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Capítulo V

Da Exploração e da Produção
Seção VI
Das Participações

Art. 45. O contrato de concessão disporá sobre as seguintes participações


governamentais, previstas no edital de licitação:
I - bônus de assinatura;
II - royalties;
III - participação especial;
IV - pagamento pela ocupação ou retenção de área.
obs.dji: Art. 34; Art. 35, III; Art. 41, II; Art. 43, IV
obs.dji: Art. 15, II
obs.dji: Art. 15, II
obs.dji: Art. 16
obs.dji.grau.2: Art 3º, III, Definições Técnicas, Art 9º e Art 10, Bônus de Assinatura, Art
11, Royalties, Art 21, Participação Especial e Critérios para Cálculo e Cobrança das
Participações Governamentais - Atividades de Exploração, Desenvolvimento e
Produção de Petróleo e Gás Natural - D-002.705-1998
§ 1º As participações governamentais constantes dos incisos II e IV serão obrigatórias.
§ 2º As receitas provenientes das participações governamentais definidas no caput,
alocadas para órgãos da administração pública federal, de acordo com o disposto nesta
Lei, serão mantidas na Conta Única do Governo Federal, enquanto não forem
destinadas para as respectivas programações.
§ 3º O superávit financeiro dos órgãos da administração pública federal referidos no
parágrafo anterior, apurado em balanço de cada exercício financeiro, será transferido ao
Tesouro Nacional.

Art. 46. O bônus de assinatura terá seu valor mínimo estabelecido no edital e
corresponderá ao pagamento ofertado na proposta para obtenção da concessão, devendo
ser pago no ato da assinatura do contrato.

Art. 47. Os royalties serão pagos mensalmente, em moeda nacional, a partir da data de
início da produção comercial de cada campo, em montante correspondente a dez por
cento da produção de petróleo ou gás natural.
obs.dji.grau.2: Art. 5º, L-012.276-2010 - Cessão da União Onerosa à Petróleo Brasileiro
S.A. - PETROBRAS - Exercício das Atividades de Pesquisa e Lavra de Petróleo, de
Gás Natural e de Outros Hidrocarbonetos Fluidos
§ 1º Tendo em conta os riscos geológicos, as expectativas de produção e outros fatores
pertinentes, a ANP poderá prever, no edital de licitação correspondente, a redução do
valor dos royalties estabelecido no caput deste artigo para um montante correspondente
a, no mínimo, cinco por cento da produção.
§ 2º Os critérios para o cálculo do valor dos royalties serão estabelecidos por decreto do
Presidente da República, em função dos preços de mercado do petróleo, gás natural ou
condensado, das especificações do produto e da localização do campo.
§ 3º A queima de gás em flares, em prejuízo de sua comercialização, e a perda de
produto ocorrida sob a responsabilidade do concessionário serão incluídas no volume
total da produção a ser computada para cálculo dos royalties devidos.
Art. 48. A parcela do valor do royalty, previsto no contrato de concessão, que
representar cinco por cento da produção, correspondente ao montante mínimo referido
no § 1º do artigo anterior, será distribuída segundo os critérios estipulados pela Lei nº
7.990, de 28 de dezembro de 1989.
obs.dji.grau.1: Compensação financeira, para os Estados, Distrito Federal e Municípios,
pelo resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins
de geração de energia elétrica, de recursos minerais em seus respectivos territórios,
plataformas continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva - L-007.990-1989

Art. 49. A parcela do valor do royalty que exceder a cinco por cento da produção terá a
seguinte distribuição:
I - quando a lavra ocorrer em terra ou em lagos, rios, ilhas fluviais e lacustres:
a) cinqüenta e dois inteiros e cinco décimos por cento aos Estados onde ocorrer a
produção;
b) quinze por cento aos Municípios onde ocorrer a produção;
c) sete inteiros e cinco décimos por cento aos Municípios que sejam afetados pelas
operações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural, na forma e critério
estabelecidos pela ANP;
d) 25% (vinte e cinco por cento) ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para financiar
programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados
à indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis; (Alterado pela L-011.097-
2005)
d) 25% (vinte e cinco por cento) ao Ministério da Ciência e Tecnologia para financiar
programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados
à indústria do petróleo, do gás natural, dos biocombustíveis e à indústria petroquímica
de primeira e segunda geração, bem como para programas de mesma natureza que
tenham por finalidade a prevenção e a recuperação de danos causados ao meio ambiente
por essas indústrias; (Alterado pelo L-011.921-2009)
obs.dji.grau.2: Art. 10, II, L-011.540-2007 - Fundo Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico - FNDCT - Alteração
II - quando a lavra ocorrer na plataforma continental:
a) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento aos Estados produtores confrontantes;
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento aos Municípios produtores
confrontantes;
c) quinze por cento ao Ministério da Marinha, para atender aos encargos de fiscalização
e proteção das áreas de produção;
d) sete inteiros e cinco décimos por cento aos Municípios que sejam afetados pelas
operações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural, na forma e critério
estabelecidos pela ANP;
e) sete inteiros e cinco décimos por cento para constituição de um Fundo Especial, a ser
distribuído entre todos os Estados, Territórios e Municípios;
f) 25% (vinte e cinco por cento) ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para financiar
programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados
à indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis. (Alterado pela L-011.097-
2005)
f) 25% (vinte e cinco por cento) ao Ministério da Ciência e Tecnologia para financiar
programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados
à indústria do petróleo, do gás natural, dos biocombustíveis e à indústria petroquímica
de primeira e segunda geração, bem como para programas de mesma natureza que
tenham por finalidade a prevenção e a recuperação de danos causados ao meio ambiente
por essas indústrias. (Alterado pelo L-011.921-2009)
obs.dji.grau.2: Art. 5º, § 2º, L-012.276-2010 - Cessão da União Onerosa à Petróleo
Brasileiro S.A. - PETROBRAS - Exercício das Atividades de Pesquisa e Lavra de
Petróleo, de Gás Natural e de Outros Hidrocarbonetos Fluidos; Art. 10, II, L-011.540-
2007 - Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT -
Alteração
§ 1º Do total de recursos destinados ao Ministério da Ciência e Tecnologia serão
aplicados, no mínimo, 40% (quarenta por cento) em programas de fomento à
capacitação e ao desenvolvimento científico e tecnológico das regiões Norte e Nordeste,
incluindo as respectivas áreas de abrangência das Agências de Desenvolvimento
Regional. (Alterado pela L-011.540-2007)
obs.dji.grau.2: D-007.403-2010 - Regra de Transição para Destinação das Parcelas de
Royalties e de Participação Especial Devidas à Administração Direta da União em
Função da Produção de Petróleo, Gás Natural e Outros Hidrocarbonetos Fluidos em
Áreas do Pré-Sal Contratadas Sob o Regime de Concessão
§ 1º Do total de recursos destinados ao Ministério da Ciência e Tecnologia, serão
aplicados no mínimo quarenta por cento em programas de fomento à capacitação e ao
desenvolvimento científico e tecnológico nas regiões Norte e Nordeste.
§ 2º O Ministério da Ciência e Tecnologia administrará os programas de amparo à
pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico previstos no caput deste artigo,
com o apoio técnico da ANP, no cumprimento do disposto no inciso X do Art. 8º, e
mediante convênios com as universidades e os centros de pesquisa do País, segundo
normas a serem definidas em decreto do Presidente da República.
§ 3º Nas áreas localizadas no pré-sal contratadas sob o regime de concessão, a parcela
dos royalties que cabe à administração direta da União será destinada integralmente ao
fundo de natureza contábil e financeira, criado por lei específica, com a finalidade de
constituir fonte de recursos para o desenvolvimento social e regional, na forma de
programas e projetos nas áreas de combate à pobreza e de desenvolvimento da
educação, da cultura, do esporte, da saúde pública, da ciência e tecnologia, do meio
ambiente e de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, vedada sua destinação aos
órgãos específicos de que trata este artigo. (Acrescentado pela L-012.351-2010)
obs.dji.grau.2: Art 15 e § 1º, Art 16 e Art 17, Royalties - Critérios para Cálculo e
Cobrança das Participações Governamentais - Atividades de Exploração,
Desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás Natural - D-002.705-1998

Art. 50. O edital e o contrato estabelecerão que, nos casos de grande volume de
produção, ou de grande rentabilidade, haverá o pagamento de uma participação especial,
a ser regulamentada em decreto do Presidente da República.
obs.dji.grau.2: Art. 1º e Art. 3º, I, L-012.114-2009 - Fundo Nacional sobre Mudança do
Clima - Alteração; Art 24, Participação Especial - Critérios para Cálculo e Cobrança das
Participações Governamentais - Atividades de Exploração, Desenvolvimento e
Produção de Petróleo e Gás Natural - D-002.705-1998
§ 1º A participação especial será aplicada sobre a receita bruta da produção, deduzidos
os royalties, os investimentos na exploração, os custos operacionais, a depreciação e os
tributos previstos na legislação em vigor.
obs.dji.grau.2: Art 22, Participação Especial - Critérios para Cálculo e Cobrança das
Participações Governamentais - Atividades de Exploração, Desenvolvimento e
Produção de Petróleo e Gás Natural - D-002.705-1998
§ 2º Os recursos da participação especial serão distribuídos na seguinte proporção:
I - 40% (quarenta por cento) ao Ministério de Minas e Energia, sendo 70% (setenta por
cento) para o financiamento de estudos e serviços de geologia e geofísica aplicados à
prospecção de combustíveis fósseis, a serem promovidos pela ANP, nos termos dos
incisos II e III do art. 8º desta Lei, e pelo MME, 15% (quinze por cento) para o custeio
dos estudos de planejamento da expansão do sistema energético e 15% (quinze por
cento) para o financiamento de estudos, pesquisas, projetos, atividades e serviços de
levantamentos geológicos básicos no território nacional; (Alterado pela L-010.848-
2004)
II - dez por cento ao Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da
Amazônia Legal, destinados ao desenvolvimento de estudos e projetos relacionados
com a preservação do meio ambiente e recuperação de danos ambientais causados pelas
atividades da indústria do petróleo;
II - 10% (dez por cento) ao Ministério do Meio Ambiente, destinados,
preferencialmente, ao desenvolvimento das seguintes atividades de gestão ambiental
relacionadas à cadeia produtiva do petróleo, incluindo as consequências de sua
utilização: (Alterado pela L-012.114-2009)
a) modelos e instrumentos de gestão, controle (fiscalização, monitoramento,
licenciamento e instrumentos voluntários), planejamento e ordenamento do uso
sustentável dos espaços e dos recursos naturais; (Acrescentado pela L-012.114-2009)
b) estudos e estratégias de conservação ambiental, uso sustentável dos recursos naturais
e recuperação de danos ambientais;
c) novas práticas e tecnologias menos poluentes e otimização de sistemas de controle de
poluição, incluindo eficiência energética e ações consorciadas para o tratamento de
resíduos e rejeitos oleosos e outras substâncias nocivas e perigosas;
d) definição de estratégias e estudos de monitoramento ambiental sistemático,
agregando o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental específicos, na escala
das bacias sedimentares;
e) sistemas de contingência que incluam prevenção, controle e combate e resposta à
poluição por óleo;
f) mapeamento de áreas sensíveis a derramamentos de óleo nas águas jurisdicionais
brasileiras;
g) estudos e projetos de prevenção de emissões de gases de efeito estufa para a
atmosfera, assim como para mitigação da mudança do clima e adaptação à mudança do
clima e seus efeitos, considerando-se como mitigação a redução de emissão de gases de
efeito estufa e o aumento da capacidade de remoção de carbono pelos sumidouros e,
como adaptação as iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas
naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima;
h) estudos e projetos de prevenção, controle e remediação relacionados ao
desmatamento e à poluição atmosférica;
i) iniciativas de fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA;
III - quarenta por cento para o Estado onde ocorrer a produção em terra, ou
confrontante com a plataforma continental onde se realizar a produção;
IV - dez por cento para o Município onde ocorrer a produção em terra, ou confrontante
com a plataforma continental onde se realizar a produção.
obs.dji.grau.2: Art 24, § 3º, Participação Especial - Critérios para Cálculo e Cobrança das
Participações Governamentais - Atividades de Exploração, Desenvolvimento e
Produção de Petróleo e Gás Natural - D-002.705-1998
§ 3º Os estudos a que se refere o inciso II do parágrafo anterior serão desenvolvidos
pelo Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, com o
apoio técnico da ANP, no cumprimento do disposto no inciso IX do Art. 8º. (Revogado
pela L-012.114-2009)
§ 4º Nas áreas localizadas no pré-sal contratadas sob o regime de concessão, a parcela
da participação especial que cabe à administração direta da União será destinada
integralmente ao fundo de natureza contábil e financeira, criado por lei específica, com
a finalidade de constituir fonte de recursos para o desenvolvimento social e regional, na
forma de programas e projetos nas áreas de combate à pobreza e de desenvolvimento da
educação, da cultura, do esporte, da saúde pública, da ciência e tecnologia, do meio
ambiente e de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, vedada sua destinação aos
órgãos específicos de que trata este artigo. (Acrescentado pela L-012.351-2010)
obs.dji.grau.2: D-007.403-2010 - Regra de Transição para Destinação das Parcelas de
Royalties e de Participação Especial Devidas à Administração Direta da União em
Função da Produção de Petróleo, Gás Natural e Outros Hidrocarbonetos Fluidos em
Áreas do Pré-Sal Contratadas Sob o Regime de Concessão

Art. 51. O edital e o contrato disporão sobre o pagamento pela ocupação ou retenção de
área, a ser feito anualmente, fixado por quilômetro quadrado ou fração da superfície do
bloco, na forma da regulamentação por decreto do Presidente da República.
obs.dji.grau.2: Art 3º, III, Definições Técnicas - Critérios para Cálculo e Cobrança das
Participações Governamentais - Atividades de Exploração, Desenvolvimento e
Produção de Petróleo e Gás Natural - D-002.705-1998
obs.dji: Art. 16
Parágrafo único. O valor do pagamento pela ocupação ou retenção de área será
aumentado em percentual a ser estabelecido pela ANP, sempre que houver prorrogação
do prazo de exploração.
obs.dji: Art. 43, parágrafo único

Art. 52. Constará também do contrato de concessão de bloco localizado em terra


cláusula que determine o pagamento aos proprietários da terra de participação
equivalente, em moeda corrente, a um percentual variável entre cinco décimos por cento
e um por cento da produção de petróleo ou gás natural, a critério da ANP.
obs.dji: Art. 35, III; Art. 37, III
Parágrafo único. A participação a que se refere este artigo será distribuída na
proporção da produção realizada nas propriedades regularmente demarcadas na
superfície do bloco.

Capítulo V
Do Bônus de Assinatura

Art 9º O bônus de assinatura, previsto no inciso I do art. 45 da Lei nº 9.478, de 1997,


corresponderá ao montante ofertado pelo licitante vencedor na proposta para obtenção
da concessão de petróleo ou gás natural, não podendo ser inferior ao valor mínimo
fixado pela ANP no edital da licitação.
obs.dji.grau.1: Art. 45, I, Participações - Exploração e da Produção - Política Energética
Nacional, Monopólio do Petróleo, Conselho Nacional de Política Energética e Agência
Nacional do Petróleo - L-009.478-1997
obs.dji.grau.2: Art 3º, V, Definições Técnicas - PGPG
obs.dji.grau.4: Assinatura (a); Bônus
obs.dji.grau.6:
Atividades em Curso - PGPG; Definições Técnicas - PGPG; Disposições
Finais - PGPG; Disposições Preliminares - PGPG; Medição dosVolumes de Produção -
PGPG; Pagamento das Participações Governamentais - PGPG; Pagamento pela
Ocupação ou Retenção de Áreas - PGPG; Participação Especial - PGPG; Preços de
Referência - PGPG; Royalties - PGPG
Parágrafo único. O licitante vencedor pagará, no ato da assinatura do respectivo
contrato de concessão, o valor integral do bônus de assinatura, em parcela única.

Art 10. Parcela dos recursos provenientes do bônus de assinatura será destinada à ANP,
observado o disposto no inciso II do art. 15 da Lei nº 9.478, de 1997.
obs.dji.grau.1: Art. 45, II, Participações - Exploração e da Produção - Política Energética
Nacional, Monopólio do Petróleo, Conselho Nacional de Política Energética e Agência
Nacional do Petróleo - L-009.478-1997

Capítulo VI
Dos Royalties

Art 11. Os royalties previstos no inciso II do art. 45 da Lei nº 9.478, de 1997,


constituem compensação financeira devida pelos concessionários de exploração e
produção de petróleo ou gás natural, e serão pagos mensalmente, com relação a cada
campo, a partir do mês em que ocorrer a respectiva data de início da produção, vedada
quaisquer deduções.
obs.dji.grau.1: Art. 45, II, Participações - Exploração e da Produção - Política Energética
Nacional, Monopólio do Petróleo, Conselho Nacional de Política Energética e Agência
Nacional do Petróleo - L-009.478-1997
obs.dji.grau.6: Atividades em Curso - PGPG; Bônus de Assinatura - PGPG; Definições
Técnicas - PGPG; Disposições Finais - PGPG; Disposições Preliminares - PGPG;
Medição dosVolumes de Produção - PGPG; Pagamento das Participações
Governamentais - PGPG; Pagamento pela Ocupação ou Retenção de Áreas - PGPG;
Participação Especial - PGPG; Preços de Referência - PGPG

Art 12. O valor dos royalties , devidos a cada mês em relação a cada campo, será
determinado multiplicando-se o equivalente a dez por cento do volume total da
produção de petróleo e gás natural do campo durante esse mês pelos seus respectivos
preços de referência, definidos na forma do Capítulo IV deste Decreto.
obs.dji.grau.1: Preços de Referência - Capítulo IV - PGPG
§ 1º A ANP poderá, no edital de licitação para um determinado bloco, prever a redução
do percentual de dez por cento definido neste artigo até um mínimo de cinco por cento
do volume total da produção, tendo em vista os riscos geológicos, as expectativas de
produção e outros fatores pertinentes a esse bloco.
§ 2º Constará, obrigatoriamente, do contrato de concessão o percentual do volume total
da produção a ser adotado, nos termos deste artigo, para o cálculo dos royalties devidos
com relação aos campos por ele cobertos.

Art 13. No caso de campos que se estendam por duas ou mais áreas de concessão, onde
atuem concessionários distintos, o acordo celebrado entre os concessionários para a
individualização da produção, de que trata o art. 27 da Lei nº 9.478, de 1997, definirá a
participação de cada um com respeito ao pagamento dos royalties.
obs.dji.grau.1:
Art. 27, Normas Gerais - Exploração e Produção - Política Energética
Nacional, Monopólio do Petróleo, Conselho Nacional de Política Energética e Agência
Nacional do Petróleo - L-009.478-1997

Art 14. A parcela do valor dos royalties previstos no contrato de concessão,


correspondentes ao montante mínimo de cinco por cento da produção, será distribuída
na forma estabelecida na Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.
obs.dji.grau.1: Compensação Financeira para os Estados, Distrito Federal e Municípios,
pelo Resultado da Exploração de Petróleo ou Gás Natural, de Recursos Hídricos para
Fins de Geração de Energia Elétrica, de Recursos Minerais em Seus Respectivos
Territórios, Plataforma Continental, Mar Territorial ou Zona Econômica Exclusiva - L-
007.990-1989

Art 15. A parcela do valor dos royalties previstos no contrato de concessão, que
exceder ao montante mínimo de cinco por cento da produção, será distribuída na forma
do disposto no art. 49 da Lei nº 9.478, de 1997.
§ 1º A parcela do valor dos royalties , referida neste artigo, será distribuída aos Estados
e aos Municípios produtores confrontantes com a plataforma continental onde se
realizar a produção, segundo os percentuais fixados, respectivamente, nas alíneas a e b
do inciso II do art. 49 da Lei nº 9.478, de 1997.
obs.dji.grau.1: Art. 49, e II, Participações - Exploração e Produção - Política Energética
Nacional, Monopólio do Petróleo, Conselho Nacional de Política Energética e Agência
Nacional do Petróleo - L-009.478-1997
§ 2º Para efeito deste Decreto, consideram-se confrontantes com a plataforma
continental onde se realizar a produção os Estados e Municípios contíguos à área
marítima delimitada pelas linhas de projeção dos respectivos limites territoriais, até a
linha de limite da plataforma continental, onde estiver situado o campo produtor de
petróleo ou gás natural.
§ 3º Para fins de definição das linhas de projeção dos limites territoriais dos Estados e
Municípios, até a linha de limite da plataforma continental, serão adotados os critérios
fixados nos arts. 1º a 5º do Decreto nº 93.189, de 29 de agosto de 1986.

Art 16. O percentual do valor da parcela dos royalties fixado na alínea a do inciso II do
art. 49 da Lei nº 9.478, de 1997, a ser distribuído a um Estado produtor confrontante,
incidirá sobre a parcela dos royalties que exceder a cinco por cento da produção de cada
campo situado entre as linhas de projeção dos limites territoriais do Estado até a linha
de limite da plataforma continental.
obs.dji.grau.1: Art. 49, e II, Participações - Exploração e Produção - Política Energética
Nacional, Monopólio do Petróleo, Conselho Nacional de Política Energética e Agência
Nacional do Petróleo - L-009.478-1997
Parágrafo único. No caso de dois ou mais Estados serem confrontantes com um
mesmo campo, a cada Estado será associada parte da parcela do valor dos royalties que
exceder a cinco por cento da produção do campo, a qual será calculada
proporcionalmente à área do campo contida entre as linhas de projeção dos limites
territoriais do Estado, sendo o percentual referido neste artigo aplicado somente sobre
tal parte.

Art 17. O percentual do valor da parcela dos royalties fixado na alínea b do inciso II do
art. 49 da Lei nº 9.478, de 1997, a ser distribuído a um Município produtor confrontante,
incidirá sobre a parcela do valor dos royalties que exceder a cinco por cento da
produção de cada campo situado entre as linhas de projeção dos limites territoriais do
Município até a linha de limite da plataforma continental.
obs.dji.grau.1: Art. 49, e II, Participações - Exploração e Produção - Política Energética
Nacional, Monopólio do Petróleo, Conselho Nacional de Política Energética e Agência
Nacional do Petróleo - L-009.478-1997
§ 1º O percentual a que se refere este artigo será aplicado somente sobre a parte da
parcela dos royalties que exceder a cinco por cento da produção do campo associada à
unidade da Federação de que o Município faz parte.
§ 2º No caso de dois ou mais Municípios pertencentes a uma mesma unidade da
Federação serem confrontantes com um mesmo campo, o percentual referido neste
artigo será aplicado apenas uma vez sobre a parte da parcela do valor dos royalties que
exceder a cinco por cento da produção do campo associada à unidade da Federação,
sendo o valor assim apurado rateado entre os Municípios segundo o critério definido no
parágrafo seguinte.
§ 3º O valor do rateio devido a cada Município será obtido multiplicando-se o resultado
apurado conforme o parágrafo anterior pelo quociente formado entre a área do campo
contida entre as linhas de projeção dos seus limites territoriais e a soma das áreas do
campo contidas entre as linhas de projeção dos limites territoriais de todos os
Municípios confrontantes ao mesmo campo, pertencentes à unidade da Federação.

Art 18. O valor dos royalties será apurado mensalmente por cada concessionário, com
relação a cada campo, a partir do mês em que ocorrer a data de início da produção do
campo, e pago, em moeda nacional, até o último dia útil do mês subseqüente, cabendo
ao concessionário encaminhar à ANP um demonstrativo da sua apuração, em formato
padronizado pela ANP, acompanhado de documento comprobatório do pagamento, até
o quinto dia útil após a data da sua efetivação.

Art 19. A seu critério, sempre que julgar necessário, a ANP poderá requisitar do
concessionário documentos que comprovem a veracidade das informações prestadas no
demonstrativo apuração.

Art 20. Os recursos provenientes dos royalties serão distribuídos pela Secretaria do
Tesouro Nacional - STN, do Ministério da Fazenda, nos termos da Lei nº 9.478, de
1997, e deste Decreto, com base nos cálculos dos valores devidos a cada beneficiário,
fornecidos pela ANP.
obs.dji.grau.1: Política Energética Nacional, Monopólio do Petróleo, Conselho
Nacional de Política Energética e Agência Nacional do Petróleo - L-009.478-
1997

Comunicação de Incidentes

RESOLUÇÃO ANP Nº 44, DE 22.12.2009 - DOU 24.12.2009


O DIRETOR-GERAL da AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL
E BIOCOMBUSTÍVEIS - ANP, no uso das suas atribuições legais, considerando o
disposto na Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997 e tendo em vista a Resolução de
Diretoria nº 1220, de 22 de dezembro de 2009, torna público o seguinte ato:

Art. 1º Fica estabelecido, através da presente Resolução, o procedimento para


comunicação de incidentes, a ser adotado pelos concessionários e empresas autorizadas
pela ANP a exercer as atividades da indústria do petróleo, do gás natural e dos
biocombustíveis, bem como distribuição e revenda.

Parágrafo único. Para os fins desta Resolução e seus anexos ficam estabelecidas as
definições a seguir:

I - incidente: qualquer ocorrência, decorrente de fato ou ato intencional ou acidental,


envolvendo:

a) risco de dano ao meio ambiente ou à saúde humana;

b) dano ao meio ambiente ou à saúde humana;

c) prejuízos materiais ao patrimônio próprio ou de terceiros;

d) ocorrência de fatalidades ou ferimentos graves para o pessoal próprio, para terceiros


ou para as populações; ou

e) interrupção não programada das operações por mais de 24 (vinte e quatro) horas.

II - ferimento grave: qualquer ocorrência, decorrente de fato ou ato intencional ou


acidental, envolvendo:

a) fratura (excluindo de dedos);

b) amputação;

c) perda de consciência devido à asfixia ou à exposição a substâncias nocivas ou


perigosas;

d) lesão de órgãos internos;

e) deslocamento de articulações;

f) perda de visão;

g) hipotermia ou outras doenças relacionadas à exposição à temperaturas extremas; ou

h) necessidade de internação por mais de 24 (vinte e quatro) horas.


III - risco: medida da probabilidade de ocorrência de um evento que possa vir a causar
um impacto indesejável.

IV - substâncias nocivas ou perigosas: qualquer substância que, se lançada na


atmosfera, no solo ou descarregada nas águas, é capaz de gerar riscos ou causar danos à
saúde humana ou aos ecossistemas.

V - Indústria do Petróleo: conjunto de atividades econômicas relacionadas com a


exploração, desenvolvimento, produção, refino, processamento, transporte, importação
e exportação de petróleo, outros hidrocarbonetos fluidos e seus derivados;

VI - Indústria do Gás Natural: conjunto de atividades econômicas relacionadas com


exploração, desenvolvimento, produção, importação, exportação, processamento,
tratamento, transporte, carregamento, estocagem, acondicionamento, liquefação,
regaseificação, distribuição e comercialização de gás natural;

VII - Indústria dos Biocombustíveis: conjunto de atividades econômicas relacionadas


com a produção de combustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a
combustão interna ou, conforme regulamento, para outro tipo de geração de energia,
que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil.

Art. 2º O concessionário ou a empresa autorizada previstos no art. 1º comunicarão


imediatamente à ANP, na forma prescrita no Anexo I, os incidentes definidos no art. 1º,
parágrafo único, inciso I desta Resolução envolvendo unidades próprias ou de terceiros.

§ 1º Os agentes que atuam no segmento de revenda de combustíveis e de GLP estão


dispensados de comunicação para os incidentes definidos no art. 1º, parágrafo único,
inciso I, alíneas "c" e "e".

§ 2º Durante a fase de exploração, os agentes regulados estão dispensados de


comunicação para os incidentes definidos no art. 1º, parágrafo único, inciso I, alínea
"e".

§ 3º Incidentes de poluição por óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas


sob jurisdição nacional, conforme previsto na Lei nº 9.966, de 28 de abril de 2000,
devem ser comunicados na forma prescrita pelo Anexo II do Decreto nº 4.136, de 20 de
fevereiro de 2002, em substituição ao Anexo I da presente Resolução.

Art. 3º O concessionário ou a empresa autorizada previstos no art. 1º apresentarão à


ANP, independentemente da comunicação prevista no art. 2º desta Resolução, o
Relatório Detalhado de Incidentes referente aos eventos definidos no art. 1º, parágrafo
único, inciso I, alíneas b), c), d) e e) da presente Resolução, no prazo máximo de 30
(trinta) dias, a contar da constatação dos eventos e na forma prescrita pelo Anexo II.

§ 1º O concessionário ou a empresa autorizada deverá designar prontamente a equipe de


investigação dos incidentes de que trata o caput do presente artigo, seja interna ou
externa, que elaborará o Relatório Detalhado de Incidentes.
§ 2º O concessionário ou a empresa autorizada manterá a ANP atualizada sobre
qualquer alteração referente às informações prestadas no Relatório, mediante imediata
comunicação.

§ 3º O presente artigo não se aplica aos agentes que atuam no segmento de revenda de
combustíveis e de GLP, exceto quando expressamente notificados a prestar
esclarecimentos.

§ 4º A ANP poderá estender o prazo determinado no caput deste Artigo, mediante


fundamentação técnica a ser encaminhada pelo concessionário ou empresa autorizada,
no prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da ocorrência do incidente.

Art. 4º A ANP poderá, a qualquer tempo, solicitar informações adicionais e obter


acesso a dados e documentos gerados durante o processo de investigação.

Parágrafo único. Será facultado a ANP o acompanhamento das investigações dos


incidentes ocorridos junto à equipe de investigação citada no § 1 do art. 3º.

Art. 5º O concessionário ou a empresa autorizada deverá encaminhar à


superintendência responsável pela atividade regulada os documentos de que tratam os
arts. 2º e 3º, através dos canais de comunicação especificados no sítio da ANP -
www.anp.gov.br.

Art. 6º O não cumprimento ao disposto nesta Resolução sujeitará os infratores às


penalidades previstas na Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999, na Portaria ANP nº
234, de 12 de agosto de 2003, no Decreto nº 2.953, de 28 de janeiro de 1999, no
Decreto nº 4.136, de 20 de fevereiro de 2002, bem como nas demais disposições
aplicáveis.

Art. 7º Os casos omissos serão objeto de análise e deliberação da ANP.

Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação.

Art. 9º Ficam revogadas as disposições em contrário, em especial a Portaria ANP nº 3,


de 10 de janeiro de 2003.

Modelos de como comunicar o


incidente

ANEXO I

COMUNICAÇÃO INICIAL DO INCIDENTE


I - Identificação da embarcação/instalação que originou o incidente () Sem condições de
informar

Nome da embarcação ou instalação:

Identificação (CNPJ, nº IMO, Código da instalação, nº da Autorização ou do Contrato


de Concessão):

II - Data e hora da primeira observação

Dia/Mês/ano: __/__/__ Hora: __:__

III - Data e hora estimadas do Incidente () Sem condições de informar

Dia/Mês/ano: __/__/__ Hora: __:__

IV - Localização geográfica do incidente

Latitude: __o__' Longitude: __o__' ou Endereço da instalação cadastrado na ANP:

V - Substância descarregada e/ou produtos envolvidos no incidente

Tipo de Substância:

Volume estimado em __ m3.

VI - Situação atual da descarga () sem condições de informar

() paralisada; () não foi paralisada;

VII - Breve Descrição do Incidente:

VIII - Causa provável do Incidente: () Sem condições de informar

IX - Número de feridos: () Sem condições de informar

X - Ações iniciais que foram tomadas.

() acionado plano de emergência

() foram tomadas outras providência a saber:

() sem evidência de ação ou providência até o momento.

XI - Data e hora da comunicação

Dia/Mês/ano: __/__/__ Hora: __:__

XII - Identificação do comunicante


Nome completo:

Função:

Telefone de contato:

Fax:

Email:

XIII - Outras informações julgadas úteis:

Assinatura

ANEXO II

RELATÓRIO DETALHADO DE INCIDENTE

1) DADOS INICIAIS:

- nome e endereço do concessionário ou da empresa autorizada;

- identificação da pessoa responsável pela emissão do relatório, incluindo seu cargo,


empresa e telefone de contato;

- denominação, identificação (CNPJ, nº IMO, Código da instalação, nº da Autorização


ou do Contrato de Concessão) e localização (coordenadas geográficas) das instalações
ou unidades envolvidas e da área geográfica atingida;

- demais autoridades comunicadas.

2) DESCRIÇÃO DO INCIDENTE:

- identificação dos componentes da Comissão de Investigação de incidentes, incluindo


seus cargos e empresa;

- metodologia utilizada para a investigação;

- cronologia e descrição técnica do incidente;

- descrição dos fatores causais (qualquer evento e/ou fator externo que permitiu a
ocorrência ou o agravamento do incidente e/ou de suas consequências);

- descrição da causa-raiz (evento determinante para a ocorrência);


- descrição das medidas mitigadoras tomadas e resultados esperados no curto prazo,
inclusive a quantidade de substância recuperada;

- descrição de fatos relevantes (deficiências não relacionadas com o incidente, mas que
foram identificadas durante a investigação);

- descrição das recomendações para evitar a recorrência do incidente; e

- cronograma de implementação das recomendações;

3) CONSEQUÊNCIAS

- substância liberada, suas características, quantidade estimada e previsão de


deslocamento do óleo e/ou substâncias nocivas ou perigosas;

- número de feridos e fatalidades decorrentes do incidente, discriminados por


empregados da empresa, de firmas contratadas e das comunidades;

- identificação dos ecossistemas afetados; e

- descrição das conseqüências do evento quanto à continuidade operacional e aos danos


ao patrimônio próprio ou de terceiros;

4) PROVIDÊNCIAS ADOTADAS ATÉ O MOMENTO

- descrição das medidas corretivas adotadas até o momento da emissão do relatório

5) OUTRAS INFORMAÇÕES JULGADAS RELEVANTES


Águas produzidas
Bibliografia

http://www.dji.com.br/decretos/1998-
002705/1998-002705-11-20.htm

http://www.dji.com.br/leis_ordinarias
/1997-009478-pen/pen__045a052.htm

http://nxt.anp.gov.br/nxt/gateway.dll
/leg/resolucoes_anp/2009/dezembro/r
anp%2044%20-%202009.xml

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