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Atribui-se a Tales a afirmação de que "todas as coisas estão
cheias de deuses", o que talvez pode ser associado à ideia de que
o imã tem vida, porque move o ferro. Essa afirmação representa
não um retorno a concepções míticas, mas simplesmente a ideia
de que o universo é dotado de animação, de que a matéria é viva
(hilozoísmo). Além disso, elaborou uma teoria para explicar as
inundações no Nilo, e atribui-se a Tales a solução de diversos
problemas geométricos (exemplo: teorema de Tales). Tales viajou
por várias regiões, inclusive o Egito, onde, segundo consta,
calculou a altura de uma pirâmide a partir da proporção entre sua
própria altura e o comprimento de sua sombra: essa proporção é a
mesma que existe entre a altura da pirâmide e o comprimento da
sombra desta. Esse cálculo exprime o que, na geometria, até hoje
se conhece como teorema de Tales.
Tales foi um dos filósofos que acreditava que as coisas têm por
trás de si um princípio físico, material, chamado arché. Para
Tales, o arché seria a água. Tales observou que o calor necessita
de água, que o morto resseca, que a natureza é úmida, que os
germens são úmidos, que os alimentos contêm seiva, e concluiu
que o princípio de tudo era a água. Com essa afirmação deduz-se
que a existência singular não possui autonomia alguma, apenas
algo acidental, uma modificação. A existência singular é
passageira, modifica-se. A água é um momento no todo em geral,
um elemento. Tales com essa afirmação queria descobrir um
elemento físico que fosse constante em todas as coisas. Algo que
fosse o princípio unificador de todos os seres.
Ú foi um filósofo, médico, legislador, professor,
mítico além de profeta, foi defensor da democracia e sustentava a idéia de
que o mundo seria constituído por quatro princípios: água, ar, fogo e terra.
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