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Nesta situação de crise, a Europa é atingida por dois eventos: A Guerra dos Cem
Anos (1337-1453), envolvendo importantes cidades economicamente (Inglaterra,
Flandres e França) e a Peste Negra (1347-1350), que põem ao arraso todo continente
europeu. Esses eventos com a crise agrária causam outra duas crises, à demográfica e a
monetária, mergulhando a Europa em uma profunda depressão econômica, que se
estendeu até a metade do século XV.
A CRISE AGRÁRIA
A CRISE DEMOGRÁFICA
A Crise Monetária
Com a difusão da mão- de- obra assalariada, pela reativação de produção urbana
o crescimento demográfico, houve se a necessidade de expandir os meios de
pagamentos. E mesmo procurando formas para diminuir a diversidade de moedas
existentes na época, e o recurso ao credito, fossem constantes, os estoques de metais
amoedáveis, estavam insuficientes, devidos às combinações fome/epidemia.
A crise agrária tornou encareceu os bens, as constantes guerras fizeram com que
os países envolvidos elevassem os impostos (diretos e indiretos), fazendo também
recorrerem a empréstimos a juros, gerando falência dos banqueiros. A moeda começou
a perde o seu valor, estimulando o entesouramento das moedas com maior valor,
fazendo com que os preços dos produtos, agrícolas e manufaturados caíssem gerando
uma época de depressão acentuada.
OS RESULTADOS DA DEPRESSÃO
A crise geral do sistema econômico nada mais seria que uma “crise de
crescimento” resultante das crises agrária, demográfica e monetária, resultante na
desagregação do sistema econômico funcional no que diz respeito ao “critério de
funcionalidade”, suas características essenciais, sendo substituído por uma forma
alternativa de extração de excedente econômico: DMD (dinheiro-mercadoria-dinheiro)
que nada mais é: dinheiro compra mercadorias que são revendidas com lucros.
Essa notável reconversão da agricultura europeia, feita basicamente para viabilizar uma
maximização dos lucros através do aumente da produtividade da terra, levou a um
natural desenvolvimento da atividade comercial.
Com o preço dos cereais baixo no século XV, a única maneira para que as
companhias comerciais italianas pudessem manter seus lucros era aumentando as
quantidades produzidas, o que levou as condições de trabalho compulsório. O mesmo
aconteceu nas costas bálticas. Com a ausência dos núcleos urbanos significativos para a
comercialização de uma série de benefícios que eles usufruíam nessas regiões e
passaram a condição de trabalhadores obrigados.
A Europa, devido a sua especialização na produção agrícola, necessitava cada vez mais
de uma eficiente rede de circulação comercial e que fosse rápida e barata, para que os
custos do transporte não ultrapassassem os preços finais das mercadorias.
Mais veloz e muito mais barata que o terrestre, o transporte marítimo pelo fato de se
esquivar das inúmeras alfândegas internas, domina o universo econômico europeu.
Mesmo com uma enorme produção das minas da Europa Central, ela não foi suficiente
para compensar a perda das minas balcânicas, nem para satisfazer a crescente
necessidade de metais preciosos.
Esta expansão foi permitida pelas condições geográficas privilegiadas para a navegação
atlântica, escassez de terras para o cultivo de trigo.
Todos esses fatores contribuíram para a expansão desse sistema econômico em fins do
século XV, gerando uma divisão social do trabalho em escala mundial e a maximização
da forma de extração de excedente. Com as diferenças nos preços e o acúmulo de
capital, gerou-se um novo sistema econômico: o Capitalista.
Universidade Federal Rural de Pernambuco- UFRE-PE
Unidade Acadêmica de Serra Talhada- UAST
HISTORIA ECONÔMICA GERAL:
Sistema Econômico Comercial
Prof.: Patrícia de Souza
Serra Talhada-2011
BLIBLIOGRAFIA
Douglas José
Janderson Klebson
Mayra Bettysllane
Thayana Brito