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Função reparadora: não se refere apenas à entrada dos jovens e adultos no âmbito dos
direitos civis, pela restauração de um direito a eles negados – o direito a uma escola de
qualidade, mas também ao reconhecimento da igualdade ontológica de todo e qualquer ser
humano de ter acesso a um bem real, social e simbolicamente importante, porém não
podemos confundir a noção de reparação com a de suprimento. Para tanto, é indispensável
um modelo educacional que crie situações pedagógicas satisfatórias para atender às
necessidades de aprendizagem específicas de alunos jovens e adulto.
Função equalizadora: relaciona-se à igualdade de oportunidades, que possibilite oferecer
aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da
estéticas e nos canais de participação. Nessa linha, a EJA representa uma possibilidade de
efetivar um caminho de desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo
que jovens e adultos atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem
experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura.
Função qualificadora: refere-se à educação permanente, com base no caráter incompleto
do ser humano, cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em
quadros escolares ou não-escolares. Mais que uma função, é o próprio sentido da educação
e jovens e adultos.
Em Mato Grosso, a Educação de Jovens e Adultos já passou por diferentes propostas de
atendimento, nessa perspectiva de reorganização da EJA, o Conselho Estadual de Educação
– CEE/MT, homologou a Resolução l80/2000, e determinou que a Secretaria de Estado de
Educação criasse um programa de orientação às escolas que trabalham ou pretendem
trabalhar com a modalidade de Educação de Jovens e Adultos.
O CEE/MT, com base nas diretrizes nacionais, estimulou a SEDUC/MT a formular um
programa próprio de Educação de Jovens e Adultos. Dessa forma, esta Secretaria nomeou
uma comissão para elaborar esse programa, através da Portaria 204/00.
Assim, essa comissão desencadeou um processo de seminários regionais, que culminaram
em um seminário estadual e na constituição de um Fórum Permanente de Debates sobre a
Educação de Jovens e Adulto. O debate instituído favoreceu a análise e a compreensão de
uma nova concepção de Educação de Jovens e Adultos.
O Programa aprovado foi regulamentado pela Resolução 177/02 –CEE- MT
Promover a inclusão social e a inserção no mercado de trabalho de jovens e adultos que não
tiveram acesso à educação na idade própria, proporcionar condições para que essa parte da
população construa sua cidadania e possa ter acesso à qualificação profissional, aumentar
as taxas de escolarização.
Embora nem sempre se disponha de estatísticas confiáveis, o programa da EJA têm sido
crescentemente procurado por um público heterogêneo, cujo perfil vem mudando em
relação à idade, expectativas e comportamento. Trata-se de um jovem ou adulto que
historicamente vem sendo excluído, quer pela impossibilidade de acesso à escolarização,
quer pela exclusão da educação regular ou por ter que trabalhar.
São alunos que estão inseridos no mercado de trabalho, ou que ainda espera nele ingressar;
não visam apenas à certificação para manter sua situação profissional, mas esperam chegar
ao Ensino Médio ou à Universidade para acender social ou profissional, e tiveram que
romper barreiras preconceituosas, geralmente transpostas em função de um grande desejo
de aprender.
O aluno da EJA tem uma característica de responder pelos seus atos e palavras, além de
assumir responsabilidades diante dos desafios da vida. Eles quando chegam à escola,
trazem consigo muitos conhecimentos, que podem não ser aqueles sistematizados pela
escola, mas são “saberes nascidos dos seus fazeres”.
A população que procura os cursos para jovens e adultos comporta uma grande diversidade
de características sócio-culturais (gênero, geração, etnia, vivência e origem rural ou urbana,
engajamento no mundo do trabalho, etc.) e de motivações para o retorno aos estudos.
Flexibilidade da Organização Escolar, dos Tempos e Espaços de Aprendizagem
ENSINO FUNDAMENTAL
1° SEGMENTO
FASE I 800 h 200 dias letivos
FASE II 800 h 200 dias letivos
FASE III 800 h 200 dias letivos
DURAÇÃO TOTAL = 2400 HORAS = 3 FASES ANUAIS
2o SEGMENTO
FASE I 800 h 200 dias letivos
FASE II 800 h 200 dias letivos
FASE III 800 h 200 dias letivos
DURAÇÃO TOTAL = 2400 HORAS = 3 FASES ANUAIS
ENSINO MÉDIO
FASE I 800 h 200 dias letivos
FASE II 800 h 200 dias letivos
FASE III 800 h 200 dias letivos
DURAÇÃO TOTAL = 2400 HORAS = 3 FASES ANUAIS
.COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Como assinala o artigo 11º da Resolução 180\2000, as unidades escolares que participam
do Programa de Educação de Jovens e Adultos devem definir com clareza em seus planos
de curso as competências e habilidades que visam desenvolver em cada uma das áreas de
conhecimentos que compõem o currículo, de modo a estabelecer o perfil de saída do aluno
para cada fase e etapa.
BIBLIOGRAFIA
Relação dos
Municípios do MT /
Por Regiões - Com
Endereços das
Prefeituras
PÓLO MUNICÍPIO Nº Alunos Nº Escolas
Centro LUCAS DO RIO VERDE 341 1
SANTA RITA DO
Centro
TRIVELATO 48 1
Centro SORRISO 390 2
PORTO ALEGRE DO
Nordeste
NORTE 262 2
Nordeste SANTA CRÚZ DO XINGÚ 44 1
Nordeste SANTA TEREZINHA 31 1
Nordeste SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA 335 2
Sudoeste ARAPUTANGA 49 1
Sudoeste CÁCERES 1.547 3
Sudoeste CAMPOS DE JÚLIO 61 1
Sudoeste CONQUISTA D´ OESTE - 1
Sudoeste JAURU 101 1
Sudoeste MIRASSOL D'OESTE 334 1
Sudoeste PONTES E LACERDA 388 3
Sudoeste RIO BRANCO 367 1
Sudoeste SALTO DO CÉU 94 1
SÃO JOSÉ DOS QUATRO
Sudoeste
MARCOS 275 1
Sudoeste SAPEZAL 160 1
2- Um aluno indígena pode fazer classificação das duas fases, ou seja 1ª fase
do Em Médio e 2ª e ir direto para a 3ª fase do Em Médio no mesmo ano
escolar?
Não. A escola não pode reclassificar o aluno (qualquer aluno) em duas fases
ao mesmo tempo, e nem “pular” uma fase na sua vida escolar. Este lapso trará
conseqüências no futuro (no histórico escolar) do mesmo.
O que pode acontecer é no caso de um aluno que foi classificado (aluno que
não comprova a escolaridade anterior) passar pelo processo de classificação e
reclassificação no mesmo ano.
10- Diante das dificuldades de juntar os colegas para elaborar os projetos para
a EJA, a escola pode utilizar duas vezes por semana uma hora por período
para estabelecer essas programações, dentro de sua carga horária?
Sim. Desde que se elabore um projeto para desenvolvimento de atividades
intra ou extra escolares com objetivos específicos (outros) já citados acima.
De forma que não haja prejuízo de ensino aprendizagem para os alunos.
11- A escola que tem a sua proposta com autorização vencida pode continuar
com a EJA ou não? Ou tem que pedir nova autorização?
Sempre que a autorização para a oferta esteja “vencendo”, a mesma deve ser
solicitada 120 dias antes do vencimento para que não haja prejuízo na vida
escolar do aluno.
14-Frente a essa Realidade, onde a EJA é uma modalidade; onde a faixa etária
se torna extremamente relevante. Por que a SEDUC não aceita que o número
mínimo de alunos em sala de aula não possa ser por exemplo (15 alunos) já
que essa modalidade exige um tratamento diferenciado dos demais?
O número de alunos a serem matriculados nas escolas é estabelecido por
Instrução Normativa da SEDUC, de acordo ao quadro de professores e alunos
e ainda a capacidade de financiamento por parte do Estado (percentual Legal).
Não compete a Superintendência de Ensino e Currículo, estabelecer os
critérios para atribuição de classes e ou aulas.
15-Para alunos da Educação de Jovens e Adultos que estudam a noite, só
temos o domingo para realizar atividades extra escolares.O que fazer?
As atividades extra escolares de acordo as normas vigentes devem ser
realizadas com o acompanhamento do professor(a),com projetos devidamente
elaborados,com objetivos claros que possam ser executados, avaliados e
socializados com todos os alunos da sala de aula.Mesmo que o docente não
possa acompanhar o aluno diretamente nas atividades extras classes, este deve
fazê-lo utilizando outras formas e/ou instrumentos.
18- Este ano nós participamos de uma reunião na assessoria em Cuiabá, onde
falamos sobre reclassificação. Nesta reunião nos foi dito que um mesmo aluno
pode ser reclassificado várias vezes em um ano. Por exemplo passar da 1ª
para a 2ª fase e depois para a 3ª fase, porque o mesmo apresentou
conhecimentos necessários. Como que fica a freqüência nesse caso?
A reclassificação pode ser realizada várias vezes no ano pela escola, porém o
aluno só pode passar pelo processo apenas uma vez durante no ano
letivo.Nesse caso cumprindo o mínimo de 75% do percentual da carga horária
na fase para qual foi reclassificado.
19-Existem escolas particulares que pegam alunos reprovados de outras
escolas numa disciplina que o aluno reprovou, nessa escola ele consegue o
diploma, está certo?
Existem escolas que têm autorização para a oferta do ensino por disciplina,
considerando que o aluno que reprova por aprendizagem (progressão parcial)
não tem que cumprir carga horária na disciplina, este pode matricular-se em
uma escola que lhe possibilite recuperar conteúdos não apreendidos,em menor
tempo.
20-O que a escola deve fazer para regularizar a vida do aluno que fez o provão
de massa e não conseguiu passar em todas as disciplinas?
O aluno tem direito a matricular-se na escola, na fase correspondente as
disciplinas que não logrou êxito nos exames supletivos, devendo cursar as
disciplinas ano a ano, ao mesmo tempo em que pode continua realizando.
21-Se a EJA não determina a carga horária mas sim, a aplicação dos
conteúdos, pergunto: por que então a EJA pode reter o aluno por excesso de
faltas? E qual seria a solução a ser adotada caso não retenha?
A modalidade da EJA está regulamentada como educação básica , tendo que
cumprir carga horária e dias letivos. Outra modalidade de ensino. A solução
deve ser buscada pela escola com projetos alternativos e flexíveis de
atendimento aos alunos que lhes possibilite cumprir a carga horária exigida.
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