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AUTORES:
ABILIO DONIZETTI DE MORAIS FILHO
CARLOS VERA BRAVO
ROGER ALONSO MOYA ROQUE
WIRIFRAN FERNANDES DE ANDRADE
Estima-se se que no Brasil, nos dias de hoje haja mais de 50 do seu território
nacional ocupados com florestas nativas, tais como a Mata Atlântica, o cerrado e
principalmente a Amazônia. A qual apresenta um potencial enorme tanto para exploração,
madeireiras de bens não madeireiro, além de mais de cinco milhões de hectares com
florestas plantadas, com Pinus e Eucalipto, utilizados para a produção de celulose, papel,
painéis e madeira serrada.
Podemos definir floresta como toda formação arbórea com indivíduos em um ou
mais estágios sucessoriais, com o objetivo de produzir bens diretos e indiretos, ocupando
uma área mínima de 1 hectare e uma densidade populacional mínima de 100 árvores por
hectare.
Como toda as atividades empresarias, mesmo se considerando uma área de
conservação como uma empresa, que também necessita um processo de gestão, é de suma
importância conhecer os potenciais que as florestas apresentam, mesmo em sendo para fins
de conservação. Por isso, nos dias atuais o inventário florestal é muito utilizado.
Inventário florestal é toda atividade objetivando a quantificação e qualificação das
florestas (árvores, fauna, insetos, etc), com vistas a produção de madeira e outros produtos
e /ou a conservação ambiental, utilizando-se de técnicas estatísticas de amostragem.
Dentre os principais motivos da realização de um processo de inventário, podemos
citar os seguintes aspectos: determinar o potencial produtivo da floresta; mapear fatores
bióticos e abióticos que influenciam a produção da floresta; determinar os custos de
produção no caso de florestas plantadas; definir estratégias de manejo para obter uma
produção sustentada.
Dos principais tipos de inventário florestal utilizado mundialmente podemos
enumerar os seguintes, inventário nacional, solicitado pela união para conhecer os
potenciais de suas riquezas, inventário regional ou de pré-investimento, que é utilizado
antes da realização de um investimento, pode ser realizado tanto pela massa governamental,
como por empresas com interesse na exploração de algum bem. Nas áreas de florestal
plantadas onde o investimento é maior e as atividades são mais intensas os inventários são
utilizados para pré corte da florestal, para controle de qualidade e inventário contínuos
almejando determinar o incremento médio da floresta.
Os objetivos dos inventários realizados para manejo florestal são a disponibilidade
de conhecer o volume de madeira atual e futura, comprar e vender terras, comprar e vender
madeiras, conhecer o custo da produção de madeira sob diferentes alternativas de manejo e
avaliar e calcular a exaustão florestal.
Além do potencial madeireiro, com caráter conservacionista, o inventário terá que
ser utilizado para a quantificação do seqüestro e acumulação de Carbono (POWEL, 1994).
De uma forma geral, o inventario florestal deve fornecer as informações básicas da situação
presente e lastrear as decisões do planejamento das atividades futuras (FERREIRA, 1985).
Podemos definir quatro grandes grupos que da estatística utilizado no setor florestal,
em primeiro lugar podemos citar a estatística descritiva, utilizada para demonstrar as
situações do setor através de gráficos e tabelas, orientando os gestores nos processos
administrativos; a estatística experimental, muito utilizado igualmente como nas culturas
agrícolas para confirmar e validar os resultados dos experimentos realizados, desde a
produção de mudas, diversas técnicas de manejos e diferentes métodos de colheita; a
modelagem visando construir, principalmente equações de volume, utilizadas para
quantificar variáveis de difícil predição e por fim o inventário florestal, com caráter de
determinar o potencial de diferentes seguimentos do setor florestal, baseado nos princípios
e métodos de representação da população por técnicas de amostragem.
PRINCIPAIS FATORES DO INVENTÁRIO FLORESTAL
PARCELAS
Tabela 1. Dados médios para populações de Eucalyptus saligna regeneradas por alto-fuste,
em relação aos diversos tamanhos de parcelas testadas e análise estatística obtida
para as mesmas. (médias de 30 amostras.)
Números de
Dimensões das
Média Desvio Padrão Coeficiente de Parcelas
Parcelas
Vol. Cil./ Ha Variação % necessárias
*
10x10 m 376,00 108,91 28,97 11
20x10 m 375,86 91,81 24,43 8
20x20 m 372,88 83,58 22,41 6
20x30 m 382,45 83,49 21,83 6
* Para o limite de erro de dez por cento da média e setenta por cento de probabilidade.
A área ideal da parcela obtida, foi pelo Método de Curvatura Máxima, localizando
se no intervalo de 340 a 400 m2, em geral os coeficientes de variação sofreram sensível
decrescimento com o aumento da área unitária das parcelas.
AMOSTRAGEM
ETAPA1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4.
ETAPA 5
ETAPA 6
TIPO DE AMOSTRAGEM UTILIZADO NO CASO DO EXEMPLO
MENCIONADO NA EMPRESA CHAMPION SA.
300
Produção (m³/ha)
250
200
150
100 Volume
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Idade (anos)
30
20
15
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Idade (anos)
ICAv IMAv
A idade onde o IMA alcança seu máximo é a idade do máximo incremento médio
anual.Esta estatística tem considerável importância para o manejo já que define o momento
de inferir na população, através de desbastes ou do corte raso. Assim se sucessivas rotações
forem consideradas onde o IMA atinge o seu máximo (19,21 m3 /há) na idade de 14 anos
então a produção media anual será de 19,21 m3/há /ano. O uso de qualquer outra idade de
rotação numa série de contínuas rotações resultará numa menor média na taxa de produção
anual.Assim, para um proprietário florestal cujo objetivo é maximizar a produção de
volume, a idade de rotação pode ser a “rotação do máximo incremento médio anual”.
50
45 3x3
40
35 2x
30
25
2x
20
15
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Idade (anos)
DIAM ETRO I DIAM ETRO II DIAM ETRO III
Na figura 9 , observa-se que espaçamentos maiores entre plantas, propiciam uma maior
média aritmética dos diâmetros que espaçamentos mais reduzidos, o que em última análises
vai determinar o uso da madeira, ou a estratégia de manejo. A discrepância entre estas
médias tende a ser maior quanto mais produtivo for o sitio considerado.
Neste procedimento não são considerados efeitos de custos, taxa de juros e ainda a
dimensão final do produto. Para muitos gestores florestais a máxima produção em volume
não é um objetivo realístico de manejo, ou seja, o manejo de plantações deve ser concebido
para fornecer um mix de produtos em quantidades e qualidade apropriada e da maneira
mais eficiente do ponto de vista econômico.
CRECIMIENTO EM DIÁMETRO
50
45
40
35
30
25
20
15
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
EDAD (AÑOS)
DIAMETRO I DIAMETRO II DIAMETRO III fundecor lucia anafust
CRECIMIENTO EM ALTURA
São muito influenciados pela densidade, assim pelos demais fatores já mencionados par
o diâmetro e altura . De maneira geral a culminação do ICAg (Incremento Corrente
Anual em Área Basal), ocorre mais cedo que o ICAv (Incremento Corrente Anual em
Volume).
Tabela 3.- Produção em volume utilizando as áreas basal, utilizando a equação (1)
utilizando como valores de área basal presente (G1).
Idade Sitio I Sitio II Sitio III
(anos) Area basal28,75 G2 = 23,98 m2/ha G3 = 20,00m2/ha
m/ha
4 120,77 92,98 67,56
5 175,69 135,30 99,67
6 225,55 174,51 129,16
7 269,62 209,31 155,43
8 308,23 239,88 178,58
9 342,05 266,72 198,95
10 371,76 290,34 216,90
11 397,98 311,21 232,79
12 421,23 329,74 246,92
13 441,96 346,28 259,53
14 460,54 361,12 270,86
15 477,28 374,49 281,08
16 492,42 386,59 290,34
17 506,18 397,60 298,76
18 518,73 407,65 306,45
600
500
400
Volume (m²/ha)
300
200
100
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Idade (anos)
Diâmetro:
Número de árvore/parcela
a 30
(cm) (cm) 25
20
6,50 - 9,50 8 04
15
9,50 - 12,50 11 05 10
5
12,50 - 15,50 14 19 0
1 2 3 4 5 6
15,50 - 18,50 17 29
Classe de diâmetro (cm)
18,50 - 21,50 2 24
21,50 - 24,50 23 13
b- A outra forma de apresentar os dados são de obter das médias aritmética dos diâmetros
_
( D ) e desvio padrão dos diâmetros de todas as observações para depois na tabela
estabelecida nas classes de diâmetro (Tabela ?) fazer os ajustes para as novas limites
(Tabela ?). Depois com estos novas valores vai-se construir a nova distribuição de
freqüência.
Volume
ln y = ln β o + β1 ln X 1 + β 2 ln X 2
Em todos os casos tem que estabelecer-se a tabela de analise de variância para as diferentes
regressões, na qual ficam bem descritas no libro “Biometria Florestal: Técnica de regressão
aplicada para estimar: volume. Biomasa. Relação hipsométrica e múltiplos produtos de
madeira” (Scolforo, 1997), chegando em todos eles a seguinte tabela:
3. Análise visual dos resíduos: Embora não seja considerada uma das medidas de precisão,
uma informação fundamental para a seleção do modelo de regressão ajustado é
distribuição gráfica dos resíduos. Neste caso tem que fazer um gráfico que represente os
erros e valores estimados (Figura )
Errores de superestimativa
* * * * * * *
* * * * * * *
* * * *
* * *
Erros
* * * * * * *
* * * * * * * *
* * * * *
* * *
Errores de superestimativa
FUNÇÃO DE CUSTOS
Ca = C1n + C2n
Onde:
C1 = custo médio de deslocamento entre unidades;
C2 = custo médio de medição das unidades.
O custo de medição pode ser controlado através dos tempos necessários para a
instalação da unidade, medição dos diâmetros e medição das alturas, juntamente com o
tempo perdido devido a chuvas e imprevistos.
Portanto, a função do custo total pode ser apresentada como segue:
A separação dos custos de amostragem é importante, uma vez que através dos
mesmos é possível realizar uma avaliação de eficiência das equipes de campo. A razão de
custos (R = C1/C2 ) permite avaliar esta eficiência. Assim, quanto maior for (R), maior é o
custo de deslocamento em relação ao custo de medição e, portanto, menor a eficiência da
amostragem.
A composição de uma função de custos é uma tarefa difícil em nosso país, haja vista
que a atual situação do nosso desenvolvimento não permite obter equações estáveis para os
custos (C1) e (C2). Estes custos dependem e muitos fatores regionais como mão-de-oba
local, acesso à floresta e dentro dela, meios de transporte, etc. Um fator negativo para a
estabilidade das funções de custo é a inflação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POWEL, D.S.; McWILLIAMS W.H. and BIRDSEY R.A. Forest Inventory. Journal of
Forestry, v.92, n.12, p. 6-11. 1994.
SCOLFORO J.R.S. Técnica de regressã0 aplicada para estimar: volume, biomassa, relação
hipsométrica e múltiplos produtos de madeira. Biometria Florestal. Lavras UFLA/FAEPE,
1997.
WRIGHT, J.W. Mejoramiento genético de los árboles, Roma, FAO, 436p, 1964