Professional Documents
Culture Documents
EM SANTO AGOSTINHO
Abstract: This paper aims to understand semantics of Justice within the ontological
thought of St. Augustine. Systematically proposes a way to elucidate the concept of
justice in all human relations, which is marked by power and domination. Since there
are dominant and dominated. The epistemological source is the book De Civitate Dei
(City of God), written apologetic against the pagans. The article is divided into three
sub-themes, namely: The removal of corrupt Well "domination"; Around for Justice:
the mystical path of City Land; Justice lies with God. For Augustine Justice is God.
Key - words: Dominators; Dominated; Justice, City Road, Heavenly City, St.
Augustine.
1 INTRODUÇÃO
*
Graduando do curso de licenciatura em Filosofia pelo Instituto Salesiano de Filosofia – INSAF. E-
mail: dennyssf@yahoo.com.br
2 O AFASTAMENTO DO BEM CORROMPEU A “DOMINAÇÃO”
1
Gn 2, 15.
2
Inocência primitiva ou estado de natureza. Esses foram temas retomados por Santo Agostinho.
Temas de acento estóico tendo como seguidores desta Filosofia Natural, um Cícero e um Sêneca.
Agostinho deu conotação a esses temas incorporando-os a Filosofia Cristã, no que diz respeito à
concepção sobrenatural e escatológica.
3
Cf. Gn 1, 28ss
esta corrompido pelo desejo de dominar os homens. Os dominados, que são
humilhados por juízo divino, reconhecem seus pecados e os pecados do seu povo,
ratificando a razão do seu cativeiro. Ora, o juízo divino permiti tal danação, pois
torna-se uma disciplina necessária e por isso desejada por Deus. Não porque o
próprio Deus quisesse a guerra, a fome e a miséria no seio da vida humana, mas
porque Deus ama tanto o homem, que deseja ardentemente a sua volta para o
Sumo Bem. Digo isto, visto que a natureza humana estava desviada e decaída, pois
era serva do pecado. Pecado que submetia um homem sobre outro homem pelo
vínculo da posição social.
Vale salientar, que a lei natural já prescrevia a escravidão, portanto, para
conservar a ordem natural o homem não poderia perturbá-la. Na narrativa da
Criação, o Criador proíbe o homem dizendo: “dele não comereis, nele não tocareis,
sob pena de morte”4. É sabido que o preço da servidão ao pecado é a morte.
A dominação é uma conseqüência do afastamento do homem do Sumo
Bem. Visto que, a dominação contraria a razão e a vontade Divina como lemos no
relato sagrado:
“Eles ouviram o passo de Iahweh Deus que passeava no jardim à
brisa do dia e o homem e sua mulher se esconderam da presença de
Iahweh Deus, entre as árvores do jardim. Iahweh Deus chamou o
homem: ‘Onde estás?’ disse ele. ‘Ouvi teu passo no jardim,’
respondeu o homem; ‘tive medo porque estou nu, e me escondi.’ Ele
retomou: ‘E quem te fez saber que tu estavas nu? Comeste, então,
da árvore que te proibir comer!”5
4
Gn 3, 3
5
Gn 3, 8ss
6
Cf.: Gn 3, 5
“É por isso, claro e lógico deva a paz doméstica redundar em
proveito da paz cívica, quer dizer, deva a ordenada concórdia entre
os que mandam e os que obedecem relacionar-se com ordenada
concórdia entre os cidadãos que mandam e os que obedecem.
Donde se segue que o pai de família deve dirigir sua casa pelas leis
da cidade, de tal forma que se acomode à paz da cidade”7.
7
AGOSTINHO, Santo. A Cidade de Deus – Parte II. Trad. Oscar Paes Leme. 2. ed. Petrópolis – RJ:
Vozes, 1990. p. 407.
8
João um dos autores do livro sagrado narra nos seus escritos a Paixão de Jesus, assim como
encontramos outros Evangelhos. Neste versículo o próprio Cristo afirma não ser deste mundo numa
conversa com Pilatos antes da crucificação. (Cf.: Jô 18, 36)
9
No capitulo IV do livro Espírito da Filosofia Medieval, Étienne Gilson ao flara do mundo cristão
escreve que o mundo cristão não cessa de dar gloria a Deus. (Cf.: GILSON, Étienne. O Espírito da
Filosofia Medieval. Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2006. p. 98.)
complexa o grande representante da Patrística Latina desenvolve em seus escritos
como se dá a construção das duas cidades.
Santo Agostinho,
13
AGOSTINHO, Op. cit. p. 410.
14
I Cor 13, 13
15
Sl 92(91), 16
fé que age pela caridade, que leva o homem a amar a Deus como deve e ao
próximo como a si mesmo”16.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGOSTINHO, Santo. A Cidade de Deus – Parte II. Trad. Oscar Paes Leme. 2. ed.
Petrópolis – RJ: Vozes, 1990.
MARROU, Henri. Santo Agostinho e o agostinismo. Trad. Ruy Flores Lopes. Rio de
Janeiro: Agir, 1957. Título original: Saint Augustin et I´augustinisme.
16
AGOSTINHO, Op. cit. p. 418.