência do interessado.
c) o desatendimento da intimação licitamente realizada importa o
reconhecimento da verdade dos fatos e a renúncia ao direito em
discussão.
d) são nulas as intimações procedidas sem observância das prescrições
legais, todavia o comparecimento do administrado supre a falta ou
irregularidade.
e) no caso de oitiva de testemunhas, a intimação deve observar a
antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de
comparecimento.

108. (AFC/CGU/2008) Quanto à aplicação de princípios constitucionais em


processos administrativos, é entendimento pacificado no Supremo Tribunal
Federal, constituindo súmula vinculante para toda a administração e tribunais
inferiores, que, nos processos perante o Tribunal de Contas da União,
asseguram-se o contraditório e a ampla defesa

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a) mesmo quando da decisão não resultar anulação ou revogação de ato


administrativo que benefi cie o interessado, inclusive a apreciação da
legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e
pensão.
b) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, sem exceç ão.
c) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da
legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e
pensão.
d) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, inclusive na apreciação da
legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e
pensão.
e) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, inclusive a apreciação da
legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, exceto reforma
e pensão.

109. (ANEEL/2006) Assinale a opção que elenque dois princípios


norteadores da Administração Pública que se encontramimplícitos na
Constituição da República Federativa do Brasil e explícitos na Lei n. 9 .784/99.
a) Legalidade / moralidade.
b) Motivação / razoabilidade.
c) Eficiência / ampla defesa.
d) Contraditório / segurança jurídica.
e) Finalidade / eficiência.

110. (AFC/CGU/2006) Correlacione as duas colunas e identifique a ordem


correta das respostas, tratando-se de institutos e princípios correlatos de
Administração Pública.
1 - segurança jurídica
2 - impessoalidade
3 - moralidade
4 - eficiência
5 - razoabilidade
( ) economicidade
( ) preclusão administrativa
( ) isonomia
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( ) costumes da sociedade
( ) proporcionalidade
a) 4/1/2/3/5
b) 1/4/2/3/5
c) 5/3/2/1/4
d) 5/2/4/1/3
e) 4/5/3/2/1

111. (AFT/2006) Conforme a legislação federal sobre o processo


administrativo (Lei n. 9.784/99), as sanções a serem aplicadas pela autoridade
competente:
a) terão sempre natureza pecuniária.
b) podem consistir em obrigação de faz er ou de não fazer.
c) serão precedidas, se for o caso, pelo direito de defesa.
d) serão, sempre, obrigações de fazer.
e) podem ter, excepcionalmente, natureza de privação de liberdade.

112. (ANEEL/2006) Têm (tem) legitimidade para interpor recurso


administrativo, nos termos da Lei n. 9.784/99, exceto:
a) Os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo.
b) Aqueles cujos direitos forem indiretamente afetados pela decisão.
c) Os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.
d) O Ministério Público da União.
e) As organizações representativas, em se tratando de direitos e interesses
coletivos.

113. (AFC/CGU/2006) É impedido de atuar em processo administrativo


o servido
I. que esteja demandando judicialmente, juntamente com o interessado,
contra um terceiro.
II. cuja decisão afete interesse de s ua esposa.
III. que tenha interesse direto na matéria.
IV. que seja inimigo da par te interessada.
V. que tenha relação de amizade com a parte interessada.
Estão corretas:
a) apenas as afirmativas II e III.
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b)penas as afirmativas I, III, IV e V.


c) apenas as afirmativas III, IV e V.
d)apenas as afirmativas I, III e IV.
e) as afirmativas I, II, III, IV e V.

114. (TCU/2006) Na Lei Federal n. 9.784/99, que trata sobre o processo


administrativo, estão previstos os deveres do administrado perante a
Administração. Assinale, no rol abaixo, aquele dever que não consta da norma
acima mencionada.
a) Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé.
b) Não agir de modo temerário.
c) Prestar as informações que lhe forem solicitadas.
d) Atuar de forma a impulsionar o processo.
e) Expor os fatos conforme a verdade.

115. (APO/MPOG/2005) Os princípios da Administração Pública estão


presentes em todos os institutos do Direito Administrativo. Assinale, no rol
abaixo, aquele princípio que melhor se vincula à proteção do administrado no
âmbito de um processo administrativo, quando se refere à interpretação da
norma jurídica.
a) legalidade
b) proporcionalidade
c) moralidade
d) ampla defesa
e) segurança jurídica

116. (Auditor/SEFAZ-MG/2005) A inobservância ao princípio da


proporcionalidade pelo ato administrativo, por dizer respeito ao mérito do ato,
não autoriza o Poder Judiciário a sobre ele se manifestar.

117. (ANEEL/2004) Na Administração Pública Federal, o órgão perante o


qual tramita o processo administrativo, determinará a intimação do
interessado para ciência da decisão ou efetivação de diligências, porém, NÃO é
necessário que essa intimação contenha, dentre outros requisitos,
a) a observação de que o interessado deve comparecer pessoalmente, ou
fazer-se representar.
b) a cominação de crime de desobediência se a ordem for desatendida pelo
interessado.

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c) a informação da continuidade do processo independentemente de seu


comparecimento.
d) uma antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de
comparecimento.
e) a indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

118. (ANEEL/2004) Nos processos administrativos, de que possam resultar


sanções, conforme expressa previsão contida na Lei nº 9.784/99, quando ela
for aplicável ao caso, não é de rigor a necessária observância, em relação ao
administrado, do critério de garantia dos direitos à:
a) apresentação de alegações finais.
b) comunicação das decisões proferidas.
c) interposição de recursos.
d) produção de provas.
e) interpretação a ele mais favorável.

119. (OF.CHANC./MRE/2004) No âmbito do processo administrativo, regido


pela Lei Federal nº 9784/99, assinale a opção incorreta quanto aos direitos dos
administrados.
a) O administrado deve ser tratado com respeito pelas autoridades e
servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o
cumprimento de suas obrig ações.
b) O administrado tem direito a formular alegações e apresentar
documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração
pelo órgão competente.
c) O administrado pode ter ciência da tramitação do processo em que tenha
a condição de interessado.
d) O administrado tem direito a ter vista dos autos, obter cópias de
documentos antes da decisão final, nos processos em que tenha a
condição de interessado.
e) O administrado deve se fazer representar por advogado, para a defesa
de seus interesses perante a Administração.

120. (IRB/2004) Quanto aos recursos administrativos, assinale a afirmativa


falsa.
a) Têm legitimidade para interpor recurso administrativo as associações
quanto a direitos ou interesses difusos.
b) O recurso administrativo, salvo disposição legal diversa, tramitará no
máximo por cinco instâncias administ rativas.
c) Os recursos são cabíveis em face de razões de legalidade e de mérito.
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d) Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe


de caução.
e) A regra geral é que o recurso administrativo não tenha efeito suspensivo.

121. (AFC/CGU/2004) De acordo com a Lei de Processo Administrativo (Lei


nº 9.784/99), pode haver a delegação de competência, quando conveniente
em razão de circunstâncias diversas. No rol normativo não se inclui a
circunstância da seguinte índole:
a) social
b) moral
c) econômica
d) jurídica
e) territorial

122. (AFC/CGU/2004) No âmbito do processo administrativo, caso um


parecer obrigatório e não vinculante deixe de ser emitido no prazo fixado, o
processo
a) deverá ser paralisado e aguardar a sua lavratura.
b) poderá ter prosseguimento, mas somente poderá ser decidido com a sua
inclusão posterior nos autos.
c) poderá ter prosseguimento e ser decidido com a sua dispensa, sem
prejuízo da responsabilidade de q uem se omitiu no atendimento.
d) não poderá ter prosseguimento, salvo por expressa avocação da
autoridade superior.
e) poderá ter prosseguimento e ser decidido com a sua dispensa, não
gerando responsabilidade a quem se omitiu, por não ser vinculant e.

123. (AFC/CGU/2004) Os atos administrativos, como exige a Lei nº


9.784/99, que regula o processo no âmbito da Administração Pública Federal,
devem ser motivados, com a indicação dos fatos e fundamentos jurídicos,
exceto quando
a) agravem encargos ou sançõ es.
b) decidam processo de concurso.
c) declarem inexigibilidade de licitação.
d) decorram de reexame de ofício.
e) apliquem jurisprudência pertinente.

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124. (AFC/CGU/2004) De acordo com disposição expressa na Lei nº


9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração
Federal, se não houver disposição legal específi ca, em sentido diverso, o pra zo
a) para interpor recurso administrativo é de cinco dias.
b) para interpor recurso administrativo é de dez dias.
c) para interpor recurso administr ativo é de trinta dias.
d) para decidir recurso administrativo é de dez dias.
e) para decidir recurso administrativo é de quinze dias.

125. (TRT-7ºRegião/2003) A Lei Federal de processo administrativo (Lei nº


9.784/99) dispõe sobre os recursos administrativos. Conforme seu comando,
não se inclui entre as hipóteses pelas quais um recurso não será conhecido
quando interposto:
a) por quem não seja legitim ado.
b) após exaurida a esfera administrativa.
c) fora do prazo.
d) sem o preparo prévio.
e) perante órgão incompetente.

126. (AFT/2003) No âmbito do processo administrativo, nos termos da Lei


Federal nº 9.784/99, o dever da Administração em impulsionar o procedimento
de forma automática, sem prejuízo da atuação dos interessados, denomina-se
princípio da(o):
a) segurança jurídica
b) oficialidade
c) contraditório
d) motivação
e) proporcionalidade

127. (Auditor/TCE-PR/2003) No âmbito da Lei Federal nº 9.784/99, que


cuida do processo administrativo, tem-se que o recurso será conhecido ainda
que interposto:
a) fora do prazo.
b) por quem não seja legitim ado.
c) na pendência de manifestação judicial.
d) após exaurida a esfera administrativa.
e) perante órgão incompetente.

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128. (EPPGG/MPOG/2003) A Lei Federal nº 9.784 de 1999, que cuida do


processo administrativo, dispõe sobre diversos princípios da Administração
Pública. Todavia, existem outros princípios reconhecidos pela doutrina que não
se incluem neste rol. Assinale, na lista abaixo, aquele princípio da
Administração Pública que não é mencionado pela referida norma legal:
a) boa-fé
b) proporcionalidade
c) interesse público
d) segurança jurídica
e) contraditório

129. (ASSIST.CHANC./MRE/2002) De acordo com o estabelecido na Lei nº


9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração
Pública Federal, das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões
de legalidade e de mérito, que quando não houver disposição legal específica
em contrário terá o prazo a contar da ciência ou divulgação do ato recorrido é
de:
a) 5 dias.
b) 10 dias.
c) 15 dias.
d) 20 dias.
e) 30 dias.

130. (AFC/STN/2002) A Lei nº 9.784, de 29/01/1999, que regula o


processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, impôs a
observância de alguns princípios já previstos expressamente na Constituição
então vigente, tais como os de
a) legalidade, moralidade, eficiência e ampla defesa.
b) legalidade, razoabilidade, publicidade e economicidade.
c) legitimidade, segurança jurídica, econo micidade e publicidade.
d) eficiência, eficácia, impesso alidade e proporcionalidade.
e) impessoalidade, publicidade, motivação e eficácia.

131. (Procurador/BACEN/2002) A recente Lei Federal relativa aos


processos administrativos adotou diversos princípios da Administração Pública
entre os seus comandos. O inciso XIII do art. 2o desta Lei tem a seguinte
redação: "XIII- interpretação da norma administrativa da forma que melhor

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garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação


retroativa de nova interpretação." Este comando alude ao seguinte princípio:
a) Finalidade
b) Proporcionalidade
c) Hermenêutica
d) Segurança jurídica
e) Legalidade

132. (Procurador/BACEN/2002) No âmbito da legislação de procedimento


administrativo federal, assinale a opção falsa.
a) O interessado poderá, por escrito, desistir totalmente do pedido
formulado ou renunciar a direitos disponíveis.
b) O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida
a sua finalidade.
c) A desistência ou renúncia do interessado quanto ao pedido formulado
acarreta a extinção do processo.
d) O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram p raticados, salvo comprovada má -fé.
e) Os atos que apresentarem defeitos sanáveis podem ser convalidados
pela Administração, desde que esta decisão não acarrete lesão ao
interesse público ou a terceiros.

133. (AFPS/2002) De modo geral, conforme previsto em lei, os processos


administrativos, de que resultem sanções, poderão ser revistos, a qualquer
tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstânciais
relevantes, susceptíveis de justificar a inadequação da penalidade aplicada, a
qual poderá ser agravada, se for o caso, conforme o que resultar daquela
revisão.
a) Correta a assertiva.
b) Incorreta a assertiva, porque só cabe revisão do processo a pedido do
respectivo interessado.
c) Incorreta a assertiva, porque da revisão do processo não poderá resultar
agravamento da sanção.
d) Incorreta a assertiva, porque a regra geral é de que os processos não
podem ser revistos, em razão de fatos novos.
e) Incorreta a assertiva, porque a regra geral é de que os processos não
podem ser revistos, em razão de superveniência de circunstâncias,
mesmo se forem relevantes e susceptíveis de justificar a inadequação da
penalidade aplicada.
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134. (TRF/2002) Salvo disposição legal específica em sentido contrário, o


prazo normal para a interposição de recurso administrativo, quanto aos
processos autuados no âmbito da Administração Pública Federal Direta,
conforme previsto na Lei nº 9.784/99, é de
a) cinco dias.
b) dez dias.
c) quinze dias.
d) vinte dias.
e) trinta dias.

135. (TCU/2002) No âmbito do processo administrativo, não pode ser objeto


de delegação de competênc ia o ato que:
a) imponha a penalidade a servidor.
b) instaure o procedimento de inquérito administrativo.
c) decida o recurso administrativo.
d) designe os membros da Comissão de Sindicância.
e) determine a intimação do interessado para a ciência da decisão.

136. (OF.CHANC./MRE/2002) As normas básicas sobre o processo


administrativo, estabelecidas na Lei nº 9.784/99, inclusive no que se refere à
motivação dos atos administrativos e sua anulação ou revogação
a) são de aplicação no âmbito de t oda Administração Federal Direta e
Indireta.
b) não se aplicam aos órgãos do Poder Legislativo.
c) não se aplicam aos órgãos do Poder Judiciário.
d) não se aplicam às entidades da Administração Indireta.
e) são de aplicação forçosa, também nos órgãos estaduais e municipais,
bem como nas suas entidades paraestatais.

137. (AFC/STN/2002) De acordo com disposição expressa da Lei nº


9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração
Pública Federal, não podem ser objeto de delegação a edição de atos de
caráter normativo, a decisão de recurso administrativo e as matérias de
competência exclusiva de ór gão ou autoridade.
a) Correta a assertiva.
b) Incorreta a assertiva, porque pode ser delegada a edição de ato
normativo.

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c) Incorreta a assertiva, porque pode ser delegada a decisão em recurso


administrativo.
d) Incorreta a assertiva, porque pode ser delegada a matéria de
competência exclusiva de ór gão ou autoridade.
e) Incorreta a assertiva, porque podem ser delegadas quaisquer das
hipóteses previstas.

138. (TRF/2002) De acordo com previsão expressa na Lei nº 9.784, de


29/01/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração
Pública Federal, das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões
de legalidade e de mérito, no prazo de dez dias, salvo disposição legal
específica em contrário.
a) Incorreta a assertiva, porque o pra zo geral para recurso é de trinta dias.
b) Incorreta a assertiva, porque só cabe recurso em face de razões de
legalidade.
c) Incorreta a assertiva, porque só cabe recurso em face de razões de
mérito.
d) Incorreta a assertiva, porque o prazo geral para recurso é de quinze
dias.
e) Correta a assertiva.

139. (Procurador/BACEN/2002) Inexistindo competência legal específica, o


processo administrativo deverá ser iniciado perante
a) a autoridade com menor grau hierárquico para decidir.
b) qualquer autoridade.
c) com competência mais próxima e similar.
d) a autoridade com maior grau hierárquico para dec idir.
e) a autoridade com grau hierárqui co intermediário para dec idir.

140. (AGU/1999) No âmbito do processo administrativo, o princípio que


autoriza a instituição do processo por iniciativa da Administração, sem
necessidade de provocaçã o, denomina-se princípio
a) da gratuidade
b) do contraditório
c) da oficialidade
d) da legalidade
e) da observância à forma

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21.2. DO CESPE

141. (TRT-17ºRegião/2009) Titular de órgão administrativo que delegar


parte de sua competência a outro órgão não poderá revogar o ato de
delegação.

142. (TRT-17ºRegião/2009) Órgão é unidade de atuação integrante da


estrutura da administração direta e indireta; entidade é unidade não dotada de
personalidade jurídica.
143. (TRT-17ºRegião/2009) Os processos administrativos de que resultem
sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando
surgirem fatos novos; entretanto, dessa revisão não poderá resultar
agravamento da sanção.

144. (TRT-17ºRegião/2009) Se o recorrente de decisão administrativa


alegar que a decisão contraria enunciado de súmula vinculante, caberá à
autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar,
antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da
inaplicabilidade da súmula.

145. (TRT-17ºRegião/2009) No processo administrativo instaurado para


apurar fato praticado por determinado servidor, caso este não compareça ao
processo quando regularmente intimado para apresentar defesa, não devem
ser considerados verdadeiros os fatos a ele imputados. No prosseguimento do
processo, contudo, não pode o servidor apresentar alegações, produzir provas
ou recorrer da decisão proferida.

146. (TRT-17ºRegião/2009) Se um servidor, em processo administrativo de


que seja parte, interpuser recurso perante órgão incompetente para o
processamento e o julgamento de sua pretensão, deverá ser indicada a esse
servidor a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.

147. (TRT-17ºRegião/2009) A interposição de recurso administrativo por


um servidor no processo de seu interesse implica, via de regra, a automática
concessão de efeito suspensivo à efetivação da decisão que foi contrária ao seu
interesse.

148. (TRE-MG/2009) Segundo a Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo


administrativo no âmbito da administ ração pública federal,
a) o órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo
deve determinar a intimação do interessado para ciência de decisão ou
efetivação de diligência. Nesse sentido, é nula a intimação feita sem a
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observância das prescrições legais, não havendo a possibilidade de ser


suprida sua falta ou irregularidade.
b) o interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou
parcialmente do pedido formulado, ou renunciar a direitos disponíveis, o
que não impede que a administração pública dê prosseguimento ao
processo, se considerar que o interesse público assim o exige.
c) o direito da administração pública de anular os atos administrativos de
que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em dez anos,
contados da data em que foram praticados.
d) o processo administrativo é iniciado apenas por meio de requerimento da
parte interessada.
e) o agravamento da sanção pode decorrer da revisão do processo.

149. (ANATEL/2009) Não cabe recurso das decisões administrativas


proferidas pelos servidores das agências reguladoras, conforme preceitua a
Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da
administração pública federal.

150. (TRE-GO/2009) Assinale a opção correta acerca da Lei n. o


9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da administração
pública federal.
a) As garantias previstas na referida lei incluem expressamente os direitos
à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de
provas e à interposição de recursos.
b) Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em
documentos existentes em outro órgão administrativo, caberá ao próprio
interessado trazer os r eferidos documentos aos autos.
c) A alegação, pelo interessado, de violação de enunciado de súmula
vinculante não tem influência nos processos administrativos, visto que as
súmulas vinculantes destinam-se a uniformizar a jurisprudência dos
tribunais, e não as decisões em processos administrativos.
d) Órgão é a unidade de atuação dot ada de personalidade jurídica.

151. (IBAMA/2009) Os processos administrativos devem ser guiados por


critérios que observem as formalidades essenciais à garantia dos direitos dos
administrados, adotadas de formas simples e desburocratizadas, suficientes
para garantir grau de certeza, seg urança e respeito a esses direitos.

152. (IBAMA/2009) O direito do administrado de ter ciência da tramitação


dos processos administrativos em que figure na qualidade de interessado e de
neles atuar peticionando, juntando documentos, fazendo requerimentos e

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recursos, não ilide o fato de que a administração deve, por si mesma, dar
impulso, de ofício, ao p rocesso administrativo.

153. (IBAMA/2009) A elaboração de modelos ou formulários padronizados


que atinjam pretensões equivalentes no tratamento de um mesmo assunto no
âmbito da administração pública é medida burocratizante, que deve ser
evitada, porque, com isso, desconsidera -se a peculiaridade de cada situação.

154. (IBAMA/2009) A delegação de competência em razão de circunstâncias


de índole técnica apenas pode ocorrer dentro do próprio órgão administrativo,
sendo incabível delegação para este fim mediante transferência de
competência a outros órgãos ou titulares, que não estejam na mesma linha de
hierarquia e subordinação.

155. (STF/2008) Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade estão


previstos de forma expressa na CF.

156. (STF/2008) Nos processos administrativos, em decorrência do princípio


da verdade material, existe a possibilida de de ocorrer a reformatio in pejus.

157. (STF/2008) Servidor que esteja litigando administrativamente com o


interessado em um processo administrativo não está necessariamente
impedido de atuar nesse processo, p ois não existe litígio judicial.

158. (Analista/INSS/20008) É vedado à administração recusar, de forma


imotivada, o recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o
interessado quanto ao cumprimento de eventuais falhas.

159. (MPE-AM/2008) Como regra geral, são considerados capazes, para fins
de processo administrativo, os maiores de dezoito anos.

160. (MPE-AM/2008) Considere que um servidor que responde a um


processo administrativo tenha sido intimado em uma quinta-feira para a oitiva
de testemunhas que se realizaria na segunda-feira próxima. Nesse caso, a
intimação deve ser considerada como válida, já que atendeu ao prazo de 3
dias estabelecido na lei.

161. (DFTRANS/2008) Segundo o princípio da motivação, os atos da


administração pública devem receber a indicação dos pressupostos de fato e
de direito que determinaram a decisão.

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162. (TCU/2007) Pedidos de vários interessados com conteúdo e


fundamentos idênticos devem ser formulados em requerimentos separados,
com vistas à maior agilidade dos processos administrativos e à diminuição dos
seus volumes.

163. (TCU/2007) Os atos do processo administrativo devem ser produzidos


por escrito, com a assinatura da autoridade que os pratica. Essa assinatura
deve ser submetida ao reconhecimento de firma, afastando-se qualquer dúvida
sobre a sua autenticidade.

164. (PGE-PA/2007) Acerca do processo administrativo no âmbito da


administração pública federal, assinale a opção incorreta.
a) O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de
interessado.
b) O servidor ou autoridade que esteja litigando judicial ou
administrativamente em determinado processo administrativo com o
interessado ou com o seu cônjuge ou companheiro está impedido de
atuar no processo administ rativo.
c) O direito da administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em três anos,
contados da data em que foram p raticados, salvo comprovada má -fé.
d) Toda decisão administrativa admite recurso, em face de razões de
legalidade ou de mérito.

165. (TCU/2007) A intimação do interessado para ciência de decisão ou a


efetivação de diligências podem ser efetuadas por qualquer meio que assegure
a certeza da ciência do interessado.

166. (TCU/2007) Em sendo o órgão colegiado competente para decidir sobre


recursos administrativos, ele poderá, por força de disposição legal, delegar
essa competência ao respectivo pres idente.

167. (TJDFT/2003) Em relação ao processo administrativo federal, regulado


pela Lei n.o 9.784/1999, julgue os itens a seguir.
I O ato de delegação é revogável a qualquer tempo e abrange a edição dos
atos de caráter ordinatório.
II O ato de delegação especificará as matérias e os poderes transferidos, os
limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação, sendo
aplicável, inclusive, no que tange às decisões dos recursos administrativos.

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III A interpretação da norma administrativa deve garantir o melhor


atendimento do fim público a que se dirige, sendo possível, em razão do
princípio da auto tutela, a aplicação retroativa de nova interpretação.
IV Os atos administrativos deverão ser motivados, indicando os fatos e os
fundamentos jurídicos, exce to quando decorrerem de reexame de ofício.
V O direito da administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data da percepção do primeiro pagamento, caso os efeitos
patrimoniais sejam contínuos.
Estão certos apenas os itens:
a) I e II.
b) I e V.
c) II e III.
d) III e IV.
e) IV e V.

21.3. DA FCC

168. (PGE-RJ/2009) No processo administrativo é permitida, em caráter


excepcional e por motivos relevan tes devidamente justificados, a:
a) avocação temporária de competência exclusiva do órgão ou autoridade
superior.
b) avocação definitiva de competência atribuída a órgão da mesma
hierarquia.
c) delegação de competência para a edi ção de atos de caráter normativo.
d) avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior.
e) delegação de competência para a decisão de recursos administrativos.

169. (OF.CHENC./MRE/2009) Com relação à Lei nº 9.784/99, é


INCORRETO afirmar:
a) As sanções a serem aplicadas por autoridade competente terão natureza
pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer,
assegurado sempre o direito de defesa.
b) Os processos administrativos específicos reger-se-ão pela lei
mencionada, que regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal, com aplicação subsidiária ou costumeira
das leis revogadas.

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c) Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com


antecedência mínima de três dias úteis, mencionado-se data, hora e local
de sua realização.
d) O recurso administrativo não será conhecido, dentre outros casos,
quando interposto perante órgão incom petente ou após exaurida a esfera
administrativa.
e) A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a
que for atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação
legalmente admitidos.

170. (TRT-SP/2009) De acordo com a Lei no 9.784/99, que regula o


processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, a
competência:
a) é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi
atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação
legalmente admitidos.
b) para decisão de recursos administrativos é delegável.
c) não pode ser delegada para órgão que não seja hierarquicamente
subordinado ao órgão delegante.
d) para edição de atos normativos pode ser delegada.
e) pode ser feita por ato interno, desnecessária a sua publi cação.

171. (TRT-SP/2009) NÃO é proibido de atuar no processo administrativo o


servidor ou autoridade que
a) tenha interesse direto ou indireto na matéria.
b) tenha parente por afinidade até o quarto grau que participou ou que
venha a participar como testemunha .
c) esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou
respectivo cônjuge ou companheiro.
d) tenha participado ou venha a participar como testemunha ou
representante.
e) tenha participado ou venha a participar como perito.

172. (TRT-SP/2009) No processo administrativo, quando dados, atuações ou


documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de
pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para
a respectiva apresentação
a) implicará no arquivamento do processo.
b) ensejará a renovação da intimação ao interessado, pessoalmente, por
meio de servidor especialmente designado.
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c) ensejará a busca e apreensão, administrativamente, na casa do


interessado.
d) implicará na condução coercitiva do interessado, com ajuda policial, para
apresentação dos dados ou documentos necessários para o
desenvolvimento do processo.
e) dará ensejo a que a autoridade processante adote medidas judiciais para
busca e apreensão dos dados ou documentos.

173. (TRT-18ªRegião/2009) De acordo com a Lei que regula o processo


administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, NÃO se incluem,
dentre os legitimados como interessados no processo administrativo,
a) as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e
interesses coletivos.
b) as pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou
interesses individuais ou no exercício do direito de representação.
c) aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada.
d) quaisquer pessoas do povo, mesmo que não possam ser atingidas pela
decisão a ser adotada.
e) as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos
ou interesses difusos.

174. (TRT-AL/2009) Rogério, na qualidade de um dos interessados e


mediante manifestação escrita, desistiu totalmente de seu pedido, objeto de
processo administrativo perante a administração pública federal. Nesse caso, a
desistência de Rogério
a) prejudica sempre o prosseguimento do processo porque se estende aos
demais interessados.
b) atinge somente a quem a tenha formulado.
c) não tem validade por haver vários interessados, o que é questão de
ordem pública.
d) implica suspensão do processo porque o objeto da decisão tornou-se
prejudicado ou inútil.
e) atinge irremediavelmente o processo, que deverá ser extinto por motivo
de conveniência ou oportunidade.

175. (Auditor/TCE-AM/2008) De acordo com a lei no 9.784/99, no curso de


processo administrativo
a) a motivação dos atos é facultativa, principalmente se implicarem
restrição de direitos.

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b) a autoridade processante é livre para escolher a forma processual, com


preferência para o princípio da oralidade.
c) as nulidades processuais acarretam a imediata anulação do processo,
mesmo que não tenha havi do prejuízo.
d) a Administração tem o dever de emitir decisão, no prazo de até 30
(trinta) dias a contar do encerramento da instrução.
e) são admitidas provas de quaisquer naturezas, mesmo ilícitas, se
conduzirem à elucidação da verdade material.

176. (TRF-5ªRegião/2008) De acordo com a Lei nº 9.784/99, será


devolvido o prazo para recurso na hipótese de interposição
a) após exaurida a esfera administrativa.
b) fora do prazo.
c) por pessoa sem legitimid ade ativa.
d) perante órgão incompetente.
e) após transitada em julgado a decisão administrativa.

177. (TRF-5ªRegião/2008) No tocante à instrução do processo, de acordo


com a Lei nº 9.784/99, quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão
consultivo, o parecer deverá ser emitido, salvo norma especial ou comprovada
necessidade de maior pra zo, no prazo máximo de
a) três dias.
b) cinco dias.
c) sete dias.
d) dez dias.
e) quinze dias.

178. (TRF-5ªRegião/2008) Nos processos administrativos serão


observados, entre outros, os critérios de
I. atendimento a fins de interesse individual, válida a renúncia total ou parcial
de poderes ou competências, salvo autorização em lei.
II. objetividade no atendimento do interesse público, permitida a promoção
pessoal de agentes ou autoridades.
III. divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de
sigilo previstas na Cons tituição.
IV. adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de
certeza, segurança e respeito aos direi tos dos administrados.

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No tocante a Lei nº 9.784/99, está INCORRETO o que consta APENAS em

a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, II e IV.

179. (TRF-5ªRegião/2008) De acordo com a Lei nº 9.784/99, considere:


I. Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão
dificultar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações.
II. Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que seja
interessado ou não, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles
contidos e conhecer as decisões proferidas.
III. Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais
serão objeto de consideração pelo órgão competente.
IV. Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória
a representação, por força de lei.
É correto afirmar que, perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe
sejam assegurados, o administrado tem os direitos apontados APENAS em
a) I e IV.
b) I e II.
c) I e III.
d) III e IV.
e) II e IV.

180. (TRF-5ªRegião/2008) No tocante a instrução do processo, de acordo


com a Lei nº 9.784/99, encerrada a instrução, o interessado terá o direito de
manifestar-se, salvo se outro prazo for legalmente fixado, no prazo máximo de
a) trinta dias.
b) três dias.
c) cinco dias.
d) quinze dias.
e) dez dias.

181. (TRE-SE/2007) Para os fins da lei que regula o processo administrativo


no âmbito da Administração Pública Federal, considere:
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I. A unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.


II. O servidor ou agente público dotado de poder de decisão.
III. A unidade de atuação integrante das estruturas das Administrações direta
e indireta.
Tais situações dizem respeito, respectivamente,
a) à entidade, ao superior h ierárquico e a autoridade.
b) ao órgão, ao magistrado e à entidade.
c) à repartição, ao superior hieráquico e à entid ade.
d) à autoridade, ao magistrado e ao órgão.
e) à entidade, à autoridade e ao órgão.

182. (TRE-SE/2007) Nas instruções dos processos administrativos, no


âmbito da Administração Pública Federal, quando por disposição de ato
normativo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos
administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão
responsável pela referida instrução deverá
a) requisitar o laudo técnico junto à direção do órgão solicitado para que
atenda em 48 horas, sob pena de crime de desobediência.
b) suprir o laudo técnico com o depoimento de testemunhas especialistas
que tenham conhecimento da matéria.
c) providenciar o laudo técnico junto a entidade competente de direito
privado, dispensando-se a equivalência de qualificação técnica.
d) solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade
técnica equivalente.
e) determinar o prosseguimento do processo até a decisão final
respondendo o órgão solicitado, e faltoso, por perdas e danos.

183. (TRF-3ªRegião/2007) Sobre o processo administrativo (Lei no


9874/99), considere:
I. É direito do administrado fazer-se assistir, facultativamente, por advogado,
salvo quando obrigatória a rep resentação, por força de l ei.
II. A competência é renunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que
foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente
admitidos.
III. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta média,
para efeitos disciplinares.
IV. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da
questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria
do processo.

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V. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer


deverá ser emitido no prazo máximo de dez dias, salvo norma especial ou
comprovada necessidade de maior prazo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) II, III e V.
c) I, II e V.
d) I e II.
e) I e IV.

184. (TRF-2ªRegião/2007) Nos processos administrativos no âmbito da


Administração Pública Federal, os administrados têm o seguinte direito, dentre
outros, perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam
assegurados,
a) apresentar documentos, antes ou após a decisão, mas facultativa a
consideração deles pelo órgão público.
b) fazer-se assistir, obrigatoriamente, e em qualquer hipótese, por
advogado.
c) ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a
condição de interessado e ter vista dos autos.
d) obter cópias de quaisquer documentos e conhecer as decisões, desde
que assistido por advogado.
e) formular alegações em qualquer fase processual, mesmo sem a condição
de titular do direito ou interessado.

185. (TRT-23ªRegião/2007) A respeito do recurso e revisão no processo


administrativo, é INCORRETO afirmar que
a) o processo administrativo do qual resultar sanção poderá ser revisto até
dois anos do seu término, a pedido do interessado, quando surgirem
fatos novos suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
b) o recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se
não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade
superior.
c) os cidadãos ou associações têm legitimidade para interpor recurso
administrativo, quanto a direitos ou interesses difusos.
d) o recurso não será conhecido quando interposto perante órgão
incompetente, mas ao recorrente será indicada a autoridade competente,
sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.

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e) se o recorrente alegar violação de enunciado em súmula vinculante, o


órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões da
aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.

186. (TRE-PB/2007) No que diz respeito aos prazos que devem ser
observados no processo administrativo no âmbito da Administração Pública
Federal, é correto afirmar que, de regra, os prazos fixados em
a) horas, contam-se de minuto a minuto, e sempre admitem suspensão.
b) dias contam-se de data a data, e sempre admitem suspensão.
c) semanas contam-se de forma descontínua, e não se suspendem.
d) anos contam-se de modo contínuo, e sempre admitem suspensão.
e) meses contam-se de data a data, e não se suspendem.

187. (TRE-MS/2007) De acordo com a Lei no 9784/99, com relação à


competência nos processos administrativos, é correto afirmar:
a) É vedada a delegação de competência a órgãos que não sejam
hierarquicamente subordinados ao titular da co mpetência.
b) A edição de atos de caráter normativo pode ser objeto de delegação de
competência, por expressa permissão legal.
c) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo
deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para
decidir.
d) O ato de delegação de competência não pode ser revogado pela
autoridade delegante tratando -se de ato formalmente p erfeito.
e) A competência pode ser renunciada pelos órgãos administrativos a que
foi atribuída como própria.

188. (Procurador/TCE-CE/2006) Como conseqüência dos princípios


aplicáveis aos processos administrativos em geral, decorre a regra segundo a
qual
a) a Administração encontra-se adstrita à verdade formal dos autos,
restando dispensada de efetuar diligências que não tenham sido
requeridas pelo particular interessado, para produção de provas que o
beneficiem.
b) uma vez proferida e transitada em julgado uma decisão administrativa, a
Administração não poderá alterá-la se o particular interessado não
houver interposto o recur so cabível, na forma prevista em lei.
c) fatos novos que venham a ser conhecidos após o encerramento da fase
instrutória poderão ser levados em conta pelo órgão julgador, caso
relevantes para a solução do processo.
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d) é vedado à lei instituir limitação, ainda que parcial, ao direito de recorrer,


como conseqüência do contraditório, da ampla defesa e do duplo grau de
jurisdição.
e) a desistência do processo opera a sua extinção imediata, podendo, em
caso de nova instauração de processo e posterior desistência, ser
aplicada ao particular a pena de perempção.

189. (TRE-SP/2006) Conforme a lei que trata do processo administrativo no


âmbito da Administração Pública Federal, é INCORRETO afirmar:
a) Não podem ser objeto de delegação, dentre outros, a decisão de
recursos administrativos e a edição de atos de caráter normativo.
b) Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados, a avocação temporária de competência
atribuída à órgão hierarquicamente in ferior.
c) As decisões adotadas por delegação considerar-se-ão editadas pela
autoridade delegante.
d) O ato de delegação poderá conter ressalva de exercício da atribuição
delegada, podendo ser revogado a qualquer tempo pela autoridade
delegante.
e) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo
deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para
decidir.

190. (TRT-4ªRegião/2006) Tendo em vista o dispositivo legal que regula o


processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, observa-
se que das decisões administrativas cabe recurso que
a) deverá ser interposto no prazo de 10 (dez) dias, salvo previsão legal
específica, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão
recorrida.
b) será dirigido à autoridade superior àquela que proferiu a decisão e sua
interposição deve ocorr er em 5 (cinco) dias.
c) poderá resultar em agravamento da sanção anteriormente imposta, por
ser permitida a reformatio in pejus em matéria administrativa.
d) terá, como regra efeito suspensivo e tramitará no máximo por duas
instâncias, salvo previsão legal específica.
e) deverá ser decidido no prazo máximo de 90 (noventa) dias a partir da
publicação oficial da decisão recorrida.

191. (TRT-4ªRegião/2006) A lei que regula o processo administrativo no


âmbito da Administração Pública Federal dispõe que os atos administrativos
que apresentam defeitos sanáveis poderão ser
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a) declarados inexistentes pela própria autoridade que os expediu ou por


seu superior hierárquico, com efeitos irretroativos, no prazo prescricional
de até 10 (dez) anos.
b) anulados pelo Poder Judiciário por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
c) convalidados pela própria Administração Pública, em decisão motivada,
desde que não haja lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros.
d) revogados com efeitos retroativos, quando eivados de vício de legalidade
ou de finalidade, no prazo prescricional de até 5 (cinco) anos.
e) anulados no prazo prescricional de até 2 (dois) anos, contados da data
em que foram praticados, salvo comprovada má-fé, quando decorram
efeitos favoráveis para os destinatários.

192. (Procurador/TCE-PI/2005) O particular que requereu a instauração


de processo administrativo
a) não pode desistir do processo.
b) pode desistir do processo, gerando necessariamente sua extinção.
c) pode desistir do processo, competindo à autoridade processante a
faculdade discricionária de aceitar a desistência ou não, por seu livre
convencimento.
d) pode desistir do processo, o qual no entanto poderá prosseguir se o
interesse público assim o justificar.
e) apenas poderá desistir do processo se obtiver autorização judicial.

193. (TRT-3ªRegião/2005) Em um processo administrativo, sujeito à Lei no


9.784/99, a situação em que a autoridade responsável pelo processo seja
amigo íntimo de parente de terceiro grau de algum dos interessados,
a) é típica de impedimento, que deve ser argüido pela parte interessada.
b) é típica de impedimento, que deve ser apontado pela autoridade superior
do órgão público em quest ão.
c) é típica de argüição de suspeição, cujo deferimento ou não caracteriza
ato discricionário da autoridade superior, porta nto, irrecorrível.
d) é típica de argüição de suspeição, a qual, se indeferida, é passível de
recurso sem efeito suspensivo.
e) não se caracteriza como hipótese nem de impedimento, nem de
suspeição.

194. (TRT-8ªRegião/2004) O diploma legal, que regula o processo


administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, dispõe que o

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direito da Administração de anular os atos administrativos dos quais decorram


efeitos favoráveis para
a) a coletividade decai em três anos da publicação, exceto se ficar
comprovada a má-fé do agente público que praticou o ato.
b) uma de suas entidades prescreve em dois anos, contados da data em
que forem publicados, salvo comprovada boa-fé do agente público que
praticou o ato.
c) os licitantes não prescreve enquanto não ficar comprovada a boa-fé dos
destinatários, exceto após cinco anos da data em que forem praticados.
d) os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que forem
praticados, salvo comprovada má -fé.
e) os adjudicatários em certames licitatórios prescreve em doze meses,
contados da data em que fo rem praticados.

195. (TRE-AM/2003) Na instrução dos processos administrativos, quando,


por disposição de ato normativo, devam ser previamente obtidos laudos
técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo
assinalado, o órgão responsável pela instrução deverá
a) determinar o prosseguimento do processo até a decisão final,
respondendo o órgão faltoso por perdas e danos.
b) requisitar o laudo pericial junto à direção do órgão técnico para que
atenda em 48 horas, sob pena de crime de desobediência.
c) suprir o referido laudo com o depoimento de testemunhas que tenham
conhecimento da matéria.
d) solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade
técnica equivalentes.
e) providenciar o laudo, junto a entidade de direito privado, dispensando-se
a equivalência de qualificação e técnica.

196. (TRE-BA/2003) No processo administrativo, salvo disposição em


contrário, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo devem ser
praticados no prazo de
a) 10 dias, dilatáveis até mais 10 dias.
b) 8 dias, improrrogáveis.
c) 5 dias, dilatáveis até o dobro.
d) 3 dias, prorrogáveis por mais 3 dias
e) 48 horas, prorrogáveis pelo dobro.

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197. (TRE-BA/2003) A comunicação dos atos do processo administrativo


será feita, de regra, por
a) intimação mediante ciência no processo, por via postal com aviso de
recebimento e por telegrama.
b) citação, publicada no Diário Oficial da União, com antecedência mínima
de 10 dias.
c) intimação, feita por meio de oficial de justiça, sempre com antecedência
mínima de 5 dias.
d) citação, feita por meio de oficial de justiça, juntandose cópia do mandado
aos autos, no mínimo, 24 horas antes da prática do ato.
e) intimação, publicada no Diário Oficial da União, quando o interessado não
for encontrado pelo oficial de justiça.

198. (TRT-21ªRegião/2003) No caso da matéria do processo


administrativo, no âmbito da Administração Federal, envolver assunto de
interesse geral, pode -se abrir período de consulta pública para manifestação
a) do Ministério Público, até o trânsito em julgado da decisão do pedido,
mesmo que implique prejuízo para a parte interessada.
b) de entidades e associações legalmente organizadas, antes da decisão do
pedido, mesmo que implique preju ízo para a parte interessada.
c) das partes e de um representante do Poder Legislativo, desde que no
início do procedimento e antes do recebimento do pedido.
d) popular, antes ou após a decisão do pedido, desde que este não tenha
transitado em julgado.
e) de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a
parte interessada.

199. (TRT-20ªRegião/2002) Um prazo em um processo administrativo


sujeito à Lei nº 9.784/99, fixado em lei como de “um mês”, tem como seu dia
do início 31 de janeiro. Considerando-se que o ano em questão não é bissexto,
o dia do vencimento será
a) 4 de março.
b) 3 de março.
c) 2 de março.
d) 1o de março.
e) 28 de fevereiro

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200. (TRE-PI/2002) No âmbito da Administração Pública federal, em


conformidade com a Lei no 9.784, de 29.01.99, deverá ser observada, quanto
à competência, entre outras regras, que
a) não será permitida, em qualquer hipótese, a avocação temporária de
competência atribuída a órgã o hierarquicamente inferior.
b) inexistindo competência legal específica, o processo
administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor
grau hierárquico para decidi r.
c) é vedado ao órgão administrativo e seu titular delegar parte de sua
competência a outros órgãos ou titulares, quando estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados.
d) poderão ser objeto de delegação a decisão de recurso administrativo e a
edição de atos de caráter normativo.
e) para o ato de delegação basta ser especificada a matéria, os poderes
transferidos e os limites da atuação do delegado.

22. GABARITO COMENTADO

22.1. DA ESAF

101- Gabarito: E
Vide art. 3º da Lei da Lei 9.784/99.
A letra e está errada. Pois, concluída a instrução do processo administrativo,
a Administração tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser
prorrogado por igual período , desde haja motivação expressa (art. 49).

102- Gabarito: D
A letra a está errada. Vide art. 13 da Lei.
A letra b está errada. Pois, a delegação será revogável a qualquer tempo.
A letra c está errada. Nos termos do art. 15 da Lei, em caráter excepcional
e por motivos relevantes devidamente justificados, será permitida a
avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior.
A letra d está certa. Vide art. 13 da Lei.
A letra e está errada. De acordo com o art. 11 da Lei, “a competência é
irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída
como própria, salvo o s casos de delegação e avocação legalmente admitidos”

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103- Gabarito: A
A letra a está certa. Vide art. 28 da Lei.
A letra b está errada. De fato, os atos processuais serão realizados nos dias
úteis, no horário normal de funcionamento da repartição em que tramitar.
Todavia, poderão ser concluídos depois desse horário os atos já iniciados, cujo
adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao
interessado ou à Administração (art. 23).
A letra c está errada. Vimos que a Lei estabelece que, preferencialmente, os
atos do processo serão realizados na sede do órgão. Contudo, poderão ser
realizados em outro local. Nesse caso, o interes sado será informado (art. 25).
A letra d está errada. Pois, o desatendimento da intimação não importa o
reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo
administrado (art. 27). A expressão “quem cala consente” não tem aplicação
no processo administrativo.
A letra e está errada. De acordo com o princípio do informalismo, o
processo administrativo não se sujeita a formas rígidas.

104- Gabarito: A
A letra a está errada. Vide art. 7º da Lei.
A letra b está certa. Vide art. 69 da Lei.
A letra c está certa. Princípio do informalismo.
A letra d está certa. Princípio da gratuidade.
A letra e está certa. Vide art. 4º da Lei.

105- Gabarito: C
A letra a está errada. A competência é irrenunciável (art. 11).
A letra b está errada. A delegação independe de subordinação hierárquica.
A letra c está certa. Vide art. 17 da Lei.
A letra d está errada. Vide art. 14, §3º da Lei.
A letra e está errada. Vide art. 13 da Lei.

106- Gabarito: E
A letra a está errada. Vide art. 13 da Lei.
A letra b está errada. A motivação deve ser explícita
A letra c está errada. Os interessados serão intimados de prova ou diligência
ordenada, com antecedência mínima de 3 dias úteis, mencionando-se data,
hora e local de realização (art. 41).

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A letra d está errada. Os interessados têm direito à vista do processo e a


obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o
integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por
sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem (art. 46). Percebam
que eles não podem reti rar os autos do processo da repartição.
A letra e está certa. Vide art. 66 da Lei.

107- Gabarito: C
A letra a está certa. Interessados “DIDI” = Publicação oficial.
A letra b está certa. Vide art. 26, §3º da Lei.
A letra c está errada. Vide questão 103.
A letra d está certa. Vide art. 26, §5º.
A letra e está certa. Sempre que a produção de determinada prova ou a
realização de diligência forem necessárias, os interessados serão intimados
com a antecedência míni ma de 3 dias úteis (art. 41).
Lembrem-se de que a intimação tem prazo específico (antecedência
mínima de 3 dias úteis). Por tanto, a ela não se aplica o prazo genérico de 5
dias.

108- Gabarito: C
“Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma
e pensão.” (Súmula Vinculante 3)

109- Gabarito: B
A letra a está errada. Os esses princípios estão expressos na CF.
A letra b está certa.
A letra c está errada. Os esses princípios estão expressos na CF.
A letra d está errada. O princípio do contraditório está expl ícito na CF.
A letra e está errada. O princípio do contraditório está explícito na CF.

110- Gabarito: A

economicidade 4 - eficiência

preclusão 1 - segurança
administrativa jurídica

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isonomia 2 - impessoalidade

costumes da sociedade 3 - moralidade

proporcionalidade 5 - razoabilidade

111- Gabarito: B
Vide art. 68 da Lei.

112- Gabarito: B
Vide art. 58 da Lei.

113- Gabarito: A
Vide art. 18 da Lei.

114- Gabarito: A
Vide art. 4º da Lei.

115- Gabarito: E
Por força do princípio da segurança jurídica, no âmbito do processo
administrativo federal, a Administração Pública deve interpretar a norma
administrativa de forma que melhor garanta o atendimento do fim público a
que se dirige. Por isso, é vedada a aplicação retroativa de nova interpretação,
a fim de garantir ao administrado adequado grau de certeza e segurança de
seus direitos.

116- Gabarito: E
A correção judicial baseada na ofensa ao princípio da razoabilidade não invade
o mérito do ato administrativo, isto é, o campo de liberdade outorgado pela lei
à Administração para decidir-se de acordo com critérios de conveniência e
oportunidade.

117- Gabarito: D
A intimação deverá conter (art. 26, §1º):
 Identificação do intimado e nome do órgão ou entidade
administrativa;
 Finalidade da intimação;
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 Data, hora e local em que deve comparecer;


 Se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fizer-se-se
representar;
 Informação da continuidade do processo independentemente do
seu comparecimento;
 Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.
De fato, a intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis
quanto à data de comparecimento (art. 26, §2º). Porém, esse prazo não
estará contido na intimação. Questão maliciosa demais!

118- Gabarito: E
Em decorrencia dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos
processos administrativos serão observados os critério de garantia dos direitos
à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à
interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas
situações de litígio (art. 2º, parágrafo único). Todavia, na referida Lei não há
previsão de aplicação de interpretação mais favorável ao administrado.

119- Gabarito: E
O art. 3º da Lei da Lei 9.784/99 prevê os direitos dos administrados no curso
do processo administrativo. São eles (rol não taxativo):
 Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão
facilitar o exercício de seus direitos e o cumprim ento de suas obrigações;
 Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a
condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos
neles contidos e conhecer as decisões proferidas;
 Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais
serão objeto de consideração pelo órgão competente;
 Fazer-se assistir, FACULTATIVAMENTE, por advogado, salvo quando
obrigatória a representação, por força de lei .

120- Gabarito: B
A letra a está certa. Vide art. 9º da Lei.
A letra b está errada. Visando à celeridade processual, o recurso
administrativo, em regra, tramitará no máximo por 3 instâncias
administrativas (art. 57).
A letra c está certa. Vide art. 56 da Lei.
A letra d está certa. Vide art. 56, §2º da Lei.

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A letra e está certa. Vide art. 61 da Lei.

121- Gabarito: B
A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social, Econômica,
Territorial ou Jurídica (TSE + TJ).

122- Gabarito: C
Vide art. 42, §2º da Lei.

123- Gabarito: E
Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando (art. 5 0):
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.

124- Gabarito: B
Vide art. 59 da Lei.

125- Gabarito: D
O recurso não será conhecido quando interposto (art. 63 ):
 Fora do prazo;
 Perante órgão incompetente.
 Por quem não seja legitim ado;
 Após exaurida (esgotada) a esfera administrativa.
.
126- Gabarito: B
De acordo com o princípio da oficialidade (ou princípio do impulso oficial
do processo), o processo administrativo pode ser instaurado de ofício,
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independentemente de provocação do administrado. Ademais, à Administração


cabe impulsionar o processo.

127- Gabarito: C
Vide questão 125.

128- Gabarito: A
“SERá FÁCIL Pro MoMo”: Segurança Jurídica, Eficiência, Razoabilidade,
Finalidade, Ampla defesa, Contraditório, Interesse Público, Legalidade,
Proporcionalidade, Moralidade e Motivação.

129- Gabarito: B
Vide art. 59 da Lei.

130- Gabarito: A
Os princípios da razoabilidade, da segurança jurídica, da proporcionalidade e
da motivação não estão expressamente previstos na CF.

131- Gabarito: D
De acordo com o princípio da segurança jurídica (ou princípio da
estabilidade das relações jurídicas), é vedada à Administração a aplicação
retroativa de uma nova interpretação de determinada

132- Gabarito: C
A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o
prosseguimento do processo, caso a Administração considere que
o interesse público assim o exige (art. 51, §2º).

133- Gabarito: C
Os processos administrativos de que resultarem sanções poderão ser revistos,
a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção
aplicada (art. 65). Contudo, dessa revisão não poderá resultar
agravamento da sanção (art. 65, parágrafo único).

134- Gabarito: B
Vide art. 59 da Lei.

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135- Gabarito: C
Vide art. 13 da Lei.

136- Gabarito: A
A Lei nº 9.784/99 aplica-se:
 À Administração Federal direta e indireta; e
 Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando
no desempenho de função administrativa.

137- Gabarito: A
Vide art. 13 da Lei.

138- Gabarito: E
Vide arts. 56 e 59 da Lei.

139- Gabarito: A
Vide art. 17 da Lei.

140- Gabarito: C
De acordo com o princípio da oficialidade (ou princípio do impulso oficial
do processo), o processo administrativo pode ser instaurado de ofício,
independentemente de provocação do administrado. Ademais, à Administração
cabe impulsionar o processo.

22.2. DO CESPE

141- Gabarito: E
A delegação é revogável a qualquer tempo.

142- Gabarito: E
Vide art. 1º, §2º da Lei.

143- Gabarito: C
Vide art. 65 da Lei.

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144- Gabarito: C
Vide art. 56, §3º da Lei.

145- Gabarito: E
O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos
fatos, nem a renúncia a direito pelo administ rado (art. 27).

146- Gabarito: C
O recurso não será conhecido quando interposto perante órgão
incompetente (art. 63, II). Nesse caso, será indicada ao recorrente a
autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art. 63,
§1º).

147- Gabarito: E
Vide art. 61 da Lei.

148- Gabarito: B
Vide art. 51 da Lei.

149- Gabarito: E
Segundo a Lei nº 9.784/99, das decisões administrativas cabe recurso, em
face de razões de legalidade e de mérito (art. 56). Vejam que a Lei não
excetua as decisões proferidas por servidores das agências reguladoras.

150- Gabarito: A
A letra a está certa. Em decorrência dos princípios do contraditório e da
ampla defesa, nos processos administrativos serão observados os critérios de
garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à
produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que
possam resultar sanções e nas situações de litígio.
A letra b está errada. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão
registrados em documentos existentes na própria Administração responsável
pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a
instrução (e não o interessado) proverá, de ofício, à obtenção dos
documentos ou das respectivas cópias (art. 37)
A letra c está errada. Se o recorrente alegar que a decisão administrativa
contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade responsável

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pela decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de


encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou
inaplicabilidade da súmula (art. 56, §3º).
A letra d está errada. Órgão não tem personalidade jurídica.

151- Gabarito: C
Tais critérios decorrem dos princípios do informa lismo e da segurança jurídica.

152- Gabarito: C
Aplicação do princípio da oficialidade.

153- Gabarito: E
A fim de facilitar o acesso do administrado a seus direitos, o art. 7º da Lei
dispõe que os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos
ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões
equivalentes.

154- Gabarito: E
A delegação independe de subordinação hierárquica.

155- Gabarito: E
Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade não estão expressos no
texto da Constituição Federal. Segundo o STF, esses valores decorrem do
princípio do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV: ninguém será privado
da liberdade ou dos seus bens sem o devido processo legal). Por isso, são
chamados de princípios impl ícitos.

156- Gabarito: C

Reformatio in prejus (na Lei nº 9.784/99)

Recursos administrativos Sim

Revisão dos processos Não

157- Gabarito: E
De acordo com o art. 18 da Lei, é impedido de atuar em processo
administrativo o servidor ou autoridade que:

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 Tenha interesse direto ou indireto na matéria.


 Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou
representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge,
Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3)
 Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado
ou respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC)

158- Gabarito: C
Conforme disposição contida no parágrafo único do art. 6º, a Administração
deve orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas no
pedido. Isso significa que o servidor deve prestar informações ao requerente
sobre modo de solucionar problemas relativos à falta de elementos essenciais
ao pedido. Ademais, é vedada à Administração simples recusa imotivada de
receber o requerimento ou outros do cumentos.

159- Gabarito: C
Ressalvada previsão especial em ato normativo próprio, para fins de processo
administrativo, são considerados capazes os maiores de 18 anos. Isso
significa que, em regra, o menor de 18 não pode atuar no processo, a não ser
que assistido ou representado por responsável.

160- Gabarito: E
Pois, a intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis
quanto à data de comparecimento (art. 26, §2 º).

161- Gabarito: C
Em decorrência do princípio da motivação, nos processos administrativos,
serão observados, entre outros, os critérios de indicação dos pressupostos
de fato e de direito que determinarem a decisão (art. 2º, parágrafo único,
VII).

162- Gabarito: E
Os pedidos de diversos interessados tiverem conteúdo e fundamentos
idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, exceto se
houver previsão legal em contrário (art. 8º).

163- Gabarito: E
Nos termos da Lei nº 9.784/99, o processo administrativo deve observar as
formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados, bem como

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adotar formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,


segurança e respeito aos direitos dos administrados. Assim:
 Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo
(em português), com a data e o local de sua realização e a
assinatura da autoridade responsável.
 Em regra, o reconhecimento de firma somente será exigido quando
houver dúvida de autenticidade. A lei, porém, poderá estabelecer
outras situações em que o reconhecimento de firma será necess ário.
 A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo
órgão administrativo.
 O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e
rubricadas.

164- Gabarito: C
Convalidação tácita: o direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários
decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé do beneficiado (art. 54). Essa modalidade de convalidação
chama-se tácita porque decorre da inércia da Administração. Transcorrido o
prazo de 5 anos, sem que ocorra manifestação da Administração, o ato será
tacitamente convalidado.

165- Gabarito: C
Vide art. 26, §3º da Lei.

166- Gabarito: E
A decisão de recursos administrativos é indelegável.

167- Gabarito: B
O item II está errado. A decisão de recursos administrativos é indelegável.
O item III está errado. Pois, o princípio da segurança jurídica veda a
aplicação retroativa de nova interpretação.
O item IV está errado. Vide art. 50 da Lei.

22.3. DA FCC

168- Gabarito: D

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Nos termos do art. 15 da Lei, em caráter excepcional e por motivos


relevantes devidamente justificados, será permitida a avocação
temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

169- Gabarito: B
De acordo com o art. 69 da Lei nº 9.784/99, “os processos administrativos
específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas
subsidiariamente os preceitos desta Lei”.

170- Gabarito: A
A competência é irrenunciável e intransferível. Destarte, a competência
deve ser exercida por quem a lei a concedeu. Excepcionalmente, são
admitidas a delegação e a avocação (art. 11)

171- Gabarito: B
Vide art. 18 da Lei.

172- Gabarito: A
Vide art. 40 da Lei.

173- Gabarito: D
Vide art. 9º da Lei.

174- Gabarito: B
Vide art. 51, §1º da Lei.

175- Gabarito: D
Vide art. 49 da Lei.

176- Gabarito: D
O recurso não será conhecido quando interposto perante órgão
incompetente (art. 63, II). Nesse caso, será indicada ao recorrente a
autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art. 63,
§1º).

177- Gabarito: E
Vide art. 42 da Lei.

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178- Gabarito: A
O item I está errado. Pois, a competência é irrenunciáv el.
O item II está errado. O princípio da impessoalidade veda a promoção
pessoal do agente público.

179- Gabarito: D
O item I está errado. As autoridadese os servidores deverão facili tar o
exercício dos direitos dos administrados.
O item II está errado. Os administrados não têm direito de ter ciência da
tramitação de processos administrat ivos em que não sejam interessados.

180- Gabarito: E
Vide art. 44 da Lei.

181- Gabarito: E
Vide art.1º, §2º, da Lei.

182- Gabarito: D
Vide art. 43 da Lei.

183- Gabarito: E
O item II está errado. Pois, a competência é irrenunciável.
O item III está errado. Pois, a omissão do dever de comunicar o
impedimento constitui falta grave.
O item V está errado. Em regra, quando deva ser obrigatoriamente ouvido
um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15
dias.

184- Gabarito: C
O art. 3º da Lei da Lei 9.784/99 prevê os direitos dos administrados no curso
do processo administrativo. São eles (rol não taxativo):
 Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão
facilitar o exercício de seus direitos e o cumprim ento de suas obrigações;
 Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a
condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos
neles contidos e conhecer as deci sões proferidas;

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 Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais


serão objeto de consideração pelo órgão competente;
 Fazer-se assistir, FACULTATIVAMENTE, por advogado, salvo quando
obrigatória a representação, por força de lei.

185- Gabarito: A
A letra a está errada. Os processos administrativos de que resultarem
sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo (art. 65).
A letra b está certa. Vide art. 56, §1º, da Lei.
A letra c está certa. Vide art. 58 da Lei.
A letra d está certa. Vide art. 63, I e §1º, da Lei.
A letra e está certa. Vide art. 64-A da Lei.

186- Gabarito: E
Quanto à contagem dos prazos processuais, a Lei nº 9.784/99 estabelece o
seguinte:
 Os prazos começam a correr a partir da data da ciência oficial,
excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do
vencimento.
 Se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou
este for encerrado antes da hora normal, considera-se prorrogado o
prazo até o primeiro dia útil seguinte
 Os prazos expressos em dias contam -se de modo contínuo.
 Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se
no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início
do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.
 Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos
processuais não se suspendem. Ou seja, em regra, a contagem não é
paralisada.

187- Gabarito: C
Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá
ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir (art.
17).

188- Gabarito: C
Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos,
a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou

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circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção


aplicada (art. 65).

189- Gabarito: C
As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta
qualidade. O delegado será responsável por tais decisões.

190- Gabarito: A
Vide art. 59 da Lei.

191- Gabarito: C
Convalidação expressa: Em decisão na qual se evidencie não acarretarem
lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que
apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração (art. 55).

192- Gabarito: D
Vide art. 51 da Lei.

193- Gabarito: D
SUSPEIÇÃO:
 Amizade íntima ou inimizade notória (CCPA3).
 Presunção relativa de incapacidade
 Pode ser argüida
 Se indeferida, cabe recurso (sem efeito suspensivo)

194- Gabarito: D
Convalidação tácita: o direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários
decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé do beneficiado (art. 54).

195- Gabarito: D
Vide art. 43 da Lei.

196- Gabarito: C

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Se não houver disposição específica, os atos do órgão ou autoridade


responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser
praticados no prazo de 5 dias, salvo motivo de força maior. Esse é o chamado
prazo genérico do processo administrativo. Pois, só é aplicável se não houver
prazo específico (art. 24).

197- Gabarito: A
De acordo com o 26, §3º da Lei, a intimação pode ser efetuada por:
 Ciência no processo (assinatura do interessado nos autos do
processo);
 Via postal com aviso de recebimento (AR);
 Telegrama; ou
 Outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado (p.
ex: um servidor vai à casa do interessado para intimá-lo).
 Publicação oficial, no caso de interessados Desconhecidos,
Indeterminados ou com Domicílio Indefinido (art. 26, §4º).
(Interessados “DIDI” = Publicação oficial)

198- Gabarito: E
Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão
competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de
consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do
pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada (art. 31).

199- Gabarito: E
Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do
vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se
como termo o último dia do mês.

200- Gabarito: B
Vide art. 17 da Lei.

Até a próxima aula!

Bons estudos,

Anderson Luiz
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