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ESCOLHA PÚBLICA - GRUPOS DE 02/07/2010

INTERESSE - NOTAS DE AULA

Os Grupos de Interesse e
a Lógica da Ação Coletiva
Curso de Especialização
p ç
em Direito e Economia
Prof. Giácomo Balbinotto Neto
(PPGE/UFRGS)

Introdução
As teorias econômicas dos grupos de interesse:

I – a vertente olsoniana sobre a formação de grupos de interesse e a


ção individual contrapondo-se à ação do indivíduo no grupo;

II a teoria da regulação econômica e os modelos de Stigler e Posner


II-
(Escola de Chicago)

III – a competição de grupos de interesse à la Becker (1983, 1985),


em que os demais agentes de decisão no processo político são
tratados endogenamente;

IV – a vertente das escolhas públicas (Public Choice), mais


fortemente localizável pelo rótulo de rent-seeking ou “busca de
ganhos especiais (ou ainda caça as rendas) relacionada
especialmente aos trabalhos de Gordon Tullock (1967)

Mancur Olson e a
Logic of Collective Action

PROF. GIACOMO BALBINOTTO NETO


[PPGE/UFRGS] 1
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INTERESSE - NOTAS DE AULA

Mancur Olson e a
Logic of Collective Action
A tese básica deste livro é a de que
"mesmo que todos os indivíduos de um
grupo sejam racionais e centrados em
seus p
próprios
p interesses,, e que
q saiam
ganhando se, como grupo, agirem para
atingir seus objetivos comuns, ainda
assim eles não agirão voluntariamente
para promover esses interesses comuns e
grupais"

[cf. Olson (1999, p. 14)]


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Mancur Olson e a
Logic of Collective Action
O argumento formal empregado pelo
autor para explicar a disjunção entre
racionalidade individual e racionalidade
coletiva tem como objetivo se contrapor
às interpretações academicamente
dominantes do comportamento coletivo
na década de 1950, classificadas por
Olson como pertencendo às "teorias
tradicionais dos grupos sociais".

Mancur Olson e a
Logic of Collective Action
Apropriando-se do método individualista, do princípio da
maximização da utilidade marginal da economia neoclássica
e do conceito de bens públicos sistematizado por Paul
Samuelson, Olson (1965) afirma que quando está em pauta
um bem p público,, vale dizer,, um benefício caracterizado pela
p
impossibilidade de discriminação entre aqueles que
contribuíram para o provimento do mesmo daqueles que
não o fizeram, o membro racional, em determinados casos,
pode preferir não contribuir para a consecução do bem
grupal. Isso porque o ator, mesmo não contribuindo com a
consecução do benefício coletivo, poderia, em certas
circunstâncias, usufruir de igual modo do bem em questão.

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Mancur Olson e a
Logic of Collective Action
Ainda que os custos da cooperação sejam
mais reduzidos do que os benefícios
auferidos pelo ator, a deserção na ação
coletiva é racional, de acordo com Olson ,
sempre que o efeito da contribuição de
cada indivíduo para a provisão do
benefício coletivo não exerce "uma
diferença perceptível para o grupo como
um todo, ou para o ônus ou ganho de
qualquer membro do grupo tomado
individualmente" (Olson, 1999, p. 57).

Bem Público

Segundo Samuelson (1954), um bem público


pode ser definido quando o consumo de cada
indivíduo de um determinado bem não leva a
subtração do consumo de qualquer outro
indivíduo daquele bem. Isto caracterizaria um
bem econômico puro.

Atributos Econômicos dos Bens


Alta Bens Rivais Bens não Rivais

Sinais codificados de
Serviços legais TV via satélite
Aparelhos de som
Di
Disquetes
t Códigos de
computador

Grau de
Manual operacional de
Exclusibilidade uma loja de
departamentos

Peixes do mar Defesa nacional


Insetos estéreis para P & D básica
combate as pragas
Cálculos

Baixa
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A Lógica da Ação Coletiva

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A Lógica da Ação Coletiva


Como a conseqüência positiva que cada
contribuição individual exerce sobre a produção
do bem coletivo não é notada, pelo fato de ser
muito reduzida, e essa contribuição envolve
custos, é racional que o ator auto-interessado
não
ã arque com esses mesmos custos,
maximizando assim a sua utilidade.

Grupos cujos membros se deparam com essa


percepção em relação à contribuição individual
dos mesmos para a produção do benefício
coletivo são classificados por Olson (1965) como
"latentes".

11

A Lógica da Ação Coletiva


O "dilema da ação coletiva" em grupos "latentes"
tal como formulado por Olson (1965) reside
justamente nessa ambivalência: na medida em
que todos os membros do grupo raciocinam da
mesma maneira, isto é, na medida em que
procuram maximizar
i i as suas respectivas
i
utilidades às custas da deserção, pelo fato de
não notarem, no fim, qualquer acréscimo
significativo no nível de provisão do bem coletivo
para o grupo como um todo ou para algum
membro isoladamente por conta da contribuição
individual, o resultado acaba se tornando
desastroso do ponto de vista agregado .

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Do ponto de vista da racionalidade
coletiva, todos ganhariam caso houvesse
uma cooperação integral.

Porém, de acordo com a racionalidade


individual, a deserção não deixa de ser a
estratégia que proporciona a recompensa
mais vantajosa a cada ator,
independentemente dos outros membros
do grupo cooperarem ou deixarem de
cooperar.

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A Lógica da Ação Coletiva


Incentivos para contribuir =
Custos da contribuição +
Benefícios da contribuição

• Custos da contribuição > 0


• Benefícios da contribuição= 1/tamanho do
grupo

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Os Grupos de Interesse e a
Lógica da Ação Coletiva
A análise do funcionamento dos grupos de
interesse, os problemas de ação coletiva que
afetam sua capacidade de organização e os
mecanismos que explicam porque alguns grupos
têm mais sucesso do que outros na buscas de
seus objetivos políticos foram temas abordados
por um dos primeiros trabalhos na perspectiva
da Escolha pública, e também um dos mais
amplamente difundido – The Logic of Collective
Action, de Mancur Olson.

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Os Grupos de Interesse e
a Lógica da Ação Coletiva
A tese central da Lógica da Ação
Coletiva é que é mais fácil alcançar
um objetivo em grupos pequenos
do que em grandes.

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Grupos de Interesse
Um grupo de interesse, ou grupo de
pressão, é um conjunto de indivíduos,
empresas ou outro coletivo, com um ou
mais interesses em comum,
comum que se unem
para exercer influência sobre o governo
na aprovação de leis favoráveis aos seus
objetivos.

17

A Lógica da Ação Coletiva


A questão principal de Olson (1965)
foi a de determinar o que leva os
indivíduos a se associarem e a se
manterem associados?

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A Lógica da Ação Coletiva


O comportamento free rider

O comportamento do free rider implica


em se beneficiar dos ganhos do grupo
sem pagar so custos, isto é, sem
contribuir para o bem coletivo.

O problema do free rider permeia toda a


análise da ação coletiva.

19

A Lógica da Ação Coletiva


A dificuldade da ação coletiva é fundamentalmente
um problema nos grandes grupos. Em grupos
pequenos, a não contribuição de um dos membros
é facilmente percebida por todos os integrantes do
grupo o que reduz as possibilidades de que isto
grupo,
aconteça.

Em grupos grandes, o free rider não é facilmente


identificado, e sua negativa a contribuição não
impede de que o bem coletivo seja produzido.

20

A Lógica da Ação Coletiva


A Lógica da Ação Coletiva, de Mancur Olson, é
uma obra que tem exercido grande impacto
sobre a ciência política contemporânea.

O objeto de Olson é o comportamento de


indivíduos racionais que formam um grupo e
têm interesse na obtenção de um benefício
coletivo.

Olson define indivíduo racional como o indivíduo


que procura realizar seus objetivos por meios
"eficientes e efetivos" (1999, p. 77).

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A Lógica da Ação Coletiva


Qualquer objetivo, desde o mais egoísta
até o mais altruísta, pode ser perseguido
de forma racional.

Mas Olson focaliza especificamente o


comportamento de indivíduos racionais que
formam aquilo que chama de "grupos
econômicos", ou seja, grupos cujos
membros têm interesse na obtenção de
benefícios coletivos que resultem em
vantagens materiais para si próprios.

22

A Lógica da Ação Coletiva


Olson define benefício coletivo como o
benefício que, se for consumido por
qualquer pessoa Xi em um grupo
X1, ..., Xi, ..., Xn, não pode
viavelmente ser negado aos outros
membros desse grupo" (1999, p. 26).

23

A Lógica da Ação Coletiva


A idéia central de Olson é que o interesse
comum dos membros de um grupo pela
obtenção de um benefício coletivo nem sempre é
suficiente para levar cada um deles a contribuir
para a obtenção desse benefício.
benefício

Há circunstâncias em que o indivíduo racional,


buscando maximizar seu próprio bem-estar,
prefere que os outros membros do grupo
paguem o custo da obtenção do benefício
coletivo para, assim, poder gozar das vantagens
dele oriundas sem ter gasto nada.

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A Lógica da Ação Coletiva


A decisão de todo indivíduo racional sobre se irá ou não
contribuir para a obtenção do benefício coletivo (e, em
caso de decisão positiva, sobre o volume da sua
contribuição) depende de um cálculo, onde o indivíduo
considera:

a) o custo marginal de fornecer o benefício coletivo em


alguma medida;

b) o benefício marginal oriundo do fornecimento do


benefício coletivo em alguma medida e

c) a quantidade do benefício coletivo já fornecida.


25

A Lógica da Ação Coletiva


Se houver no grupo um indivíduo
(indivíduo A) para o qual os benefícios
pessoais oriundos do fornecimento de certa
quantidade do bem coletivo (q
q (quantidade X))
superam os custos de fornecê-la, então
será vantajoso para ele o fornecimento
daquela quantidade determinada do bem
coletivo, mesmo que tenha que arcar
sozinho com todos os custos do
fornecimento.

26

A Lógica da Ação Coletiva


O indivíduo seguirá contribuindo
com a obtenção do bem coletivo até
que o custo marginal de produzir
unidades do bem coletivo se iguale
ao benefício marginal delas oriundo.

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A Lógica da Ação Coletiva


Se para algum outro membro do grupo
(indivíduo B) os benefícios pessoais
oriundos do fornecimento de certa
quantidade adicional do bem coletivo
(quantidade Y) superam os custos
custos, será
vantajoso para esse indivíduo B dividir de
alguma forma com o indivíduo A os
custos do fornecimento da quantidade X
do bem coletivo e fornecer a quantidade
complementar Y, mesmo que tenha que
arcar sozinho com todos os custos do
fornecimento de Y.
28

A Lógica da Ação Coletiva


Tal como o indivíduo A, também o
indivíduo B seguirá contribuindo até que o
custo marginal de produzir unidades
adicionais do bem coletivo se iguale ao
benefício marginal delas oriundo.
oriundo

É importante notar que, se o indivíduo B


contribuir antes que o indivíduo A para o
fornecimento do benefício coletivo, o
indivíduo A não terá incentivo para fazer
qualquer contribuição.

29

A Lógica da Ação Coletiva


Os membros do grupo para os quais o
custo de produzir qualquer quantidade do
bem coletivo excede os benefícios irão
pegar carona na ação do indivíduo A e do
indivíduo B.

Como o bem fornecido por A e B é coletivo,


os demais indivíduos se beneficiarão dele
sem terem contribuído para sua obtenção.

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A Lógica da Ação Coletiva


Olson (1965) utiliza o termo carona para
designar a atitude de indivíduos racionais e
auto-interessados que, mesmo considerando
desejável a obtenção de um benefício coletivo,
não se dispõem a colaborar para ela,
ela pois
esperam que outros indivíduos o façam.

Os caroneiros preferem que outros indivíduos


arquem com as despesas da obtenção do
benefício coletivo, para que, desta forma,
possam usufruir as vantagens dele procedentes
sem terem que investir seus próprios recursos.

31

A Lógica da Ação Coletiva


A grande assimetria entre os
membros de um grupo no que diz
respeito aos seus níveis de interesse
por um benefício coletivo pode dar
origem a um fenômeno inusitado: a
exploração do grande pelo pequeno.

32

A Lógica da Ação Coletiva


A exploração ocorre quando o
membro grande assume uma parte
do custo do provimento do bem
coletivo que é proporcionalmente
maior do que a parte que lhe cabe
das vantagens proporcionadas por
esse bem coletivo.

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A Lógica da Ação Coletiva


O membro do grupo pequeno possui
dois motivos para explorar o
membro maior: em primeiro lugar
porque por definição,
porque, definição ele sempre
alcança uma parcela do benefício
gerado por qualquer quantidade do
bem coletivo que é menor do que a
parcela alcançada pelo membro
maior.

34

A Lógica da Ação Coletiva


O membro menor tem menos incentivo para
fornecer qualquer quantidade do bem coletivo do
que o membro maior.

Em segundo lugar porque,


porque sempre que o membro
menor alcança gratuitamente sua parcela do
benefício total gerado pela quantidade do bem
coletivo fornecida pelo membro maior, ele alcança
mais do que teria alcançado se fornecesse por si
próprio alguma quantidade do bem coletivo.

Sendo assim, o membro menor não tem qualquer


incentivo para fornecer novas quantidades do bem
coletivo às suas próprias custas.
35

A Lógica da Ação Coletiva


A lógica da ação coletiva explica a
formação e permanência dos grupos
de pressão (lobbies).
G
Grandes
d conjuntos
j d
de indivíduos
i di íd
com interesses comuns, como os
contribuintes, os consumidores, etc,
têm dificuldades em se organizar
pelo alto custo em dissuadir o
comportamento free rider.
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A Lógica da Ação Coletiva


Somente aqueles grupos com capacidade
de implementar medidas coercitivas ou
oferecer incentivos seletivos [chamados
por Olson (1965) de grupos latentes],
latentes]
tem possibilidade de se organizar e
transformar-se em verdadeiros grupos de
pressão.

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Referência
Mancur Olson. A Lógica da Ação
Coletiva. São Paulo: EDUSP, 1999.

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The Rise and Decline of Nations

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[PPGE/UFRGS] 13
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The Rise and


Decline of Nations
O livro The Rise and Decline of Nations foi escrito na
sequência de “A Lógica da Acção Colectiva”, a partir do
estudo da formação e do comportamento dos grupos de
interesse especial e outras organizações formais ou
informais que atuam numa sociedade.

Aqui Mancur Olson procura obter algumas conclusões


acerca do papel que essas organizações possam ter
sobre o desempenho econômico de uma determinada
sociedade.

40

The Rise and


Decline of Nations
Mancur Olson (1982) começa por extrair
implicações da sua teoria da ação colectiva sobre
a forma de atuação das organizações (grupos de
interesse) e das consequências para a sociedade
como um todo.
todo

É quase como que um segundo volume da sua


teoria, um volume que se debruça sobre o
estudo comparativo de diferentes sociedades e
situações, da evolução histórica de alguns países
e regiões, sobre o entendimento dos ciclos
econômicos.

41

The Rise and Decline of Nations


The Rise and Decline of Nations
desenvolve a idéia de a acumulação
de grupos de pressão leva a uma
estaganção econômica.

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[PPGE/UFRGS] 14
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The Rise and


Decline of Nations
„ “On balance, special-
interest organizations and
collusions reduce
efficiency and aggregate
income in the societies in
which they operate and
make political life more
divisive.” (pg. 47)

43

„ “Encompassing organizations
have some incentive to make
the society in which they
operate more prosperous, and
an incentive to redistribute
income to their members with
as little excess burden as
possible, and to cease such
redistribution unless the
amount redistributed is
substantial in relation to the
social cost of the
redistribution.” (pg. 53)

44

“Distributional coalitions
slow down a society’s
capacity to adopt new
technologies and to
reallocate resources in
response to changing
conditions and thereby
conditions,
reduce the rate of economic
growth.” (pg. 65)

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As Implicações de
Olson (1982)
1. Não há países que tenham obtido uma
organização perfeitamente simétrica de
todos os grupos com interesses comuns
e conseqüentemente atinjam resultados
e,
ótimos de negociações abrangentes.

46

As Implicações de
Olson (1982)
2. As sociedades estáveis com
fronteiras inalteradas tendem a
acumular mais grupos de interesse
(collusions) e organizações de ação
coletiva no tempo.

Isto tende a gerar estagnação


econômica no longo prazo.
47

As Implicações de
Olson (1982)
3. Membros de ”grupos pequenos”
têm um poder organizacional
desproporcional em prol da ação
coletiva, e esta desproporção
diminui mas não desaparece em
sociedades estáveis.

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As Implicações de
Olson (1982)
4. Em geral os grupos de interesse e
organizações de ação coletiva
reduzem a eficiência e o rendimento
agregado das sociedades em que
operam e tornam a vida política
mais conflituosa.

49

As Implicações de
Olson (1982)
5. As organizações mais abrangentes têm
alguns incentivos para tornar a sociedade
em que operam mais próspera, assim
como para alocar rendimento aos seus
membros com o mínimo de custo social
possível, e de cessar essa alocação a não
ser que o montante distribuído pelos seus
membros seja substancialmente superior
ao custo social dessa distribuição.

50

As Implicações de
Olson (1982)
6. Organizações que procuram captar
rendimentos (distributional coalitions)
tomam decisões mais lentamente que os
indivíduos
í e as empresas que constituem,
tendem a ter um excesso de objetivos
(crowded agendas and bargaining tables),
e preferem fixar preços a quantidades.

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As Implicações de
Olson (1982)
7. As organizações de grupos de
interesse reduzem a capacidade de
uma sociedade em se adaptar a
novas tecnologias e a realocar
recursos em resultado de mudanças,
e portanto, reduzem a taxa de
crescimento econômico.

52

As Implicações de
Olson (1982)
8. As organizações de grupos de
interesse, no caso de terem logrado
atingir uma dimensão que garanta o
seu sucesso, são exclusivas, e
procuram limitar a diversidade de
rendimentos e de valores dos seus
membros.

53

As Implicações de
Olson (1982)
9. A acumulação destas
organizações de grupos de interesse
aumenta a complexidade da
regulação, o papel do Governo, e a
complexidade dos compromissos, e
mudam a direção da evolução social.

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Evidências Empíricas do
Modelo de Olson (1982)
Choi (1983)

55

Evidências Empíricas do
Modelo de Olson (1982)
Vedder & Gallaway (1986)

56

Evidências Empíricas do
Modelo de Olson (1982)
Murrel (1983)

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Sugestão de Leitura

cap.6
58

Sugestão de leitura
„ http://colunas.epoca.globo.com/sobalupadoeconomista/2009/08/

„ http://www.wfu.edu/~heckeljc/papers/published/PC2003.pdf

59

You Tube Classes


http://technorati.com/videos/youtube.com%2Fwatch%3Fv
%3DmI_Z_oVYEkw

60

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Fim

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