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IST
2º Semestre 2010/11
5º TRABALHO LABORATORIAL
PARÂMETROS DISTRIBUÍDOS
Linha Bifilar e Linha Coaxial
1
ELECTROTECNIA TEÓRICA
NOTA INTRODUTÓRIA
Parte II – Na segunda parte obtém-se, por medida, o diagrama de onda estacionária numa
linha bifilar aérea, em curto-circuito, a funcionar em regime forçado alternado
sinusoidal de alta frequência.
Nota: Cada parte do trabalho terá a duração de quarenta e cinco minutos, devendo os grupos
circular nas respectivas bancadas. Cada parte tem um dimensionamento próprio.
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Problema 1
Considere o circuito da Fig. 1. O cabo coaxial, sem perdas, apresenta uma resistência caracte-
rística de onda Rw = 75 Ω e uma velocidade de fase v = 2c/3.
ℓ u g = 215cos (ωt ) V
i0 ia ω = 2πf
f = 100 MHz
u0
ℓ = 1,75 m
ug Ra Ra = 45 Ω
~ ua
Ca = 26,53 pF
Ca
Fig. 1
3. Calcule as potências activa e reactiva postas em jogo pelo gerador e na carga. Explique
porque motivo as potências activas são iguais e as reactivas podem ser diferentes (como
neste caso).
3
Problema 2
A Fig. 2 representa o dispositivo utilizado no laboratório para assegurar que os condutores
aéreos (1) e (2) usados na parte II do trabalho são excitados em modo anti-simétrico (Parte
II do trabalho).
A tensão do gerador U1 é aplicada entre o condutor (1) e a bainha do cabo (condutor de
referência nº 0). À frequência de trabalho, o cabo coaxial que interliga (1) com (2), no
lado da alimentação, tem um comprimento l = λ/2.
U
Demonstre que U1 = −U 2 = , onde U é a tensão entre os condutores aéreos.
2
(1) l=λ 2
~ u1
u (0)
u2
(2)
Fig. 2 Cabo com meio comprimento de onda.
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- Parte I -
DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DUM CABO COAXIAL
1. OBJECTIVO
A
A
RL,L
RL,L
C
⎫ C
⎪
⎬ LM
⎪
⎭ B ⇔ ω u
i ω
B di
u = − LM
dt
(a) (b)
Fig. 1 - (a) Circuito RLC excitado por indução. (b) Equivalente RLC-série.
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A A
RL,L
RL,L C ⇔ C Cc
ω u ω u
B B
Fig. 2 - Cabo de comprimento l em vazio – Determinação de Cc.
O cabo em vazio é inserido em paralelo com o condensador variável (Fig. 2). A capa-
cidade Cc representa a capacidade do troço de cabo coaxial que se pretende determinar, pro-
cedendo à sintonia do circuito, por ajuste de C.
A
A
RL,L
RL,L C
C
⇔
c.c. ω u
ω u
Lc
B
B
Fig. 3 - Cabo de comprimento l em curto-circuito – Determinação de Lc.
3. DIMENSIONAMENTO.
admitindo que:
6
r1 ≈ 0,45 mm : raio do condutor central do cabo.
A B
CABO EM VAZIO
CABO EM
CURTO-CIRCUITO
L
Ligações ao
condensador ⎧ RL
LM ⎨
de precisão. ⎩
GERADOR
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5. LISTA DE MATERIAL
1. Base de terminais
2. Gerador de sinais BECKMAN Industrial
3. Contador (frequencímetro) BECKMAN Industrial VC10A
4. Osciloscópio Tektronix TDS 220
5. Condensador de precisão LLOYD Model PVC 2 (Cmín = 100 pF ; Cmáx = 1100 pF ;
∆C = 0,2 pF)
6. Cabo coaxial (objecto de medida). Comprimento : l = 10 m
Observação: A Lista de Material acima descrita poderá não ser comum a todas as bancadas.
6. EXECUÇÃO DO TRABALHO
L Cd C
Gerador
Osciloscópio
Sync High B
Contador CH 1
Input
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6.2. Medição do coeficiente de auto-indução Lc do troço de cabo coaxial.
Idêntico ao circuito utilizado em 6.1, com a modificação resultante de inserir o cabo
em curto-circuito e em série com a bobina (ver Fig. 3 e Fig. 6).
ω
~
u Condição de ressonância
1
L Xcc + ωL =
ω(C + C d )
Cd C
(Z cc = j Xcc = jωLc )
Cabo jXcc
ω
~
Condição de ressonância
u
Cabo em
L vazio 1
ωL =
Cd C Cc ω ( C + Cd + CC )
Yvz = jωCC
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7. RELATÓRIO
7.1. Com base nos ensaios realizados em 6.1., trace na folha quadriculada apresentada em
2
anexo um gráfico com os pontos experimentais (C,1/f ) e a recta obtida por regressão
linear dos três pontos medidos. Tendo a recta uma equação reduzida do tipo
y = mx + b , e sendo m = 4π 2 L e b = 4π 2 LCd , calcule L e Cd. Registe os valores
rior, calcule o valor de Lc. Com base nos ensaios realizados em 6.3. determine Cc,
fazendo a diferença entre os valores de capacidade medidos. Registe ambos os valores
na tabela R I 7.2. Compare com os valores teóricos determinados em 3.1..
7.3. Calcule e registe na tabela R I 7.3 os valores da resistência característica de onda, Rw,
7.4. Calcule e registe na tabela R I 7.4 os valores da velocidade de fase no cabo coaxial, vf,
λ ω c 1
e da constante dieléctrica relativa, εr, sabendo que: v f = = = 0 = , onde
T β εr L′C ′
8 −1
co representa a velocidade da luz no vazio. (co = 3×10 ms ).
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- Parte II -
1. OBJECTIVO
É objectivo desta parte do trabalho laboratorial efectuar o estudo duma linha de trans-
missão em regime forçado alternado sinusoidal de alta-frequência. Em particular, pretende-se
obter o diagrama de onda estacionária duma linha em curto-circuito.
GAL
GER AMP
AT
L1
D
T
L2
Linha bifilar
AT
CC
Estrutura de suporte da linha
Fig. 1
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L2 - Cabo coaxial (c/ etiqueta branca) de resistência característica 50 Ω, de com-
Observação: A Lista de Material acima descrita poderá não ser comum a todas as bancadas.
3. MÉTODO DE MEDIDA
A linha utilizada não se encontra isolada no espaço. Está ligada a uma estrutura de fer-
ro, portanto condutora, simetricamente localizada em relação aos condutores da linha bifilar.
É assim importante que a alimentação seja feita simetricamente em relação a essa estrutura
(ver Problema 2 introdutório, páginas 2 e 3)
Condutor (1)
AT
L1
Estrutura
L2 Condutor (2)
AT
Fig. 2
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3.2. Sonda de Detecção de Tensão
Este dispositivo, quando utilizado com um galvanómetro aos seus terminais, permite
avaliar o valor eficaz da tensão entre os condutores da linha, em vários locais ao longo da co-
ordenada longitudinal da linha.
A sonda tem a constituição indicada na Fig. 3. Aos terminais do galvanómetro aparece
somente a componente contínua da tensão rectificada pelo díodo D. O comportamento qua-
drático dos detectores, consequente da não-linearidade da característica tensão-corrente do
díodo, implicará que se deva proceder à correcção das tensões medidas no galvanómetro.
ri D u
Fig. 3
4. DIMENSIONAMENTO
4.1. Considere que o oscilador está a trabalhar à frequência f0. Determine o comprimento de
onda λ para essa frequência, considerando a velocidade de fase igual a co (velocidade da
luz no vazio).
Determine também o valor da constante de fase β.
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4.3. Considere a linha bifilar (Fig. 4) terminada em curto-circuito.
i0 ia
u0 (c.c.)
y
l 0
Fig. 4
c) Explique por que razão o curto-circuito terminal é efectuado usando uma chapa metá-
lica e não um simples fio ligado entre os dois condutores.
6. RELATÓRIO
6.1. Com base nos valores medidos na alínea 5.1., calcule o comprimento de onda e a partir
do seu valor determine ainda a constante de fase e confirme o valor da frequência de
operação. Registe os resultados na tabela R II 6.1.
6.2. Com base no ensaio realizado em 5.2., calcule e registe na tabela R II 6.2 os valores da
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tensão normalizados ( U N ), corrigindo os resultados tendo em conta a característica qua-
drática do detector
U ( y)
U N ( y) =
U max
REFERÊNCIAS
J. A. Brandão Faria, ‘Electromagnetic Foundations of Electrical Engineering’, Wiley, 2008.
Cap. 9. Secções 9.2 e 9.5.
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ANEXO
RELATÓRIO DO 5º TRABALHO LABORATORIAL
Parte I
R I 3.4:
Cress = __________________ [pF]
R I 6.1 e R I 7.1:
Valores medidos em 6.1.
m b L [µH] Cd [pF]
Cress [pF]
Experimen- Teóricos
tais
Lc [µH]
Cc [pF]
R I 7.3 e R I 7.4:
Valores calculados em 7.3. e 7.4.
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R I 7.1:
Gráfico de 1 f 2 em função de C:
Parte II
R II 5.1 e R II 6.1:
Valores medidos em 5.1.
d [cm]
Nodos
Ventres
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R II 4.3 a), R II 5.2 e R II 6.2:
Valores medidos em 5.2., U(y); calculados em 6.2., UNexp; calculados em 4.3 a), UNteo
0 70
5 75
10 80
15 85
20 90
25 95
30 100
35 105
40 110
45 115
50 120
55 125
60 130
65 135
Comentários: ______________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
18
R II 4.3 a) e R II 6.2:
Diagrama da onda estacionária de tensão, normalizada:
19
20