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PERDAS DE CARGA

OBJETIVOS

• Medida de perda de carga distribuída em tubulações


• Medida de perda de carga localizada em tubulações
• Levantamento da curva do fator de atrito (f) em função do número de
Reynolds (Re)
• Determinação do coeficiente (K) de perda de carga localizada
• Determinação do comprimento equivalente (Le) de um acessório

INTRODUÇÃO TEÓRICA

A prática mostra que o escoamento de um fluído em qualquer tubulação se


processa sempre com certa dissipação de energia causada pelas resistências que
se manifestam em oposição ao movimento. Tais resistências se devem aos efeitos
de atrito no escoamento.

Como resultado ocorre uma perda irreversível de energia, de modo que, para
aplicar o teorema de Bernoulli ao escoamento do fluido, torna-se necessário
introduzir na sua expressão matemática um termo que represente a parcela de
energia dissipada.

Chamando hp a parcela de energia absorvida pelas resistências ao escoamento


entre duas seções transversais de uma tubulação, a equação de Bernoulli resulta
em :

2 2
hp = [p1/γ + V1 /2g + z1] - [p2/γ + V2 /2g + z2]

Para o caso de um escoamento completamente desenvolvido em uma tubulação de


seção constante, colocada na horizontal, a equação acima torna-se :

hp = [p1/γ - p2/γ ] = ∆ p/γ

Como a ciência empírica da hidráulica se desenvolveu no século XIX, era prática


comum expressar o balanço de energia em termos de energia por unidade de peso
do fluído em escoamento. Assim, a perda de energia hp é chamada de uma perda
de carga. Lembrar que a sua interpretação física é a de uma perda de energia
mecânica, expressa por unidade de peso do fluído em escoamento. A dimensão
resultante de hp é de comprimento (L).

Na representação gráfica da figura 1, indica-se, pelas cotas dos centros de


gravidade das seções transversais, o perfil do eixo da tubulação. Sobre estas cotas
toma-se seguimentos retilíneos representativos das alturas de pressão ( p/γ ) .
Unindo as extremidades destes segmentos tem-se a linha piezométrica.
Acrescenta-se às extremidades das alturas piezométricas segmentos
representativos das respectivas cargas cinéticas e obtém-se a chamada linha de
carga efetiva ou linha de energia. A expressão (1) mostra que a perda de carga é
dada pelo abaixamento da linha de energia. Se o escoamento for uniforme, a linha
de carga será paralela à linha piezométrica, da qual está separada pela distância
2
V /2g, representativa da carga cinética. Neste caso, a perda de carga é medida
tanto pelo abaixamento da linha de energia como da linha piezométrica.

Figura 1 – Alturas de Carga

A perda de carga em uma instalação hidráulica pode ser devida a duas diferentes
causas. Uma delas ocorre devido ao atrito do fluído em escoamento em uma
tubulação e é conhecida como perda de carga distribuída, hpd. A outra ocorre
devido a presença de acessórios da tubulação e dos fenômenos de dissipação que
resultam de mudanças bruscas de direção no escoamento, e como ocorre no trecho
onde está o acessório é denominada perda de carga localizada, hpl.

No trecho onde ocorre a perda de carga localizada há uma descontinuidade na linha


piezométrica, igual a perda de carga produzida pelo acessório.

Pode-se escrever, para a perda de carga total, em um comprimento L de tubulação,


no qual o acessório está presente :

hpt = hpd + hpl


A perda de carga distribuída pode ser calculada pela equação de Darcy – Weisbach,
que é baseada na análise dimensional e na teoria de semelhança e em dados
práticos apresentados pelo diagrama de Moody para o fator de atrito f :

2
hpd = f L/D V /2g

Partindo-se da expressão conhecida com o nome de teorema de Borda-Belanger,


chega-se a uma expressão para a perda de carga localizada :

2
hpl = K V /2g

onde o coeficiente K deve ser determinado experimentalmente para cada situação.

Há vários anos, laboratórios de hidráulica e fabricantes vêm realizando ensaios para


determinar os valores de K, tendo chegado à conclusão que este coeficiente é
praticamente constante para número de Reynolds superiores a 50.000.

O acessório que causa a perda de carga hpl pode ser de forma fictícia substituído
por um trecho adicional de tubulação com um comprimento Le tal que ocorresse a
mesma perda de carga hpl ; Le é o chamado comprimento equivalente de
tubulação que caracteriza a perda de carga causada pelo acessório.

2
Le = KD/f e hpl = f Le/D V /2g

Se o acessório liga duas tubulações do mesmo diâmetro, as energias cinéticas


serão as mesmas e a perda de carga total pode ser avaliada pela medida da
diferença de pressão estática entre os dois pontos. Conhecendo-se a perda por
unidade de comprimento do tubo :

hpd = J L

onde J é a perda por unidade de comprimento do tubo, a perda de carga localizada


pode ser calculada como :

hpl = hpt - J L

PROCEDIMENTOS

1. Verificar o diâmetro da tubulação (D) e anotar no primeiro quadro da


planilha.

2. Medir a distância entre as tomadas piezométricas (L) e anotar na planilha.


3. Regular as vazões Q1, Q2, Q3 e Q4 no registro de entrada.

4. Medir as respectivas vazões no reservatório de medida :

4.1 Adotar um volume do reservatório e anotar na planilha;

4.2 Verificar o tempo gasto para um nível de água se elevar até


na graduação do tubo de nível e anotar no quadro intervalo de tempo
da vazão da planilha;

4.3 Calcular as vazões ( Q1, Q2, Q3 e Q4) no quadro cálculo da


vazão (Q) e as velocidades (V1, V2, V3 e V4) no quadro cálculo da
velocidade (V).

5. Para cada vazão, fazer as leituras das colunas d’água, nos piezômetros
( p1/γ , p2/γ ,) e anotar no quadro leituras no piezômetro.

6. Para cada vazão calcular :

6.1 A perda de carga no trecho

2
6.2 O fator de atrito para a tubulação (f = hpdm D/L 2g/ V ), o
número de Reynolds do escoamento (Re = ρ VD/µ ) e o coeficiente
2
de perda de carga localizada para a curva de 90o ( K = hpt6 2g/ V ).

7. Levantar a curva do fator de atrito (f) em função do número de Reynolds


(Re).

8. Comparar os resultados obtidos com os resultados disponíveis na literatura.

PLANILHAS

Diâmetro da tubulação (D) cm Procedimento 1

Distância entre as tomadas de pressão cm Procedimento 2


(L)

Volume medido cm Procedimento 4.1


Leituras no Piezômetro

Procedimento 5

Leitura 1 2

1a

2a

3a

4a

cm cm

Procedimento 4.2

Leitura tempo

1a S

2a S

3a S

4a S

Cálculo da Vazão (Q)

Procedimento 4.3

Leitura vol t Q

1a

2a

3a

4a

cm3 s cm3 / s
Cálculo da Velocidade (V)

Procedimento 4.3

Leitura Q Seção V

1a

2a

3a

4a

cm3/s cm2 cm / s

MATERIAL UTILIZADO

Para a realização da experiência utiliza-se o seguinte material (Figura 2) :

• Reservatório de alimentação

• Tubulação com registro de entrada

• Piezômetro graduado

• Reservatório de medida com tubo de nível graduado e registro de saída

• Cronômetro

• Régua graduada

Cálculo da Perda de Carga (hp)

Procedimento 6.1

1a leitura 2a leitura 3a leitura 4a leitura

hpd1

hpd2
cm cm cm cm

Cálculo de f, K e Le

Procedimento 6.2, 6.3, 6.4 e 6.5

1a leitura 2a leitura 3a leitura 4a leitura

hpdm cm

hpl6 cm

Re

Le cm

PERDA DE CARGA NO JOELHO

Leituras no Piezômetro

Procedimento 5

Leitura 1 2

1a

2a

3a

4a

cm cm

Procedimento 4.2

Leitura tempo
1a S

2a S

3a S

4a S

Cálculo da Vazão (Q)

Procedimento 4.3

Leitura vol t Q

1a

2a

3a

4a

cm3 s cm3 / s

Cálculo da Velocidade (V e K)

Procedimento 4.3

Leitura Q Seção V K

1a

2a

3a

4a

cm3/s cm2 cm / s

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