Professional Documents
Culture Documents
*
LABEURB/UNICAMP
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM
CEFIEL
Centro de Formação Continuada de Professores
Alfabetização e Linguagem
Rede Nacional de Formação Continuada de
Professores de Educação Básica
1. Relatos de Viajantes
chamam Botelho e assim outras aves a que chamam fura buchos”). O sujeito
lexicográfico aparece ainda através de varias figuras: a) a do viajante
aventureiro, como em Hans Staden, que se representa nas situações de
contato em um conflito identitário envolvendo sujeito e coisas do país; b) a do
colono fazendeiro, como em Gabriel Soares de Sousa, que diz a significação a
partir da posição do proprietário de terra; c) a do naturalista, como em Jorge
Marcgrave, que introduz um discurso de processo natural em relação aos
elementos da fauna e flora.
4. Dicionários Monolíngües
Referências:
1
J. Horta Nunes. Discurso e Instrumentos Lingüísticos no Brasil: dos Relatos de Viajantes aos
Primeiros Dicionários, tese de doutorado, IEL – Unicamp, Campinas.1996.
2
“Por gramatização deve-se entender o processo que conduz a descrever e a instrumentar
uma língua na base de duas tecnologias, que são ainda hoje os pilares do nosso saber
metalingüístico: a gramática e o dicionário”. (S. Auroux, A Revolução Tecnológica da
Gramatização Campinas, Editora da Unicamp. 1992, p.65).
3
Cf. E. P. Pinto, O português do Brasil, Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro, Edusp,
São Paulo, 1978.
4
Esse momento é também o do aquecimento das primeiras gramáticas do português do Brasil.
E. Orlandi mostra como a reprodução dessas gramáticas tem a ver com o estabelecimento da
República, quando se fortalecem as instituições, entre as quais a Escola, e língua e Estado se
conjugam em sua fundação (cf. E. Orlandi, “O Estado, a Gramática, a Autoria” Relatos nº 4,
junho – 1997, Campinas.