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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO


SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO E CURRÍCULO

Educação de Jovens e Adultos


Reconstruir a trajetória da educação de jovens e adultos no Brasil é uma
tarefa complexa.
A síntese a seguir tem a finalidade de contribuir para a fundamentação
dessa modalidade.

Década de 30 A educação de adultos começa a delimitar seu lugar na história da


educação no Brasil.
Década de 40 Ampliação da educação elementar, inclusive da educação de jovens e
adultos. Nesse período, a educação de adultos toma a forma de Campanha
Nacional de Massa.
Década de 50 A Campanha se extinguiu antes do final da década. As críticas eram
dirigidas tanto às suas deficiências administrativas e financeiras, quanto à
sua orientação pedagógica.
Década de 60 O pensamento de Paulo Freire, assim como sua proposta para a
alfabetização de adultos, inspira os principais programas de alfabetização
do país.
Ano de 1964 Aprovação do Plano Nacional de Alfabetização, que previa a disseminação
por todo o Brasil, de programas de alfabetização orientados pela proposta
de Paulo Freire. Essa proposta foi interrompida com o Golpe Militar e seus
promotores foram duramente reprimidos.
Ano de 1967 O governo assume o controle dos Programas de Alfabetização de Adultos,
tornando-os assistencialistas e conservadores. Nesse período lançou o
MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização.
Ano de 1969 Campanha Massiva de Alfabetização
Década de 70 O MOBRAL expandiu-se por todo o território nacional, diversificando sua
atuação. Das iniciativas que derivaram desse programa, o mais importante
foi o PEI – Programa de Educação Integrada , sendo uma forma
condensada do antigo curso primário.
Década de 80 Emergência dos movimentos sociais e início da abertura política. Os
projetos de alfabetização se desdobraram em turmas de pós-alfabetização.
Ano de 1985 Desacreditado, o MOBRAL foi extinto e seu lugar foi ocupado pela
Fundação Educar, que apoiava, financeira e tecnicamente, as iniciativas do
governo, das entidades civis e das empresas.
Década de 90 Com a extinção da Fundação Educar, criou-se um enorme vazio na
Educação de Jovens e Adultos.
Alguns estados e municípios assumiram a responsabilidade de oferecer
programas de Educação de Jovens e Adultos.
A história da Educação de Jovens e Adultos no Brasil chega à década de 90
reclamando reformulações pedagógicas.
Ano de 1990 Acontece na Tailândia/Jomtiem, a Conferência Mundial de Educação para
Todos, onde foram estabelecidas diretrizes planetárias para a Educação de
Crianças, Jovens e Adultos.
Ano de 1997 Realizou-se na Alemanha/Hamburgo, a V Conferência Internacional de
Educação de Jovens, promovida pela UNESCO (Organização das Nações
Unidas). Essa conferência representou um importante marco, a medida em
que estabeleceu a vinculação da educação de adultos ao desenvolvimento
sustentável e eqüitativo da humanidade.
Ano de 1998 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96, dedica dois
artigos (arts. 37 e 38), no Capítulo da Educação Básica, Seção V, para
reafirmar a obrigatoriedade e a gratuidade da oferta da educação para todos
que não tiveram acesso na idade própria.
Ano de 2000 Sob a coordenação do Conselheiro Carlos Roberto Jamil Cury, é aprovado
o Parecer nº 11/2000 – CEB/CNE, que trata das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Também foi homologada
a Resolução nº 01/00 – CNE.
Em Mato Grosso, foi homologada a Resolução nº 180/2000 – CEE/MT,
que aprovou o Programa de EJA para as escolas do Estado, a partir de
2002.

O CONTEXTO DOS MARCOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS


EADULTO

A legislação da EJA (como é conhecida a Educação de Jovens e Adultos) tem como


referências os seguintes documentos:
a) A Constituição da República Federativa do Brasil de l988, que assegurou aos
jovens e adultos o Direito Público Subjetivo ao Ensino Fundamental Público e Gratuito.
b) A nova Lei de Diretrizes e Bases, nº 9394/96, que destaca a integração da EJA à
Educação Básica - observada a sua especificidade. Garantiu a flexibilidade da organização
do ensino básico, inclusive a aceleração de estudos e a avaliação de aprendizagens extra-
escolares entre outra estabeleceu as idades de 14 e 17 anos para o ensino fundamental e
médio, além disso, diminuiu as idades mínimas dos participantes dos Exames Supletivos
(15 anos para o Ensino Fundamental e l8 anos para o Ensino Médio.
c) O Parecer 11/2000 e a Resolução 01/2000 - ambos do Conselho Nacional de
Educação, instrumentos que apresentam o novo paradigma da EJA e sugerem: extinguir o
uso da expressão supletivo; restabelecer o limite etário para o ingresso na EJA (14 anos
para o Ensino Fundamental e l7 anos para o Ensino Médio); atribuir à EJA as funções:
reparadora, equalizadora e qualificadora; promover a formação dos docentes e
contextualizar currículos e metodologias, obedecendo os princípios da Proporção, Equidade
e Diferença; as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação e Jovens e Adultos.

FUNÇÕES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Função reparadora: não se refere apenas à entrada dos jovens e adultos no âmbito dos
direitos civis, pela restauração de um direito a eles negados – o direito a uma escola de
qualidade, mas também ao reconhecimento da igualdade ontológica de todo e qualquer ser
humano de ter acesso a um bem real, social e simbolicamente importante, porém não
podemos confundir a noção de reparação com a de suprimento. Para tanto, é indispensável
um modelo educacional que crie situações pedagógicas satisfatórias para atender às
necessidades de aprendizagem específicas de alunos jovens e adulto.
Função equalizadora: relaciona-se à igualdade de oportunidades, que possibilite oferecer
aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da
estéticas e nos canais de participação. Nessa linha, a EJA representa uma possibilidade de
efetivar um caminho de desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo
que jovens e adultos atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem
experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura.
Função qualificadora: refere-se à educação permanente, com base no caráter incompleto
do ser humano, cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em
quadros escolares ou não-escolares. Mais que uma função, é o próprio sentido da educação
e jovens e adultos.
Em Mato Grosso, a Educação de Jovens e Adultos já passou por diferentes propostas de
atendimento, nessa perspectiva de reorganização da EJA, o Conselho Estadual de Educação
– CEE/MT, homologou a Resolução l80/2000, e determinou que a Secretaria de Estado de
Educação criasse um programa de orientação às escolas que trabalham ou pretendem
trabalhar com a modalidade de Educação de Jovens e Adultos.
O CEE/MT, com base nas diretrizes nacionais, estimulou a SEDUC/MT a formular um
programa próprio de Educação de Jovens e Adultos. Dessa forma, esta Secretaria nomeou
uma comissão para elaborar esse programa, através da Portaria 204/00.
Assim, essa comissão desencadeou um processo de seminários regionais, que culminaram
em um seminário estadual e na constituição de um Fórum Permanente de Debates sobre a
Educação de Jovens e Adulto. O debate instituído favoreceu a análise e a compreensão de
uma nova concepção de Educação de Jovens e Adultos.
O Programa aprovado foi regulamentado pela Resolução 177/02 –CEE- MT

OBJETIVO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Promover a inclusão social e a inserção no mercado de trabalho de jovens e adultos que não
tiveram acesso à educação na idade própria, proporcionar condições para que essa parte da
população construa sua cidadania e possa ter acesso à qualificação profissional, aumentar
as taxas de escolarização.

IDENTIDADE DE UM CURSO DA EJA


A inclusão da EJA no projeto educativo da escola é de vital importância para o
cumprimento das funções de reparar, equalizar e qualificar.
Determinar claramente a identidade de um curso da EJA pressupõe um olhar diferenciado
para seu público, acolhendo de fato seus conhecimentos, interesses e necessidades de
aprendizagem. Para tanto se deve ter uma proposta flexível e adaptável às diferentes
realidades, contemplando temas como cultura e sua diversidade, relações sociais,
necessidades dos alunos e da comunidade, no meio ambiente, cidadania, trabalho e
exercício da autonomia.

PERFIL DO ALUNO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Embora nem sempre se disponha de estatísticas confiáveis, o programa da EJA têm sido
crescentemente procurado por um público heterogêneo, cujo perfil vem mudando em
relação à idade, expectativas e comportamento. Trata-se de um jovem ou adulto que
historicamente vem sendo excluído, quer pela impossibilidade de acesso à escolarização,
quer pela exclusão da educação regular ou por ter que trabalhar.
São alunos que estão inseridos no mercado de trabalho, ou que ainda espera nele ingressar;
não visam apenas à certificação para manter sua situação profissional, mas esperam chegar
ao Ensino Médio ou à Universidade para acender social ou profissional, e tiveram que
romper barreiras preconceituosas, geralmente transpostas em função de um grande desejo
de aprender.
O aluno da EJA tem uma característica de responder pelos seus atos e palavras, além de
assumir responsabilidades diante dos desafios da vida. Eles quando chegam à escola,
trazem consigo muitos conhecimentos, que podem não ser aqueles sistematizados pela
escola, mas são “saberes nascidos dos seus fazeres”.

DIRETRIZES PEDAGÓGICAS DO PROGRAMA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E


ADULTOS NACIONAL

O Programa de Educação de Jovens e Adultos se insere em um movimento mais amplo de


renovação pedagógica que, na busca de construção de uma educação emancipatória,
democrática, inclusiva e de qualidade, direciona esforços para a aprendizagem e atribui, aos
educandos, o papel de sujeitos ativos no processo de construção de conhecimentos.
As equipes das escolas integradas ao Programa possuem autonomia para formular
coletivamente os respectivos projetos pedagógicos e planos de curso para cada um dos
segmentos do Ensino Fundamental /Médio, orientados pelas seguintes diretrizes gerais:

Valorização dos Conhecimentos e Respeito à Diversidade Sócio-cultural dos


Educandos

A população que procura os cursos para jovens e adultos comporta uma grande diversidade
de características sócio-culturais (gênero, geração, etnia, vivência e origem rural ou urbana,
engajamento no mundo do trabalho, etc.) e de motivações para o retorno aos estudos.
Flexibilidade da Organização Escolar, dos Tempos e Espaços de Aprendizagem

O tempo escolar da Educação de Jovens e Adultos pode ser flexibilizado em diversas


direções. As fases podem ser agregadas em ciclos mais abrangentes de formação, no
interior dos quais o currículo pode ser modularizado, de modo a permitir aos educandos
percorrer trajetórias de aprendizagem não padronizadas. Visando minimizar os efeitos
negativos da evasão escolar, ao longo do ano letivo, as fases anuais podem também ser
subdivididas em unidades de ensino de menor duração, facilitando a reinserção no processo
de aprendizagem dos educandos que têm dificuldades de freqüentar cursos seriados por
todo um semestre ou ano.
Por outro lado, o tempo curricular do aluno não deve ser resumido às experiências de sala
de aula. Os projetos pedagógicos e planos de curso deverão, portanto, organizar o tempo
escolar com flexibilidade, de modo a promover, compreender e reconhecer todas essas
experiências e oportunidades formativas.

As formas de organização da educação básica de jovens e adultos

-Conforme o Art 6º da Resolução CEE\MT nº 180\2000, os cursos de educação de jovens e


adultos podem ser organizados sob as formas presencial, semipresencial e à distância.
No cursos semipresenciais, a exigência mínima de freqüência às atividades pedagógicas é
de 50%, no ensino à distância, não há exigência de freqüência mínima obrigatória.
-A avaliação para fins de certificação com direito a prosseguimento de estudo nas formas
semipresencial e a distancia somente dar-se á através de exame supletivos
especiais, oferecidos pelo poder público.

Orientação para a Organização de Cursos Presencias de Jovens e Adultos.


O Art. 7o da Resolução CEE/MT no 180/00 fixa que os cursos presenciais, aos quais é
facultada, a avaliação no processo, exigem freqüência mínima de 75% e duração de três
fases para cada segmento do ensino fundamental e três fases para o Ensino Médio, sendo
que cada fase terá a carga horária mínima de 800 horas, e 200 dias letivos, para que não
haja o “engessamento organizacional” e assim irá combater o aligeiramento do ensino, de
modo a assegurar à Educação de Jovens e Adultos um padrão de qualidade.

QUADRO: Divisão das Etapas do Ensino Fundamental e Ensino Médio

ENSINO FUNDAMENTAL
1° SEGMENTO
FASE I 800 h 200 dias letivos
FASE II 800 h 200 dias letivos
FASE III 800 h 200 dias letivos
DURAÇÃO TOTAL = 2400 HORAS = 3 FASES ANUAIS
2o SEGMENTO
FASE I 800 h 200 dias letivos
FASE II 800 h 200 dias letivos
FASE III 800 h 200 dias letivos
DURAÇÃO TOTAL = 2400 HORAS = 3 FASES ANUAIS
ENSINO MÉDIO
FASE I 800 h 200 dias letivos
FASE II 800 h 200 dias letivos
FASE III 800 h 200 dias letivos
DURAÇÃO TOTAL = 2400 HORAS = 3 FASES ANUAIS

.COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Como assinala o artigo 11º da Resolução 180\2000, as unidades escolares que participam
do Programa de Educação de Jovens e Adultos devem definir com clareza em seus planos
de curso as competências e habilidades que visam desenvolver em cada uma das áreas de
conhecimentos que compõem o currículo, de modo a estabelecer o perfil de saída do aluno
para cada fase e etapa.

AVALIACÃO REFLEXIVA E FORMATIVA

A avaliação reflexiva é um componente intrínseco aos processos intencionais de mudança,


como são os processos de ensino e de aprendizagem. A perspectiva inclusiva do Programa
de Educação de Jovens e Adultos requer a substituição dos mecanismos de avaliação
classificatória, competitiva, recriminatória e excludente, por práticas formativas e reflexivas
de avaliação escolar que favoreçam a aprendizagem. Realizada com participação, diálogo e
negociação entre educandos e educadores, a avaliação escolar formativa fornece, aos
agentes educativos, elementos de análise e julgamento que permitem planejar e rever
continuamente as decisões relativas ao processo de construção do conhecimento. Nesta
concepção, a avaliação é contínua e processual: o momento investigativo de diagnóstico é
tão importante quanto o momento de aferição de resultados.

PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO/ RECLASSIFICACÃO DA EDUCACÃO DE


JOVENS E ADULTOS

De acordo com artigo 17 da Resolução CEE\MT 180\00, e o Programa de Educação de


Jovens e Adultos/Res 177/02 a escola ao detectar que o aluno reúne condições para avançar
em seus estudos poderá avaliá-lo e proceder ao aproveitamento de estudos parcial ou total
das áreas do conhecimento da fase a qual esta matriculado garantindo-se a inserção na fase
subseqüente (reclassificação). Conforme a Resolução CEE\MT 150\99, nos artigos 27 à 31,
pautada também na Lei nº 9.394/96 no artigo 24 inciso II. Os procedimentos de avaliação
diagnostica devem subsidiar a classificação dos alunos independente de escolaridade
anterior, mediante avaliação feita pela escola, que define o grau de desenvolvimento e
experiência do candidato e permita sua inserção na fase adequada.

BIBLIOGRAFIA

SEDUC.SEC – EJA.Programa de Educação de jovens e adultos de Mato Grosso, 2001


SEDUC-Linhas Políticas da Educação de Jovens e Adultos “O Direito dos Cidadões a
Educação Básica de Qualidade”-MT ,2002
FREIRE, Paulo. Conscientizando – Teoria e Pratica da Libertação. São Paulo, Moraes,
1980.
__________Pedagogia do oprimido. São Paulo, Paz e Terra, 1996.
HERNÁNDEZ, Fernando . Transgressão e mudança na educação: projetos de
trabalho.Porto Alegre, Artemed, 1998.

PAIVA Jaine, MACHADO Margarida Maria, IRELAND Timoth – Org, Educação de


Jovens e Adultos – Uma memória contemporânea- UNESCO, MEC – Brasília DF.
2004
ANEXOS
.
01-Resultados Finais do Censo Escolar de 2004
(Instituto Nacional de estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)

Relação dos
Municípios do MT /
Por Regiões - Com
Endereços das
Prefeituras
PÓLO MUNICÍPIO Nº Alunos Nº Escolas
Centro LUCAS DO RIO VERDE 341 1
SANTA RITA DO
Centro
TRIVELATO 48 1
Centro SORRISO 390 2

Centro-Norte SINOP 849 2

Centro-Oeste ARENÁPOLIS 140 1


Centro-Oeste DIAMANTINO

Leste ÁGUA BOA 1139 1


Leste BARRA DO GARÇAS 863 4
Leste CAMPINÁPOLIS 61 1
Leste CANARANA 486 1
Leste COCALINHO 199 1
Leste NOVA XAVANTINA 581 2
Leste NOVO SÃO JOAQUIM 178
Leste QUERÊNCIA 178 1
Leste RIBEIRÃO CASCALHEIRA 35 1

PORTO ALEGRE DO
Nordeste
NORTE 262 2
Nordeste SANTA CRÚZ DO XINGÚ 44 1
Nordeste SANTA TEREZINHA 31 1
Nordeste SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA 335 2

Noroeste JUÍNA 1321 1


Noroeste RONDOLÂNDIA 35 1
Noroeste II JUARA 331 1

Norte ALTA FLORESTA 1081 3


Norte CARLINDA 97 2
Norte COLÍDER 909 1
Norte GUARANTÃ DO NORTE 265 1
Norte PEIXOTO DE AZEVEDO 264 1

Oeste BARRA DO BUGRES 1012-100semipresencial 1


Oeste CAMPO NOVO DO PARECIS 10 1
Oeste PORTO ESTRELA 28 1
Oeste TANGARÁ DA SERRA 746 1

Sudeste ALTO ARAGUAIA 520 1


Sudeste CAMPO VERDE 185 1
Sudeste DOM AQUINO 169 1
Sudeste GUIRATINGA 50 2
Sudeste JACIARA 280- 256 semipresencial 1
Sudeste PEDRA PRETA 482 1
Sudeste POXORÉO 297 3
Sudeste PRIMAVERA DO LESTE 498 1
Sudeste RONDONÓPOLIS 3.172 11
Sudeste SÃO PEDRO DA CIPA 163 1
Sudeste TESOURO 39 1

Sudoeste ARAPUTANGA 49 1
Sudoeste CÁCERES 1.547 3
Sudoeste CAMPOS DE JÚLIO 61 1
Sudoeste CONQUISTA D´ OESTE - 1
Sudoeste JAURU 101 1
Sudoeste MIRASSOL D'OESTE 334 1
Sudoeste PONTES E LACERDA 388 3
Sudoeste RIO BRANCO 367 1
Sudoeste SALTO DO CÉU 94 1
SÃO JOSÉ DOS QUATRO
Sudoeste
MARCOS 275 1
Sudoeste SAPEZAL 160 1

Sul CUIABÁ 7.499 25


SUl JANGADA 213 1
Sul BARÃO DE MELGAÇO 49 1

Sul NOBRES 292 2


NOSSA SENHORA DO
Sul
LIVRAMENTO 58 2
Sul NOVA BRASILANDIA 101 1
Sul POCONÉ 603 2
Sul ROSÁRIO OESTE 526 1
SANTO ANTONIO DO
Sul
LEVERGER 419 3
Sul VARZEA GRANDE 1981- 150 semipresencial 10
Sul ACORIZAL 55 1
QUESTÕES LEVANTADAS NO III SEMINARIO DA AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS– 2005,
RESPONDIDAS DE ACORDO AS NORMAS VIGENTES E A
POLITICA DE EDUCAÇÃO PARA ESTA MODALIDADE
ESTABELECIDAS PELA SUPERINTENDENCIA DE ENSINO E
CURRÍCULO.

1- Esclarecimento sobre Reclassificação e a freqüência em relação a


porcentagem para ficar retido.
A freqüência do aluno reclassificado da lª fase para a 2ª fase ( ou de qualquer
outra) deve cumprir carga horária de no mínimo 75%, para fase que foi
reclassificado, isto significa que nenhum aluno pode ser reclassificado duas
vezes no mesmo ano. Caso o aluno não cumpra os 75% de freqüência a que se
refere a lei, o aluno deve ficar “retido” ( não reprovado) na fase, sendo
matriculado no ano seguinte na mesma fase até completar o 75% de
freqüência.

2- Um aluno indígena pode fazer classificação das duas fases, ou seja 1ª fase
do Em Médio e 2ª e ir direto para a 3ª fase do Em Médio no mesmo ano
escolar?
Não. A escola não pode reclassificar o aluno (qualquer aluno) em duas fases
ao mesmo tempo, e nem “pular” uma fase na sua vida escolar. Este lapso trará
conseqüências no futuro (no histórico escolar) do mesmo.
O que pode acontecer é no caso de um aluno que foi classificado (aluno que
não comprova a escolaridade anterior) passar pelo processo de classificação e
reclassificação no mesmo ano.

3- Reclassificação pode acontecer em qualquer fase?


Sim.

4- Após o período de reclassificação, aqueles alunos que não foram


reclassificado se sentem desestimulados e chegam até desistir. Como estimular
esses alunos já que alguns como por exemplo da 2ªfase não terão mais a
possibilidade de passar por esse processo?
O processo de reclassificação não pode ser utilizado como um instrumento de
aligeiramento ou de supletivação. Os alunos ao se matricularem em uma
escola da EJA, devem ser esclarecidos dos procedimentos legais utilizados
pela escola para a garantia dos seus direitos no que se refere aos
conhecimentos já adquiridos e ou construídos. Estes instrumentos não devem
servir como atrativos para matricular alunos.Portanto uma boa conversa, ou
bom esclarecimento devem ser feitos no ato da matricula.

5- O aluno que elimina 2 ou 3 disciplinas no provão de massa não querem


mais freqüentar as disciplinas da EJA. A EJA ainda não reconhece o
aproveitamento de disciplinas e como a escola deve proceder nesta situação
para que os alunos não desistam?
As escolas devem “reconhecer” o aproveitamento de disciplinas eliminadas
nos exames supletivos e matricular o aluno na fase para a qual o mesmo se
candidata (de acordo ao seu histórico escolar), com direito a cursar apenas as
disciplinas não eliminadas.Estas disciplinas devem ser cursadas fase por fase
(ano a ano).

6- Em proposta curricular por disciplina se um professor discordar da


reclassificação do aluno, pode haver reclassificação para este aluno?
Sim. A escola deve definir sua proposta pedagógica no coletivo dos
professores. Portanto o que for definido pela maioria deve ser cumprido por
todos. Não se pode trabalhar com uma proposta pedagógica onde cada um faz
o que quer.

7- Podem-se aferir notas em prova?


O programa estadual de educação de jovens e adultos prevê a avaliação
através de relatórios, porém a escola pode utilizar diversos instrumentos de
avaliação, fica a cargo da escola definir no seu coletivos a proposta
pedagógica da escola e por conseqüência os instrumentos de avaliação a serem
utilizados.

8- Considerando que o aluno do noturno são trabalhadores pode-se trabalhar


até 22:30h?
A carga horária e dias letivos para EJA (modalidade da educação básica) são
estabelecidos pela LDB. Porém a carga horária diária poderá ser estabelecida
pela escola considerando que no período noturno a maioria dos alunos são
trabalhadores. A escola deve utilizar a criatividade através de projetos que
prevejam objetivo, execução, avaliação etc, a serem trabalhados envolvendo
professores e alunos de maneira que não haja prejuízo de carga horária para
os mesmos.
9- Quais os canais para obter verbas para EJA?
Aprovação do FUNDEB garantirá financiamento automático para EJA.

10- Diante das dificuldades de juntar os colegas para elaborar os projetos para
a EJA, a escola pode utilizar duas vezes por semana uma hora por período
para estabelecer essas programações, dentro de sua carga horária?
Sim. Desde que se elabore um projeto para desenvolvimento de atividades
intra ou extra escolares com objetivos específicos (outros) já citados acima.
De forma que não haja prejuízo de ensino aprendizagem para os alunos.

11- A escola que tem a sua proposta com autorização vencida pode continuar
com a EJA ou não? Ou tem que pedir nova autorização?
Sempre que a autorização para a oferta esteja “vencendo”, a mesma deve ser
solicitada 120 dias antes do vencimento para que não haja prejuízo na vida
escolar do aluno.

12-Qual a base legal para reclassificação da 3ª fase do 2º segmento para a 1ª


fase do 3ª segmento (Ensino Médio)?
A reclassificação está amparada pela LDB, e Resolução 150/99- CEE-MT e o
Programa de Educação de Jovens e Adultos/ Resolução 177/02 CEE-MT.
Quando um aluno passa por processo de reclassificação (nesse caso do 2º
segmento para o ensino médio) fica garantida a terminalidade da fase ou
etapa que cursa.

13- A idade mínima de 14 anos para a EJA e pára o ingresso na 1ª fase do 2º


segmento ou na 1ª fase do 2º segmento?
14 anos para o Ensino Fundamental tanto para o 1º e 2º segmento e 17 anos
para o Ensino Médio.

14-Frente a essa Realidade, onde a EJA é uma modalidade; onde a faixa etária
se torna extremamente relevante. Por que a SEDUC não aceita que o número
mínimo de alunos em sala de aula não possa ser por exemplo (15 alunos) já
que essa modalidade exige um tratamento diferenciado dos demais?
O número de alunos a serem matriculados nas escolas é estabelecido por
Instrução Normativa da SEDUC, de acordo ao quadro de professores e alunos
e ainda a capacidade de financiamento por parte do Estado (percentual Legal).
Não compete a Superintendência de Ensino e Currículo, estabelecer os
critérios para atribuição de classes e ou aulas.
15-Para alunos da Educação de Jovens e Adultos que estudam a noite, só
temos o domingo para realizar atividades extra escolares.O que fazer?
As atividades extra escolares de acordo as normas vigentes devem ser
realizadas com o acompanhamento do professor(a),com projetos devidamente
elaborados,com objetivos claros que possam ser executados, avaliados e
socializados com todos os alunos da sala de aula.Mesmo que o docente não
possa acompanhar o aluno diretamente nas atividades extras classes, este deve
fazê-lo utilizando outras formas e/ou instrumentos.

16-Qual a lei que regulamenta a reclassificação a qualquer momento?


A reclassificação é um instrumento utilizado para possibilitar a alunos
defasados em idade escolar que possuam habilidade e competências
comprovadas pelo conselho de classe a avançar para a série ou fase escolar
seguinte. Esta prerrogativa está prevista na Lei 9394/96- LDB, regulamentado
pela Res.150/99(final do 1º bimestre) e pelo Programa estadual para EJA
aprovado pela Res.177/02(a qq. época do ano, menos no último bimestre por
orientação da Seduc).

17-Como devem ser feitos o processo de classificação do aluno na


regulamentação de documentos escolares e inserção nas séries? Através de
“provas” ou faixa etária?
O processo de classificação de alunos se dá para situar alunos que não
possuem documentos que comprovem a sua escolarização; que possuam
conhecimentos construídos sem terem passado pela escolarização formal; ou
outros sistemas de ensino; É realizado através de instrumentos avaliativos que
possibilitem à escola “descobrir” ou localizar a fase em o aluno deve ser
matriculado observado a idade do mesmo.

18- Este ano nós participamos de uma reunião na assessoria em Cuiabá, onde
falamos sobre reclassificação. Nesta reunião nos foi dito que um mesmo aluno
pode ser reclassificado várias vezes em um ano. Por exemplo passar da 1ª
para a 2ª fase e depois para a 3ª fase, porque o mesmo apresentou
conhecimentos necessários. Como que fica a freqüência nesse caso?
A reclassificação pode ser realizada várias vezes no ano pela escola, porém o
aluno só pode passar pelo processo apenas uma vez durante no ano
letivo.Nesse caso cumprindo o mínimo de 75% do percentual da carga horária
na fase para qual foi reclassificado.
19-Existem escolas particulares que pegam alunos reprovados de outras
escolas numa disciplina que o aluno reprovou, nessa escola ele consegue o
diploma, está certo?
Existem escolas que têm autorização para a oferta do ensino por disciplina,
considerando que o aluno que reprova por aprendizagem (progressão parcial)
não tem que cumprir carga horária na disciplina, este pode matricular-se em
uma escola que lhe possibilite recuperar conteúdos não apreendidos,em menor
tempo.

20-O que a escola deve fazer para regularizar a vida do aluno que fez o provão
de massa e não conseguiu passar em todas as disciplinas?
O aluno tem direito a matricular-se na escola, na fase correspondente as
disciplinas que não logrou êxito nos exames supletivos, devendo cursar as
disciplinas ano a ano, ao mesmo tempo em que pode continua realizando.

21-Se a EJA não determina a carga horária mas sim, a aplicação dos
conteúdos, pergunto: por que então a EJA pode reter o aluno por excesso de
faltas? E qual seria a solução a ser adotada caso não retenha?
A modalidade da EJA está regulamentada como educação básica , tendo que
cumprir carga horária e dias letivos. Outra modalidade de ensino. A solução
deve ser buscada pela escola com projetos alternativos e flexíveis de
atendimento aos alunos que lhes possibilite cumprir a carga horária exigida.

02-

MATRICULA INCIAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTO REFERENTE AO ANO DE 2000 a 2004


E.J.A. Presencial E.J.A. Presencial E.J.A.
ANO Total
Ens. Fundamental Ens. Médio Semipresencial
2000 14.428 36.722 - 51.150
2001 14981 37.781 - 52.762
2002 16.117 32.973 - 49.090
2003 12.538 22.236 303 35.077
2004 11088 23.930 1.490 36.508
Fonte: SATI/SDRH/SEDUC 07/2005

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