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A Obra POLITICAS PUBLICAS QUE DERAM CERTO de Valéria Cavalcante foi licenciada
com uma Licença Creative Commons - Atribuição 3.0 Não Adaptada.
Fortaleza
2011
VALÉRIA ARAÚJO CAVALCANTE
Fortaleza
2011
Dedico este trabalho à Deus, ao meu filho e ao meu orientador.
"Oque mata um jardim não é o abandono !
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem passa indiferente por ele"
( Mario Quintana)
SUMÁRIO
1 Introdução......................................................................................................................
............01
1.1 Políticas Públicas Brasil rumo ao estado de bem-estar no
Brasil.................................01
1.2 Acesso à Saúde no Brasil e
Política.................................................................................06
2. Políticas Públicas de saúde que deram
certo..........................................................................16
2.1 SAMU Seviço de atendimento Móvel de
urgência..........................................................16
2.2. Programa Saúde da
Família............................................................................................22
4. Considerações
Finais................................................................................................................24
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
ANEXO I: CENTRAIS DE REGULAÇÃO DO SAMU 192 PELO BRASIL
01
1. Introdução
Como que ocorreu em outros países, também no Brasil durante o curso dos processos
de modernização e de desenvolvimento econômico ocorridos longo do século XX, apresentou uma
melhoria significativa nos seus indicadores de bem-estar social. Desde os anos 1930, quando se
teve início o processo de construção das estruturas estatais que formaram a versão brasileira do
moderno Estado de bem-estar social, houve nosso ingresso nessa fase rumo ao desenvolvimento
dos direitos de cidadania marcada por parte do Estado em assumir de modo mais marcante a
questão social como prioridade pública. Desde então, tem-se a emergência de novas formas de
regulação estatal que produzem novos contornos do ponto de vista da relação Estado/Sociedade
através de dispositivos públicos de proteção social 1.
Apesar disso, nos últimos anos mesmo dada importância ao conhecimento sobre
políticas públicas, instituições, regras e modelos que regem sua decisão, elaboração,
implementação e avaliação, alguns fatores tem atrapalhado esse avanço nos países da América
Latina. Entre eles a dificuldade de formar coalizões politicas capazes de equacionar políticas
públicas capazes de impulsionar o desenvolvimento econômico e de promover a inclusão social de
grande parte da população 2.
O Estado do bem-estar surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Seu desenvolvimento
está intimamente relacionado ao processo de industrialização e os problemas sociais gerados a
partir dele. A Grã-Bretanha foi o país que se destacou na construção do Estado de bem-estar com a
aprovação, em 1942, de uma série de providências nas áreas da saúde e escolarização. Nas décadas
seguintes, outros países seguiriam essa direção 3.
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Assim como a prestação de serviços sociais, o estado do bem estar passou a intervir
fortemente na área econômica de modo a regulamentar praticamente todas as atividades produtivas
a fim de assegurar a geração de riquezas materiais junto com a diminuição das desigualdades
sociais.
Antes de avançar sobre o tema é preciso fazer alguns esclarecimentos. Por exemplo, a
política administra conflitos de intereses da sociedade, cuja principal característica é a
diferenciação social. A sociedade, diferentemente de comunidade, possui interesses e recursos de
poder diferenciados, assim como interage de forma contínua afim de satisfazer suas demandas
individuais e em grupos. Os membros que a compõe são considerados não apenas em seus
atributos diferenciados (idade, estado civil, renda, profissão, etc), mas em suas idéias, valores,
aspirações diversas e papéis que desempenham, desse modo contribuindo de várias formas à vida
em coletividade 4.
Ao se deter ao termo “políticas públicas”, nos deperamos com o já tão amplo conceito
de política e suas várias empregabilidades. Haja vista que a sociedade recorre a política pelos mais
variados tipos de problemas que surgem na “polis”, ou seja, lugar em que incide o poder de
determinado governo.
Dentre os avanços alcançados pelo Brasil no combate a pobreza e desigualdade, está o
conjunto das políticas públicas motivada pela Constituição Federal de 1988, em busca do Estado
de Bem-estar Social, que possibilitou obter resultados positivos no Brasil como os mesmos
alcançados em países desenvolvidos 5.
Porém, a democracia é a condição básica para a construção de um Estado que promova
4 RUA, Maria das Graças.Políticas públicas. Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC;
[Brasília] : CAPES : UAB, 2009. 130p. ISBN: 978-85-61608-60-6.
5 IPEA. Pobreza, desigualdades e políticas públicas. 12 Jan. 2010. Disponível em: <
http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/comunicado_presidencia/100112Comunicado38.pdf.
>. Acesso em: 22 Abr.. 2011.
o bem-estar das maiorias. Somente uma democracia presente de fato e sendo construída e cobrada
ao governo, o fará funcionante com real participação e transparência nas decições, planejamento
participativo, avaliação de políticas, fiscalização, prestação de contas públicas, responsabilização,
punidade e compromisso dos atores políticos compõe o governo.
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04
7 RUA, Maria das Graças.Definindo Conceitos. In: Políticas públicas. Florianópolis : Departamento de Ciências da
Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2009. 14-22p. ISBN: 978-85-61608-60-6.
8 DAGNINO, Renato Peixoto.Democratização política e o “Estado Necessário”.In: Planejamento
Estratégivo Governamental. Florianópolis: Depertamento de Ciências da Administração/UFSC;
[Brasília]: CAPES: UAB. 2009. 46-50-p. ISBN: 978-85-61608-85-9
9 DAGNINO, Renato Peixoto.Políticas públicas e políticas sociais..In: Planejamento Estratégivo
Governamental. Florianópolis: Depertamento de Ciências da Administração/UFSC; [Brasília]: CAPES:
UAB. 2009. 31-39p. ISBN: 978-85-61608-85-9
começam a ofertar serviços financiados pelo Estado 10.
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06
O fato do governo ter por obrigação prestar contas à sociedade significa um grande
avanço..A realização desse valor depende de dois fatores: 1. a capacidade dos cidadãos para atuar
na defiinição das metas relativas a ação pública e sua avaliação; 2. a existência de mecanismos
institucionais que garantam o controle público das ações dos governantes 14.
Assim, para uma gestão eficiente, é preciso uma orientação clara dos objetivos e
principalmente dos instrumentos, além das definições ou modificações necessárias para o Estado
voltado para o cidadão. É preciso que haja melhoria da capacidade institucional, capacitação dos
recursos humanos, em especial dos gestores.Compromisso e integração dos três níveis de governo
na aplicação dessas políticas, com envolvimento dos órgãos e profissionais, que devem ser
treinados, capacitados de forma continuada e terem á sua disposição ás tecnologias necessárias
para o desenvolvimento de suas atividades adequadamente.
A política pública ao mesmo tempo que coloca o governo em ação, também propõe a
análise dessa ação, assim como mudanças no rumo. Desse modo a formulação de políticas
públicas é a forma em que os governos democráticos traduzem seus propósitos em programas e
ações que produzirão resultados ou mudanças.
Para se produzir um efeito, as políticas públicas devem ser visualizadas num campo
geral, numa perspectiva de que o todo é mais importante que a soma das partes, e que os
indivíduos, instituições, ideologias e interesses contam, na medida relativa de seus pesos.Tendo
todas sua importância no contexto geral, sem discriminação de uma em relação a outra.
07
2. Toda a população deveria ter acesso às ações de cunho preventivo e/ou curativo
e, para tal, deveriam estar integradas em um sistema único;
Sobre a questão da saúde pública, os anos que seguiram a inscrição do Sistema Único
de saúde (SUS) na Constituição foram repletos de instabilidades. Podendo-se comparar a uma
constante situação de conflito entre os defensores do SUS e os responsáveis pela política
econômica 16.
08
Antes da criação do SUS, que completou 22 anos em 2010, a saúde não era
considerada um direito social, e a partir de então passou a ser um marco d efinitivo na garantia
do direito à saúde do cidadão brasileiro, ao determinar um caráter universal às ações e aos serviços de saúde no País.
O processo de consolidação do SUS implicou mudanças na legislação, buscando garantir a implementação do sistema
e acompanhar as transformações econômicas e sociais do País 17.
O SUS foi criado em 1988 pela Constituição Federal Brasileira, baseado num
conceito ampliado de saúde. O sistema de saúde era previsto para atender mais de 180
milhoes de brasileiros, oferecendo consultas, exames, internações, promoçãoa de
campanhas de vacinação e ações preventivas e de vigilância sanitária, como fiscalização
de alimentos e registro de medicamentos, atingindo dessa forma diretamente a
qualidade de vida dos brasileiros 18.
17 Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Coletânea de normas para controle social
no Sistema Único de Saúde. Ministério da saúde, Conselho Nacional de Saúde. 2ª Ed. Brasília:
Editora : Ministério da saúde, 2006. 208p. INBN 85334-1175-8[série E. Legislação de saúde].
18 Portal da Saúde - www.Saude.gov.br - O que é o SUS. Disponível em:<
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=1395 >. Acesso em 16 Mar. 2011.
A União é o principal financiador da saúde pública no país. Historicamente, metade
dos gastos é feita pelo governo federal, a outra metade fica por conta dos estados e municípios. A
União formula políticas nacionais, mas a implementação é feita por seus parceiros (estados,
municípios, ONGs e iniciativa privada) 19.
09
As principais leis federais que regem o sistema, entre elas: a Lei Orgânica da Saúde
(Lei n.º 8.080/90); a Lei n.º 8.142, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do
SUS e sobre as transferências de recursos financeiros para a área da Saúde; a Norma Operacional
Básica do SUS (NOB/1993 e 1996); e a Norma Operacional de Assistência à Saúde (Noas/2001 e
2002) 21.
10
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23 Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Legislação do SUS. Brasília: CONASS. 2003 .
604p. ISBN: 85-89545-0106
forma há de se garantir acesso a todos os itens citados, visto que, os níveis de saúde da população
expressam a organização social e econômica do País, conforme cita o art 3º da lei Orgânica da
Saude 24.
Porém, as políticas adotadas não tem sido suficientes para manter o que foi
conquistado na CFB de 1988 em relação à seguridade social, favorecendo a visão mercantilista da
saúde e previdência social. Culminando em emendas a constituição e decretos presidenciais e por
fim, na extinção do Conselho Nacional de Seguridade Social (SEC. GESTÃO PARTICIPATIVA,
2004) .
12
24 Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Legislação do SUS. Brasília: CONASS. 2003 .
604p. ISBN: 85-89545-0106
25 CONASS. Conselho nacional de Secretários de Saúde. Legislação do SUS. Brasília, BRASIL : s.n.,
2003. 20ª ed, p. 604. INBN 85-8954501-6.
26 BISPO JUNIOR, José Patrício. Reforma sanitária brasileira: contribuição para a compreensão e crítica. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 8, Ago. 2009. Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009000800024&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 30 Nov. 2010
27 MENDES, àquilas e MARQUES, Rosa Maria. O GASTO E FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO À SAÚDE NO
BRASIL. [Online] 1999. Disponível em: < http://www.sep.org.br/artigo/vicongresso82.pdf >. Acesso em: 22 Abr.
2011
Na época os constotuintes efiniram que os recursos da Seguridade Social não poderiam
ser alocados e/ou usados para outros fins que não fossem previdência, saúde e assistência e que
também não haveria vinculação das fontes aos diferentes ramos. Porém isso não foi cumoridos nos
anos que se seguiram a promulgação da Constituição de 1988 28.
13
O SUS possui direção única, conforme o art 198 da CFB, possui organização
regionalizada e hierarquizada conforme níveis de complexidade a medida que a complexidade
aumenta, exercida em cada esfera do governo. Sendo na ãmbito da União, pelo Ministério da
Saúde, no âmbito dos Estados e distrito Federal pelas respectivas Secretarias de saúde ou órgão
equivalente e nos Municípios pelas Secretarias de Saúde ou órgão equivalente, podendo estes
últimos constituírem consórcios para desenvolverem conjuntamente suas ações e serviços de saúde
afim de melhor articular e integrar recursos e obterem cobertura total em suas áras 32 .
31 Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Legislação do SUS. Brasília: CONASS. 2003 .
604p. ISBN: 85-89545-0106
32 Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Legislação do SUS. Brasília: CONASS. 2003 .
604p. ISBN: 85-89545-0106
Na verdade a reforma administrativa da saúde esbarra na legislação do SUS,
que é uma obra coletiva e conquistada na Constituição Federal por movimento popular.
Com princípios como: universalidade de acesso, integralidade de ações, equidade e
municipalização da saúde.
Apesar de todas as dificuldades e entraves aos 21 anos de SUS, Francisco Batista
Júnior, que foi dirigente da Confederação nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social
(CNTSS) e conselheiro do Conselho Municipal de Saúde de Natal e do Conselho Estadual do Rio
Grande do Norte e presidente do Conselho nacional de Saúde, em entrevista a TEMPUS em
setembro de 2009, afirma que " o SUS significa sem a menor sombra de dúvidas, a ferramenta que
tem a maior parcela de contribuição no avanço da melhoria da qualidade de vida dos brasileiros
nesse período. Está mais forte do que nunca a marca do patrimonialismo, da privatização e da
defesa de interesses clientelistas. O subfinanciamento, a privatização desenfreada do sistema, a
descarada privatização da gestão realizada pela terceirização da gerência dos serviços, por meio de
organizações sociais e similares, a precarização do trabalho e a manutenção do culto ao modelo
curativo e médico hegemônico, podem inviabilizar o SUS" 33.
15
Diante do exposto vê-se que o SUS resultou de imensa luta dos trabalhadores e que
não pode simplesmente ser "privatizado", ou perder espaço de comando e decisão para entes
privados.
Dentre os programas e projetos que visam bem estar social, qualidade de vida e a
promoção da saúde do brasileiro estão o SAMU 24h e o programa Saúde da Família.
33 Tempus- Actas de saúde Coletiva, vol 3, n. 3, p. 13-15, jul/set-2009. Disponível em: <
http://164.41.105.3/portalnesp/ojs-2.1.1/index.php/tempus/article/view/717/726>. Acesso em: 22
Abr. 2010.
16
Este programa visa prestar socorro à população em casos de urgência. O SAMU realiza
atendimento em qualquer lugar: residências, locais dope trabalho ou vias públicas. O socorro é feito após
chamada pelo telefone 192. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer lugar do país 34.
17
18
38 Prefeitura Municipal de São Carlos.SAIBA POR QUE O SAMU ESTÁ ENTRE OS MELHORES. 2010.
O socorro começa com a chamada gratuita, feita para o telefone 192. A
ligação é atendida por técnicos que identificam a emergência e transferem o telefonema
para um médico, que faz o diagnóstico da situação e inicia o atendimento no mesmo
instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras
ações.
19
4. Ilustração: Ambulanchas
SAMU 192
39 Portal da Saúde - www.Saude.gov.br – SAMU. Ambulanchas. Disponível em: <
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=34161&janela=1>. Acesso em: 17 Abr
2011.
A partit de 2008 o Serviço de Atendimento às Urgências e Emergências SAMU
192 passaram a contar com mais uma frota de intervenção ágil e eficiente, a moto. A
moto a serviço do SAMU deve ser polotada pelo técnico em enfermagem com objetivo
de chegar mais rápido ao local de atendimento, assim como emlocais onde o fluxo de
trênsito é intenso ou em locais de difícil acesso. As Motolândias SAMU 192 promovem
atendimento rápido e redução do tempo -resposta, o que é de extrema importancia na
vida da vítima, pois quanto mais rapidamente for socorrida menores as possibilidades de
óbito e seqüelas mais graves. Estão sendo úteis em especial nos casos de infartos,
anginas, ataques cardíacos e derrames cerebrais 40.
20
Motolândias
SAMU
criadas em 2008
chegam mais
rapidamente para
prestar socorro às
vítimas e em locais
5. Ilustração: Motos SAMU de difícil acesso as
192 ambulâncias
21
Apesar de esses princípios ainda não terem sido atingidos em sua plenitude, é impossível
negar os avanços obtidos na última década no processo de consolidação do SUS, dentre os quais se
destaca a descentralização com efetiva municipalização.
O Programa Saúde da Família ou PSF teve início em 1994 como um dos programas
41 Programa Saúde da Família. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 34, n. 3, June 2000 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102000000300018&lng=en&nrm=iso>.
access on 30 Apr. 2011. doi: 10.1590/S0034-89102000000300018.
42 Programas do sus. Disponível em: < http://pt.scribd.com/doc/50664385/programas-do-sus >. Acesso em:
16 Mar. 2011.
propostos pelo governo federal aos municípios para implementar a atenção primária . O PSF é tido
como uma das principais estratégias de reorganização dos serviços e de reorientação das práticas
profissionais neste nível de assistência, promoção da saúde , prevenção de doenças e reabilitação.
Traz consigo dsafios muito complexos de serem superados.. No que diz respeito à reorganização dos
serviços de saúde, a estratégia da saúde da família vai de encontro ao velho paradigma do modelo de
atenção à saúde que o país vive e que ainda vem enfrentando, desde a década de 1970. Devido ao
conjunto de atores e sujeitos sociais comprometidos com um novo modelo que valorize as ações de
promoção e proteção da saúde, prevenção das doenças e atenção integral às pessoas. Estes
pressupostos, tidos como capazes de produzir um impacto positivo na orientação do novo modelo e na
superação do anterior, calcado na supervalorização das práticas da assistência curativa, especializada
e hospitalar, e que induz ao excesso de procedimentos tecnológicos e medicamentosos e, sobretudo,
na fragmentação do cuidado, encontra, em relação aos recursos humanos para o Sistema Único de
Saúde (SUS), um outro desafio 43.
23
A Atenção Primária à Saúde (APS) representa o primeiro nível de contato dos indivíduos,
da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, constituindo o primeiro elemento de um
continuado processo de assistência à saúde, com serviços que têm em vista os principais problemas e
necessidades de saúde da comunidade, proporcionando ações de promoção, prevenção e
reabilitação da saúde 44.
O Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS) tem por objetivo contribuir para a reorganização
dos serviços municipais de saúde, para a integração das diferentes ações e para o estabelecimento de um vínculo
efetivo entre a comunidade, as unidades e os profissionais de saúde. Os agentes comunitários realizam suas
atividades durante as visitas domiciliares e desenvolvem ações de vigilância sanitária e epidemiológica, entre outras
ações no âmbito dos diversos profissionais da área e para uma efetiva ligação entre a comunidade e suas unidades de
saúde 47.
Uma das principais estratégias do Saúde da Família é sua capacidade de propor alianças,
seja no interior do próprio sistema de saúde, seja nas ações desenvolvidas com as áreas de
saneamento, educação, cultura, transporte, entre outras. Por ser um projeto estruturante, deve
provocar uma transformação interna do sistema, com vistas à reorganização das ações e serviços de
saúde. Essa mudança implica na ruptura da dicotomia entre as ações de saúde pública e a atenção
médica individual, bem como entre as práticas educativas e assistenciais 48.
24
46 Governo Federal. Ministério da Saúde. Guia Prático do Programa Saúde da Família. 69 p. Disponível
em: < http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/guia_pratico_saude_familia_psf1.pdf
>. Acesso em: 29 Abr 2011.
47 6 ANOS DE PLANO REAL: Crescimento e Desenvolvimento Social. Disponível em:<
http://www.planalto.gov.br/publi_04/COLECAO/6ANOS9.HTM >. Acesso em: 28 Abr. 2011.
48 Programa Saúde da Família. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 34, n. 3, June 2000 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102000000300018&lng=en&nrm=iso>.
access on 30 Apr. 2011. doi: 10.1590/S0034-89102000000300018.
49 Programa Saúde da Família. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 34, n. 3, June 2000 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102000000300018&lng=en&nrm=iso>.
access on 30 Apr. 2011. doi: 10.1590/S0034-89102000000300018.
50 Programa Saúde da Família. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 34, n. 3, June 2000 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102000000300018&lng=en&nrm=iso>.
access on 30 Apr. 2011. doi: 10.1590/S0034-89102000000300018.
• As atribuições básicas de uma equipe de Saúde da Família são:
24
3. Considerações Finais
As ações de saúde devem ser orientadas para o cuidado integral dos indivíduos , Esse é um dos
sentidos atribuídos ao princípio constitucional da integralidade no SUS. Deve-se ver o indivíduo como um todo, um
único organismo vivo.
Central – ARAPIRACA/AL
E-mail: samuarapiraca_adm@yahoo.com.br
Central – MANAUS/AM
E-mail: waldomauro@bol.com.br
Central – ALAGOINHAS/BA
E-mail: samu192alagoinhas@gmail.com
Central – BARREIRAS/BA
E-mail: samuregionalbarreiras@gmail.com
Central – CAMAÇARI/BA
E-mail: samu192@camacari.ba.gov.br
Central – EUNÁPOLIS/BA
E-mail: samu_192eunapolis@hotmail.com
Central – GUANAMBI/BA
E-mail: samuguanambi@bol.com.br
Central – ITABUNA/BA
E-mail: samu192itabuna@hotmail.com ; samu192Itabuna@yahoo.com.br
Central – JUAZEIRO/BA
E-mail: denesaraujo@yahoo.com.br
Central – JEQUIÉ/BA
E-mail: samu192jequie@yahoo.com.br
Central – SALVADOR/BA
E-mail: coordenacao@samu192.com.br
Central – ILHEUS/BA
E-mail: samuilheus@hotmail.com
Central – BARREIRAS/BA
E-mail: samuregionalberreiras@gmail.com ; samubarreiras@yahoo.com
Central – BRUMADO/BA
E-mail: samu192@brumado.ba.gov.br
Central – FORTALEZA/CE
E-mail: administrativo@samu.fortaleza.ce.gov.br
Central – SOBRAL/CE
E-mail: plutarcoparente@hotmail.com
Central – EUSÉBIO/ CE
E-mail: edemir@samu.ce.gov.br
Central – BRASÍLIA/DF
E-mail: df.samu192@gmail.com
Central – VITÓRIA/ES
E-mail: samu192@saude.es.gov.br
Central – FORMOSA/GO
E-mail: samu192sul@gmail.com
Central – ITUMBIARA/GO
E-mail: zenonguimaraes@yahoo.com.br
Central – IPORÁ/GO
E-mail: samuipora2010@hotmail.com
Central – LUZIÂNIA/GO
E-mail: samuentornosul@yahoo.com.br
Central – ANÁPOLIS/GO
E-mail: deniseallves@hotmail.com
Central – CERES/GO
E-mail: samuceres.go62@yahoo.com.br
Central – PORANGATÚ/GO
E-mail: samu192pgtu@hotmail.com
Central – BACABAL/MA
E-mail: samubacabal192@hotmail.com
Central – CAXIAS/MA
E-mail: samucaxiasma@hotmail.com
Central – CODÓ/MA
E-mail: carlamanuelacj@hotmail.com
Central – COROATÁ/MA
E-mail: semuscoroata@hotmail.com ; saude.coroata@coroata.ma.gov
Central – IMPERATRIZ/MA
E-mail: wevertonaugusto@ig.com.br
Central – TIMON/MA
E-mail: airtonsansaosousa@hotmail.com
Central – TUNTUM/MA
E-mail: samu.tutum@gmail.com
Central – BARBACENA/MG
E-mail: ferreira@net-rosas.com.br
Central – BETIM/MG
E-mail: samu192@betim.mg.gov.br
Central – CONTAGEM/MG
E-mail: samucontagem@gmail.com
Central – IPATINGA/MG
E-mail: samuipatinga@yahoo.com.br
Central - ITABIRA/MG
E-mail: samuitabira@yahoo.com
Central - ITAUNA/MG
E-mail: samu@itauna.mg.gov.br
Central - UBERABA/MG
E-mail: samu@uberaba.mg.gov.br
Central - DOURADOS/MS
E-mail: samudourados@hottmail.com
Central - RONDONÓPOLIS/MT
E-mail: samuroo@hotmail.com
Central - CUIABÁ/MT
E-mail: mssamu@ses.mt.gov.br
Central - BELÉM/PA
E-mail: samubelem@cinbesa.com.br
Central - MARABÁ/PA
E-mail: samu192maraba@hotmail.com
Central - SANTAREM/PA
E-mail: semsasantarem@yahoo.com.br
Central - SOUSA/PB
E-mail: sueliosilvapb@hotmail.com
Central - PATOS/PB
E-mail: samu.patospb@hotmail.com
Central - PIANCÓ/PB
E-mail: samu_192regionalpianco@hotmail.com
Central - CAJAZEIRAS/PB
E-mail: samucajazeiraspb@hotmail.com
Central - PETROLINA/PE
E-mail: samu.petro@gmail.com
Central - CARUARÚ/PE
E-mail: samuagreste@yahoo.com.br
Central - TERESINA/PI
E-mail: samuestadopi@hotmail.com
Central - FLORIANO/PI
E-mail: samu@floriano.pi.gov.br
Central - PARNAIBA/PI
E-mail: samuparnaiba@yahoo.com.br
Central – PICOS/PI
E-mail: samupicos@yahoo.com.br
Central – APUCARANA/PR
E-mail: samuapucarana@gmail.com
Central – CASCAVEL/PR
E-mail: samucascavel@gmail.com ; samu192.sesau@cascavel.pr.gov.br
Central – CURITIBA/PR
E-mail: emischiatti@sms.curitiba.pr.gov.br
Central – GUARAPUAVA/PR
E-mail: samu@guarapuava.pr.gov.br
Central – LONDRINA/PR
E-mail: samu@asms@londrina.pr.gov.br
Central – MARINGÁ/PR
E-mail: samu@maringa.pr.gov.br
Central – MOSSORÓ/RN
E-mail: samumossoro@hotmail.com
Central – NATAL/RN
E-mail: admsamunatal@yahoo.com.br ; samu@hotmail.com
Central – BAGÉ/RS
E-mail: samu192bage@bol.com.br
Central – PELOTAS/RS
E-mail: edismonteiro@terra.com.br ; samu_pel@hotmail.com ;
sms@pelotas.com.br
Central – BLUMENAU/SC
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