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O DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL E
SUA INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR DA CRIANÇA
Inhumas
2008
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O DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL E
SUA INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR DA CRIANÇA
Inhumas
2008
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O DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL E
SUA INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR DA CRIANÇA
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Prof. Ms. Osvaldo José Sobral - UEG
Presidente da Banca
________________________________________
Profª. Esp. Márcia Aparecida da Silva Meneses
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Agradeço primeiramente a
Deus que me deu força e coragem
para lutar e correr atrás dos meus
sonhos, proporcionando tantas
alegrias e oportunidades.
À minha família que sempre
me apóia e incentiva em todas as
minhas escolhas.
As minhas amigas
Cleidiane, Huliana e Larissa que tanto
me ajudaram e torceram pelo meu
sucesso.
E, ao meu professor
orientador Osvaldo José Sobral, pela
dedicação, orientação e amizade.
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RESUMO
ABSTRACT
This work of conclusion of course presents a study on the personal history of Sigmund
Freud and its relationship to education. The paper sought to investigate the possible contributions
of psychoanalytic theory for school education. Its main objectives were: to know the life and works
of Freud, in particular, the creation of Psychoanalysis, identifying the stages of psychosexual
development and its impact on personality, according to psychoanalytic theory, and the
manifestations of these steps on the learning of school children. For both, was performed a
literature search that was appropriated works of authors such as D'Andrea (1997), Kupfer (2001),
Fadiman and Fraga (1986), Hall and LINDZEY (1984), among others. Finally, you can consider
that Sigmund Freud through his studies on child sexuality, brought positive contributions to
education.
CC - Complexo de Castração
CE - Complexo de Édipo
EF - Ensino Fundamental
EI - Educação Infantil
PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais
10
SUMÁRIO
RESUMO...............................................................................................................06
INTRODUÇÃO.......................................................................................................10
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
3. FREUD E A EDUCAÇÃO..................................................................................23
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................29
INTRODUÇÃO
(2001), Bock, Furtado e Teixeira (2002), Kupfer (2001), dentre outros, analisar o
tema proposto. Para tanto, esta monografia foi discutida no formato de três
capítulos, conforme segue:
I. C
apítulo, fará uma breve discussão a respeito da vida e a obra de Freud, em
especial, a criação da Psicanálise;
II. C
apítulo, pretende relacionar as fases do desenvolvimento psicossexual,
considerado de suma importância no desenvolvimento da criança;
III. C
apítulo, apresenta as manifestações das etapas do desenvolvimento humano
na aprendizagem escolar, fazendo uma relação entre a psicanálise e a
educação, propondo uma reflexão aos professores a respeito de suas práticas
pedagógicas.
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CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
AS FASES PSICOSSEXUAIS DO
DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
O termo fálico, relativo ao pênis, usado para esta fase, provem do fato da
libido concentra-se nos órgãos genitais que passam a ser a zona erógena
predominante. O menino sente prazer pela manipulação do pênis e a
menina do seu análogo, o clitóris. É como se houvesse para ambos os
sexos apenas um órgão genital, o masculino. Assim, no início, o menino
conhece somente seu órgão sexual o qual supervaloriza e tende a atribuir
um pênis a qualquer objeto do mundo externo, seres vivos ou inanimados.
Nas meninas essa tendência é menos evidente, mas há dados atestados
que elas também atravessam um período fálico, embora de curta duração.
(D’ANDREA, 2001, p. 59).
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CAPÍTULO 3
FREUD E A EDUCAÇÃO
supressão das pulsões parciais não só é inútil como pode gerar efeitos como a
neurose” (KUPFER, 2001, p. 43). Com essa informação os educadores poderão
construir métodos e modos de operação para dirigir de forma mais proveitosa tais
pulsões.
Freud afirma que a hostilidade da civilização, representada por uma
educação repressora, é semelhante à defesa que o “eu” levanta contra a pulsão
sexual, produzindo a neurose. A Educação exagera e produz efeitos semelhantes.
Em 1908, Freud declara o seguinte: “o educador é aquele que deve buscar, para
seu educando, o justo equilíbrio entre o prazer individual e as necessidades
sociais”, levando o educando a encontrar seu lugar no mundo. (KUPFER, 2001, p.
45).
Nesta época Freud era consultado a respeito da melhor maneira de
educar os filhos, e respondia que as crianças devem receber educação sexual,
assim que demonstrem interesse pela questão. Pais e professores deveriam ser
esclarecidos acerca da existência da sexualidade infantil. Freud observava nos
pais uma incompetência para esses assuntos e, por isso, não devem se ocupar
do esclarecimento sexual das crianças. Já foram crianças e se esqueceram da
sexualidade infantil; se esqueceram, é porque foram reprimidos e as forças que
reprimiram estão, ainda, atuando no sentido de não fazê-los lembrar.
Para o educador, também, a infância não é mais acessível, e por isso é
necessário que ele volte a ficar de bem com a criança que há dentro dele. Sendo
assim Freud afirma que: “Só se pode ser pedagogo aquele que se encontrar
capacitado para penetrar na alma infantil. Nós, os adultos, não compreendemos
nossa própria infância” (KUPFER, 2001, p. 48).
As crianças costumam ter suas próprias explicações a respeito de como
nascem os bebês, e essas explicações dependem do momento que se encontra o
seu desenvolvimento sexual. Porém, cabe aos educadores jamais esconderem a
verdade sobre a sexualidade. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN), a orientação sexual na escola deve ser entendida como:
lugar sexual a princípio é situado em relação aos pais, em relação ao que os pais
esperam que eles sejam. (KUPFER, 2001, p. 81).
Quando as investigações sexuais são reprimidas, não é a Educação a
maior responsável por isto, pois as crianças deixam de lado as questões sexuais
por uma necessidade própria e inerente à sua constituição. Não por ser feio, mas
porque precisam renunciar a um saber sobre a sexualidade, para daí proceder a
um deslocamento3 dos interesses sexuais para os não sexuais, desviando para
isso, a energia concentrada. Não deixam de perguntar por que a “força de pulsão”
continua estimulando estas crianças. Perguntam sobre outras coisas para poder
continuar pensando em questões fundamentais. (KUPFER, 2001, p. 82).
Pode-se dizer que, para Freud, a mola propulsora do desenvolvimento
intelectual é sexual, ou seja, a matéria que se alimenta a inteligência em seu
trabalho investigativo é sexual. Entretanto, a criança não aprende sozinha. É
preciso que haja um professor para que o aprendizado se realize. O ato de
ensinar pressupõe uma relação com outra pessoa, a que ensina. Aprender é
aprender com alguém. Não importa o conteúdo ensinado (se é completamente
verdadeiro ou não), o aluno acredita no professor. Graças a isso o professor está
revestido de uma importância especial e graças a ela, tem grande influência sobre
os alunos, virando assim um modelo a ser seguido e imitado. (KUPFER, 2001, p.
84).
O encontro da Psicanálise com a Educação é um desafio. A realidade
do inconsciente ensina que não se tem controle total sobre o que se diz e muito
menos sobre os efeitos das palavras de um falante sobre o outro, ouvinte. Por
isso, não se pode “aplicar” a Psicanálise. Por acreditar que o inconsciente
introduz em qualquer atividade humana, o imponderável, o imprevisto, o que
escapa à consciência humana, não há como criar uma metodologia pedagógico-
psicanalítica, pois, qualquer metodologia implica ordem, estabilidade e
previsibilidade. (KUPFER, 2001, p. 96).
O professor aprende que pode organizar seu saber, mas não tem
controle sobre os efeitos que produz sobre seus alunos. Fica sabendo que pode
ter uma noção, através de uma prova, por exemplo, daquilo que esta sendo
3
“Mecanismo de defesa caracterizado por: (1) transferência de emoções ou fantasias do objeto a
que estavam originalmente associadas para um substituto; (2) transferência da libido de uma
forma de expressão para outra.” (CABRAL; NICK, 1989, p. 86).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HALL, Calvin S., LINDZEY, Gardner. Teorias da Personalidade. 18. ed. São
Paulo: E.P.U., 1984.
ORTH, Edgar. Educação Sexual da Criança. 13. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
1971.