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1.1 - impossibilidade de optar pelo lucro critério de lucro presumido até 31.12.98
1.1.1 - possibilidade de opção pelo lucro presumido a partir de 1999
1.1.2 - cálculo do imposto de renda pelo lucro presumido
1.1.3 - cálculo da contribuição social pelo critério de lucro presumido
1.1.4 - alteração da base de calculo da contribuição social sobre os lucros (Lucro Presumido) para as prestadoras de
serviços
1.2 - possibilidade de arbitrar o resultado
1.3 - lucro real
1.4 - Loteamento em Terreno de Outrem
1.5 - RET - Regime Especial de Tributação
1.5.1 - Regime Especial de Tributação Nas Incorporações Imobiliárias
1.5.1.1 - Pagamento Unificado
1.5.2 - Compensação Com os Tributos e Contribuições Devidas Pela Incorporadora
1.5.3 - Prazo de Pagamento
1.5.4 - Escrituração Contábil
1.5.5 - Responsabilidade Por Obrigações Tributárias
1.6 - Decretação de Falência ou Insolvência do Incorporador
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1.1 - obrigatoriedade
1.2 - critérios para elaboração
1.3 - inexigibilidade de autenticação
1.4 - critérios para escrituração
1.5 - falta do controle permanente de estoques
2.1 - características específicas das atividades imobiliárias
2.1.1 - quanto à obrigatoriedade
2.1.2 - quanto à escrituração
2.2 - prazo para autenticação e escrituração
3.1 - custos pagos ou incorridos
3.2 - custos contratados
3.2.1 - vantagem fiscal da utilização do custo contratado
3.2.2 - tratamento contábil
3.3 - custos orçados
3.3.1 - vantagem fiscal da utilização do custo orçado
3.3.2 - apuração do custo orçado
3.3.3 - opção pelo custo orçado
3.3.4 - rateio
3.3.5 - modificação do custo orçado
3.3.6 - tratamento contábil
3.3.7 - exemplo prático
4.1 - efetivação ou realização
4.2 - tributação
4.2.1 - venda à vista de unidade concluída
4.2.2 - venda à vista de unidade não concluída semutilização do custo orçado
4.2.3 - venda a vista de unidade não concluída com utilização do custo orçado
4.2.4 - venda a prazo ou a prestação de unidade concluída
4.2.5 - venda a prazo ou a prestação de unidade não concluída com vencimento total contratado para o curso do ano-
calendário da venda
4.2.6 - venda a prazo ou a prestação de unidade não concluída, com pagamento contratado para depois do ano-
calendário da venda
6.1 - critério da in srf nº 84/79 com alterações trazidas pela in srf nº 23/83
6.2 - critério alternativo - in srf nº 67/88
6.3 - comparação entre os dois critérios
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7.1 - apuração e conceituação da diferença
7.2 - tratamento contábil da insuficiência de custo realizado
7.2.1 - unidade não concluída vendida à vista, ou vendida a prazo ou a prestação com pagamento total contratado
para o curso do período - base da venda
7.2.2 - unidade não concluída vendida a prazo ou a prestação, com pagamento restante ou pagamento total
contratado para depois do período - base da venda
7.3 - tratamento contábil do excesso de custo realizado
7.3.1 - unidade não concluída vendida à vista, ou vendida a prazo ou a prestação com pagamento total contratado
para o curso do período - base da venda
7.3.2 - unidade não concluída vendida a prazo ou a prestação, com pagamento restante ou pagamento total
contratado para depois do período - base da venda
7.4 - tratamento fiscal da insuficiência de custo realizado
7.4.1 - quadro demonstrativo do custo orçado
7.5 - tratamento fiscal do excesso de custo realizado
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9.1 - o que pode ser considerado como permuta
9.2 - tratamento tributário diferenciado
9.3 - permuta de terreno por área a construir
9.4 - compra e venda com dação de unidade imobiliária em pagamento
9.5 - permuta entre pessoas ligadas
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1 - Planilha 1 - Controle Permanente de Estoques
2 - Planilha 2 - Controle do Saldo de Clientes e Receita Diferida
3 - Planilha 3 - Reconhecimento do Lucro Bruto
4 - Planilha 4 - Controle do Custo Diferido
5 - Planilha 5 - Controle do Custo Orçado
6 - Planilha 6 - Controle do Custo Orçado Efetivamente Realizado
7 - Planilha 7 - Cálculo do Novo Percentual de Custo Diferido
8 - Quadro Demonstrativo da Diferença Entre Custo Orçado e Custo Realizado(IN 84/79, subitem 22.2)
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(Ver material do 6. Semestre ± Contabilidade Tributária)
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(Ver material do 6. Semestre ± Contabilidade Tributária)
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As pessoas jurídicas que se dediquem às atividades imobiliárias, inclusive as pessoas físicas equiparadas (compra e
venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis) não poderão optar pelo critério de Lucro Presumido, até
31.12.98. Deverão, portanto, optar pelo critério de Lucro Real ou Arbitrado, conforme lhe for mais conveniente.
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A partir de 1º de janeiro de 1999, as empresas de construção civil, inclusive equiparadas, poderão optar pelo Lucro
Presumido, com base na Medida Provisória nº 1274, publicada no DOU em 30.10.98, convertida na Lei nº 9.718,
DOU de 28.11. 98.
As pessoas jurídicas que exercerem atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de
imóveis, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado (Art. 2º da
Instrução Normativa SRF nº 25/1999).
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As Pessoas Jurídicas que não estivem impossibilitadas de optar pelo lucro presumido conforme mencionado acima,
poderão apresentar a declaração anual de rendimentos por este critério, considerando, para tanto, os procedimentos
a seguir mencionados.
Ver material de LUCRO PRESUMIDO (apostila do 6. Semestre ± Contabilidade Tributária)
Exemplo Prático
Para ilustrar os comentários acima, demonstrar-se-á a seguir um exemplo prático.
Hipótese:
Suponhamos uma empresa, que no primeiro trimestre de 2010, apresente a seguinte situação:
- Receita da Venda de Imóveis R$ 550.000,00
- Juros Recebidos R$ 1.500,00
- Ganhos de Capital na Venda de bens do Imobilizado R$ 5.000,00
- Rend. Aplic.Financeiras R$ 10.000,00
- Atualização Monetária Recebida R$ 3.500,00
- Vendas canceladas (Distratos) R$ 2.000,00
Logo:
Receita de Vendas R$ 550.000,00
(-) Exclusões
Vendas Canceladas R$ 2.000,00
_____________
(=) Receita Bruta de Vendas R$ 548.000,00
(X) Percentual Aplicável 8%
(=) Lucro Presumido Parcial R$ 43.840,00
Base de Cálculo do IR
Base de Cálculo Parcial = R$ 43.840,00
(+) Outros Ganhos (Juros) = R$ 1.500,00
(+) Rendim.Aplic.Financeiras = R$ 10.000,00
(+) Ganhos de Capital Venda Imobilizado = R$ 5.000,00
(+)Atualização Monetária Recebida = R$ 3.500,00
(=) Base de Cálculo = R$ 63.840,00
(X) Alíquota 15%
(=) IRPJ = R$ 9.576,00
(X) 10% de 3.840,00 (63.840 - 60.000) = R$ 384,00
(=) IR Devido = R$ 9.960,00
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São aplicáveis à contribuição social sobre o lucro todos os aspectos mencionados acima para fins de imposto de
renda, tais como: conceito de Receita Bruta, conceito de demais ganhos e receitas, regime de tributação (caixa ou
competência), forma de apuração e prazos de recolhimento, etc. Há, entretanto, diferença no cálculo, conforme se
demonstrará a seguir:
Ver material de Y YY
Y Y
Y
Y (apostila do 6. Semestre ±
Contabilidade Tributária)
Exemplo
Suponhamos uma empresa, que no primeiro trimestre de 2010, apresente a seguinte situação:
- Receita da Venda de Imóveis R$ 550.000,00
- Juros Recebidos R$ 1.500,00
- Ganhos de Capital na Venda de bens do Imobilizado R$ 5.000,00
- Rend.Aplic.Financeiras R$ 10.000,00
- Atualização Monetária Recebida R$ 3.500,00
- Vendas canceladas (Distratos) R$ 2.000,00
Logo
Receita de Vendas R$ 550.000,00
(-) Exclusões
Vendas Canceladas R$ 2.000,00
____________
(=) Receita Bruta R$ 548.000,00
(X) Alíquota 12%
(=) Base Cálculo Parcial R$ 65.760,00
(+) Outros Ganhos (Juros e Atualização Monetária) R$ 5.000,00
(+) Rendim.Aplic.Financeiras R$ 10.000,00
(+) Ganhos de Capital Venda Imobilizado R$ 5.000,00
(=) Base de Cálculo R$ 85.760,00
(X) Alíquota 9%
(=) Contribuição Social Devida R$ 7.718,40
b) Alíquota
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É importante salientar que a opção pelo critério de lucro arbitrado poderá ser feita, a critério do contribuinte, desde
que a receita seja conhecida. Chama-se atenção, porém, que há uma séria divergência de interpretação da
legislação que trata do lucro arbitrado, por parte da Secretaria da Receita Federal:
a) Interpretando-se a Lei nº 9.249/95, artigo 16, conclui-se que no caso de arbitramento do resultado, nas empresas
que tenham receitas de venda de imóveis, aplicar-se-ia, sobre a mesma, o percentual de 9,6%, para encontrar o lucro
presumido;
b) Por outro lado, a Receita Federal, através de Instruções Normativas e do próprio MAJUR, determina que para fins
de cálculo do lucro arbitrado, deve-se considerar a receita efetivamente recebida ou cujo recebimento estava
previsto, diminuída do custo comprovado. Esta definição, além de gerar maior tributação, também entra em choque
com a Lei. Conclui-se, então, que este assunto é passível de discussão, fora do âmbito da Secretaria da Receita
Federal.
Para melhor esclarecer a situação, vejamos a comparação das duas hipóteses, com os seguintes valores:
- Receita relativa a venda de imóveis, auferida no período-base: R$ 50.000,00
- Custo efetivamente comprovado: R$ 35.000,00
a) Lucro Arbitrado pelo critério determinado pela Lei:
Receita R$ 50.000,00
(X) Percentual 9,6%
(=) Lucro Arbitrado R$ 4.800,00
b) Pelo critério determinado pela Secretaria da Receita Federal
Receita R$ 50.000,00
(-) Custo R$ 35.000,00
(=) Lucro Arbitrado R$ 15.000,00
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As pessoas jurídicas do ramo imobiliário que, por opção, ou por impossibilidade de trabalhar com lucro presumido
utilizarem o lucro real, farão o cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social Sobre o Lucro, pelos critérios
aplicados às demais pessoas jurídicas, considerando-se, entretanto, uma série de particularidades. Ver material de
LUCRO REAL (apostila do 6. Semestre ± Contabilidade Tributária)
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Através do PN CST 15/84, é permitido que pessoa jurídica possa executar empreendimento de loteamento em
terreno de outrem. Determina, também, que tendo ocorrido tal fato, a referida pessoa jurídica fica sujeita à tributação
pelas regras aplicáveis às empresas da área imobiliária, constantes atualmente nos artigos 410 a 414 do RIR/99, e
amplamente analisados neste livro.
A pessoa jurídica em questão , se não estiver impedida por qualquer outro motivo diferente da questão aqui
analisada, poderá optar pelo lucro presumido. Como se trata de venda de unidades imobiliárias, a alíquota aplicável
para fins de presumir o lucro é de 8%;
Cada uma das partes envolvida nesta associação tributa a sua proporção nas receitas ou resultados, conforme
estipulado contratualmente, devendo a sua escrituração contábil(ou livro-caixa no caso de opção pelo lucro
presumido) obedecer esta proporção.
Portanto, cada pessoa jurídica fará sua própria contabilidade, registrando no seu estoque o custo que lhe cabe. Por
exemplo, o proprietário do terreno lançará como custo o valor do terreno. E a pessoa jurídica que fizer as obras de
infra-estrutura lançará os gastos inerentes a esta.
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Com o advento da Lei nº 10.931/2004, de 02.08.2004, a referida legislação instituiu o regime especial de tributação
que será aplicável as atividades de incorporação imobiliária, em caráter opcional, porém irretrátavel, enquanto
perdurarem os direitos de crédito ou obrigações do incorporador juntos aos adquirentes dos imóveis que compõem a
incorporação.
A IN SRF nº 474/2004 vem a disciplinar o Regime Especial de Tributação - RET instituído pela Lei nº 10.931 de 2004,
conforme consta na Quarta Parte (Anexo da legislação) deste trabalho.
A opção pelo Regime Especial de Tributação - RET se dará quando atendidos os seguintes requisitos:
a) Entrega do Termo de Opção da unidade competente da Secretaria da Receita Federal, conforme regulamentação
a ser estabelecida; e
b) Afetação do terreno e das acessões objeto da Incorporação Imobiliária, conforme disposto nos arts. 31-A e 31-E,
da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, incluídos pelo art. 53 da Lei nº 10.931/2004.
A adoção do RET é opcional, mas uma vez efetuada será irretratável enquanto perdurarem direitos de créditos ou
obrigações do incorporador juntos aos adquirentes dos imóveis que compõem a incorporação.
A opção pelo RET obriga o contribuinte a fazer o recolhimento unificado dos tributos e contribuições do
empreendimento, a partir do mês da opção.
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Para cada incorporação submetida ao Regime Especial de Tributação, a incorporadora ficará sujeita ao pagamento
equivalente a 7% (sete por cento) da receita mensal recebida, o qual corresponderá ao pagamento mensal unificado
dos seguintes impostos e contribuições:
a) Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ - 2,2% (doi vírgula dois por cento);
b) contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público -
PIS/PASEP - 0,65% (zero vírgula sessenta e cinco por cento);
c) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL - 1,15% (um vírgula quinze por cento); e
d) Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS - 3,0% (três por cento).
Considera-se receita mensal a totalidade das receitas auferidas pela incorporadora na venda das unidades
imobiliárias que compõem a incorporação, bem como as receitas financeiras e variações monetárias decorrentes
desta operação.
De acordo com o art. 11 da Lei nº 10.931/2004 as contribuições para o PIS/PASEP e para a COFINS, devidas pelas
pessoas jurídicas, inclusive por equiparação, seguirão o mesmo regime de reconhecimento de receitas previsto na
legislação do Imposto de Renda, ou seja, regime de caixa ou competência.
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Em cada período de apuração os tributos e contribuições pagos de forma unificada em cada empreendimento
poderão ser compensados, por espécie, com o montante das mesmas exações devidas pela incorporadora no
mesmo período de apuração, até o limite desse montante.
A parcela dos tributos e contribuições, pagos de forma unificada, que não puderem ser compensados com os
mesmos tributos e contribuições devidas pela incorporadora, será considerada definitiva, não gerando, em qualquer
hipótese, direito a restituição ou ressarcimento, bem assim à compensação com o devido em relação a outros tributos
da própria ou de outras incorporações ou pela incorporadora em outros períodos de apuração.
1
"Os pagamentos dos impostos e contribuições devidos no âmbito do RET serão considerados definitivos, não mais
podem ser compensados com os recolhimentos dos tributos da pessoa jurídica incorporadora.
Assim, a partir da vigência da MP 252, de 15.06.2005, a qual deu nova redação ao artigo 4º da Lei 10.931/2004,
deixa de haver comunicação entre a tributação da pessoa jurídica com a tributação da incorporação afetada.
1
Tendo em vista a perda de eficácia da MP 252, foi editada a Lei 11.196, de 21.11.2005, a qual deu nova redação ao
art. 4º da Lei 10931/04 nos mesmos termos da redação dada pela então MP 252. Entretanto, essa nova redação
somente produz efeitos a partir de 14.10.2005.
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O pagamento unificado dos impostos e contribuições deverá ser efetuado até o 10º dia do mês subseqüente àquele
em que houver sido auferida a receita.
A incorporadora deverá utilizar, no Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF, o número específico de
inscrição da incorporação no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas - CNPJ e código de arrecadação próprio.
Os créditos tributários devidos pela incorporadora em relação a cada empreendimento não poderão ser objeto de
parcelamento.
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O incorporador fica obrigado a manter escrituração contábil segregada para cada incorporação submetidaao Regime
Especial de Tributação.
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A nova redação dada pela MP 252/2005 ao artigo 4º da lei 10.931/04, exige para fins de administração tributária a
segregação das receitas, custos e despesas próprias das incorporações afetadas das demais receitas,custos e
despesas da pessoa jurídica.
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Tendo em vista a perda de eficácia da MP 252, foi editada a Lei 11.196, de 21.11.2005, a qual deu nova redação ao
art. 4º da Lei 10931/04 nos mesmos termos da redação dada pela então MP 252. Entretanto, essa nova redação
somente produz efeitos a partir de 14.10.2005.
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O terreno e as acessões objeto da incorporação imobiliária sujeitas ao Regime Especial de Tributação, bem como os
demais bens e direitos a ela vinculados, não responderão por dívidas tributárias da incorporadora relativas ao
Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS e à Contribuição para os Programas de Integração Social e de
Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP, exceto aquelas calculadas na forma do Regime Especial
de Tributação, sobre as receitas auferidas no âmbito da respectiva incorporação.
O patrimônio da incorporadora responderá pelas dívidas tributárias da incorporação afetada.
Alterada pela Instrução Normativa RFB nº 934, de 27 de abril de 2009
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Estabelece o art. 9º da Lei nº 10.931/2004, que perde eficácia a deliberação pela continuação da obra, bem como os
efeitos do regime de afetação, caso não se verifique o pagamento das obrigações tributárias, previdenciárias e
trabalhistas, vinculadas ao respectivo patrimônio de afetação, cujos fatos geradores tenham ocorrido até a data da
decretação da falência, ou insolvência do incorporador, as quais deverão ser pagas pelos adquirentes em até 1 (um)
ano daquela deliberação, ou até a data da concessão do habite-se, se esta ocorrer em prazo inferior
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)4*531Os citados no texto.
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O contribuinte deverá manter registro permanente de estoques, para determinar o custo dos imóveis vendidos
(RIR/99, art. 260, inciso IV).
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O registro permanente de estoques de imóveis será feito em livro, fichas, mapas ou formulários contínuos emitidos
por processamento eletrônico de dados, a critério do contribuinte.
O registro das existências de imóveis tomará por modelo as fichas usuais de controle de estoques, podendo ter
outros elementos informativos, peculiares às atividades imobiliárias (nome do empreendimento e endereço, por
exemplo), que o contribuinte entender necessário.
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O livro ou os conjuntos de fichas, mapas ou formulários citados no subitem retro não precisam ser registrados, nem
autenticados por nenhum órgão ou repartição, mas deverão conter termos de abertura e encerramento assinados
pelo contribuinte e por contabilista legalmente habilitado, adotando-se, em relação aos termos dos conjuntos
mencionados, as mesmas regras aplicáveis em caso da substituição do livro diário por fichas ou formulários
contínuos.
A dispensa de registro e autenticação a que se refere o subitem anterior não desobriga o contribuinte de manter o
registro de estoque em boa ordem e guarda, à disposição da autoridade fiscalizadora, até que ocorra a prescrição.
Quanto se tratar de pessoa física equiparada à jurídica pela prática de atividades imobiliárias, diferentemente do
acima citado, o Controle Permanente de Estoques deverá ser autenticado na Secretaria da Receita Federal (RIR/99,
art. 260, § 4º)
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O registro de estoque será escriturado com base nos lançamentos dos custos pagos ou incorridos ou de baixas de
estoques constantes da escrita comercial.
A escrituração do registro permanente de estoque poderá ser feita de forma sucinta, mediante simples referência à
folha e ao número do livro diário em que forem efetuados os lançamentos mencionados acima, ou então, mediante
indicação do número de ordem de cada lançamento contábil, no caso da contabilidade ser feita por processamento
de dados.
O registro de estoques abrangerá todos os imóveis destinados à venda, inclusive terrenos oriundos de
desmembramento ou constantes de loteamento em implantação, edificações em andamento e respectivos terrenos
ou frações ideais de terreno resultante da incorporação imobiliária e quaisquer outros prédios em construção para
venda.
No caso de empreendimentos que compreendam duas ou mais unidades a serem vendidas separadamente, o
registro de estoques deverá discriminar, ao menos por ocasião do balanço, o custo de cada unidade distinta.
NOTA
1) Na hipótese de pessoa jurídica optar pela apuração do lucro real trimestral, a regra acima descrita deverá ser
atendida ao final de cada trimestre.
2) Veja, na parte prática deste livro, exemplo de fichas/mapas/planilhas de controle permanente de estoques.
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A não elaboração e manutenção a disposição do fisco, do controle permanente de estoques, sujeitará a pessoa
jurídica ao arbitramento do resultado por ocasião de uma eventual fiscalização.
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Independentemente da obrigatoriedade do contribuinte manter controle permanente de estoque, deverá, ainda,
possuir e escriturar o livro de inventário previsto na legislação do imposto de renda. É função do registro permanente
de estoques subsidiar a escrituração do livro de registro de inventário, principalmente no que se refere a
determinação do custo e discriminação dos imóveis em estoques por ocasião do encerramento do período-base de
apuração do imposto de renda, seja ele mensal ou anual.
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No final de cada período-base (trimestral ou anual), de apuração de lucro real, deverão constar do livro de registro de
inventário todos os imóveis destinados à venda, concluídos ou não.
As unidades existentes em estoque na data do encerramento do período-base, serão discriminadas no livro de
registro de inventário da seguinte forma:
b) o custo dos serviços aplicados ou consumidos na produção, inclusive os tributos sobre ele devidos que onerem o
contribuinte;
c) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de
produção;
d) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção;
e) os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;
f) os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.
Como podemos verificar utiliza-se nas atividades imobiliárias, a exemplo das indústrias em geral, o critério do custo
efetivamente realizado, ou seja, custeio por absorção.
Entretanto, é importante salientar que no caso específico das empresas que atuam na área imobiliária, é permitido a
utilização de custos ainda não incorridos, como é o caso do custo orçado e do custo contratado.
A lista acima não é exaustiva, podendo haver outros gastos a ser considerados.
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Os custos pagos ou incorridos, admitidos na formação do custo do imóvel vendido, são aqueles que, além de
estarem pagos, se refiram a bens ou serviços adquiridos ou contratados para específica aplicação no
empreendimento de que a unidade negociada faça parte.
Como custos incorridos, integrarão também, o custo do imóvel vendido, todos os fatores de produção citados no item
II título ³formação do custo´, mencionado acima.
Aos custos pagos ou incorridos aplica-se o seguinte tratamento contábil:
a) Os bens adquiridos para estocagem, sem destinação específica, deverão ser debitados a uma conta de
almoxarifado e somente apropriáveis ao custo de qualquer empreendimento quando nela aplicados;
b) todos os custos pagos ou incorridos serão PRIMEIRAMENTE DEBITADOS a uma conta representativa das
OBRAS EM ANDAMENTO, classific ável no ativo circulante, para depois serem considerados na formação do custo
de cada unidade vendida;
c) os custos pagos ou incorridos referentes a empreendimentos que compreendam duas ou mais unidades deverão
ser apropriados, a cada uma delas, mediante rateio de acordo com os mapas de apropriação de custos.
NOTA
Veja, na parte prática deste trabalho, os mapas de apropriação de custos.
Exemplo:
a) aquisição, por empresa que explore a atividade de construção e venda de imóveis, de determinada quantidade de
cimento a ser utilizada em diversas obras, não especificadas, seria contabilizada da seguinte forma:
D - Almoxarifado - Material de Construção (AC)
C - Fornecedores (PC)
Hist.: Compra efetuada da empresa Bom Material LTDA.,
Cfe. nf. 450, relativo 800 sacos de cimento R$ 4.800,00
b) Quando da utilização de parte do cimento comprado anteriormente, por determinada obra, caberia o seguinte
lançamento:
D - Obras em andamento - Obra ³X´ (AC)
C - Almoxarifado - Materiais de Construção (AC)
Hist.: Valor referente 200 sacos de cimento utilizados
neste mês R$ 1.200,00
c) Supondo-se que a obra consiste em duas unidades imobiliárias idênticas, os custos pagos ou incorridos seriam
apropriados a cada uma delas, mediante rateio (50% para cada uma, neste caso), conforme os seguintes
lançamentos contábeis:
D - Caixa/Bancos (At.Circulante)
C - Vendas de Imóveis (Cta.Resultado)
Hist.: Valor recebido relativo à venda da unidade imobiliária nº 1,
Empreendimento Morar Bem R$ 40.000,00
d) Quando da execução do empreendimento pelo subempreiteiro contratado, apropriável à unidade vendida:
d.1) Pelo Registro .da Nota Fiscal
D - Obras em Andamento (A.Circulante)
C - Fornecedores (P. Circulante)
Hist.: Fat. nº 98 da Empreiteira Alfa Ltda., para execução de serviços de acabamento de 10 unidades do
empreendimento Morar Bem R$ 229.200,00
d.2) Pelo Rateio e Baixa da Conta Representativa do Custo Contratado
D - Serviços contratados com terceiros (P.C.ou PELP)
C - Obras em andamento (A.Circulante)
Hist.: Valor transferido relativo ao custo proporcional aprop.
por ocasião da venda da unidade nº 01 R$ 22.920,00
I) No caso da venda a prazo ou a prestação de unidade não concluída, com pagamento total contratado para O
CURSO DO ANO-CALENDÁRIO DA VENDA, quando o contribuinte NÃO SE INTERESSAR pela inclusão do custo
orçado no custo do imóvel vendido, as apurações e apropriações de custo, a apuração e o reconhecimento do lucro
bruto e as atualizações monetárias dos custos contratados serão feitos com observância do estabelecido a seguir:
a) Inicialmente, será apurado o custo da unidade vendida, até o dia da efetivação da venda, mediante distribuição
proporcional (rateio), por todas as unidades do empreendimento, dos custos pagos, incorridos ou contratados até a
data mencionada;
b) uma vez conhecido o custo da unidade vendida, o lucro bruto deverá ser apurado e, em seguida, computado
integralmente no resultado do período-base, na data em que se efetivar a venda;
c) os custos respectivos à unidade vendida pagos, incorridos ou contratados após a data do reconhecimento do lucro
bruto, sempre apurados mediante rateio de custos do empreendimento, e terão o seguinte tratamento:
I - a parte apurada entre a data do reconhecimento do lucro bruto e o final do período-base em que esse fato
acontecer será computada no resultado do período como custo adicional de venda;
II - a parte apurada em período-base posterior ao mencionado acima, será computada no resultado desse período-
base como custo de exercício anterior, e representará parcela redutora do lucro bruto em vendas desse período-base
posterior.
A separação determinada acima, pelo legislador, na prática é inócua, pois, de qualquer forma o valor é lançado em
conta de resultado, como custo do imóvel vendido. Nos exemplos que a seguir serão demonstrados, usaremos
apenas o nome de Custo dos Imóveis Vendidos.
d) as atualizações monetárias dos custos contratados respectivos à unidade vendida terão o mesmo tratamento
previsto nas alíneas I e II da letra ³c´ acima;
Exemplo
Venda: R$ 100.000,00
Custo Incorrido até a data da venda: R$ 15.000,00
Custo Incorrido após a data da venda: R$ 5.000,00
a) Pelo registro da venda
D - Clientes (Ativo Circulante)
C - Receita de Venda de Imóveis R$ 100.000,00
b) Pelo registro do custo incorrido até a data da venda
D - Custo dos Imóveis Vendidos
(Conta de Resultado)
C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 15.000,00
c) Pelo registro do custo incorrido após a data da venda
D - Custo dos Imóveis Vendidos
(Conta de Resultado)
C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 5.000,00
II) No caso de venda a prazo ou a prestação de unidade não concluída, com pagamento total contratado para o
CURSO DO ANO-CALENDÁRIO DA VENDA, quando o contribuinte OPTAR pela inclusão do custo orçado no custo
do imóvel vendido, as apurações e apropriações de custo, a apuração e o reconhecimento do lucro bruto e as
modificações no valor do orçamento serão feitos com observância do que segue:
a) Inicialmente, será apurado custo da unidade vendida, na data da efetivação da venda, mediante distribuição
proporcional, por todas as unidades do empreendimento, dos custos pagos, incorridos ou contratados e dos custos
orçados para a conclusão das obras ou melhoramentos a que o contribuinte se obrigou;
b) uma vez conhecido o custo da unidade vendida, de conformidade com o disposto na letra ³a´ acima, o lucro bruto
deverá ser apurado e, em seguida, computado integralmente no resultado do exercício, na data em que se efetivar a
venda;
c) os valores referentes à atualização monetária e às alterações nas especificações do orçamento da unidade
vendida, bem como às correções monetárias do saldo do custo orçado, sempre apurados mediante rateiode custos
do empreendimento, terão o seguinte tratamento:
I - quando ocorridos entre a data do reconhecimento do lucro bruto e o final do período-base em que esse fato
acontecer, constituirão ajuste da conta de controle do custo orçado e serão computadosno resultado do exercício
social como custo adicional da venda;
II - Quando ocorridos em período-base posterior ao mencionado na alínea precedente, constituirão ajuste da conta de
controle do custo orçado, e serão computados no resultado desse período-base como custo de períodos-base
anteriores, representando, em conseqüência, parcela redutora do lucro bruto em vendas desse período-base
posterior.
NOTA
A separação determinada acima, pelo legislador, na prática é inócua, pois, de qualquer forma o valor é lançado em
conta de resultado, como custo do imóvel vendido. Nos exemplos que a seguir serão demonstrados, usaremos
apenas o nome de Custo dos Imóveis Vendidos.
Exemplo
Venda: R$ 100.000,00
Custo Incorrido até a data da Venda R$ 15.000,00
Custo Incorrido após a data da venda R$ 5.000,00
a) Pelo registro da venda
D - Clientes (Ativo Circulante)
C - Receita de Venda de Imóveis R$ 100.000,00
b) Pelo registro do custo incorrido até a data da venda
D - Custo dos Imóveis Vendidos
(Conta de Resultado)
C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 15.000,00
c) Pelo registro do custo orçado
c.1) Cálculo do custo orçado a contabilizar
Custo Total Orçado da unidade vendida R$ 85.000,00
(-) Custo incorrido até a data da venda R$ 15.000,00
(=) Custo orçado a contabilizar R$ 70.000,00
c.2) Lançamento contábil
D - Custo dos Imóveis vendidos
C - Custo Orçado (P.Circ. ou P.Ex.Longo Prazo)
Empreend. XYZ R$ 70.000,00
Ao invés de fazermos dois lançamentos, na forma das letras b e c acima, poderíamos ter feito apenas um lançamento
de segunda fórmula, como segue:
D - Custo Diferido
(Resultado Exerc. Futuros) R$ 85.000,00
C - Obras em Andamento (At.Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 15.000,00
C - Custo Orçado (P.Circul. ou PELP) R$ 70.000,00
d) Pelo registro do Recebimento da 1ª prestação (ou entrada)
D - Caixa/Bancos (At.Circulante)
C - Clientes (At.Circulante) R$ 1.000,00
e) Pelo reconhecimento do lucro bruto (tributação)
e.1) Lançamento da receita
D - Receita Diferida (Resultado Exerc.Futuros)
C - Receita de Vendas de Imóveis (Conta de Resultado) R$ 1.000,00
O valor a ser levado a resultado, é o efetivamente recebido, mesmo que haja correção monetária imbutida no valor.
e.2) Cálculo e lançamento do custo
O legislador determina que façamos o cálculo de quanto o lucro bruto diferido representa em relação à receita
diferida, e a partir dele encontremos o valor do custo a ser levado ao resultado. Como o objetivo é encontrarmos o
custo a ser levado a resultado, vamos simplificar o trabalho da seguinte forma:
Receita de Venda Diferida R$ 100.000,00
Custo Diferido R$ 85.000,00
Logo, conclui-se que o custo diferido, neste caso, representa 85% da receita diferida, ou se preferirem, o lucro bruto
diferido é de 15% em relação à receita diferida. Para encontrarmos o valor do custo a ser contabilizado, basta aplicar
o percentual de 85% sobre o valor de cada prestação recebida:
Prestação Recebida R$ 1.000,00
% custo sobre a receita 85%
Custo a contabilizar R$ 850,00
Lucro Bruto R$ 150,00
D - Custo dos Imóveis Vendidos
(Conta de Resultado)
C - Custo Diferido (Resultado de Exerc.Futuros) R$ 850,00
Como pode ser observado, na situação apresentada a tributação se dá por regime de caixa, tanto para imposto de
renda, quanto para a Contribuição Social Sobre o Lucro. Cabe acrescentar que o mesmo tratamento aplica-se à
incidência do PIS e da COFINS.
Note que o fator determinante da possibilidade, ou não, de diferir a tributação, é o prazo de vencimento. Se houverem
parcelas vincendas após o ano-calendário da venda, poderá ser utilizado o critério de diferimento. Ao contrário, se as
parcelas vencerem integralmente, segundo constar do contrato, até 31 de dezembro do próprio ano da venda, não
poderá haver diferimento. Saliente-se que deve ser levado em consideração, sempre o ano-calendário, mesmo que a
apuração do lucro real seja trimestral.
f) Pelo registro do custo incorrido após a data da venda
D - Custo Diferido
(Resultado de Exerc.Futuros)
C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 5.000,00
A conta Custo Orçado Efetivamente Realizado, é redutora da conta Custo Orçado. Poderíamos, também, ao invés de
abrirmos a conta de Custo Orçado Efetivamente Realizado, efetuarmos os lançamentos a débito da própria conta de
Custo Orçado. É apenas uma questão de critério.
a) Na venda de imóvel com pagamento restante ou pagamento total contratado para depois do período-base da
transação, ou seja, quando houver diferimento, os juros estipulados no contrato deverão ser apropriados aos
resultados dos períodos-base a que competirem.
b) No caso de opção do contribuinte pelo reconhecimento do lucro bruto proporcional à receita de venda recebida, a
legislação (IN nº 84/79) sugere que os juros debitados ao cliente sejam controlados em conta específica do ativo
circulante ou do realizável a longo prazo, em separado da conta própria de controle do débito pertinente à receita
exclusiva da venda.
Importante chamarmos atenção para dois pontos relevantes:
1º) mesmo no caso de haver diferimento, ou seja, tributação por regime de caixa, isto não se aplica aos juros os
quais deverão ser levados a resultado e tributados pela competência; e
2) cuidado para não confundir juros com correção monetária, a qual tem outro tratamento, como veremos no próximo
tópico. Por exemplo, se o contrato prevê atualização com base na variação do CUB, trata-se de correção monetária e
não de juros.
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a) O tratamento a adotar, quanto à correção monetária será o seguinte:
1 - primeiramente, o contribuinte deverá debitar o cliente e creditar conta própria do grupo de resultados de exercícios
futuros (Receita Diferida) pelo valor da receita da correção monetária do saldo credor do preço, segundo as
condições estipuladas no contrato;
2 - em seguida, levará a débito da conta própria do grupo de resultados de exercícios futuros (Custo Diferido),
referida na alínea precedente e a crédito de conta de variações monetárias ativas, e resultado do exercício, o valor
que exceder à correção do saldo do lucro bruto concernente à unidade vendida registrado em conta de resultados de
exercícios futuros, segundo o mesmo percentual utilizado na correção do saldo credor do preço antes dessa
correção.
Para fins da atualização monetária referida acima, os juros não integram o saldo credor do preço.
b) Como alternativa aos procedimentos indicados na letra ³a´ acima, o contribuinte poderá, em contrapartida aos
débitos de correção monetária feitos ao cliente, levar a crédito direto de conta própria do grupo de resultados de
exercícios futuros e de conta de variações monetárias ativas os valores que a elas competirem.
c) Enquanto prevalecer a opção do contribuinte pelo reconhecimento do lucro bruto em função da receita da venda
recebida, o lucro bruto corrigido será computado no resultado de cada período-base proporcionalmente aos
recebimentos ocorridos.
d) A legislação sugere, ao contribuinte, que os débitos de correção monetária feitos ao cliente sejam controlados
separando-se as quantias relativas à variações monetárias ativas e a correções monetárias do lucro bruto, levando-
se esses valores para contas distintas do ativo circulante.
e) Utilizando este critério de correção monetária, se o contribuinte estiver utilizando o custo orçado, este deverá ser
atualizado, atualmente, com base na variação da UFIR, e a contrapartida desta correção deverá ser lançada a débito
do custo diferido, fazendo com que o percentual de diferimento seja alterado.
Exemplo
Venda: R$ 100.000,00
Custo Incorrido até a data da Venda R$ 15.000,00
Custo Orçado desta unidade R$ 60.000,00
Custo Incorrido após a data da venda R$ 5.000,00
Prestação (ou entrada) recebida no período-base da venda R$ 1.000,00
Prestação recebida após o período-base da venda R$ 1.100,00
Índice de correção segundo o contrato 10%
Variação (hipotética) da UFIR 5%
No período-base da venda
a) Pelo registro da venda
D - Clientes
(Ativo Circulante)
C - Receita Diferida
(Resultado de Exerc.Futuros) R$ 100.000,00
b) Pelo registro do custo incorrido até a data da venda
D - Custo Diferido
(Resultado Exerc.Futuros)
C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 15.000,00
c) Pelo registro do custo orçado
c.1) Cálculo do custo orçado a contabilizar
Custo Total Orçado da unidade vendida R$ 60.000,00
(-) Custo incorrido até a data da venda R$ 15.000,00
(=) Custo orçado a contabilizar R$ 45.000,00
c.2) Lançamento contábil
D - Custo Diferido
(Resultado Exerc.Futuros)
C - Custo Orçado (P.Circ. ou P.Ex.Longo Prazo)
Empreend. XYZ R$ 45.000,00
Ao invés de fazermos dois lançamentos, na forma das letras b e c acima, poderíamos ter feito apenas um lançamento
de segunda fórmula, como segue:
D - Custo Diferido
(Resultado Exerc. Futuros) R$ 60.000,00
C - Obras em Andamento (At.Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 15.000,00
C - Custo Orçado
(P.Circul. ou PELP) R$ 45.000,00
d) Pelo registro do Recebimento da 1ª prestação (ou entrada)
D - Caixa/Bancos (At.Circulante)
C - Clientes
(At.Circulante) R$ 1.000,00
e) Pelo reconhecimento do lucro bruto (tributação)
e.1) Lançamento da receita
D - Receita Diferida
(Resultado Exerc.Futuros)
C - Receita de Vendas de Imóveis (Conta de Resultado) R$ 1.000,00
O valor a ser levado a resultado, é o efetivamente recebido, mesmo que haja correção monetária imbutida no valor.
e.2) Cálculo e lançamento do custo
O legislador determina que façamos o cálculo de quanto o lucro bruto diferido representa em relação à receita
diferida, e a partir dele encontremos o valor do custo a ser levado ao resultado. Como o objetivo é encontrarmos o
custo a ser levado a resultado, vamos simplificar o trabalho da seguinte forma:
Receita de Venda Diferida R$ 100.000,00
Custo Diferido R$ 60.000,00
Logo, conclui-se que o custo diferido, neste caso, representa 60% da receita diferida, ou se preferirem, o lucro bruto é
de 40% em relação à receita diferida. Para encontrarmos o valor do custo a ser contabilizado, basta aplicar o
percentual de 60% sobre o valor de cada prestação recebida:
Prestação Recebida R$ 1.000,00
% custo sobre a receita 60%
Custo a contabilizar R$ 600,00
Lucro Bruto R$ 400,00
D - Custo dos Imóveis Vendidos
(Conta de Resultado)
C - Custo Diferido
(Resultado de Exerc.Futuros) R$ 600,00
Como pode ser observado, na situação apresentada a tributação se dá por regime de caixa, tanto para imposto de
renda, quanto para a contribuição social sobre o lucro. Cabe acrescentar que o mesmo tratamento aplica-se à
incidência do PIS e da COFINS.
Note que o fator determinante da possibilidade, ou não, de diferir a tributação, é o prazo de vencimento. Se houverem
parcelas vincendas após o ano-calendário da venda, poderá ser utilizado o critério de diferimento. Ao contrário, se as
parcelas vencerem integralmente, segundo constar do contrato, até 31 de dezembro do próprio ano da venda, não
poderá haver diferimento. Saliente-se que deve ser levado em consideração, sempre o ano-calendário, mesmo que a
apuração do lucro real seja trimestral.
No período-base seguinte ao da venda:
a) Cálculo da atualização monetária do Saldo do cliente
Receita de Vendas R$ 100.000,00
(-) Prestação Recebida R$ 1.000,00
(=) Saldo da Conta Clientes/Receita Diferida R$ 99.000,00
Correção monetária (99.000 x 10%) R$ 9.900,00
b) Contabilização da Correção do Saldo do Cliente
D - Clientes (Ativo Circulante)
C - Receita Diferida
(Resultado de Exerc.Futuros) R$ 9.900,00
c) Cálculo da atualização monetária do custo diferido
Custo Diferido R$ 60.000,00
(-) Valor levado a resultado R$ 600,00
(=) Saldo da conta custo diferido R$ 59.400,00
Correção Monetária (59.400 x 10%) R$ 5.940,00
d) Contabilização da Correção do Custo Diferido
D - Custo Diferido
(Resultado de Exerc.Futuros)
C - Variação Monetária Ativa
(Conta de Resultado) R$ 5.940,00
e) Cálculo da atualização do custo orçado
Custo Orçado R$ 45.000,00
Correção Monetária (45.000 x 5%) R$ 2.250,00
f) Contabilização da Correção do Custo Orçado
D - Custo Diferido (Resultado Exerc.Futuro)
C - Custo Orçado (Result.Exerc.Futuros) R$ 2.250,00
g) Pelo registro do Recebimento da 2ª prestação
D - Caixa/Bancos (At.Circulante)
C - Clientes (At.Circulante) R$ 1.100,00
h) Pelo reconhecimento do lucro bruto (tributação) em relação à segunda prestação
h.1) Lançamento da receita
D - Receita Diferida
(Resultado Exerc.Futuros)
C - Receita de Vendas de Imóveis
(Conta de Resultado) R$ 1.100,00
h.2) Cálculo e lançamento do custo
Receita de Venda Diferida corrigida R$ 110.000,00
Custo Diferido Ajustado e corrigido R$ 68.250,00
O custo ajustado no valor de R$ 68.250,00, foi obtido considerando-se o custo diferido que havia na ocasião da
venda, no valor de R$ 60.000,00, somado à correção monetária do custo orçado, no valor de R$ 2.250,00 e do
próprio custo diferido inicial, R$ 6.000,00. No período seguinte pegaremos os R$ 68.250,00 e somaremos à correção
monetária do custo orçado deste período seguinte, e assim sucessivamente, até o término da obra.
Logo, conclui-se que o custo diferido, neste caso, representa 62,05% da receita diferida, ou se preferirem, o lucro
bruto, neste momento, é de 37,95% em relação à receita diferida. Para encontrarmos o valor do custo a ser
contabilizado, basta aplicar o percentual de 62,05% sobre o valor da prestação recebida:
Prestação Recebida R$ 1.100,00
% custo sobre a receita 62,05%
Custo a contabilizar R$ 682,55
Lucro Bruto R$ 417,45
D - Custo dos Imóveis Vendidos
(Conta de Resultado)
C - Custo Diferido
(Resultado de Exerc.Futuros) R$ 682,55
i) Ajuste do custo em relação a prestação anterior
No reconhecimento do lucro bruto relativo à primeira parcela recebida, o custo diferido representava 60% da receita
diferida, portanto, levamos ao resultado, como custo, o valor de R$ 600,00. Como o custo mudou para 62,05%,
conforme demonstrado acima, teremos que ajustar o valor levado ao resultado, que já não é mais de R$ 600,00, mas
de R$ 620,50. Logo temos que fazer um lançamento complementar de R$ 20,50. Como você já deve ter percebido,
quando há a utilização deste critério de correção do custo orçado, a cada novo lançamento de correção, o percentual
que ele representa sobre a receita se altera. E, para benefício da empresa, devemos aplicar este novo percentual
não só sobre as parcelas recebidas no período-base, mas, também, nas prestações recebidas antes, o que vai gerar
lançamentos de complementação de custo.
D - Custo do Imóveis Vendidos
(Conta de Resultado)
C - Custo Diferido
(Resultado Exerc.Futuros) R$ 20,50
j) Pelo registro do custo incorrido após a data da venda
D - Custo Orçado Efetivamente Realizado (PC ou PELP)
C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 5.000,00
A conta redutora representativa do custo orçado efetivamente realizado, também deverá sofrer correção igual aquela
que representa o custo orçado, e a sua contrapartida será registrada contra custo diferido. No período-base em
questão não há correção, pois, o valor de R$ 5.000,00 é oriundo deste mesmo período. Entretanto, no próximo
período-base o referido valor também deverá ser corrigido.
Para melhor entendimento, demonstrar-se-á os razonetes representativos das contas de Receita Diferida e Custo
Diferido:
Receita Diferida Custo Diferido
100.000, 60.000,00
1.000,00 9.900, 5.940,00 600,00
1.100,00 2.250,00 682,55
107.800,00 20,50
66.886,95
Podemos comprovar matematicamente se os procedimentos acima estão corretos, ou seja, o saldo atual da conta do
custo diferido deve representar sobre a receita diferida, o último percentual apurado. Veja que o saldo do custo
diferido, R$ 66.886,95, representa exatos 62,05% da receita diferida, que é de 107.800,00. Lembrando que o último
percentual de custo apurado sobre a receita diferida é de 62,05%, como pode ser visto acima. Ou se preferir, o lucro
bruto diferido é de 37,95%.
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Com o objetivo de aperfeiçoar a sistemática de apuração de resultados de operações imobiliárias, o Secretário da
Receita Federal, através na Instrução Normativa em epígrafe, baixou as seguinte orientações, que servem como
alternativa aos procedimentos mencionados no item 6.1, acima:
1 - No caso de venda a prazo ou a prestação de unidade não concluída, contratada com cláusula de correção
monetária, com pagamento parcial ou total contratado para depois do período-base da venda, a pessoa jurídica
poderá, quando optar pela inclusão do custo contratado e/ou do custo orçado no custo do imóvel vendido e pelo
reconhecimento do lucro bruto proporcionalmente à receita da venda recebida (diferimento por regime de caixa),
adotar os seguintes procedimentos alternativos para apuração e tributação do lucro, observadas as demais normas
das INs. SRF nºs 84/79 e 23/83:
a) Primeiramente, deverá debitar o cliente e creditar conta própria do grupo de resultados de exercícios futuros pelo
valor da receita da correção monetária do saldo credor do preço, segundo as condições estipuladas no contrato;
b) em seguida, levará a débito da conta própria do grupo de resultados de exercícios futuros, representativa de
custos diferidos, e a crédito de conta de variações monetárias ativas, de resultado do exercício, o valor
correspondente à correção do custo diferido, concernente à unidade vendida, registrado em conta de resultados de
exercícios futuros, segundo o mesmo percentual utilizado na correção do saldo credor do preço antes dessa
correção;
c) posteriormente, efetuará a atualização, pelos mesmos índices referidos nas alíneas precedentes, dos saldos das
contas de controle do custo orçado e contratado, a débito de conta de variações monetárias passivas.
Exemplo
Venda: R$ 100.000,00
Custo Incorrido até a data da Venda R$ 15.000,00
Custo Orçado desta unidade R$ 60.000,00
Custo Incorrido após a data da venda R$ 5.000,00
Prestação (ou entrada) recebida R$ 1.000,00
Índice de correção segundo o contrato 10%
No período-base da venda
a) Pelo registro da venda
D - Clientes (Ativo Circulante)
C - Receita Diferida (Resultado de Exerc.Futuros) R$ 100.000,00
b) Pelo registro do custo incorrido até a data da venda
D - Custo Diferido (Resultado Exerc.Futuros)
C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 15.000,00
c) Pelo registro do custo orçado
c.1) Cálculo do custo orçado a contabilizar
Custo Total Orçado da unidade vendida R$ 60.000,00
(-) Custo incorrido até a data da venda R$ 15.000,00
(=) Custo orçado a contabilizar R$ 45.000,00
c.2) Lançamento contábil
D - Custo Diferido
(Resultado Exerc.Futuros)
C - Custo Orçado (P. Circ. ou P.Ex.Longo Prazo)
Empreend. XYZ R$ 45.000,00
Ao invés de fazermos dois lançamentos, na forma das letras b e c acima, poderíamos ter feito apenas um lançamento
de segunda fórmula, como segue:
D - Custo Diferido
(Resultado Exerc. Futuros) R$ 60.000,00
C - Obras em Andamento (At.Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 15.000,00
C - Custo Orçado
(P. Circul. ou PELP) R$ 45.000,00
d) Pelo registro do Recebimento da 1ª prestação (ou entrada)
D - Caixa/Bancos (At. Circulante)
C - Clientes (At. Circulante) R$ 1.000,00
e) Pelo reconhecimento do lucro bruto (tributação)
e.1) Lançamento da receita
D - Receita Diferida
(Resultado Exerc.Futuros)
C - Receita de Vendas de Imóveis
(Conta de Resultado) R$ 1.000,00
O valor a ser levado a resultado, é o efetivamente recebido, mesmo que haja correção monetária imbutida no valor.
e.2) Cálculo e lançamento do custo
O legislador determina que façamos o cálculo de quanto o lucro bruto diferido representa em relação à receita
diferida, e a partir dele encontremos o valor do custo a ser levado ao resultado. Como o objetivo é encontrarmos o
custo a ser levado a resultado, vamos simplificar o trabalho da seguinte forma:
Receita de Venda Diferida R$ 100.000,00
Custo Diferido R$ 60.000,00
Logo, conclui-se que o custo diferido, neste caso, representa 60% da receita diferida, ou se preferirem, o lucro bruto
diferido é de 40% em relação à receita diferida. Para encontrarmos o valor do custo a ser contabilizado, basta aplicar
o percentual de 60% sobre o valor de cada prestação recebida:
Prestação Recebida R$ 1.000,00
% custo sobre a receita 60%
Custo a contabilizar R$ 600,00
Lucro Bruto R$ 400,00
D - Custo dos Imóveis Vendidos
(Conta de Resultado)
C - Custo Diferido
(Resultado de Exerc. Futuros) R$ 600,00
Como pode ser observado, na situação apresentada, a tributação se dá por regime de caixa, tanto para imposto de
renda, quanto para a Contribuição Social Sobre o Lucro. Cabe acrescentar que o mesmo tratamento aplica-se à
incidência do PIS e da COFINS.
Note que o fator determinante da possibilidade, ou não, de diferir a tributação, é o prazo de vencimento. Se houverem
parcelas vincendas após o ano-calendário da venda, poderá ser utilizado o critério de diferimento. Ao contrário, se as
parcelas vencerem integralmente, segundo constar do contrato, até 31 de dezembro do próprio ano da venda, não
poderá haver diferimento. Saliente-se que deve ser levado em consideração, sempre o ano-calendário, mesmo que a
apuração do lucro real seja trimestral.
No período-base seguinte ao da venda:
a) Cálculo da atualização monetária do Saldo do cliente
Receita de Vendas R$100.000,00
(-) Prestação Recebida R$ 1.000,00
(=) Saldo da Conta Clientes/Receita Diferida R$ 99.000,00
Correção monetária (99.000 x 10%) R$ 9.900,00
b) Contabilização da Correção do Saldo do Cliente
D - Clientes (Ativo Circulante)
C - Receita Diferida
(Resultado de Exerc. Futuros) R$ 9.900,00
c) Cálculo da atualização monetária do custo diferido
Custo Diferido R$ 60.000,00
(-) Valor levado a resultado R$ 600,00
(=) Saldo da conta custo diferido R$ 59.400,00
Correção Monetária (59.400 x 10%) R$ 5.940,00
d) Contabilização da Correção do Custo Diferido
D - Custo Diferido
(Resultado de Exerc. Futuros)
C - Variação Monetária Ativa
(Conta de Resultado) R$ 5.940,00
e) Cálculo da atualização do custo orçado
Custo Orçado R$ 45.000,00
Correção Monetária (45.000 x 10%) R$ 4.500,00
f) Contabilização da Correção do Custo Orçado
D - Variação Monetária Passiva (Conta de Resultado)
C - Custo Orçado (PC ou PELP) R$ 4.500,00
g) Pelo registro do custo incorrido após a data da venda
D - Custo Orçado Efetiv.Realizado (PC ou PELP)
C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 5.000,00
A conta redutora representativa do custo orçado efetivamente realizado, também deverá sofrer correção igual aquela
que representa o custo orçado, e a sua contrapartida será registrada contra custo diferido. No período-base em
questão não há correção, pois, o valor de R$ 5.000,00 é oriundo deste mesmo período. Entretanto, no próximo
período-base o referido valor também deverá ser corrigido.
Para melhor entendimento, demonstrar-se-á os razonetes representativos das contas de Receita Diferida e Custo
Diferido:
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Custo considerado (50.000,00 x 85%) R$ 42.500,00
(-) Custo Ajustado (50.000,00 x 75%) R$ 37.500,00
(=) Ajuste R$ 5.000,00
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C - Recuperação de Custo (Conta Resultado) R$ 5.000,00
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50.000,00
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85.000,00
42.500,00
5.000,00 10.000,00
37.500,00
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0,00
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Venda R$ 100.000,00
Custo Incorrido na data da venda: R$ 15.000,00
Custo Orçado total, desta unidade R$ 85.000,00
Custo Incorrido após a venda e até a conclusão da obra R$ 75.000,00
Prestações recebidas entre a data da venda e a conclusão da obra R$ 50.000,00
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C - Receita Diferida (Resultado de Exerc.Futuros) R$ 100.000,00
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C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 15.000,00
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Custo Total Orçado da unidade vendida R$ 85.000,00
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(=) Custo orçado a contabilizar R$ 70.000,00
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C - Custo Orçado (P.Circ. ou P.Ex.Longo Prazo)
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D - Custo Diferido (Resultado Exerc. Futuros) R$ 85.000,00
C - Obras em Andamento (At.Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 15.000,00
C - Custo Orçado (P.Circul. ou PELP) R$ 70.000,00
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C - Receita de Vendas de Imóveis (Conta de Resultado) R$ 50.000,00
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Receita de Venda Diferida R$ 100.000,00
Custo Diferido R$ 85.000,00
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Prestações Recebidas R$ 50.000,00
% custo sobre a receita 85%
Custo a contabilizar R$ 42.500,00
Lucro Bruto R$ 7.500,00
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C - Custo Diferido (Resultado de Exerc.Futuros) R$ 42.500,00
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C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 75.000,00
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85.000,00
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42.500,00
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C - Custo Orçado Efetivamente Realizado R$ 75.000,00
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C - Custo Orçado R$ 5.000,00
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(+) Ajuste R$ 5.000,00
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Custo Considerado (50.000,00 x 85%) R$ 42.500,00
(-) Custo Ajustado (50.000,00 x 90%) R$ 45.000,00
(=) Ajuste R$ 2.500,00
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C - Custo Diferido (Result.Exerc.Futuros) R$ 2.500,00
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50.000,00
50.000,00
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85.000,00
42.500,00
5.000,00 2.500,00
45.000,00
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75.000,00 70.000,00
5.000,00
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0,00
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75.000,00 75.000,
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Custo orçado: R$ 70.000,00
(-) Custo orçado efetivamente realizado R$ 60.000,00
(=) Insuficiência de custo realizado R$ 10.000,00
Cálculo do percentual = 10.000,00 X 100
----------------------- = 14,28%
70.000,00
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Segundo a IN SRF nº 84/79, o contribuinte deverá efetuar, através de sua escrita comercial, todos os procedimentos
e apurações de resultados operacionais de suas operações imobiliárias, inclusive o diferimento, parcial ou total do
reconhecimento do lucro bruto, na hipótese da venda a prazo ou a prestação com pagamento restante ou pagamento
total contratado para depois do período-base da venda, sendo portanto, vedada a utilização do livro de apuração do
lucro real - LALUR, para esse fim. Cuidado para que não haja, aqui, um mal entendido. Não se pode utilizar o
LALUR, para fazer os diferimentos, quanto aos procedimentos normais de adições, exclusões e compensações, as
empresas de construção civil, utilizarão este livro normalmente, como qualquer outra pessoa jurídica tributada pelo
lucro real.
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O assunto em questão está normatizado através da IN SRF nº 107/88, no que tange à pessoas jurídicas e pelo ADN
08/90 no que tange a pessoas físicas. Para as permutas é dispensado tratamento tributário diferenciado, conforme
vamos analisar neste tópico.
"$ c c
Considera-se permuta, a troca de unidade imobiliária por outra ou outras unidades imobiliárias. Importante salientar
que qualquer operação que não envolva imóveis de ambas as partes será considerada operação de compra e venda
com todos os efeitos tributários. Por exemplo, não se considera permuta: troca de imóvel por automóvel, troca de
imóvel por ações ou quotas, etc.
Veja a definição de unidade imobiliária no início deste livro.
"$
A diferença de tratamento tributário reside no fato de que, a permuta não é considerada como operação comercial,
portanto não há resultado a ser tributado, exceto se houver torna. Torna é a parcela em dinheiro paga por uma das
partes permutantes.
Exemplo I
a) Pessoa jurídica A entrega um terreno que está registrado na sua contabilidade por R$ 35.000,00, e recebe em
troca um apartamento da empresa B.
b) A empresa B, por sua vez, tem o imóvel que está dando em troca do terreno, registrado na sua contabilidade, por
R$ 48.000,00.
c) Não há torna.
Logo:
1º) A empresa A, dará saída em sua contabilidade, do terreno pelo valor de R$ 35.000,00, e dará entrada no
apartamento que está recebendo, pelos mesmos R$ 35.000,00;
2º) A empresa B, dará saída em sua contabilidade, do apartamento pelo valor de R$ 48.000,00, e dará entrada no
terreno que está recebendo em troca, pelos mesmos R$ 48.000,00.
Conclusão:
Cada empresa registrou na sua contabilidade, a saída física de um imóvel e a entrada de outro, sem que houvesse
alteração de valores, uma vez que não houve torna. A grosso modo, pode se dizer que o custo do imóvel que está
saindo, serviu para pagar o imóvel que está dando entrada. Relevante chamar atenção para o fato de que neste
caso, não importam outros valores, tais como: valor de avaliação usado para fins de imposto de transmissão, valor de
mercado, etc. Saliente-se, também, que se uma das partes fosse pessoa física, o procedimento para a pessoa
jurídica seria o mesmo.
Exemplo II
a) Pessoa jurídica A entrega um terreno que está registrado na sua contabilidade por R$ 35.000,00, e recebe em
troca um apartamento da empresa B, mais torna no valor de R$ 20.000,00, à vista.
b) A empresa B, por sua vez, tem o imóvel que está dando em troca do terreno, registrado na sua contabilidade, por
R$ 48.000,00.
Logo:
Na empresa A:
1º) A empresa A, dará saída em sua contabilidade, do terreno pelo valor de R$ 35.000,00, e dará entrada no
apartamento que está recebendo, pelos mesmos R$ 35.000,00;
D - Estoque de Imóveis - Apartamento nº 101 - Edif. Temac
C - Estoque de Imóveis - Terreno - lote 034 R$ 35.000,00
2º) Como houve torna recebida, esta deverá ser levada a resultado:
D - Caixa/Bancos conta movimento
C - Receita de Imóveis Permutados R$ 20.000,00
1
Se, por ventura, o recebimento da torna fosse a prazo, poderia haver o diferimento, nas mesmas condições aplicadas
as vendas a prazo, que analisamos no item 4 deste capítulo, de modo que o valor da torna a receber, e seu
respectivo custo, seriam lançados inicialmente em Resultado de Exercícios Futuros e levados a resultado na medida
e que houvesse o efetivo recebimento.
3º) Facultativamente a pessoa jurídica A poderá atribuir custo para a torna, procedendo da seguinte forma:
Torna
Cálculo do% = ²²²²²²²²²²²²²²²² X 100 =%
Torna + Vlr. contábil da
unidade dada em permuta
Custo da Torna = Valor contábil do imóvel dado em permuta X 36,36%
Assim teremos:
20.000,00
Cálculo do% = ²²²²²²²²²²²²²²²²² X 100 = 36,36%
20.000,00 + 35.000,00
Custo da Torna: 35.000,00 X 36,36% = R$ 12.726,00
D - Custo de Imóveis Permutados
C - Estoque de Imóveis - Apartamento nº 101
Ed. Temac R$ 12.726,00
Conclusões
a) O lucro bruto da operação ficou em R$ 7.274,00, pois temos receita de R$ 20.000,00 menos custo de R$
12.726,00;
b) Devido a utilização do custo da torna, o valor contábil do imóvel recebido em permuta reduziu-se, conforme se
demonstra:
Custo do Imóvel dado em permuta: R$ 35.000,00
(-) Custo da torna R$ 12.726,00
(=) Custo atualizado do imóvel recebido em permuta R$ 22.274,00
Na empresa B
1º ) A empresa B dará saída do seu estoque, do apartamento, e dará entrada do terreno, pelo valor contábil que o
imóvel dado em permuta está registrado:
D - Estoque de Imóveis - Terreno Lote nº 034
C - Estoque de Imóveis - Apartamento nº 101
Ed. Temac R$ 48.000,00
2º) A empresa B deverá acrescer ao custo do imóvel recebido em permuta, o valor pago da torna:
D - Estoque de Imóveis - Terreno Lote nº 034
C - Caixa/Banco conta movimento R$ 20.000,00
"$c c
Nesta hipótese, aplicam-se os mesmos procedimentos mencionados acima. Mas, o que se busca, é solucionar um
problema que normalmente surge nesta situação, que é o valor a atribuir ao terreno que está sendo recebido como
permuta. A legislação determina que o custo a ser considerado como de aquisição do terreno, e que sabemos,
deverá compor o custo do empreendimento, é o custo relativo à construção das unidades que serão posteriormente
dadas em permuta. Ocorre, que as ditas unidades ainda não estão prontas, logo, ainda não sabemos quanto custou
o terreno. A solução na verdade é bastante simples, basta fazer o rateio do custo de construção de todas as
unidades, pelas unidades construídas menos as permutadas.
Exemplo
Suponha-se que esteja sendo edificado um empreendimento com 10 unidades autônomas, com mesma área e
mesmo padrão de acabamento, e que duas delas são permutadas em troca do terreno, e que o custo de construção
em dado momento seja de R$ 30.000,00. Logo teríamos:
Unidades em construção: 10
(-) Unidades Permutadas 2
(=) Unidades disponíveis para venda 8
Rateio de custo pelas unidades: 30.000,00 = 3.750,00
8
Conclusões
a) O custo foi simplesmente divido pelo número de unidades, pois todas tem o mesmo padrão de acabamento e
mesma área, logo o percentual de rateio é o mesmo;
b) No momento em que pegamos o custo de construção de dez unidades e distribuímos (rateamos) entre oito
unidades, estamos matematicamente lançando o custo das duas unidades permutadas dentro das outras oito
unidades. Como o custo do terreno é o custo de construção das ditas duas unidades, na prática estamos lançando o
custo do terreno nas oito unidades destinadas à venda;
Devemos ter em mente que, como o terreno a ser recebido pela empresa não será pago em dinheiro, mas sim em
unidades imobiliárias, a nossa moeda é unidade imobiliária, neste caso, logo, num primeiro momento, não existe
valor a ser atribuído ao terreno, e é isto que gera todo o problema. Mas, se vamos pagar o terreno com unidades
imobiliárias, logo, o valor de compra do terreno, é o valor gasto na construção da(s) a serem dadas em troca. Mas,
qual o valor gasto nesta(s) unidade(s), se a contrução ainda não começou? Ou, se começou mas não está
concluída?
A resposta desta questão está no exemplo acima. No momento em que, fazemos o rateio do gasto da construção de
todas as unidades, pelas unidades permutadas, matematicamente estamos distribuindo entre as demais unidades, o
custo de construção daquelas que foram permutadas. Desta forma, e de uma maneira implícita, estamos
contabilizando o custo do terreno, já que o custo de construção das unidades permutadas é o valor gasto na
aquisição do terreno.
Portanto, se usarmos este raciocínio matemático, não há nenhum lançamento mais a ser feito, ou seja, não há que
se pensar em lançar qualquer obrigação no passivo. Este é o caminho mais fácil.
c) Existem outras maneiras de se fazer este trabalho, como por exemplo, registrar o valor do terreno pelo custo
orçado das unidades a serem entregues como permuta. Entretanto, entendo que o critério sugerido é melhor, pois
entre outras coisas, dispensa ajustes no final da obra.
Ou seja, poderíamos, então, apurar o custo orçado/previsto das unidades a serem entregues em troca do terreno, e
contabilizarmos este valor a débito do Ativo Circulante - Obras em Andamento ou Terrenos a Comercializar, em
contrapartida ao passivo circulante ou exigível a longo prazo, conforme o caso. O problema neste caso, é que no final
da obra, como provavelmente o valor que foi orçado não será igual ao que foi gasto na construção das unidades
permutadas, deverá ser feito todo um trabalho de ajuste dos custos, o que não ocorre na hipótese anterior.
"$c
c
Às operações quitadas de compra e venda de terreno seguidas de confissão de dívida e promessa de dação, em
pagamento, de unidade imobiliária construída ou a construir, são aplicáveis os procedimentos examinados acima,
desde que atendidas, cumulativamente, as seguintes condições:
a) a alienação do terreno e o compromisso de dação em pagamento sejam levados a efeito na mesma data,
mediante instrumento público;
b) o terreno objeto da operação de compra e venda, seja, até o final do período-base seguinte ao em que esta
ocorrer, dado em hipoteca para obtenção de financiamento, ou no caso de loteamento, oferecido em garantia ao
poder público, nos termos da Lei nº 6.76679.
"$c c
As operações de permuta de unidades imobiliárias realizadas entre pessoas jurídicas coligadas, controladas e
controladoras, sob controle comum ou associadas por qualquer forma, ou entre pessoa jurídica e seu sócio,
administrador ou titular, ou com cônjuge ou parente até o terceiro grau, inclusive afim, dessas pessoas físicas, serão
sempre realizadas tomando-se por base o valor de mercado das unidades permutadas e exigindo-se laudo de
avaliação, elaborado por três peritos, ou por empresa especializada, sob pena de arbitramento do valor dos bens
pela autoridade fiscal.
#
Os distratos, ou devolução de vendas, ou outro nome semelhante que se queira utilizar, nada mais são, em termos
de contabilização, do que a inversão dos lançamentos de vendas.
Suponhamos que se tenha feito uma venda, conforme os lançamentos que serão demonstrados a seguir, e
posteriormente o cliente tenha devolvido o imóvel, sendo que a empresa vendedora devolverá 70% do valor recebido:
Venda: R$ 100.000,00
Custo Incorrido até a data da venda R$ 15.000,00
Custo Orçado Total desta unidade R$ 85.000,00
Custo Incorrido após a data da venda R$ 5.000,00
Prestação recebida R$ 1.000,00
a) Pelo registro da venda
D - Clientes (Ativo Circulante)
C - Receita Diferida (Resultado de Exerc.Futuros) R$ 100.000,00
b) Pelo registro do custo incorrido até a data da venda
D - Custo Diferido (Resultado Exerc.Futuros)
C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 15.000,00
c) Pelo registro do custo orçado
c.1) Cálculo do custo orçado a contabilizar
Custo Total Orçado da unidade vendida R$ 85.000,00
(-) Custo incorrido até a data da venda R$ 15.000,00
(=) Custo orçado a contabilizar R$ 70.000,00
c.2) Lançamento contábil
D - Custo Diferido
(Resultado Exerc. Futuros)
C - Custo Orçado (P.Circ. ou P.Ex.Longo Prazo)
Empreend. XYZ R$ 70.000,00
Ao invés de fazermos dois lançamentos, na forma das letras b e c acima, poderíamos ter feito apenas um lançamento
de segunda fórmula, como segue:
D - Custo Diferido
(Resultado Exerc. Futuros) R$ 85.000,00
C - Obras em Andamento (At.Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 15.000,00
C - Custo Orçado (P.Circul. ou PELP) R$ 70.000,00
d) Pelo registro do Recebimento da 1ª prestação (ou entrada)
D - Caixa/Bancos (At.Circulante)
C - Clientes (At.Circulante) R$ 1.000,00
e) Pelo reconhecimento do lucro bruto (tributação)
e.1) Lançamento da receita
D - Receita Diferida (Resultado Exerc.Futuros)
C - Receita de Vendas de Imóveis (Conta de Resultado) R$ 1.000,00
e.2) Cálculo e lançamento do custo
Receita de Venda Diferida R$ 100.000,00
Custo Diferido R$ 85.000,00
Logo, conclui-se que o custo diferido, neste caso, representa 85% da receita diferida, ou se preferirem, o lucro bruto
diferido é de 15% em relação à receita diferida. Para encontrarmos o valor do custo a ser contabilizado, basta aplicar
o percentual de 85% sobre o valor de cada prestação recebida:
Prestação Recebida R$ 1.000,00
% custo sobre a receita 85%
Custo a contabilizar R$ 850,00
Lucro Bruto R$ 150,00
D - Custo dos Imóveis Vendidos (Conta de Resultado)
C - Custo Diferido (Resultado de Exerc.Futuros) R$ 850,00
f) Pelo registro do custo incorrido após a data da venda
D - Custo Diferido (Resultado de Exerc.Futuros)
C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento XYZ R$ 5.000,00
Vejamos como ficaram os saldos das contas através dos razonetes:
Receita Diferida Custo Diferido
100.000, 85.000,00
1.000,00 850,00
99.000,00 84.150,00
Custo Orç.Realizado
5.000,00
MÊS DAS
BAIXAS
104 4 118,358 0,12105820 1.210,58 1.210,58 1.210,58 0,00
-
-
-
-
-
118,358 0,12105820 -
977,695 1,00000000 4.394,71 10.000,00 14.394,71 2.539,85 11.854,86
c>*,5>A*
c>*,5>A*
EMPREEND.: 25 de Novembro MÊS: Abril
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- 0 0 1.210,58 1.210,58
2
6
103 3 86,641 0,08861762 1.063,41 1.063,41 1.063,41 ( )
104 4 118,358 0,12105820 1.452,70 1.452,70 1.452,70 0,00
- -
-
-
-
204,999 0,20967582 2.516,11 2.516,11 2.516,11
977,695 1,00000000 11.854,86 12.000,00 23.854,86 2.516,11 21.338,75
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1.210,58 1.232,10 21,52 6.290,28 3.748,21
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2.1 - Empreiteira
2.2 - Contrato de Empreitada
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1.1 - Definição
1.2 - Imposto de Renda
1.2.1 - Lucro Presumido
1.2.2 - Lucro Real
1.2.3 - Lucro Arbitrado
1.3 - Contribuição Social Sobre o Lucro
1.3.A - Alteração da base de cálculo da contribuição social sobre os lucros (Lucro Presumido) para as prestadoras de
serviços.
1.3.1 - Lucro Presumido
1.3.2 - Lucro Real
1.3.3 - Lucro Arbitrado
1.4 - PIS e COFINS
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2.1 - Definição
2.2 - Imposto de Renda
2.2.1 - Lucro Presumido
2.2.2 - Lucro Real
2.2.3 - Lucro Arbitrado
2.3 - Contribuição Social sobre o Lucro
2.4 - PIS
2.5 - COFINS
3.1 - Imposto de Renda
3.1.1 - Lucro Presumido
3.1.2 - Lucro Real
3.1.3 - Lucro Arbitrado
3.2 - Contribuição Social Sobre o Lucro
3.2.1 - Lucro Presumido ou Arbitrado
3.2.2 - Lucro Real
3.3 - PIS
3.4 - COFINS
3.5 - Negociações com Órgãos da Administração Federal
3.6 - Recebimento em Títulos Públicos
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S+='3('.) ),.*7',(-5@/5<?'';5*>'@-)'
/;-'7c)O
c
O
Os arts. 407 a 409 do RIR/99 (cuja matriz legal é o art. 10 do Decreto-lei nº 1.598/77), e ainda, a Instrução Normativa
nº 21, de 13.03.79, disciplinam a apuração de resultados e tributação dos contratos a curto ou longo prazo de
construção por empreitada inclusive aqueles contratados com entidades governamentais.
Este disciplinamento abrange também os contratos de empreitada de construção de estradas e semelhantes
(prédios, pontes, viadutos, canais, diques, portos, mirantes, reservatórios de água, barragens, pavimentações e
terraplanagem e outros com características semelhantes) PN nºs 33/75 e 33/78.
O
$O+=-)5()5-*
É a empresa que executa obra de construção civil, no todo ou em parte, mediante contrato de empreitada celebrado
com proprietário, dono da obra, incorporador ou condôminos.
$O',(-*('.)+=-)5(*.*
É aquele celebrado pelo proprietário, incorporador, dono da obra ou condômino de unidade imobiliária com empresa,
para execução de obra de construção civil, no todo ou em parte, com ou sem fornecimento de material.
c
c
O',(-*('3.)/-('c-*F'
$O):5,5<?'
Contratos de curto prazo são aqueles cuja construção total ou cada unidade da construção deva ser produzida em
prazo igual ou inferior a 12 meses, a preços unitários de quantidades, mesmo que se inicie em um período-base e se
conclua no período-base seguinte.
$O+='3('.) ),.*
$$O
/;-'c-)3/+5.'
a) Vedações até 1998
Até o ano de 1998, as empreiteiras de obras que fornecessem material na execução da obra, ou fossem
responsáveis pela execução da mesma, estavam impossibilitadas de optar por este sistema de tributação, devendo
apurar Lucro Real ou Arbitrado. A partir do ano de 1999, esta vedação não mais existe.
Importante lembrar que para optar pelo lucro presumido, a receita total no ano anterior não poderá ser superior a R$
48.000.000,00 (Lei nº 10.637/2002, art. 46).
b) Momento do Reconhecimento da Receita
As empresas tributadas pelo lucro presumido poderão reconhecer suas receitas de vendas de bens ou direitos ou de
prestação de serviços com pagamento a prazo ou em parcelas na medida do recebimento, segundo determina a IN
nº 104 da SRF, publicada no DOU de 26.08.98. Para tanto, se a pessoa jurídica optou por escriturar livro caixa,
deverá emitir a nota fiscal quando da entrega do bem, ou direito ou da conclusão do serviço e, indicar no livro caixa,
em registro individual, a nota fiscal a que corresponder cada recebimento. Se, por outro lado, a pessoa jurídica
mantiver escrituração contábil, deverá controlar os recebimentos de suas receitas em conta específica, na qual, em
cada lançamento, será indicada a nota fiscal a que corresponder o recebimento. Os valores recebidos
adiantadamente, por conta de venda de bens ou direitos ou da prestação de serviços, serão computados como
receita do mês em que se der o faturamento, a entrega do bem ou do direito ou a conclusão dos serviços, o que
primeiro ocorrer. Este tratamento aplica-se não só para imposto de renda, mas também, para Contribuição Social
sobre o Lucro, PIS e COFINS.
Se preferir, a pessoa jurídica poderá utilizar o regime de competência.
c) Cálculo do Lucro Presumido
c.1) Percentual Aplicável Sobre a Receita Bruta
Quando a receita for exclusivamente de mão-de-obra, o percentual a ser aplicado sobre a receita bruta, é de 32%
(trinta e dois por cento), podendo ser reduzido para 16% se a receita bruta do ano-calendário em curso não exceder
a R$ 120.000,00.
Muito embora, até o presente momento, o fisco não tenha se manifestado a respeito do assunto, entendo que se na
execução da obra for fornecido material, deverá ser aplicado o percentual de 8% sobre o somatório da receita de
serviços mais material aplicado, por analogia ao que já ocorre há muito tempo, no caso de recolhimento por
estimativa, conforme Ato Declaratório Normativo nº 6, publicado do Diário Oficial da União em 15.01.97.
Importante lembrar que a empresa tenha serviço de empreitada, e mantenha comércio (não se trata de material
aplicado nas suas obras), deverá aplicar sobre a receita de serviço 32% e sobre a receita de vendas 8%, não
cabendo no caso da receita de serviço a redução do percentual para 16%, devido à atividade comercial.
c.2) Exemplo de Cálculo
Suponhamos uma empresa, que no primeiro trimestre de 1999, apresente a seguinte situação:
- Receita de Obras por Empreitada R$ 90.000,00
- Juros Recebidos R$ 2.000,00
- Ganhos de Capital na Venda de bens do ativo
permanente.......... R$ 18.000,00
- Rend.Aplic.Financeiras.................... R$ 9.000,00
- Lucro Inflac.Realizado....................... R$ 3.500,00
Logo:
Receita de Obras por Empreitada R$ 90.000,00
(X) Percentual Aplicável 32%
(=) Base de Cálculo Parcial R$ 28.800,00
(+) Outros Ganhos (Juros) R$ 2.000,00
(+) Rendim.Aplic.Financeiras R$ 9.000,00
(+) Ganhos de Capital Venda Perman. R$ 18.000,00
(+) Lucro Inflacionário Realizado R$ 3.500,00
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Para fins de lucro presumido, as receitas relativas a contratos de empreitada, de curto ou longo prazo, contratadas
com pessoa jurídica de direito público, ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista
ou sua subsidiária, poderão ser reconhecidas no mês em que ocorrer o efetivo recebimento, conforme comentários
no item 1.2.1 letra b, ou se preferir, pelo regime de competência.
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a) Recolhimentos Por Estimativa
Para fins de recolhimento por estimativa, as receitas relativas a contratos de empreitada, de curto ou longo prazo,
contratadas com pessoa jurídica de direito público, ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de
economia mista ou sua subsidiária, poderão ser reconhecidas no mês em que ocorrer o efetivo recebimento.
a.1) Balanço Anual e/ou Balanços de Suspensão ou Redução
Para fins de apuração do lucro real anual, ou balanços de suspensão ou redução, tomar por base os procedimentos
que serão mencionados a seguir, para fins de apuração do lucro real trimestral. Evidentemente a diferença vai residir
no período de apuração, sendo aplicáveis os demais procedimentos.
b) Lucro Real Trimestral
Para fins de lucro real, as empreitadas de curto ou longo prazo, contratadas com pessoa jurídica de direito público,
ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária, é permitido excluir
do lucro líquido do período-base, para efeito de determinar o lucro real, o valor do lucro bruto equivalente a receita já
computada e ainda não recebida.
No período-base em que for realizado o lucro (ou seja, recebida a receita) cujo a tributação tenha sido diferida, será
feita adição ao lucro real.
O diferimento é feito mediante lançamento no livro de apuração do lucro real- LALUR, da seguinte forma:
a) No período-base da exclusão:
a.1) na parte ³A³ do LALUR: exclusão da parcela correspondente ao lucro não realizado (vide cálculo a seguir);
a.2) na parte ³B´ do LALUR: registro em conta própria de controle, na coluna débito.
b) No período-base em que for realizado o lucro:
b.1) na parte ³A´: adição dos lucros realizados;
b.2) na parte ³B´: baixa do valor adicionado na parte ³A´ utilizando a coluna crédito.
Cálculo do Valor Cuja Tributação Poderá Ser Diferida
Para a determinação da parcela a ser excluída do lucro líquido do período-base, pode-se aplicar a seguinte fórmula:
Parcela Não Recebida
Receita Computada X 100 =%
no Per-base
% x Lucro Computado no Período-base = Valor a Excluir
Saliente-se que o lucro em questão é o lucro bruto (Receita-custo de produção), e não o lucro líquido.
Exemplo
a) Receita computada no resultado do exercício: 10.000,00
b) Lucro computado no resultado: 3.000,00
c) Montante não recebido da receita computada no resultado: 6.000,00.
Logo
6.000,00 X 100 = 60%
10.000,00
3.000,00 x 60% = 1.800,00
Concluindo:
O montante relativo ao lucro não realizado, a ser diferido mediante a exclusão do lucro líquido na parte ³A´ do
LALUR, é de R$ 1.800,00.
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Neste caso, as receitas deverão ser reconhecidas pelo regime de competência.
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Semelhante ao que acontece na apuração do imposto de renda, a receita bruta poderá ser reconhecida quando do
efetivo recebimento ou pelo regime de competência, no caso do lucro presumido, e obrigatoriamente pelo regime de
competência quando se tratar de lucro arbitrado.
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Para fins de cálculo da contribuição social, as empreitadas de curto ou longo prazo, contratadas com pessoa jurídica
de direito público, ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária, é
permitido excluir do lucro líquido do período-base, para efeito de determinar a base de cálculo da contribuição social
sobre o lucro, o valor do lucro bruto equivalente a receita já computada e ainda não recebida.
No período-base em que for realizado o lucro (ou seja, recebida a receita) cuja tributação tenha sido diferida, será
feita adição para fins de apuração da base de cálculo.
Em resumo, adota-se o mesmo tratamento do imposto de renda.
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I) Tratamento até 08-08-2000
Em se tratando de lucro real, ou presumido na hipótese do contribuinte ter optado pelo regime de caixa, nos contratos
de construção por empreitada, subempreitada ou fornecimento de bens ou serviços a serem produzidos, feitos com
pessoas jurídicas de direito público, ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou
sua subsidiária, o contribuinte pode excluir da base de cálculo da contribuição a parcela da receita ainda não
recebida.
A parcela excluída deverá ser computada no faturamento, no mês de seu efetivo recebimento (IN nº 126-88 e IN nº
104/98).
II) Tratamento a partir de 09-08-2000
O procedimento citado acima, foi alterado devido à revogação da IN nº 126/88, através da IN nº 79, publicada no
DOU em 09-08-2000. Logo, a partir desta data, o recolhimento do PIS passa a ser por regime de competência para
as empresas tributadas pelo Lucro Real, salientando-se que para fins de lucro presumido permanece a possibilidade
de optar por regime de caixa, nos termos na IN 104/98.
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Para fins de lucro real, a exemplo do que acontece com o PIS, contribuinte poderá reconhecer para fins da COFINS a
receita por ocasião do efetivo recebimento (Parecer COSIT nº 45 - DOU de 15.07.99).
O mesmo tratamento é aplicável ao contribuinte que optou pelo lucro presumido, se este optou por reconheceras
receitas para fins de tributação pelo regime de caixa.
Em se tratanto de lucro presumido, o reconhecimento da receita poderá ser feito pelo regime de caixa ou
competência, conforme analisado no item 3.1.2.1, letra b.
Em se tratando de lucro arbitrado, deverá ser considerado o regime de competência.
3.5) Negociações Com Órgãos da Administração Federal
A partir de 01.01.97, os pagamentos efetuados por órgãos, autarquias e fundações da administração pública federal
a pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços, estão sujeitos à incidência, na fonte, do
imposto sobre a renda, da contribuição social sobre o lucro líquido, da contribuição para seguridade social - COFINS
e da contribuição para o PIS/PASEP (Lei nº 9.430/96, art. 64 e IN SRF/STN/SFC nº 23, de 02.03.2001).
A obrigação pela retenção é do órgão ou entidade que efetuar o pagamento.
O valor retido, correspondente a cada tributo ou contribuição, será levado a crédito da respectiva conta de receita da
União.
O valor do imposto e das contribuições sociais retido será considerado como antecipação do que for devido pelo
contribuinte em relação ao mesmo imposto e às mesmas contribuições.
O valor retido correspondente ao imposto de renda e a cada contribuição social somente poderá sercompensado
com o que for devido em relação à mesma espécie de imposto ou contribuição.
O imposto de renda a ser retido será determinado mediante a aplicação da alíquota de quinze por cento sobre o
resultado da multiplicação do valor a ser pago pelo percentual utilizado para o cálculo por estimativa - 1,6% ou 8% ou
16% ou 32%, conforme a atividade - aplicável à espécie de receita correspondente ao tipo do bem fornecido ou do
serviço prestado.
O valor da contribuição social sobre o lucro líquido, a ser retido, será determinado mediante a aplicação da alíquota
de um por cento, sobre o montante a ser pago.
O valor da contribuição para a seguridade social - COFINS, a ser retido, será determinado mediante a aplicação da
alíquota de dois por cento sobre o montante a ser pago, referente aos fatos geradores ocorridos até 31.01.99 e de
três por cento a partir de 01.02.99.
O valor da contribuição para o PIS/PASEP, a ser retido, será determinado mediante a aplicação da alíquota
respectiva (0,65% para as empresas em geral) sobre o montante a ser pago.
A partir de dezembro de 2002 para as empresas de Lucro Real a Alíquota passou para 1,65% (Lei nº 10.637/02, art.
2º, o Novo Código 6912, PIS será utilizado a partir de março 2003)
A respeito deste assunto, a Secretaria da Receita Federal emitiu no começo do ano de 1997, as INs nºs 1, 2 e 3.
Estas, foram substituídas pela IN nº 4, publicada no Diário Oficial da União em 20.08.97.
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A pessoa jurídica cujos créditos com pessoa jurídica de direito público, ou empresa sob seu controle, empresa
pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária decorrente de construção por empreitada, de fornecimento
de bens ou prestação de serviços, forem quitados pelo Poder Público com títulos de sua emissão, inclusive com
Certificados de Securitização emitidos especificamente para essa finalidade, poderá computar a parcela do lucro,
correspondente a esses créditos, que houver sido diferida, nas condições examinadas neste trabalho, na
determinação no lucro real do período-base do resgate dos títulos ou de sua alienação sob qualquer forma.
Este tratamento foi determinado, inicialmente, através da Medida Provisória nº 1.459, publicada em 22.05.96. A
mesma vem sendo reeditada mensalmente.
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5.1 - Responsáveis Pelo Recolhimento
5.2 - Procedimentos Para o Recolhimento
5.3 - Empresa Que Contratar Cooperativa
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I - o proprietário do imóvel, o dono da obra, o incorporador, o condômino de unidade imobiliária, pessoa jurídica ou
física, quando contratar a execução da obra mediante empreitada total com empresa construtora, ressalvado o
disposto no inciso IV do § 2º do art. 178, onde determina que a partir de 21 de novembro 1986, as contribuições
sociais previdenciárias decorrentes da contratação, qualquer que seja a forma, de execução de obra de construção
civil, reforma ou acréscimo, efetuadas por órgão público da administração direta, por autarquia e por fundação de
direito público.
II - até a competência janeiro de 1999, o proprietário do imóvel, o dono da obra, o incorporador, o condômino de
unidade imobiliária, pessoa jurídica ou física, e a empresa construtora, com a empreiteira e a subempreiteira , na
contratação, respectivamente, de empreitada ou de subempreitada de obra ou serviço, ressalvado o disposto no
inciso IV do § 2º do art. 178, onde a partir de 21 de novembro 1986, as contribuições sociais previdenciárias
decorrentes da contratação, qualquer que seja a forma, de execução de obra de construção civil, reforma ou
acréscimo, efetuadas por órgão público da administração direta, por autarquia e por fundação de direito público.
III - os adquirentes que assumam a administração da obra, no caso de falência ou insolvência civil do incorporador,
conforme disposto no art. 31-F da Lei nº 4.591, de 1964, na redação da Lei nº 10.931, de 2004, observado que cada
adquirente responderá individualmente pelos fatos geradores porventura ocorridos resultantes da diferença do custo
orçado e o custo efetivo verificado até a data da quebra, da seguinte forma:
b) por outro critério de rateio, deliberado em assembléia geral por dois terços dos votos dos adquirentes, de acordo
com o disposto na Lei nº 4.591, de 1964, na redação da Lei nº 10.931, de 2004.
Ao contratante, responsável solidário, é ressalvado o direito regressivo contra o contratado e admitida a retenção de
importância devida a este último para garantia do cumprimento das obrigações previdenciárias.
Exclui-se da responsabilidade solidária o adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com
empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes solidariamente responsáveis com a empresa
construtora.
No caso de repasse integral do contrato, na forma prevista no inciso XXXIX do art. 413 (repasse integral, é o ato pelo
qual a construtora originalmente contratada para execução de obra de construção civil, não tendo empregado nessa
obra qualquer material ou serviço, repassa o contrato para outra construtora, que assume a responsabilidade pela
execução integral da obra prevista no contrato original), fica estabelecida a responsabilidade solidária entre a
empresa construtora originalmente contratada e a empresa construtora para a qual foi repassada a responsabilidade
pela execução integral da obra, além da solidariedade entre o proprietário, o dono da obra ou o incorporador e
aquelas, observado o disposto no art. 185 da IN SRP n°03/05.
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No contrato de empreitada total de obra a ser realizada por consórcio, nos termos da alínea ³a´ do inciso XXVIII do
art. 413 (contrato de construção civil ou contrato de empreitada (também conhecido como contrato de execução de
obra, contrato de obra ou contrato de edificação), aquele celebrado entre o proprietário do imóvel, o incorporador, o
dono da obra ou o condômino e uma empresa, para a execução de obra ou serviço de construção civil, no todo ou
em parte, podendo ser:
a) total, quando celebrado exclusivamente com empresa construtora, definida no inciso XX, que assume a
responsabilidade direta pela execução de todos os serviços necessários à realizaçãoda obra, compreendidos em
todos os projetos a ela inerentes, com ou sem fornecimento de material), o contratante responde solidariamente com
as empresas consorciadas pelo cumprimento das obrigações perante a Previdência Social, ressalvado o disposto no
inciso IV do § 2º do art. 178 (a partir de 21 de novembro 1986, as contribuições sociais previdenciárias decorrentes
da contratação, qualquer que seja a forma, de execução de obra de construção civil, reforma ou acréscimo,
efetuadas por órgão público da administração direta, por autarquia e por fundação de direito público.)
Não desfigura a responsabilidade solidária o fato de cada uma das consorciadas executar partes distintas do projeto
total, bem como realizar faturamento direta e isoladamente para a contratante.
As consorciadas somente se obrigam nas condições previstas no respectivo contrato, respondendo cada uma por
suas obrigações, sem presunção de solidariedade, nos termos do § 1º do art. 278 da Lei nº 6.404, de 1976.
Há responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos praticados em consórcio, quando da contratação com a
Administração Pública, tanto na fase de licitação quanto na de execução do contrato, nos termos do art. 33 da Lei nº
8.666, de 1993, observado o disposto nos incisos III e IV do artigo 178 da devida I.N SRP n°03/05.
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O órgão público da administração direta, a autarquia e a fundação de direito público, na contratação de obra de
construção civil por empreitada total, não respondem solidariamente pelas contribuições sociais previdenciárias
decorrentes da execução do contrato, ressalvado o disposto no inciso VII do art. 179 (VII - o órgão público da
administração direta, a autarquia e a fundação de direito público:
a) no período anterior ao Decreto-lei nº 2.300, de 21 de novembro de 1986, quando contratar obra de construção
civil, reforma ou acréscimo, bem como quando contratar serviços mediante cessão de mão-de-obra, inclusive em
regime de trabalho temporário; e
b) no período de 29 de abril de 1995 a 31 de janeiro de 1999, quando contratar serviços mediante cessão de mão-
de-obra, inclusive em regime de trabalho temporário).
Nas licitações, o contrato com a Administração Pública efetuado pelo regime de empreitada por preço unitário ou por
tarefa, conforme previsto nas alíneas "b" e "d" do inciso VIII do art. 6º da Lei nº 8.666, de 1993, será considerado de
empreitada total, quando se tratar de contratada empresa construtora definida no inciso XX do art. 413 ( empresa
construtora, a pessoa jurídica legalmente constituída, cujo objeto social seja a indústria de construção civil, com
registro no CREA, na forma do art. 59 da Lei nº 5.194, de 1966;), admitindo-se o fracionamento de que trata o § 1º do
art. 25 e observado, quanto à solidariedade, o disposto no inciso IV do § 2º do art. 178 (a partir de 21 de novembro
1986, as contribuições sociais previdenciárias decorrentes da contratação, qualquer que seja a forma, de execução
de obra de construção civil, reforma ou acréscimo, efetuadas por órgão público da administração direta, por autarquia
e por fundação de direito público), entendendo-se por:
I - empreitada por preço unitário, aquela em que o preço é ajustado por unidade, seja de parte distinta da obra ou por
medida (metro, quilômetro, dentre outros);
II - tarefa, a contratação para a execução de pequenas obras ou de parte de uma obra maior, com ou sem
fornecimento de material ou locação de equipamento, podendo o preço ser ajustado de forma global ou unitária.
As contratações da Administração Pública que não se enquadrarem nas situações previstas, ficam sujeitas às
normas de retenção previstas na IN do INSS.
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A entidade beneficente de assistência social que usufrua da isenção das contribuições sociais, na contratação de
obra de construção civil, responde solidariamente apenas pelas contribuições sociais previdenciárias a cargo dos
segurados que laboram na execução da obra.
A isenção das contribuições outorgada à entidade beneficente de assistência social é extensiva à obra de
construção civil quando executada diretamente pela entidade e destinada a uso próprio.
Excluem-se da responsabilidade solidária, sujeitando-se à retenção prevista no art. 140 e, conforme o caso, no art.
172, da IN SRP n °03/05.
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Na construção civil, sujeita-se à retenção, a empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão-de-
obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, a partir da competência fevereiro de 1999, deverá
reter 11% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e recolher à Previdência
Social a importância retida, em documento de arrecadação identificado com a denominação social e o CNPJ ou CEI
(obra) da empresa contratada, com as prestações a seguir:
- a prestação de serviços mediante contrato de empreitada parcial;
- a prestação de serviços mediante contrato de subempreitada;
- a prestação de serviços tais como os discriminados no Anexo XIII desta I.N. (anexo);
- a reforma de pequeno valor.
Não se sujeita à retenção, a prestação de serviços de:
- administração, fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras;
- assessoria ou consultoria técnicas;
- controle de qualidade de materiais;
- fornecimento de concreto usinado, de massa asfáltica ou de argamassa usinada ou preparada;
- jateamento ou hidrojateamento;
- perfuração de poço artesiano;
- elaboração de projeto da construção civil;
- ensaios geotécnicos de campo ou de laboratório (sondagens de solo, provas de carga,ensaios de resistência,
amostragens, testes em laboratório de solos ou outros serviços afins);
- serviços de topografia;
- instalação de antena coletiva;
- instalação de aparelhos de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de calefação ou de
exaustão;
- instalação de sistemas de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de calefação ou de
exaustão, quando a venda for realizada com emissão apenas da nota fiscal de venda mercantil; (Nesta prestação dos
serviços, quando houver emissão de nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços relativa à mão-de-obra
utilizada na instalação do material ou do equipamento vendido, o valore desse serviço, integrará a base de cálculo da
retenção).
- instalação de estrutura metálica, de equipamento ou de material, quando a venda for realizada com emissão apenas
da nota fiscal de venda mercantil; (Nesta prestação dos serviços, quando houver emissão de nota fiscal, fatura ou
recibo de prestação de serviços relativa à mão-de-obra utilizada na instalação do material ou do equipamento
vendido, o valore desse serviço, integrará a base de cálculo da retenção).
- locação de caçamba;
- locação de máquinas, de ferramentas, de equipamentos ou de outros utensílios sem fornecimento de mão-de-obra;
- fundações especiais.
Caso haja, para a mesma obra, contratação de serviço relacionado nas atividades mencionadas e, simultaneamente,
o fornecimento de mão-de-obra para execução de outro serviço sujeito à retenção, aplicar- se-á a retenção apenas a
este serviço, desde que os valores estejam discriminados na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços.
Os valores pagos a título de adiantamento deverão integrar a base de cálculo da retenção por ocasião do
faturamento dos serviços prestados.
Não havendo discriminação na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, aplicar-se-á a retenção a todos
os serviços contratados.
A empresa contratante ficará dispensada de efetuar a retenção, na construção civil, quando:
I - o valor retido por nota fiscal, fatura ou recibo for inferior ao limite mínimo estabelecido para recolhimento em
documento de arrecadação;
II - o serviço for prestado pelo titular ou sócio, a empresa contratada não tiver empregados e quando o faturamento
do mês anterior for igual ou inferior a duas vezes o limite máximo do salário de contribuição (teto previdenciário),
requisitos estes cumulativos. (A contratada deverá apresentar declaração assinada pelo representante legal, sob as
penas da lei, contendo as informações de que trata o aludido item).
III - contratar serviços profissionais de profissão regulamentada por legislação federal, prestado pessoalmente pelos
sócios, sem o concurso de empregados ou auxiliares, devendo tal fato constar da própria nota fiscal, da fatura, do
recibo de prestação de serviços ou de documento apartado.
Ressalte-se que, o contratante valendo-se da prerrogativa do artigo 191 da IN SRP nº 03/2005, deverá recolher o
valor retido da construtora contratada, por empreitada total com a identificação da matrícula CEI da obra, de
responsabilidade desta.
Nas contratações de serviços prestados por cooperados através de cooperativa de trabalho, a partir da competência
de março de 2000, também inexiste retenção.
No caso de empreitada, quando utilizada a faculdade do citado no artigo 191 da IN SRP n°03/05, a empresa
contratada deverá efetuar a compensação em GPS com a matrícula CEI da obra, para a qual foi efetuado o
faturamento, sendo vedada a compensação em GPS referente a outra obra.
O valor retido poderá ser compensado pela empresa construtora contratada, ainda que não tenha ocorrido o
destaque na nota, desde que se comprove que a empresa contratante recolheu tal valor. A empresa contratante
deverá compensar de conformidade com as regras estabelecidas no item 7.5, mais adiante tratado.
Se, após a conclusão da obra ou do termo final do contrato, forem emitidos nota fiscal, fatura ou recibo relativos a
serviços prestados em competências anteriores, os valores retidos poderão ser compensados no CNPJ da empresa
construtora, sendo vedada a compensação em matrícula CEI de outra obra.
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Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, fornecidos
pela contratada, discriminados no contrato e na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não
integram a base de cálculo da retenção, desde que comprovados, e o valor do material fornecido ao contratante ou o
de locação de equipamento de terceiros, utilizado na execução do serviço, não poderá ser superior ao valor de
aquisição ou de locação para fins de apuração da base de cálculo da retenção.
A contratada manterá em seu poder, para apresentar à fiscalização da SRP, os documentos fiscais de aquisição do
material ou o contrato de locação de equipamentos, conforme o caso, relativos ao material ou equipamentos cujos
valores foram discriminados na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços.
Considera-se discriminação no contrato os valores nele consignados, relativos ao material ou equipamentos, ou os
previstos em planilha à parte, desde que esta seja parte integrante do contrato mediante cláusula nele expressa.
Se a utilização de equipamento for inerente à execução dos serviços contratados, mas não estiver prevista em
contrato, a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, a cinqüenta por cento do valor bruto da nota
fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, desde que haja a discriminação de valores nestes
documentos, observando-se, no caso da prestação de serviços na área da construção civil, os percentuais abaixo
relacionados:
- dez por cento para pavimentação asfáltica;
- quinze por cento para terraplenagem, aterro sanitário e dragagem;
- quarenta e cinco por cento para obras de arte (pontes ou viadutos);
- cinqüenta por cento para drenagem;
- trinta e cinco por cento para os demais serviços realizados com a utilização de equipamentos, exceto os manuais.
Quando na mesma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços constar a execução de mais de um dos
serviços referidos nos itens anteriores, cujos valores não constem individualmente discriminados na nota fiscal, na
fatura, ou no recibo, deverá ser aplicado o percentual correspondente a cada tipo de serviço, conforme disposto em
contrato, ou o percentual maior, se o contrato não permitir identificar o valor de cada serviço.
Não existindo previsão contratual de fornecimento de material ou utilização de equipamento e o uso deste
equipamento não for inerente ao serviço, mesmo havendo discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no
recibo de prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do
recibo de prestação de serviços.
Na falta de discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, a base de cálculo
da retenção será o seu valor bruto, ainda que exista previsão contratual para o fornecimento de material ou utilização
de equipamento, com ou sem discriminação de valores em contrato.
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Na emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, a empresa contratada deverá destacar o
valor da retenção, a título de "RETENÇÃO PARA A PREVIDÊ NCIA SOCIAL", sendo que o destaque do valor retido
deverá ser demonstrado, após a descrição dos serviços prestados, como parcela dedutível apenas para produzir
efeito no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo, a fim de que não se altere a base de cálculo de
qualquer tributo que incida sobre o seu valor, ficando dispensado de fazer o destaque, quando a contratante ficar
dispensada de efetuar a retenção, como já citado pelo o artigo 148 da IN SRP n°03/05.
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Os valores retidos deverão ser recolhidos pelo contratante, em nome da empresa contratada, em documento de
arrecadação até o dia dois do mês subseqüente ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de
serviços.
Quando por um mesmo estabelecimento da contratada forem emitidas mais de uma nota fiscal, fatura ou recibo de
prestação de serviços para um mesmo estabelecimento da contratante, na mesma competência, sobre as quais
houve retenção, a contratante deverá efetuar o recolhimento dos valores retidos, em nome da contratada, num único
documento de arrecadação.
A empresa contratada poderá consolidar, num único documento de arrecadação GPS, por competência e por
estabelecimento, as contribuições incidentes sobre a remuneração de todos os segurados envolvidos na prestação
de serviços e dos segurados alocados no setor administrativo, compensando os valores ("valor do INSS- campo 6")
retidos com as contribuições devidas à Previdência Social pelo estabelecimento.
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As regras a seguir explanadas estão de acordo com as disposições gerais da IN SRP n°03/05, que trata de
disposições inerentes à tributação e arrecadação das contribuições sociais recolhidas ao SRP para a Previdência
Social.
O valor destacado como retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços emitidos pela
empresa contratada na empreitada parcial e na subempreitada será compensado no recolhimento das contribuições
incidentes sobre a folha de pagamento dos segurados empregados e contribuintes individuais, inclusive os
contratados por intermédio de cooperativa de trabalho, utilizando no campo identificador da guia de recolhimento, o
número de inscrição no CNPJ do estabelecimento da contratada.
A compensação dos valores retidos efetuados no documento de arrecadação de contribuições previdenciárias
relativa à folha de pagamento da mesma competência, poderá ser integral no campo 06 da guia (valor do INSS), não
sujeita ao limite previsto no parágrafo 3º do art. 89 da Lei 8.212/1991. Não poderão ser compensadas as
contribuições destinadas a outras entidades e fundos (campo 09) as quais deverão ser recolhidas integralmente.
Na impossibilidade de compensação integral na própria competência, o saldo remanescente do valor retido poderá
ser objeto de pedido de restituição (vide anexo VIII ao final) ou ser compensado nos recolhimentos das competências
subseqüentes, devendo, para tanto, ser acrescido de juros correspondentes a 1% (um por cento) no mês seguinte ao
da emissão da nota fiscal, da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), acumulada
mensalmente, nos meses intermediários, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que a restituição ou a
compensação estiver sendo efetuada.
Optando pela compensação em competências subseqüentes, o valor a ser compensado não estará mais sujeito a
compensação 30% (trinta por cento) do valor devido à Previdência Social, a partir da competência de abril/2004.
Caberá a compensação dos valores retidos em recolhimento efetuado em atraso, desde que o valor retido seja de
competência anterior à qual está sendo realizada a compensação.
Se a empresa não compensar os valores, ou, se após a compensação existir saldo em favor da empresa, os mesmos
poderão ser objeto de requerimento de restituição (RRR) observando-se os procedimentos estabelecidos a partir do
artigo 207 da I N SRP nº03/05.
Caso a empresa contratante efetue recolhimento do valor retido a maior ou em duplicidade, o pedido de restituição
será apresentado pela contratada, salvo se a contratante for autorizada mediante procuração específica para fazer o
pedido de restituição.
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a) A empresa contratada deverá elaborar:
- folhas de pagamento distintas e o respectivo resumo geral, para cada estabelecimento ou obra de construção civil
da empresa contratante, relacionando todos os segurados alocados na prestação de serviços, na forma prevista no
inciso III do art. 60 da IN SRP n°03/05;
- GFIP com as informações relativas aos tomadores de serviços, para cada estabelecimento da empresa contratante
ou cada obra de construção civil, utilizando o código de recolhimento próprio da atividade, conforme normas previstas
no Manual da GFIP;
- demonstrativo mensal por contratante e por contrato, assinado pelo seu representante legal, contendo:
a) a denominação social e o CNPJ da contratante ou a matrícula CEI da obra de construção civil;
b) o número e a data de emissão da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços;
c) o valor bruto, o valor retido e o valor liquido recebido relativo à nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de
serviços;
d) a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil ou por estabelecimento da contratante,
conforme o caso.
A empresa contratada fica dispensada de elaborar folha de pagamento e GFIP com informações distintas por
estabelecimento ou obra de construção civil em que realizar tarefa ou prestar serviços, quando, comprovadamente,
utilizar os mesmos segurados para atender a várias empresas contratantes, alternadamente, no mesmo período,
inviabilizando a individualização da remuneração desses segurados por tarefa ou por serviço contratado.
São considerados serviços prestados alternadamente, aqueles em que a tarefa ou o serviço contratado seja
executado por trabalhador ou equipe de trabalho em vários estabelecimentos ou várias obras de uma mesma
contratante ou de vários contratantes, por etapas, numa mesma competência, e que envolvam os serviços que não
compõem o CUB, relacionados no Anexo XIV da IN SRP n°03/05.
A contratada, legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada, está obrigada a registrar,
mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições sociais, inclusive a retenção
sobre o valor da prestação de serviços.
O lançamento da retenção na escrituração contábil deverá discriminar:
- o valor bruto dos serviços;
- o valor da retenção;
- o valor líquido a receber.
Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de
serviços e pela soma total da retenção, por mês, por contratante, a empresa contratada deverá manter em registros
auxiliares a discriminação desses valores, por contratante.
b) A empresa contratante fica obrigada a manter em arquivo, por empresa contratada, em ordem cronológica, durante
o prazo de dez anos, as correspondentes notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de serviços, cópia das GFIP
e, se for o caso, dos documentos relacionados de uma subcontratação elencado pelo §2º do art. 155 da IN SRP
n°03/05.
A contratante, legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada, está obrigada a registrar,
mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições sociais, inclusive a retenção
sobre o valor dos serviços contratados.
O lançamento da retenção na escrituração contábil de que trata o art. 166, deverá discriminar:
I - o valor bruto dos serviços;
II - o valor da retenção;
III - o valor líquido a pagar.
Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de
serviços e pela soma total da retenção, por mês, por contratada, a empresa contratante deverá manter em registros
auxiliares a discriminação desses valores, individualizados por contratada.
A empresa contratante, legalmente dispensada da apresentação da escrituração contábil, deverá elaborar
demonstrativo mensal, assinado pelo seu representante legal, relativo a cada contrato, contendo as seguintes
informações:
- a denominação social e o CNPJ da contratada;
- o número e a data da emissão da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços;
- o valor bruto, a retenção e o valor liquido pago relativo à nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços;
- a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil e por estabelecimento da contratada,
conforme o caso.
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Para fins de obtenção de Certidão Negativa de Débito (CND), o proprietário, o dono da obra, o incorporador ou a
empresa construtora, quando for contratada para executar obra por empreitada total, deverá apresentar:
I) Declaração e informação Sobre Obra (DISO) devidamente preenchida e assinada pelo responsável da obra ou pelo
representante legal da empresa, em duas vias;
II) Quando houver mão de obra própria, GPS - Guia da Previdência Social - com recolhimento na matricula CEI, a
partir de janeiro/1999, com a respectiva GFIP, com código 155 ou 908, e, quando não houver mão-de-obra própria, a
GFIP com o código 906;
III) Até janeiro de 1999 a Nota Fiscal ou fatura emitida por empreiteira ou subempreiteira e respectiva cópia da GPS
Guia da Previdência Social -quitada e com vinculação inequívoca à obra;
IV) A partir de fevereiro de 1999, a nota fiscal, a fatura ou o recibo de prestação de serviços em que conste o
destaque da retenção de onze por cento sobre o valor dos serviços, emitido por empreiteira ou subempreiteira que
tiverem sido contratadas, com vinculação inequívoca à matrícula CEI da obra, e, também, a partir de 1º de outubro de
2002, a GFIP relativa à matrícula CEI da obra;
V) a partir de março de 2000, a nota fiscal ou fatura relativa aos serviços prestados por cooperados por intermédio de
cooperativa de trabalho, que de forma inequívoca esteja vinculada à obra, e a cópia da GFIP com código 155, da
empresa contratante, onde foi declarado o valor pago à cooperativa;
VI) planilha com relação de prestadores de serviço assinada pelos responsáveis da empresa, em duas vias,
conforme o modelo disposto no Anexo XII, ao final apresentado;
'(*1o anexo citado acima poderá ser encontrado ao final da matéria.
VII) alvará de concessão de licença para construção ou projeto aprovado pela prefeitura ou, na hipótese de obras
contratadas com a Administração Pública, não-sujeitas à fiscalização municipal, os contratos firmados e a ordem de
serviço ou autorização para o início de execução da obra;
VIII) habite-se ou certidão da prefeitura municipal ou projeto aprovado ou termo de recebimento da obra, no caso de
obras contratadas com a Administração Pública, para fins de verificação da área a regularizar.
Além desses documentos, o responsável, pessoa jurídica, conforme o caso deverá apresentar:
a) contrato social ou estatuto original ou cópia autenticada, para comprovação das assinaturas constantes da DISO e,
no caso de sociedade anônima, sociedades civis ou cooperativas de associação ou entidade de qualquer natureza ou
finalidade, apresentar também a ata de eleição dos diretores e cópia do documento de identidade deles;
b) livro diário, devidamente formalizado, do período da obra e respectivo Razão, observado o período de 90 dias
previsto em Lei, acompanhado do Termo de Abertura e de Encerramento do Diário ou cópia do último balanço
patrimonial acompanhado de declaração firmada pelo representante legal e contador, de que a empresa possui
escrituração contábil regular.
Além dos documentos supra-elencados, poderão ser exigidos outros documentos, para comprovar situações
específicas da empresa ou da obra de construção civil (termo de opção pelo SIMPLES, documentos que comprovem
que a obra foi finalizada em período decadente, laudo técnico especificando o percentual realizado no caso de obra
inacabada, entre outros).
A CND ou a CPD-EN de obra de construção civil, sob a responsabilidade de pessoa jurídica, será liberada sem
exame dos livros contábeis, desde que a empresa os seguintes documentos:
a) DISO, conforme modelo previsto no Anexo XI (anexo), preenchida e assinada pelo responsável pela obra ou
representante legal da empresa, em duas vias, destinadas à UARP e ao declarante;
b) Prova de contabilidade, na forma d já especificada; e
c) Quando houver mão-de-obra terceirizada, apresentar planilha com relação de prestadores de serviços assinada
pelos responsáveis pela empresa, em duas vias, conforme o modelo do Anexo XII (anexo);
II - cumpra, ainda que somente em relação a esta obra, os requisitos previstos no art. 528 da IN SRP n°03/05;
E que comprove também:
a) No caso de edificações prediais, que os recolhimentos efetuados representam área regularizada, de, no mínimo,
setenta por cento da área total do imóvel, observada a aplicação de redutores legais;
b) Nos demais tipos de obras sujeitas à matrícula, que a remuneração dos segurados contida em GFIP ou em
documento de arrecadação específico, com vinculação inequívoca à obra, seja equivalente a, no mínimo, setenta por
cento do valor da remuneração contida em nota fiscal de serviço ou contrato, apurada de acordo com o da IN SRP
n°03/05.
Para fins de averbação de obra de construção civil, a CND poderá ser renovada de ofício com base em documento
anteriormente concedido, caso o sujeito passivo não tenha conseguido utilizá-la no prazo de validade legal de 60
(sessenta) dias. A CND obtida a partir de 09.06.2003, de conformidade com o parágrafo 7º do art. 257 do Decreto nº
4.729/2003, terá prazo de validade de 90 dias, contado da data de sua emissão.
A ação fiscal e a expedição da CND são da competência da Gerência Executiva da Previdência Social
circunscricionante do estabelecimento centralizador do responsável pela matrícula.
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A obra de construção civil de responsabilidade de pessoa jurídica deverá ser fiscalizada com base na escrituração
contábil e na documentação relativa às obras ou aos serviços. Considera-se empresa com escrita fiscal contábil
aquela que apresenta o livro Diário devidamente escriturado e formalizado.
Os registros contábeis deverão ser efetuados em centro de custo específico para cada obra, sendo que os
lançamentos, devidamente escriturados nos livros diários e razão, serão exigidos pela fiscalização após 90 (noventa)
dias contados da ocorrência dos fatos geradores.
Se não houver escrituração contábil, mesmo quando a empresa estiver desobrigada da apresentação, ou se a
empresa não apresentar a escrituração no prazo acima, ou quando a contabilidade não espelhar a realidade
econômico-financeira da empresa por omissão de qualquer lançamento contábil ou por não registrar o movimento
real da remuneração dos segurados a seu serviço, do faturamento e do lucro, e também quando os documentos ou
informações de interesse do INSS forem apresentados de forma deficiente ou houver sonegação ou recusa, pelo
responsável pela apresentação dos mesmos, a remuneração dos segurados utilizados para a execução da obra ou
para a prestação dos serviços será obtida:
I - pelo cálculo do valor da mão-de-obra empregada, proporcional à área construída e ao padrão em relação à obra
de sua responsabilidade, somente em relação às edificações prediais;
II - mediante a aplicação dos percentuais previstos no tópico APURAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA CONTIDA EM NOTA
FISCAL DE SERVIÇO, tratado mais ad iante neste trabalho, sobre o valor da nota fiscal de serviço, fatura ou recibo
de empreitada ou de subempreitada; e
III - por outra forma julgada apropriada com base nos contratos, informações prestadas aos contratantes em licitação,
publicações especializadas ou outros elementos, quando não houver possibilidade da aplicação de um dos dois
critérios supra-explanados.
Na recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação ou apresentação deficiente, a fiscalização aplicará o
disposto acima, lavrando ainda o Auto de Infração (AI).
Na empreitada total de obra executada por empresas em consórcio, observa-se-á:
I - fiscalização distinta em cada uma das empresas consorciadas, em razão de que, cada uma delas responder por
suas obrigações;
II - adoção de ação fiscal coordenada e simultânea, na forma estabelecida em ato normativo, quando o consórcio
apresenta escrituração própria;
III - lançamento de eventual crédito previdenciário no CNPJ do estabelecimento centralizador de cada empresa
consorciada, com levantamento específico na matrícula do CEI da obra;
IV - aplicação do instituto da responsabilidade solidária com a transferência dos encargos ao contratante, ou a
alguma consorciada na contratação, quando for o caso.
A responsabilidade solidária será imediatamente apurada pela fiscalização quando o contratante não comprovar o
recolhimento das contribuições previdenciárias, inclusive terceiros.
A aceitação de GPS e GFIP com remuneração inferior ao disposto no tópico APURAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA
CONTIDA EM NOTA FISCAL DE SERVIÇO, tratado mais adiante, fica condicionada à apresentação de comprovação
de que a contratada possui escrituração contábil no período de duração da obra, através da cópia do balanço
extraído do livro Diário devidamente formalizado no exercício encerrado e a declaração de que os valores
apresentados estão devidamente contabilizados, firmada pelo representante legal da empresa e pelo contador para o
exercício em curso.
Havendo nota fiscal, fatura ou recibo emitido pela contratada que não tenha comprovado a realização da escrituração
contábil, o contratante será responsabilizado pela diferença das contribuições, se a GPS e a GFIP apresentadas não
contiverem a remuneração correspondente aos percentuais mínimos previstos no tópico APURAÇÃO DA MÃO-DE-
OBRA CONTIDA EM NOTA FISCAL DE SERVIÇO, tratado mais adiante.
A remuneração paga ou creditada a pessoa física na qualidade de segurado contribuinte individual ou sob qualquer
outra denominação, por serviços prestados na execução de obra de construção civil, será desclassificada como tal e
considerada como remuneração a segurado empregado, devendo o Auditor Fiscal da Previdência Social (AFPS)
demonstrar os pressupostos inerentes a esta condição.
Fica ressalvada, no entanto, a remuneração paga pela prestação de serviços profissionais relativos ao exercício de
profissão regulamentada por legislação federal, inscrito no Regime Geral de Previdência Social, desde que ausentes
os requisitos que caracterizem o segurado como empregado. Cabe ressaltar, que através da MP 83/2002, convertida
na Lei 10.666/2003, em seu art. 4o, a partir da competência de abril/2003, todas as empresas (inclusive as
construtoras), que contratarem contribuintes individuais a seu serviço, estão obrigadas a reter dos mesmos o
percentual de 11% sobre a remuneração paga, a título de contribuição previdenciária, e recolher esse valor com a
GPS, até o dia 02 do mês seguinte ao do pagamento. O valor da remuneração desses profissionais autônomos, caso
prestem serviços na obra de construção civil, deverá ser consignado na GFIP com o código 150 ou 155, de
conformidade com o tipo de empreitada assumida pela empresa construtora, para que os valores de recolhimento
sejam gerados na GPS respectiva.
Não será aplicado o procedimento fiscal previsto acima, na contratação de cooperados para prestação de serviços à
empresa contratante, com a intermediação da cooperativa de trabalho, desde que comprovada a regularidade na
contratação e na prestação dos serviços, nos termos da Lei n° 5.764, de 16 de dezembro de 1971.
A nova legislação previdenciária, Lei 10.666/2003, que as empresas que utilizem sistema de processamento
eletrônico de dados para registro de negócios e atividades econômicas, escrituração de livro ou produção de
documentos de natureza contábil, fiscal, trabalhista e previdenciária, a partir de 01 de julho de 2003, está obrigada a
arquivar e conservar, devidamente certificados, os respectivos sistemas e arquivos, em meio digital ou assemelhado,
durante 10 anos, à disposição da fiscalização.
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É fixado em 40% (quarenta por cento) o percentual mínimo correspondente à remuneração, a incidir sobre o valor
dos serviços da nota fiscal, fatura ou recibo.
Se a contratada estiver contratualmente obrigada a fornecer material para a execução da obra ou dispor de
equipamento mecânico próprio ou de terceiros (exceto o manual) para a execução dos serviços, cujos valores
estavam estabelecidos contratualmente, ainda que não discriminados na nota fiscal, fatura ou recibo o valor do
serviço e do material ou equipamento, sendo que o valor da remuneração da mão-de-obra utilizada na prestação de
serviços será correspondente ao mínimo de:
a) 40% (quarenta por cento) do valor dos serviços expresso na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços;
b) 50% do valor dos serviços constante no documento fiscal, no caso de trabalho temporário.
Estando previsto em contrato o fornecimento de material ou equipamento próprio ou de terceiros (excetuando-se o
manual), e os respectivos valores não estiverem estabelecidos no contrato ou expressos na nota fiscal, fatura ou
recibo, aplicar-se-ão os critérios supra-estabelecidos.
Quando o valor do material ou do equipamento mecânico não estiver estabelecido em contrato ou quando não
houver a estipulação contratual de utilização de equipamento mecânico, mas este for inerente à execução dos
serviços, deverá obrigatoriamente haver a discriminação dos valores na nota fiscal, fatura ou recibo, não podendo o
valor dos serviços ser inferior a 50% do valor bruto da nota fiscal.
O valor do material fornecido ao contratante ou do equipamento mecânico de terceiros utilizado na obra ou serviço,
discriminado na Nota Fiscal, fatura ou recibo, não poderá ser superior ao valor de aquisição ou de locação,
respectivamente.
Quando o valor do material fornecido para a execução da obra não estiver estabelecido em contrato e não havendo a
discriminação dos valores na nota fiscal, fatura ou recibo, o valor dos serviços corresponderá no mínimo a 50%
(cinqüenta por cento) do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços.
Nos serviços a seguir descritos, feitos com utilização de meios mecânicos, cujos valores relativos a equipamentos
mecânicos não foram estipulados contratualmente, o valor da remuneração não será inferior à aplicação dos
seguintes percentuais sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo:
I) Pavimentação asfáltica: 4% (quatro por cento);
II) Terraplanagem/Aterro sanitário: 6% (seis por cento);
II) Obras de Arte (pontes e viadutos): 18%(dezoito por cento);
IV) Drenagem: 20% (vinte por cento);
V) demais serviços realizados com utilização de equipamentos, exceto os manuais, desde que inerentes à prestação
do serviço: 14% (quatorze por cento).
Se na mesma nota fiscal, fatura ou recibo constar a execução de mais de um dos serviços supra-explanados, sem
que os valores constem individualmente explanados no citado documento fiscal, deverá ser aplicado o percentual
correspondente a cada tipo de serviço conforme expresso em contrato, ou acaso o contrato não tenha previsão do
valor de cada serviço, adotar-se-á o maior percentual.
Ressalte-se ainda, que não será considerado como provisão de equipamento o fornecimento de ferramentas,
automóveis ou caminhões, utilizados no transporte de materiais para o canteiro de obras.
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A aferição indireta da remuneração dos segurados na obra de construção civil de responsabilidade de pessoa
jurídica, com base na área construída e no padrão da obra, será procedida nos termos do Capítulo IV, Título V da IN
SRP n°03/05.
Ressalte-se que a escolha do indicador mais apropriado para a avaliação do custo das construções civis e a
regulamentação da sua utilização para fins da apuração do salário-de-contribuição com base na área construída e no
padrão de construção compete exclusivamente ao INSS, de acordo com os parágrafos 4º e 6º da Lei 8.212/91.
O Custo Global da Obra - CGO será calculado pela SRP, a partir do enquadramento da obra, mediante a
multiplicação do CUB correspondente ao tipo da obra pela sua área total, submetida, quando for o caso, à aplicação
de redutores, conforme previsto no art. 449 da IN SRP n°03/05.
A Remuneração da Mão-de-obra Total - RMT despendida na obra será calculada mediante a aplicação dos
percentuais abaixo definidos na proporção do escalonamento por área, sobre o CGO(Custo Global da Obra), e
somando os resultados obtidos em cada etapa:
I - nos primeiros 100 m2, será aplicado o percentual de quatro por cento para a obra tipo 11 (alvenaria) e dois por
cento para a obra tipo 12 (madeira/mista);
II - acima de 100 m2 e até 200 m2, será aplicado o percentual de oito por cento para a obra tipo 11 (alvenaria) e
cinco por cento para a obra tipo 12 (madeira/mista);
III - acima de 200 m2 e até 300 m2, será aplicado o percentual de quatorze por cento para a obra tipo 11 (alvenaria) e
onze por cento para a obra tipo 12 (madeira/mista);
IV - acima de 300 m2, será aplicado o percentual de vinte por cento para a obra tipo 11 (alvenaria) e quinze por cento
para a obra tipo 12 (madeira/mista).
No caso de conjunto habitacional popular, utilizar-se-á, independentemente da área construída:
I - para obra em alvenaria (Tipo 11), o percentual de doze por cento;
II - para obra madeira ou mista (Tipo 12), o percentual de sete por cento.
A remuneração relativa à mão-de-obra própria, inclusive 13º salário, cujas contribuições recolhidas tenham
vinculação inequívoca à obra, será convertida em área regularizada, que dividirá o valor desta remuneração pela
RMT (Remuneração da Mão-de-obra Total - em seguida descrita), calculada a partir do CUB vigente na competência
do recolhimento efetuado, multiplicando-se o quociente assim obtido pela área total da obra, que poderá ser ainda
submetida aos redutores previstos no art. 449 da IN SRP n°03/05 (50% para áreas cobertas e 75% para áreas
descobertas nas obras ali previstas). Será considerada para fins de dedução prevista neste item a remuneração:
a) contida em documento de arrecadação recolhido na matrícula CEI da obra, com endereço da obra e com o nome
do responsável, para competências até dezembro de 1998, inclusive a gratificação natalina (mão-de-obra direta).
b) constante em GFIP com comprovante de entrega, com código 155, constantes no Manual da GFIP, específica
para a matrícula CEI, acompanhada do recolhimento das contribuições previdenciárias correspondentes na matrícula
CEI, para competências a partir de janeiro de 1999 (mão-de-obra direta).
Havendo remuneração relativa a mão-de-obra terceirizada (inclusive gratificação natalina), cujas contribuições
recolhidas tenham vinculação inequívoca à obra, será convertida em área regularizada (parágrafo anterior),
considerando-se ainda:
a) até 01/1999 - remuneração correspondente às contribuições recolhidas em GPS identificada com o CNPJ do
prestador, com endereço da obra e trazendo no campo observações, a identificação da matrícula CEI e o número do
documento fiscal;
b) de 02/1999 até setembro/2002;
b.1) a remuneração declarada em GFIP específica com a matrícula CEI no campo "inscrição tomador CNPJ/CEI",
com comprovante de entrega, produzida por empreiteira contratada responsável pela obra, desde que comprove o
recolhimento dos valores retidos sobre as notas fiscais, faturas ou recibos emitidos pela empreiteira;
b.2) a remuneração declarada em GFIP específica para a obra, com respectivo comprovante de entrega, da
subempreiteira contratada, desde que comprovado o recolhimento dos valores retidos com base nas notas fiscais,
faturas ou recibos emitidos pelas empreiteira ou subempreiteira;
b.3) o valor da retenção sobre notas fiscais, faturas ou recibos emitidos pela empreiteira ou subempreiteira, quando
não for apresentada a GFIP da contratada, conforme previsto nos subitens acima;
c) a partir de outubro/2002 - somente será convertida em área regularizada as remunerações declaradas em GFIP
específica da obra, acompanhadas de comprovante de entrega, produzidas pelo empreiteiro ou subempreiteiro, com
a respectiva comprovação dos valores retidos.
No caso explicitado no subitem b.3, o valor da retenção será dividido por 0,368 para que se apure o valor
correspondente à remuneração que deverá ser convertida em área pelos critérios definidos no Título V da IN SRP
n°03/05.
Ressalte-se ainda que não poderá ser objeto de dedução a remuneração relativa a período decadencial.
Não se aproveitará para fins de dedução, a quantia paga devida ou creditada aos segurados não vinculados à obra
ou cuja função não integre o cálculo do CUB, conforme Anexo XIV (no final), ainda que constantes de GFIP
específica da obra.
A conversão na forma deste item, em área regularizada, da remuneração correspondente às contribuições vinculadas
à obra, deverá observar a legislação em vigor na competência do recolhimento.
No período anterior à vigência da IN/INSS nº 69/2002, deverão ser aplicadas as regras estabelecidas na
OS/INSS/DAF nº 161/1997.
A área regularizada, apurada de acordo com as disposições previstas a partir do terceiro parágrafo deste item, será
deduzida da área construída e, ocorrendo diferença de espaço a regularizar, esta será dividida pela área total,
podendo ser aplicados os redutores já referidos, e multiplicada pela RMT, definida nos quadros supra, calculada com
base no CUB vigente na data do cálculo, resultando assim a remuneração relativa a área a regularizar, que será
objeto das contribuições previdenciárias e de terceiros e fundos.
Se for constatado que não existem recolhimentos de contribuições relativas à remuneração gasta na execução da
obra, a remuneração será feita pela multiplicação da área construída pelo valor do CUB (da data do cálculo),
aplicando-se os percentuais especificados nos quadros acima expendidos.
Para fins do disposto acima, da apuração das contribuições sociais devidas, serão aplicadas sobre a remuneração
supra, as alíquotas definidas para a empresa, utilizando-se a alíquota mínima de 8% (oito por cento) para a
contribuição dos segurados empregados, sem limite, não se considerando a dedução da alíquota da CPMF.
Não poderá ser deduzida a remuneração referente aos serviços constantes no Anexo XII (ao final), que não são
incluídos no CUB, mesmo que tenha havido a retenção.
Será convertida em área regularizada a remuneração:
a) contida em Notificação Fiscal de Lançamento de Débito (NFLD) ou Lançamento de Débito Confessado (LDC)
relativos á obra, quer seja apurada com base em folha de pagamento ou resultante de eventual lançamento de débito
por responsabilidade solidária;
b) obtida com o resultado da divisão do valor recolhido pelo contratante, em razão da utilização de mão-de-obra
prestada através de cooperativas de trabalho na área da construção civil, cuja nota fiscal ou fatura de prestação de
serviços esteja vinculada à obra, por 0,368 (trezentos e sessenta e oito milésimos);
c) correspondente a 5% (cinco por cento) do valor da nota fiscal de concreto, massa asfáltica ou argamassa
preparada ou usinada, utilizada inequivocamente na obra, independentemente de apresentação da guia de
recolhimento da Previdência Social. Isto não se aplica a argamassa em pó adquirida para preparo na obra.
O INSS aplicará o redutor de 50% para áreas cobertas e de 75% para espaços descobertos, desde que se constate
que as mesmas integram a área total da edificação (vide nota abaixo), nas seguintes obras:
Jardim, quintal, quiosque, playground, quadra esportiva ou poliesportiva, área de churrasqueira, piscina pré-fabricada
de fibra, telheiro, varanda, terraço sem paredes externas e divisórias internas, garagem e pilotis, estacionamento
térreo, área coberta junto às bombas e espaço descoberto de circulação ou a estacionamento de veículos nos postos
de gasolina.
Compete exclusivamente a SRP, a aplicação de percentuais de redução e a verificação das áreas reais de
construção, as quais serão apuradas com base nas informações prestadas na DISO, confrontadas com as áreas
discriminadas:
I - no projeto arquitetônico aprovado pelo órgão municipal;
II - no projeto arquitetônico acompanhado da ART registrada no CREA, caso o órgão municipal não exija a
apresentação do projeto para fins de expedição de alvará/habite-se.
A redução será aplicada também às obras que envolvam acréscimo de área já regularizada, reforma e demolição.
Não havendo discriminação das áreas passíveis de redução no projeto arquitetônico, o cálculo será efetuado pela
área total, sem utilização de redutores.
Jardins, quintais e playgrounds sobre terreno natural não são considerados área construída e não deverão ser
incluídos no cálculo da remuneração.
'(*1 Área total da edificação vem a ser a soma dos espaços cobertos e descobertos de todos os pavimentos do
corpo principal do imóvel, incluindo subsolo e pilotis, e seus anexos, constantes do mesmo projeto de construção,
informada no habite-se, certidão da prefeitura municipal, planta ou projeto aprovados, termo de recebimento de obra
(contrato com a Administração Pública) ou em outro documento oficial.
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As situações abaixo elencadas, trazem os procedimentos para regularizar a obra construída parcialmente ou
inacabada, bem como explanam o prazo decadência das contribuições previdenciárias.
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Neste tipo de regularização efetua-se o enquadramento pela área total do projeto, submetida a aplicação dos
redutores, apurando-se as contribuições proporcionalmente à área já construída, constante dos habite-se parciais ou
documentos equivalentes emitidos.
Ressalte-se que teremos alguns procedimentos distintos:
a) será aproveitado para conversão em área regularizada, os artigos 445 a 448da IN SRP n°03/05 (de acordo com o
item anterior), e somente a remuneração de mão-de-obra compreendidas entre a data de início da obra e a data de
expedição de um dos seguintes documentos: habite-se parcial, certidão da prefeitura municipal, planta ou projeto
aprovados, termo de recebimento de obra ou outro documento oficial expedido por órgão competente;
b) a soma das áreas proporcionais regularizadas, calculadas na forma acima, será deduzida da área efetivamente
construída constante de um dos citados documentos, resultando a área proporcional a regularizar;
c) o espaço proporcional a ser regularizado será dividido pela área total do projeto (e se necessário com a aplicação
dos redutores), e esse quociente será multiplicado pelo valor da RMT, calculada para o CUB (da datado cálculo), e,
observando-se o que dispõe os artigos 445 a 448 da referida Instrução, resultando na remuneração a regularizar;
d) sobre a remuneração a regularizar serão aplicadas as alíquotas das contribuições previdenciárias e de outras
entidades e fundos;
e) nas regularizações parciais subseqüentes, serão aplicados os critérios previstos anteriormente, e também serão
considerados para fins de conversão em área regularizada, os recolhimentos advindos deaferições indiretas parciais;
f) após cada regularização parcial, confrontar-se-á a obra executada com as remunerações de mão-de-obra, desde o
início da obra até a data do último documento apresentado (previstos no subitem a).
Se o INSS apurar que a soma das áreas constantes dos documentos apresentados pelo sujeito ativo for menor do
que a área total do projeto aprovado, será apurada essa diferença juntamente com a última regularização, ao final da
obra.
A área parcialmente concluída comprova-se com a apresentação de habite-se parcial, planta ou projetos aprovados
ou certidão específica, que esclareça o fato, emitido pelo órgão municipal competente.
Cada CND de obra parcial deverá mencionar apenas a área constante do documento, devendo-se registrar no
cadastro da obra a área total do projeto e a área das CND parciais que forem sendo emitidas.
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Neste caso, deverá ser solicitado ao responsável pela regularização da obra laudo de avaliação técnica de um
profissional habilitado pelo CREA, acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) no
qual seja informado o percentual da construção já realizada, em relação à obra total.
Esse percentual informado em laudo será utilizado para determinação da área que constará na CND de obra
inacabada e que servirá de base para a apuração das respectivas contribuições, efetuando-se o enquadramento de
acordo com a área total do projeto, e apurando-se as contribuições proporcionalmente à área correspondente à obra
inacabada.
Na conclusão da obra, será regularizada a área resultante da diferença entre a área total do projeto e a da CND da
obra inacabada, efetuando-se o enquadramento pela área total do projeto.
Na CND de obra inacabada, após o endereço da obra propriamente dito, deverá constar a expressão "obra
inacabada".
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O direito de a Previdência social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos, contados a partir
do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído.
A comprovação do início ou da conclusão da obra em período abrangido pela decadência cabe ao interessado. Essa
comprovação, poderá ser feita com a apresentação de um dos documentos que tenham vinculação inequívoca à obra
a seguir citados e seja contemporâneo do fato a comprovar:
I - comprovantes de recolhimento das contribuições previdenciárias na matrícula CEI da obra;
II - notas fiscais de prestação de serviços;
III - recibos de pagamento a trabalhadores;
IV - comprovante de ligação de água ou de luz;
V - notas fiscais de compra de material nas quais conste o endereço da obra como local de entrega;
VI - ordens de serviço ou autorizações para o início de obra, no caso de contratação com órgãos públicos;
VII - alvará de concessão de licença para construção.
A comprovação do término da obra em período decadencial dar-se-á com a apresentação de um ou mais dos
seguintes documentos:
I - habite-se, Certidão de Conclusão de Obra - CCO;
II - um dos respectivos comprovantes de pagamento de Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, em que conste a
área da edificação;
III - certidão de lançamento tributário contendo o histórico do respectivo IPTU;
IV - auto de regularização, auto de conclusão, auto de conservação ou certidão expedida pela prefeitura municipal
que se reporte ao cadastro imobiliário da época ou registro equivalente, desde que conste o respectivo número no
cadastro, lançados em período abrangido pela decadência, em que conste a área construída, passível de verificação
pela SRP;
V - termo de recebimento de obra, no caso de contratação com órgão público, lavrado em período decadencial;
VI - escritura de compra e venda do imóvel, em que conste a sua área, lavrada em período decadencial.
Poderão ainda ser utilizados para comprovação do término da obra em período decadencial, os seguintes
documentos, que deverão ser apresentados no mínimo de três:
a) correspondência bancária para o endereço da obra, de período decadencial;
b) contas de telefone ou de luz, de unidades do último pavimento de período também decadencial;
c) Declaração de IR com comprovante de entrega a SRF, relativa a exercício pertinente a período decadencial, na
qual conste a discriminação do imóvel, com endereço e área;
d) vistoria do corpo de bombeiros, constando a área do imóvel, em período decadencial;
e) planta aerofotogramétrica e de laudo técnico em que conste a área do imóvel e a ART, de período decadencial.
As cópias dos documentos que comprovam a decadência deverão ir arroladas com a DISO.
Oc0
A empresa que executar obra ou serviços de construção civil, quando da emissão da nota fiscal, fatura ou recibo,
deverá fazer a vinculação à obra, consignando na nota fiscal, fatura ou recibo, na identificação do destinatário ou
juntamente com a descrição dos serviços, a matrícula CEI e o endereço da obra para a qual eles foram prestados.
Não pode optar pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das
Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES), instituído pela Lei n0 9.317/96, dentre outras, a pessoa jurídica que realize
operações relativas à locação de mão-de-obra ou que se dedique à incorporação ou á construção de imóveis,
próprios ou de terceiros, compreendendo as empresas construtoras, as empreiteiras e as subempreiteiras de obras
de construção civil, com ou sem fornecimento de material.
Podem ser parcelados os créditos relativos a contribuições aferidas indiretamente, inclusive as apuradas mediante
ARO, relativas à obra de construção civil sob responsabilidade de pessoa jurídica, não podendo ser objeto de
parcelamento, os créditos oriundos de valores retidos por empresas contratantes de serviços mediante cessão de
mão-de-obra ou empreitada, de que trata o art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, bem como do adicional previsto no art. 6º
da Lei nº 10.666, de 2003 (Aposentadoria Especial). O parcelamento será concedido em até quatro prestações
mensais, iguais e sucessivas, por competência em atraso (considerar-se-á a quantidade de competências existentes
no crédito), desde que o total não exceda o limite máximo de sessenta prestações. Para o crédito oriundo do ARO,
observará as competências relativas ao período compreendido entre a data do início e a data do término da obra de
construção civil, constantes da DRO ou da DISO (Declaração e Informação Sobre Obra).
A pessoa jurídica optante pelo SIMPLES que edificar obra de construção civil, independentemente das contribuições
de que trata a Lei 9.317/96, sujeitar-se-á às contribuições previstas no artigo 22 da Lei n° 8.212/91, inclusive as
destinadas aos Terceiros, incidentes sobre a remuneração dos segurados utilizados na execução da obra. Isto
também se aplicará às associações desportivas que mantém equipe de futebol profissional, às agroindústrias e ao
produtor rural.
Nenhuma contribuição da parte de empresa, será devida ao INSS se a obra devidamente matriculada no prazo legal,
destinada a uso próprio, for executada sem mão-de-obra assalariada por entidade beneficente ou religiosa. Para a
regularização da obra, a entidade beneficente ou religiosa, deverá obedecer as normas contidas no artigo 463 da
Instrução Normativa SRP nº 03/05, bem como apresentar a escrituração contábil devidamente formalizada. Caso o
INSS constate que tenha sido utilizada de mão-de-obra assalariada, ainda que parcial, serão devidas as
contribuições correspondentes.
De acordo com a IN INSS nº 118/05, a partir de 01.01.2004, será exigido pelas empresas o perfil profissiográfico
previdenciário (formulário do INSS), para todas as atividades que exponham o trabalhador a agentes nocivos
químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou a integridade física que contemplem o
direito de aposentadoria especial. Cabe ressaltar que na construção civil, as empresas deverão solicitar a análise de
um médico ou engenheiro do trabalho sobre a possibilidade de exposição a agentes nocivos, pois pelo que se
depreende da legislação (Anexos II e IV do Decreto nº 3.048/99), algumas atividades estarão sujeitas a agentes
nocivos, tais como:
- cromo e seus composto tóxicos (fabricação de cimento), microorganismos e parasitas infecciosos vivos e seus
produtos tóxicos (construção, escavação de terra, esgoto),
- dentre outros agentes nocivos a serem determinados por tais profissionais especializados.
O6
A seguir serão relacionados os anexos da IN SRP n°03/05, bastante citados nos textos acima e de fundamental
importância para o assunto aqui tratado.
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS
WWW.informanet.com.br