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Os Grupos de Interesse e
a Lógica da Ação Coletiva
Curso de Especialização
p ç
em Direito e Economia
Prof. Giácomo Balbinotto Neto
(PPGE/UFRGS)
Introdução
As teorias econômicas dos grupos de interesse:
Mancur Olson e a
Logic of Collective Action
Mancur Olson e a
Logic of Collective Action
A tese básica deste livro é a de que
"mesmo que todos os indivíduos de um
grupo sejam racionais e centrados em
seus p
próprios
p interesses,, e que
q saiam
ganhando se, como grupo, agirem para
atingir seus objetivos comuns, ainda
assim eles não agirão voluntariamente
para promover esses interesses comuns e
grupais"
Mancur Olson e a
Logic of Collective Action
O argumento formal empregado pelo
autor para explicar a disjunção entre
racionalidade individual e racionalidade
coletiva tem como objetivo se contrapor
às interpretações academicamente
dominantes do comportamento coletivo
na década de 1950, classificadas por
Olson como pertencendo às "teorias
tradicionais dos grupos sociais".
Mancur Olson e a
Logic of Collective Action
Apropriando-se do método individualista, do princípio da
maximização da utilidade marginal da economia neoclássica
e do conceito de bens públicos sistematizado por Paul
Samuelson, Olson (1965) afirma que quando está em pauta
um bem p público,, vale dizer,, um benefício caracterizado pela
p
impossibilidade de discriminação entre aqueles que
contribuíram para o provimento do mesmo daqueles que
não o fizeram, o membro racional, em determinados casos,
pode preferir não contribuir para a consecução do bem
grupal. Isso porque o ator, mesmo não contribuindo com a
consecução do benefício coletivo, poderia, em certas
circunstâncias, usufruir de igual modo do bem em questão.
Mancur Olson e a
Logic of Collective Action
Ainda que os custos da cooperação sejam
mais reduzidos do que os benefícios
auferidos pelo ator, a deserção na ação
coletiva é racional, de acordo com Olson ,
sempre que o efeito da contribuição de
cada indivíduo para a provisão do
benefício coletivo não exerce "uma
diferença perceptível para o grupo como
um todo, ou para o ônus ou ganho de
qualquer membro do grupo tomado
individualmente" (Olson, 1999, p. 57).
Bem Público
Sinais codificados de
Serviços legais TV via satélite
Aparelhos de som
Di
Disquetes
t Códigos de
computador
Grau de
Manual operacional de
Exclusibilidade uma loja de
departamentos
Baixa
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Os Grupos de Interesse e a
Lógica da Ação Coletiva
A análise do funcionamento dos grupos de
interesse, os problemas de ação coletiva que
afetam sua capacidade de organização e os
mecanismos que explicam porque alguns grupos
têm mais sucesso do que outros na buscas de
seus objetivos políticos foram temas abordados
por um dos primeiros trabalhos na perspectiva
da Escolha pública, e também um dos mais
amplamente difundido – The Logic of Collective
Action, de Mancur Olson.
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Os Grupos de Interesse e
a Lógica da Ação Coletiva
A tese central da Lógica da Ação
Coletiva é que é mais fácil alcançar
um objetivo em grupos pequenos
do que em grandes.
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Grupos de Interesse
Um grupo de interesse, ou grupo de
pressão, é um conjunto de indivíduos,
empresas ou outro coletivo, com um ou
mais interesses em comum,
comum que se unem
para exercer influência sobre o governo
na aprovação de leis favoráveis aos seus
objetivos.
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Referência
Mancur Olson. A Lógica da Ação
Coletiva. São Paulo: EDUSP, 1999.
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“Encompassing organizations
have some incentive to make
the society in which they
operate more prosperous, and
an incentive to redistribute
income to their members with
as little excess burden as
possible, and to cease such
redistribution unless the
amount redistributed is
substantial in relation to the
social cost of the
redistribution.” (pg. 53)
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“Distributional coalitions
slow down a society’s
capacity to adopt new
technologies and to
reallocate resources in
response to changing
conditions and thereby
conditions,
reduce the rate of economic
growth.” (pg. 65)
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As Implicações de
Olson (1982)
1. Não há países que tenham obtido uma
organização perfeitamente simétrica de
todos os grupos com interesses comuns
e conseqüentemente atinjam resultados
e,
ótimos de negociações abrangentes.
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As Implicações de
Olson (1982)
2. As sociedades estáveis com
fronteiras inalteradas tendem a
acumular mais grupos de interesse
(collusions) e organizações de ação
coletiva no tempo.
As Implicações de
Olson (1982)
3. Membros de ”grupos pequenos”
têm um poder organizacional
desproporcional em prol da ação
coletiva, e esta desproporção
diminui mas não desaparece em
sociedades estáveis.
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As Implicações de
Olson (1982)
4. Em geral os grupos de interesse e
organizações de ação coletiva
reduzem a eficiência e o rendimento
agregado das sociedades em que
operam e tornam a vida política
mais conflituosa.
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As Implicações de
Olson (1982)
5. As organizações mais abrangentes têm
alguns incentivos para tornar a sociedade
em que operam mais próspera, assim
como para alocar rendimento aos seus
membros com o mínimo de custo social
possível, e de cessar essa alocação a não
ser que o montante distribuído pelos seus
membros seja substancialmente superior
ao custo social dessa distribuição.
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As Implicações de
Olson (1982)
6. Organizações que procuram captar
rendimentos (distributional coalitions)
tomam decisões mais lentamente que os
indivíduos
í e as empresas que constituem,
tendem a ter um excesso de objetivos
(crowded agendas and bargaining tables),
e preferem fixar preços a quantidades.
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As Implicações de
Olson (1982)
7. As organizações de grupos de
interesse reduzem a capacidade de
uma sociedade em se adaptar a
novas tecnologias e a realocar
recursos em resultado de mudanças,
e portanto, reduzem a taxa de
crescimento econômico.
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As Implicações de
Olson (1982)
8. As organizações de grupos de
interesse, no caso de terem logrado
atingir uma dimensão que garanta o
seu sucesso, são exclusivas, e
procuram limitar a diversidade de
rendimentos e de valores dos seus
membros.
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As Implicações de
Olson (1982)
9. A acumulação destas
organizações de grupos de interesse
aumenta a complexidade da
regulação, o papel do Governo, e a
complexidade dos compromissos, e
mudam a direção da evolução social.
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Evidências Empíricas do
Modelo de Olson (1982)
Choi (1983)
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Evidências Empíricas do
Modelo de Olson (1982)
Vedder & Gallaway (1986)
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Evidências Empíricas do
Modelo de Olson (1982)
Murrel (1983)
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Sugestão de Leitura
cap.6
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Sugestão de leitura
http://colunas.epoca.globo.com/sobalupadoeconomista/2009/08/
http://www.wfu.edu/~heckeljc/papers/published/PC2003.pdf
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Fim
Curso de Especialização
em Direito e Economia