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Aluno 19891349
"No tempo que o mui alto e mui excelente Príncipe El-Rei D. João de
gloriosa memória, pela graça de Deus reinou em estes reinos, foi
requerido algumas vezes em Cortes pelos fidalgos e povos dos ditos
reinos, que por bom regimento deles mandasse prover as leis e
ordenações feitas pelos reis que ante ele foram, e acharia que pela
multiplicação delas se recreciam continuadamente muitas dúvidas e
contendas, em tal guisa que gravemente e com grão dificuldade os
podiam direitamente desembargar...".*
De D João a D Duarte não são muitas as leis penais, porém dois factos
carecem de menção.
D. João (1426) mandou traduzir para português o código Justiniano,
acompanhado das glosas de Acursio e mandou observá-lo como lei nacional
nos casos omissos nas leis e costumes do reino.
Se bem chegou este Código desde logo mereceu forte oposição de tal
modo, que logo no ano seguinte à sua entrada em vigor, foi nomeada uma
comissão para o rever.
Levada a cabo por Lopo Vaz, esta tem como grande destaque a abolição de
todas as penas perpétuas e em termos formais, autorização ao governo
para fazer uma nova publicação do código penal de 1852, tendo dado
origem ao Código Penal de 1886, que no fundo mais não fez que compilar o
Código de 1852 com as alterações da Lei de 1884.
Obviamente,
Tal como seu antecessor, também este código veio a merecer varias
reformas, quer directamente, quer através de legislação complementar.
Destaque-se:
Esta reforma veio modificar os dados da problemática dos fins das penas,
sem alterar a estrutura do sistema penal repressivo, desenvolveu o princípio
de prevenção especial, estruturou as medidas de segurança e modelou a
execução das penas com referência à prevenção especial.
• Trabalho prisional