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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO ..................................................................... 6


1.1 – Tipos de segurança do trabalho. ............................................................................ 7
1.1.1 Engenheiro de segurança do trabalho - CBO 0-28.40........................................... 8
1.1.2 Técnico de segurança do trabalho - CBO 0-39.45 ................................................. 8
1.1.3 Médico do trabalho - CBO - 0-61.22 ....................................................................... 9
1.1.4 Enfermeiro do trabalho CBO - 0-71.40 ................................................................. 10
1.2 - Normas regulamentadoras ou NR´s ............................................................................. 10
1.3 - CIPA ............................................................................................................................ 19
1.3.1 Processo seletivo da CIPA ................................................................................... 19
1.3.2 O processo eleitoral observará as seguintes condições: .................................. 20
1.4 - Segurança do trabalho x empresas ............................................................................. 22
1.4.1 Uso dos EPI´s ........................................................................................................ 26
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... 28

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CAPÍTULO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO

A Segurança do Trabalho não é um tema só de prevenção de


acidentes laborais é também econômico, social e produtivo e suas
consequências, como veremos neste TCC (Trabalho de Conclusão de Curso);

Segurança do Trabalho pode ser definida como um conjunto de normas


destinadas à melhora dos ambientes de trabalho. Segundo Fonseca (2004,
pp. 20 - 23), “a partir do início da década de 80, começou a ficar evidente que
as crescentes exigências do mercado, os aspectos custo e qualidade, aliadas
a uma maior consciência ecológica, geraram um novo conceito de qualidade,
holística e orientada, também, para a qualidade de vida”.

Pode-se destacar a relevância da proposta europeia, em 1989, com a


criação do termo “Clean Production” (Produção Limpa), no âmbito da UNEP –
United Nations Environment Programme (Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente). Tal expressão é definida como: “a aplicação contínua e
integrada, com estratégia preventiva no processo, produtos e serviços, para
aumentar a eficiência e reduzir os riscos para os seres humanos e para o
meio ambiente” (FRESNER, 2004, pp. 545-547). Em outras palavras
utilizadas pelo mesmo autor, “Clean Production” é uma abordagem que visa
melhorar o processo produtivo, os produtos e serviços, viabilizando a redução
dos impactos ambientais por meio de medidas preventivas.

Neste ambiente, criou-se vários padrões e normas internacionais de


qualidade, sustentabilidade ambiental e proteção à integridade física e saúde
de seus colaboradores. Assim, o gerenciamento das questões ambientais e
de saúde e segurança do trabalho, com foco na prevenção de acidentes e no
tratamento dos problemas potenciais, passaram a ser o gerenciamento da
própria viabilidade e sobrevivência do empreendimento.

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Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo verificar as normas e
especificações de referência quanto à implantação de Sistemas de Gestão
Ambiental e de Saúde e Segurança do Trabalho, baseados na ISO 14001 e OHSAS
18001, respectivamente. A partir dessa análise, será proposta uma metodologia de
implementação de Sistema de Gestão Integrada (SGI) de Meio Ambiente (SGA)
Saúde e Segurança do Trabalho (SGSST) em uma empresa de pequeno ou médio
porte, aplicando ao caso da indústria metal-mecânica.

Os riscos ou agentes ambientais constituem um capítulo importante de


acidentes e doenças do trabalho. Estão incluídos nas condições inseguras e são
definidos na NR nº 9 – Portaria 3214/78 – Ministério do Trabalho e Emprego (ver
cap. 1.2).

1.1 – Tipos de segurança do trabalho.

O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma


equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro
de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes
profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também os empregados da
empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (ver
cap. 1.3).

As descrições das atividades dos profissionais de Saúde e Segurança do


Trabalho, de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO.

● Estuda as ocupações encontradas num estabelecimento fabril, comercial ou


de outro gênero, realiza estudos sobre acidentes de trabalho e doenças
profissionais, assessora empresas industriais e de outro gênero em assuntos
relativos à segurança e higiene do trabalho;

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1.1.1 Engenheiro de segurança do trabalho - CBO 0-28.40

Fonte: (http://www.esmartbrasil.com.br/seg/> acesso em 15/02/2011 às 00h)

● Inspeciona estabelecimentos fabris, comerciais e de outro gênero,


verificando se existem riscos de incêndios, desmoronamentos ou outros
perigos, para fornecer indicações quanto às precauções a serem tomadas,
promove a aplicação de dispositivos especiais de segurança, como óculos de
proteção, cintos de segurança, vestuário especial, máscara e outros,
determinando aspectos técnicos funcionais e demais características, para
prevenir ou diminuir a possibilidade de acidentes;

1.1.2 Técnico de segurança do trabalho - CBO 0-39.45

A função de Técnico de Segurança do Trabalho é mais atuante na área


produtiva ou no “Chão de Fabrica” popularmente chamado, com várias atribuições;

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● Inspeciona locais, instalações e equipamentos da empresa, observando as
condições de trabalho, para determinar fatores e riscos de acidentes, postos de
combate a incêndios, examinando as mangueiras, hidrantes, extintores e
equipamentos de proteção contra incêndios, para certificar-se de suas perfeitas
condições de funcionamento;

● Comunica os resultados de suas inspeções, elaborando relatórios, para


propor a reparação ou renovação do equipamento de extinção de incêndios e outras
medidas de segurança;

● Investiga acidentes ocorridos, examinando as condições da ocorrência,


para identificar suas causas e propor as providências cabíveis;

● Instrui os funcionários da empresa sobre normas de segurança, combate a


incêndios e demais medidas de prevenção de acidentes, ministrando palestras e
treinamento, para que possam agir acertadamente em casos de emergência;

● Participa de reuniões sobre segurança no trabalho, fornecendo dados


relativos ao assunto, apresentando sugestões e analisando a viabilidade de medidas
de segurança propostas, para aperfeiçoar o sistema existente.

1.1.3 Médico do trabalho - CBO - 0-61.22

Sua função e de suma importância no processo de trabalho, bem como na


entrada ou saída de colaboradores com o ASO (Atestado de Saúde Ocupacional),
afastamento por doenças laborais, retornos de afastamentos, exames periódicos,
ergométricos e etc.;

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● Faz tratamento de urgência em casos de acidentes de trabalho ou
alterações agudas da saúde, orientando e/ou executando a terapêutica adequada,
para prevenir conseqüências mais graves ao trabalhador;

● Avalia, juntamente com outros profissionais, condições de insegurança,


visitando periodicamente os locais de trabalho, para sugerir à direção da empresa
medidas destinadas a remover ou atenuar os riscos existentes;

1.1.4 Enfermeiro do trabalho CBO - 0-71.40

Presta primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou


doença, fazendo curativos ou imobilizações especiais;

● Elabora e executa ou supervisiona e avalia as atividades de assistência de


enfermagem aos trabalhadores, proporcionando-lhes atendimento ambulatorial, no
local de trabalho, controlando sinais vitais, aplicando medicamentos prescritos,
curativos, instalações e teses, coletando material para exame laboratorial,
vacinações e outros tratamentos, para reduzir o absenteísmo profissional;

● Treina trabalhadores, instruindo-os sobre o uso de roupas e material


adequado ao tipo de trabalho, para reduzir a incidência de acidentes
(http://www.areaseg.com/seg/> acesso em 15/02/2011 às 00h)

Esses profissionais acima citados tem a função de planejar e executar vários


programas bem como a educação sanitária, ações preventivas, ações corretivas
para prevenir doenças profissionais e preparar informes para subsídios processuais
nos pedidos de indenização e orientar em problemas de doenças profissionais.

1.2 - Normas regulamentadoras ou NR´s

As Normas Regulamentadoras são regras balizadoras que norteiam toda


e qualquer entidade de qualquer ramo de atividade, sendo pública, privada ou

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do Terceiro Setor a prover todo o colaborador direto ou indireto de meios e
equipamento para manter sua integridade laboral (física mental e social).
Essas Normas Reguladoras ou NR´s permeiam as funcionalidades de cada
ramo de atividade e exigem ainda que os empregadores planejem, controlem e
monitorem as condições de SST (Segurança e Saúde do Trabalho), inclusive
fornecendo aos colaboradores informações sobre riscos e medidas de controle.
As Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) determinam que as empresas analisem e capacitem os colaboradores para
realizar análises de acidentes de trabalho;

● NR1 - Disposições Gerais


Determina que as normas regulamentadoras, relativas à
segurança e medicina do trabalho, obrigatoriamente, deverão ser cumpridas
por todas as empresas privadas e públicas.
Obrigatório para qualquer atividade independente para o número de
colaboradores em nível ou esfera governamental.
Ex.: Bancos, comércio varejista e atacadistas, indústrias (químicas,
metalúrgicas, etc.), setor publico, etc.;

● NR2 - Inspeção Prévia


Determina que todo estabelecimento novo devamos solicitar aprovação de
suas instalações.
Para funcionamento de qualquer estabelecimento deve ser inspecionado e
obter um laudo atestando a autorização de funcionamento.
Ex.: Bancos, comércio varejista e atacadista, indústrias (químicas,
metalúrgicas, etc.), setor público, etc.;

● NR3 - Embargo ou Interdição dita normas para interdiçãopara


empresas, máquinas, setor de serviços se os mesmos demonstrarem grave e
iminente risco para o colaborador.
Qualquer empresa ou área pode ser interditada por motivo de falta de
segurança ou condições adequadas para a integridade física do colaborador ou

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transeuntes.
Ex.: Canteiro de obras e 55 casas nas imediações das obras da linha amarela
do Metrô em dezembro de 2007.

● NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho - SESMT
Dependendo da atividade e o tamanho da empresa ela ter um grupo de
profissionais específicos para atuação na área da segurança e prevenção.
Ex.: Engenheiro de Segurança do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do
Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho.

● NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA


Todas as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista,
instituições beneficentes, cooperativas, clubes, desde que possuam empregados
celetistas, dependendo do grau de risco da empresa e do número mínimo de 20
empregados são obrigadas a manter a CIPA. (ver cap. 1.3)

● NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPIs


As empresas são obrigadas a fornecer aos seus empregados
equipamentos de proteção individual, destinados a proteger a saúde e a
integridade física do colaborador.

Fonte: (www.idealwork.com.br> acesso em 04/03/2011 às 17h)


Toda a empresa deve fornecer tanto equipamento quanto treinamento para
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modo de uso e EPIs (equipamentos de proteção individuais) certificados para o
seu segmento.
Ex.: Capacetes, luvas, óculos de proteção, cintos de segurança, etc.;

● NR7 – Programa de Controle Médico Saúde Ocupacional - PCMSO


Trata dos exames médicos obrigatórios para as empresas.
São eles exame admissional, exame periódico, de retorno ao trabalho, de
mudança de função, demissional e exames complementares.
Ficam a encargo da empresa os exames condizentes os seus atividades fins
bem como seu controle periódico.
Ex.: Psicotécnico, eletroencefalograma, audiometria e oftalmológico para
operadores de empilhadeiras;

● NR8 - Edificações
Esta norma define os parâmetros para as edificações, observando-se a
proteção contra a chuva, insolação excessiva ou falta de insolação.
Ex.: As atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e
manutenção de edifícios em geral;

● NR9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA


Esta norma objetiva a preservação da saúde e integridade do colaborador,
através da antecipação, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes.
Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos
existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração
ou intensidade e tempo de exposição.
Ex.: Ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores;

● NR10 - Instalações e Serviços de Eletricidade


Trata das condições mínimas para garantir a segurança daqueles que
trabalhameminstalaçõeselétricas.

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Esta NR visa à implantação de medidas de controle e sistemas preventivos,
de forma a garantir a segurança e a saúde dos colaboradores que, direta ou
indiretamente tenham contato com qualquer tipo de serviço elétrico;
Ex.: Fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as
etapas de projeto, Construção, montagem, operação, manutenção das instalações
elétricas;

● NR11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de


Materiais
Destina-se a Operação de Elevadores, Guindastes, Transportadores Industriais
e Máquinas Transportadoras.
Esta NR compreende a toda a movimentação com utilização de algum tipo
maquinário eletro/mecânico para movimentação de mercadorias em geral;
Ex.: Guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras,
guinchos, esteiras-rolantes;

● NR12 - Máquinas e Equipamentos


Determina as instalações e áreas de trabalho; distâncias mínimas entre as
máquinas e os equipamentos.
A NR citada assegura medidas métricas para a instalação e manuseio de
equipamentos a uma distância segura para a para as atividades que utilizem
maquinário eletro/mecânico e também espaços transitáveis;
Ex.: Disposição de bancadas, corredores para armazenagem, distância entre
colaboradores na linha de montagem, etc.;

● NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressão


Norma que exige treinamento específico para os seus operadores,
devido, principalmente, ao seu elevado grau de risco.
Esta norma regulamenta todo o processo de construção, bem como
quem e as suas especificações para funcionamento;
Ex.: Constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo,
podendo ter apenas uma parede adjacente a outras instalações do estabelecimento,

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os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;

● NR14 - Fornos
Define os parâmetros para a instalação de fornos; cuidados com gases,
chamas, líquidos.
Os fornos, para qualquer utilização, devem ser construídos solidamente,
revestidos com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os
limites de tolerância;

● NR15 - Atividades e Operações Insalubres


Considerada atividade insalubre são com ruído contínuo ou permanente; ruído
de impacto.
São consideradas atividades insalubres aquelas que expõem o colaborador
a exposição ao calor; radiações ionizantes; agentes químicos e poeiras minerais.
Ex.: Mineração, fornos e caldeiras, soldas em geral, etc.;

● NR16 - Atividades e Operações Perigosas


Também considerada quando ocorre além dos limites de tolerância.
São as atividades perigosas àquelas ligadas a explosivos, inflamáveis e
energia elétrica.
Ex.: Postos de gasolina, demolições com explosivos, manuseio de produtos
tóxicos, etc.;

● NR17 - Ergonomia
Esta norma estabelece os parâmetros que permitam a adaptação das condições
de trabalho às características psicofisiológicas, máquinas, ambiente e etc..
Esta norma tende a regularizar medidas para se evitar doenças laborais
chamadas DORT (doença osteomuscular relacionada ao trabalho)
Ex.: Colaborador não exceder o limite de 25% de seu peso ao manuseio
de material, ginastica laboral, luminosidade adequada ao ambiente de trabalho,
etc.;

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● NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção
Resume-se no elenco de providências a serem executadas, em função do
cronograma de uma obra, levando-se em conta os riscos de acidentes e doenças do
trabalho e as suas respectivas medidas de segurança.

● NR19 - Explosivos
Determina parâmetros para o depósito, manuseio e armazenagem de
explosivos.
Ex.: Do uso para implosões e explosões de estruturas ou rochas;

● NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis


Define os parâmetros para o armazenamento de combustíveis e inflamáveis.
Ex.: Carros tanques, reservatórios, postos de gasolina, contêiner
especiais;

● NR21 - Trabalho a céu aberto


Define o tipo de proteção aos colaboradores que trabalham sem abrigo,
contra intempéries (insolação, condições sanitárias, água, etc.).
Ex.: Construções de Hidroelétricas, pontes, pavimentações de estradas,
etc.;

● NR22 - Trabalhos subterrâneos


Destina-se aos trabalhos em minerações subterrâneas ou a céu aberto,
garimpos, beneficiamento de minerais e pesquisa mineral.

● NR23 - Proteção contra Incêndios


Todas as empresas devem possuir proteção contra incêndio; saídas para
retirada de pessoal em serviço;
Ex.: Dependendo do número de colaboradores há a necessidade de um grupo
de brigadistas e de bombeiros civis;

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● NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais do Trabalho
Todo estabelecimento deve atender as denominações desta norma, que o
próprio nome contempla.

● NR25 - Resíduos Industriais


Tratam da eliminação dos resíduos gasosos, sólidos, líquidos de alta toxidade,
periculosidade, risco biológico, radioativo;
Ex.: Seu acondicionamento, sua estocagem, a destinação, tratamento e
remanejo de resíduos tóxicos;

● NR26 - Sinalização de Segurança


Determina as cores na segurança do trabalho como forma de prevenção
evitando a distração, confusão e fadiga do colaborador:
Ex.: Em áreas com um grau de risco maior, destacar com cores mais
chamativas, ou pintar o piso com cores diferenciadas dos demais setores para
reforçar a visualização da área;

● NR27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança no


Ministério do Trabalho e Emprego
Todo técnico de segurança deve ser portador de certificado de conclusão do 2º
grau de Técnico de Segurança e Saúde no Trabalho, com currículo do Ministério do
Trabalho e Emprego;

● NR28 - Fiscalização e Penalidades


Toda norma regulamentadora possui uma gradação de multas, para cada item
das normas. Estas gradações são divididas por número de empregados, risco na
segurança e risco em medicina do trabalho;

● NR29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho


Portuário
Este NR tem a finalidade regular à proteção contra acidentes e doenças
profissionais de segurança e saúde aos colaboradores portuários;

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Ex.: Colaboradores sindicalizados (Estivadores) tem direito a EPI´s mesmo
não tendo vinculo empregatício com as docas ou armazéns;

● NR30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho


Aquaviário
Esta norma aplica-se aos colaboradores das embarcações comerciais, de
origem nacional, como também de origens estrangeiras;
Ex.: Colaboradores em cruzeiros marítimos, qualquer tripulante ao entrar em
área costeira brasileira;

● NR31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na


Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
Este NR tem a finalidade regular à proteção contra acidentes e doenças
profissionais de segurança e saúde aos colaboradores da área de manejo,
plantação, colheita e criação animal ou vegetal;
Ex.: Colheita do algodão, café, cana-de-açúcar, cacau, criação de bovino,
equinos, etc.;

● NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde


Esta NR tem como premissa regular as condições de integridade dos
colaboradores da área de saúde em todos seus níveis ebem como os pacientes ;
Ex.: Uso de mascaras e luvas, produtos e acondicionamentos de remédios,
salas especificas e equipamentos;

● NR33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados


Esta NR visa à proteção dos colaboradores que tenha sua atividade em
espaços fechados ou difícil acesso obrigando-lhe ao isolamento social ou até físico;
Ex.: Marinheiros, mineradores de minas com profundidade superior a 200m
(metros), pesquisadores exploradores, etc.;

● NR34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção e Reparação Naval

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Esta última NR ainda não está totalmente regulamentada, pois sua criação
está condicionada a reestruturação do parque estaleiro nacional, reiniciado pelo
governo federal em meados de 2008. (http://www.mte.gov.br>acesso em 24/02/2011
às 15h).

As Normas Reguladoras ou NR´s são diretrizes para nortear e regulamentar


todo o processo de trabalho visando garantir a integridade física do colaborador e os
processos aos quais as empresas responsáveis são obrigadas a seguir. A cada área
de atuação de uma empresa possui uma “NR” específica e procedimentos especiais
que norteiam suas atividades.A não estruturação a partir da NR do seguimento ao
qual a empresa se insere pode acarretar na não liberação de alvará de
funcionamento, interdição do espaço físico, multas, sanções administrativas,
desconstituição da empresa (encerramento das atividades) e processo civil contra a
empresa e seus administradores responsáveis.

1.3 - CIPA

São ações preventivas de acidentes e doenças causadas pelo trabalho ou


pelo excesso do mesmo. A CIPA avalia os riscos buscando formas de motivar os
funcionários a desenvolver e implementar programas de controle médico de saúde
ocupacional e ambientais, visando sempre o bem estar dos colaboradores e uma
melhor organização como um todo.

Sendo as empresas privadas, públicas, beneficentes, cooperativas e clubes


elas precisam por Lei obter no mínimo 20 colaboradores para manter a CIPA e é
claro dependendo do grau de risco na qual os mesmos estão expostos.

1.3.1 Processo seletivo da CIPA

A CIPA é composta de um representante da empresa - Presidente


(designado) e representantes dos empregados, eleitos em votação secreto,

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com mandato de um ano e direito a uma reeleição e mais um ano de
estabilidade.

Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes


dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término
do mandato em curso.

1.3.2 O processo eleitoral observará as seguintes condições:

a) Publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização,


no prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em
curso;
b) Inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição
será de quinze dias;
c) Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante;

d) Garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;

e) Realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término


do mandato da CIPA, quando houver;

f) Realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários


de turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados;
g) Voto secreto;

h) Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento


de representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela
comissão eleitoral;
i) Faculdade de eleição por meios eletrônicos;

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j) Guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por
um período mínimo de cinco anos. (www.mte.gov.br> acesso em 25/02/2011 às10h).

As normas contidas acima citam vários pontos do processo eleitoral e neste


contexto a cipa explica o processo dentro da empresa como é feita as eleições dos
cipeiros

Os participantes das CIPAS também organizam treinamentos e reciclagem


periódica dos funcionários, além de participarem de campanhas de prevenção a
AIDS, vacinação, segurança química entre outros.

Fonte: (http://www.esmartbrasil.com.br/seg/> acesso em 20/05/2011 às 00h)

A CIPA também tem por atribuição identificar os riscos do processo de


trabalho.

As ações que a CIPA deve realizar em termo de prevenção de acidentes são:

● Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de risco,


com as participações do maior número de colaboradores;

● Elaborar planos de trabalho que possibilite estabelecer as medidas e ações


preventivas necessárias;

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● Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de
trabalho;

● Propor treinamento adequado a cada colaborador para que ele conheça os


riscos e perigos existentes nas atividades/ tarefas, propondo, ainda, reciclagens
periódicas;

● Informação aos colaboradores dos riscos ambientais a que estão expostos


que podem afetar a segurança e saúde”. (CAMPOS, 1999, pp. 41-43).

Fonte: (http://www.esmartbrasil.com.br/seg/> acesso em 20/05/2011 às 00h)

A CIPA tem alguns pontos fundamentais que é de grande valia aos seus
colaboradores, com a prevenção de acidentes no local de trabalho a empresa irá se
beneficiar com a qualidade e segurança. O ideal seria que todos os colaboradores
estejam sempre atentos a pontos negativos que a empresa apresenta para melhorar
ainda mais o ambiente de trabalho.

1.4 - Segurança do trabalho x empresas

As empresas devem estar livres de riscos inaceitáveis de danos nos


ambientes de trabalho, garantindo o bem estar físico, mental, e social dos
colaboradores e partes interessadas. Para minimizar ou eliminar tais prejuízos,
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muitas organizações desenvolvem e implementam sistemas de gestão voltados para
a segurança e saúde ocupacional.

Para Araújo (2006, p. 20), “perdas, injúrias, danos à propriedade


eventualmente causados pelas atividades, produtos e serviços de uma organização,
constituem problemas que podem acarretar prejuízos através de várias formas, tais
como processos de responsabilidade civil pelo fato do produto ou serviço oferecer
risco aos colaboradores, alto índices de absenteísmo e afastamento de trabalho
devido a acidentes. Os controles implementados devem ser capazes de identificar e
avaliar as causas associadas aos acidentes e incidentes. Principalmente, a
avaliação e o exame dos incidentes, pois fornecem dados que, se devidamente
tratados através de uma visão sistêmica, podem fornecer subsídios importantes para
a prevenção de possíveis acidentes”.

Segundo Tavares (1996, p. 17), “Uma serie de benefícios pode ser obtida
com a implantação de um programa de controle de acidentes com danos à
propriedade”.

“Introdução de uma sistemática de análise de acidentes com danos à


propriedade, de forma que assegure que suas causas sejam determinadas e
medidas corretivas sejam adotadas”;

● Indicação de áreas de riscos, equipamentos e procedimentos críticos,


querem pela frequência, quer pela gravidade potencial dos acidentes que os
envolve, para melhor direcionar o esforço de prevenção de acidentes;
● Controle de causas comuns a acidentes com danos a propriedade e com
lesões à pessoa;

● Fornecimento de subsídio para o aprimoramento da política de seguros da


empresa, mediante identificação e um melhor controle dos riscos existentes;

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● Realce da importância das atividades de prevenção de acidentes,
mostrando que, além de sua função social, também contribui para a melhoria da
produtividade e da rentabilidade da empresa pela redução das perdas;

● Mudança de atitude do pessoal técnico e de decisão da empresa, passando


do enfoque curativo (reparo dos danos) ao corretivo (eliminação das causas dos
acidentes) para atingir o enfoque preventivo (evitar o acidente antes que ele
manifeste como tal);

Abertura de novos caminhos que possibilitem um avanço técnico da


metodologia empregada na prevenção de acidentes.

Podemos definir a segurança do trabalho como um conjunto de normas


distintas à melhoria dos ambientes de trabalho. Evita os acidentes, minimiza as
condições inseguras de trabalho, prepara os colaboradores para a preservação dos
desastres ocupacionais, estabelece melhores condições físicas e psíquicas no
trabalho e por via de consequência, melhores condições e eficiência e de produção.

Justifica o investimento que as organizações fazem na questão da segurança


do trabalho são imprescindíveis nos dias atuais, mostra-se uma empresa que possui
seriedade e principalmente planejamento.Pois há tantas empresas informais ou até
mesmo que agem de forma irregular sem ao menos tomar as medidas de segurança
para seus empregados. Não apenas um custo beneficio para os empregos mais sim
para as empresas.

As empresas tomando as medidas de segurança e prevenção tem um retorno


positivo e responsável. Aliás, ambas as partes ganham. Mas o principal é deixar
claro os riscos e alertar os profissionais, mesmo com prevenção, treinamento,
tomando todos os cuidados possíveis, existem os riscos que não podem
simplesmente ser ignorados.
Para ilustrar o nosso trabalho colocamos esse estudo de caso, sendo que
iremos aplicar o nosso trabalho na empresa C&C. O estudo de caso foi desenvolvido

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na “Laminadora São Caetano, empresa queatua no ramo madeireiro, especificamente na
produção de lâminas de compensados e está no mercado há seis anos”. Conta com uma
força de trabalho de 28 pessoas envolvidas diretamente na fabricação. Está
localizada no município de Pinhão, Estado do Paraná. A empresa possui uma filial
localizada na cidade de Correia Pinto, no Estado de Santa Catarina e conta com um
quadro funcional de 42 colaboradores. Sua estruturaorganizacional é centralizada
nos seus dois sócios, sendo que um gerencia o setoroperacional e outro o setor
financeiro.

Conforme dados históricos levantados junto à empresa, 9% dos


colaboradores envolvidos diretamente na linha de produção já sofreram algum tipo
de acidente com afastamento do trabalho nos últimos doze meses.

Para a pesquisa de campo, foi utilizado um questionário, que foi aplicado na


área de produção da empresa. Foram pesquisados 28 colaboradores. Os dados
referem-se à idade, ao nível de escolaridade e a acidentes de trabalho.

O perfil de idade dos colaboradores identificada na empresa situa-se na faixa


dos 25 e 35 anos de idade, representando 42% do total pesquisado. O nível
deescolaridade que se destaca na pesquisa é o ensino médio incompleto, com 72%
do total do pesquisado na organização.

A pesquisa constatou-se que grande parte dos acidentes ocorreram por


desconhecimento, por parte dos colaboradores, da obrigatoriedade do uso
dosequipamentos de segurança no trabalho. Do universo dos funcionários da linha
de produção, 26% desconhecem a obrigatoriedade desses equipamentos de
proteção. Segundo a mesma pesquisa, 30% usam regularmente todos os
equipamentos de proteção individual indicados, 53% usam algum tipo de EPI´s e
17% não usam nenhum tipo de EPI´s recomendados. Conforme gráfico 01:

25
NÃO USAM
NENHUM EPI
17%

DESCONHECEM
O USO DE EPI´s DESCONHECEM O USO DE EPI´s
26%
USAM O EPI´s

USAM ALGUMAS USAM ALGUMAS VEZES


USAM O EPI´s
VEZES 30% NÃO USAM NENHUM EPI
53%

Fonte: (Dados fornecidos pela Empresa Laminadora São Caetano)

1.4.1 Uso dos EPI´s

Além da pesquisa, também foram observadas as atividades desenvolvidas no


ambiente de trabalho. A área que oferece maior risco aos colaboradores é o setor de
cozimento das toras, que apresenta uma condição insegura devido à altura do
empilhamento das toras. Tendo em vista que o suporte que apoia as toras é baixo
em relação às pilhas, podendo ocorrer o deslocamento delas e, consequentemente,
ocasionar um acidente de trabalho e também o ruído muito intenso derivado da
motosserra.

Os equipamentos que oferecem maior perigo para o trabalhador é o Torno,


que pode projetar partículas, choque elétrico, ruído excessivo, ferimentos nas mãos
e olhos (torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações) e a Guilhotina que
pode ocasionar cortes, prensamento, amputações, escoriações, choque elétrico e
contusões. O maior número de acidentes concentraram-se no Torno e Guilhotina,
sendo registrados cinco acidentes, felizmente todos apresentaram cortes e
pequenas escoriações.

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Verificou-se a necessidade da utilização de equipamentos de proteção
individual para o operador de motosserra, devido às condições inseguras no tanque
de cozimento das toras e aos demais riscos inerentes à atividade. Como por
exemplo, o intenso ruído, risco de lesão por cortes e ferimentos a que está exposto.
As demais atividades também requerem o uso de EPI´s, mas não necessariamente
todos os equipamentos, dependendo da função desempenhada.
(http:www.unicentro.br>(acesso 16/03/2011 às 17h).

Com a promulgação da Carta Magna de 1988, o Brasil se tornou o país com


as leis mais abrangentes e protetoras da integridade física dos trabalhadores no
mundo. Se tornando referência principalmente a partir da década de 90, com as
mudanças estruturais ao qual sofreu uma grande mudança de país produtor de
“Commodities” para a diversificação e ampliação de seu parque industrial.
Também o que colaborou com essas mudanças foi a entrada em vigor do
Código de Defesa do Consumidor em 1991, o marco brasileiro para um salto de
qualidade industrial e comercial, que mudou todos os paradigmas de qualidade aos
produtos nacionais. Isto se estendendo também para os EPI´s que passara a ter
certificação e padrões internacionais.

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BIBLIOGRAFIA

CERQUEIRA, Jorge Pedreira de. Sistemas de Gestão Integrados: ISO 9001,


NBR 16001, OHSAS 18001, SA 8000: Conceitos e Aplicações. Rio de Janeiro:
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MOURA, Luiz A. Rolim de. O que é ISO 14000. Disponível em
<http://www.gestaoambiental.com.br/>acesso em 12 de mar. de 2011/17:10hs.
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organismo de certificação. <http://translate.google.com.br/>acesso em 12 de mar. de
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>acesso em 12 de mar. de 2011/17:10hs.
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http://www.idealwork.com.br/>acesso em 04/03/2011 às 17h
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http://www.oit.org.br/ acesso em 19/05/2011 às 17h
http:www.unicentro.br>acesso 16/03/2011 às 17h

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