Para o bom aproveitamento do curso não deixe de consultar o livro. A utilização das transparências não substitui o livro. SOLDAGEM • SOLDAGEM É UM PROCESSO DE UNIÃO DE MATERIAIS • SOLDA É O PRODUTO DESTE PROCESSO PROCESSOS NOMENCLATURA ELETRODO TERMINOLOGIA RAIZ a) Garganta teórica b) Garganta efetiva c) Garganta real Garganta = 0,707 x Tamanho REFORÇO PERNA DE SOLDA - Cordão Convexo - PERNA DE SOLDA - Cordão Côncavo - TERMINOLOGIA RAIZ TERMINOLOGIA RAIZ JUNTAS CHANFRO POSIÇÕES DE SOLDAGEM PLANA 1G HORIZONTAL 2G POSIÇÕES DE SOLDAGEM VERTICAL 3G SOBRE-CABEÇA 4G 6G Tubo 45º • Horizontal • Vertical • Sobre-cabeca SOLDA EM ÂNGULO SOLDA DE FILETE PLANA HORIZONTAL VERTICAL SOBRE-CABEÇA SIMBOLOGIA SIMBOLOGIA Fontes de Potência • Corrente Constante • Tensão Constante tensão Corrente constante: processos manuais Tensão constante: processos semi-automáticos Ciclo de Trabalho • Porcentagem de tempo que uma fonte pode prover uma dada corrente (arco aberto) num intervalo de 10 minutos. Exemplo: 300 A à 60% Ciclo de Trabalho Estimar ciclo de trabalho. • Exemplo: Quero operar uma fonte a 400 A. Qual o novo ciclo de trabalho para 10 minutos. 2 I C = F × CF I Ou seja, posso operar por aproximadamente 3,4 minutos, em C= 33,75% cada dez minutos. Sendo esta operação contínua ou intermitente. Normas e Qualificações • ASME Boiler and Pressure Vessel Code - Section IX • AWS D 1.1 - Structural Welding Code- Code- Steel • API STD 1104 - Welding of Pipelines and Related Facilities EPS • A Especificação de Procedimento de Soldagem (EPS) é um documento no qual os valores permitidos de diversas variáveis do processo estão registrados para serem adotados, pelo soldador ou operador de soldagem, durante a fabricação de uma dada junta soldada. Variáveis importantes de um procedimento de soldagem e que, portanto, podem fazer parte de uma EPS incluem, por exemplo, a composição, classe e espessura do(s) metal(is) de base, processo(s) de soldagem, tipos de consumíveis e suas características, projeto da junta, posição de soldagem, temperatura de pré-aquecimento e entre passes, corrente, tensão e velocidade de soldagem, aporte térmico, número aproximado de passes e técnica operatória. RQPS Registro de Qualificação de Procedimento (RQP) TESTES • Ensaio de dobramento, • Ensaio de tração, • Ensaio de impacto (ou outro ensaio para determinação de tenacidade), • Ensaio de dureza, • Macrografia, • Ensaios não destrutivos (por exemplo, radiografia) QUALIFICAÇÕES • Registro de Teste de Qualificação de Soldador. DOCUMENTOS TÉCNICOS Plinio Pecly UN-RIO/ST/EE Fevereiro / 2007 1 – DEFINIÇÕES – Procedimento de Soldagem: Conjunto de variáveis e condições necessárias para a execução de uma solda, de acordo com as exigências do projeto. – Especificação de Procedimento de Soldagem (EPS) Documento que determina os limites para o conjunto de variáveis e condições de um procedimento de soldagem, que devem ser seguidos na sua execução. – Registro da Qualificação de Procedimento de Soldagem (RQPS) Documento que aprova a qualificação do procedimento de soldagem, Registrando os dados de execução da solda da peça de teste, além dos resultados dos ensaios requeridos. 2.1 - Especificação de Procedimento de Soldagem (E.P.S.) A Especificação de Procedimento de Soldagem (EPS) é um documento preparado para fornecer aos soldadores e operadores de soldagem as diretrizes para a produção de soldas. Para atingir o seu objetivo, deve conter detalhadamente todos os parâmetros e condições da operação de soldagem. Um modelo de uma EPS encontra-se no Anexo 1. A Especificação de Procedimento de Soldagem é usada pelo Inspetor de Soldagem para o acompanhamento das qualificações e da soldagem de produção, com o objetivo de verificar se os parâmetros e condições estabelecidas estão sendo seguidos. 2.2 - Registro da Qualificação de Procedimento de Soldagem (R.Q.P.S.) A qualificação do procedimento de soldagem é feita observando todos os parâmetros e condições estabelecidas na EPS, seguida de ensaios e exame da chapa ou tubo de teste. Os parâmetros principais da operação de soldagem e os resultados dos ensaios e dos exames são registrados em um formulário denominado Registro da Qualificação de Procedimento de Soldagem (RQPS). Um modelo de um RQPS encontra-se no Anexo 2. Qualificação de Procedimento de Soldagem Retirada de Corpos de Prova Ensaio de Tração (Transversal) Ensaio de Tração (Transversal) Ensaio de Dobramento (Face) Ensaio de Dobramento Ensaio de Dobramento (Raiz) Ensaio de Impacto Ensaio de Impacto Ensaio de Impacto ASME IX ASME IX Inspetores de Soldagem Inspetores de Soldagem O Inspetor de Soldagem Nível 1 é um profissional que atua diretamente na obra executando o controle e acompanhamento da junta soldada, antes, durante e depois da soldagem, baseado nos parâmetros estabelecidos nas instruções de execução e inspeção de soldagem. O Soldagem Nível 2, além das atribuições do Inspetor Nível 1, é o profissional responsável pela elaboração das instruções de soldagem, assim como, pela qualificação de procedimentos de soldagem e de soldadores. Inspetores de Soldagem ZAC ou ZTA • ZONA AFETADA PELO CALOR OU ZONA TERMICAMENTE AFETADA – REGIÃO DO METAL BASE QUE SOFREU ALTERAÇÕES MICROESTRUTURAIS ELETRODO REVESTIDO PROCESSO DE SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO Polaridade Direta Polaridade Inversa CC (-) CC (+) INFLUÊNCIA DO TIPO DE CORRENTE E POLARIDADE NA GEOMETRIA DO CORDÃO PROCESSO DE SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO Curva Tombante ou Corrente Constante M – Valor Maior C – Valor Central m – Valor menor V – Tensão do Arco L - Comprimento do Arco I – Intensidade de Corrente ELETRODO REVESTIDO Características FUNÇÕES DO REVESTIMENTO • proteção do metal de solda • estabilização do arco • adições de elementos de liga ao metal de solda • Formar escória • controle da integridade do metal de solda CLASSIFICAÇÃO Classificação • Básicos • Rutílicos • Celulósicos Básico • geralmente apresenta as melhores propriedades mecânico metalúrgicas entre todos os eletrodos, destacando-se a tenacidade; • elevados teores de carbonato de cálcio e fluorita, gerando um metal de solda altamente desoxidado e com muito baixo nível de inclusões complexas de sulfetos e fosfetos e controle de óxidos; • cordão de média penetração • requer ressecagem a temperaturas relativamente altas; • após algumas horas de contato com a atmosfera, requer ressecagem por ser altamente higroscópico; • Exemplo: AWS E7018 Rutílico • consumível de uso geral; • revestimento apresenta até 50% de rutilo (TiO2); • média penetração; • escória de rápida solidificação, facilmente destacável; • o metal de solda pode apresentar um nível de hidrogênio alto • requer ressecagem a uma temperatura relativamente baixa, para que o metal de solda não apresente porosidades grosseiras. • Exemplo: AWS E6013 Celulósico • elevada produção de gases resultantes da combustão dos materiais • orgânicos (principalmente a celulose); • principais gases gerados: CO2, CO, H2, H2O (vapor); • não devem ser ressecados; • a atmosfera redutora formada protege o metal fundido; • o alto nível de hidrogênio no metal de solda depositado impede o uso em estruturas muito restritas ou em materiais sujeitos a trincas por hidrogênio; • alta penetração; • pouca escória, facilmente destacável; • muito utilizado em tubulações e dutos na progressão descendente; • Exemplo: AWS E6010 Penetração • A corrente de soldagem é a variável que mais influí na penetração. • Quanto maior o valor da corrente maior a penetração. A soldagem com CC+ garante maior penetração e menor taxa de deposição. • TAXA DE DEPOSIÇÃO: A taxa de deposição de um determinado eletrodo revestido influencia substancialmente o custo total do metal de solda depositado. A taxa de deposição é a massa de metal de solda depositado por unidade de tempo (de arco aberto). Ela aumenta com a corrente de soldagem Taxa de Deposição = kg/h • A eficiência de deposição representa a massa de metal de solda depositado comparada com a massa total de eletrodo consumido e é expressa por um percentual (desconsidera-se as sobras). Temperatura de Ressecagem Temperatura de Manutenção TIG (Tungsten Inert Gas) TIG – Tungsten Inert Gas • Não há fumaça • Não há escória • Não há respingo Gás de proteção • Utilização de Gases Inertes • O mais utilizado é o Argônio (Ar) • Também pode ser utilizado o Hélio (He) (alto custo ). Características • Utiliza eletrodo de Tungstênio • Eletrodo não consumível • O metal de adição apresenta-se na forma de vareta. • Permite a soldagem autógena (sem metal de adição) Vantagens Aplicações • Muito utilizado na soldagem de aços inoxidáveis e alumínio • Utilizado em chapas finas CLASSIFICAÇÃO AWS ERXXS-X ELETRODOS DE TUNGSTÊNIO MIG/MAG Mig/Mag MIG/MAG Gases de Proteção • MIG – (Metal Inert Gas)Utilização de Gases Inertes (Ar/He) • MAG – (Metal Active Gas) – CO2/O2/Ar Gases Ativos ou Misturas MIG/MAG Alimentador do arame Tocha Arame (+) Fonte Peça Cabos (-) Gás Auto-Regulação Característica Estática - Tensão Constante ou Plana Tensão (V) Qdo comprimento do Arco aumentar C2 Qdo compr arco diminuir C1 V2 C3 ∆V V1 V3 C = f (V) V = 1/f (A) ∆A A2 A1 A3 Corrente (A) Pequenas variações de Tensão Grandes variações de Corrente GASES DE PROTEÇÃO Protege a poç poça de fusão, estabiliza o arco elé elétrico, influência no formato do cordão, modo de transferência metá metálica, penetraç penetração e acabamento do cordão * CO2 puro * argônio + CO2 * argônio + O2 * argônio + CO2 + O2 Vantagens e Limitações CLASSIFICAÇÃO AWS ERXXS-X MODOS DE TRANSFERÊNCIA MODOS DE TRANSFERÊNCIA CURTO CIRCUITO - Transferências sucessivas por curto circuitos - Utiliza baixa corrente e arcos curtos Representação do processo de transferência por Curto-Circuito Uma gota de metal fundido é formada no fim do eletrodo. Quando ela se torna suficientemente grande para entrar em contato com a poça de fusão, o arco sofre um curto circuito. Isto eleva a corrente de soldagem e a corrente é liberada, permitindo que o arco seja ignitado novamente. O aumento da corrente causado pelo curto circuito gera respingos. MODOS DE TRANSFERÊNCIA SPRAY - Gotas finas e altas velocidades - Utiliza altas correntes e altas voltagens MODOS DE TRANSFERÊNCIA GLOBULAR (MAG) Gotas de grandes dimensões a baixas velocidades - Utiliza altas correntes e arcos longos ( 75 a 900 A) MODOS DE TRANSFERÊNCIA • CO2 – GLOBULAR E CURTO CIRCUITO • Ar – MAIOR TENDÊNCIA DE FORMAR “SPRAY” MAIOR PENETRAÇÃO ARAME TUBULAR •Pode ser auto- protegido ou com proteção gasosa. Seção Transversal dos Arames Vantagens e Limitações Classificação AWS Arco Submerso • A energia necessária é fornecida por um arco elétrico desenvolvido entre a peça e um eletrodo consumível, que é continuamente alimentado à região de soldagem. O arco está submerso em uma camada de fluxo granular que se funde parcialmente, formando uma escória líquida, que sobe à superfície da poça metálica fundida, protegendo-a da ação contaminadora da atmosfera. Em seguida essa escória solidifica- se sobre o cordão de solda, Arco Submerso Eletrodo Escória Fluxo Poça de fusão Metal de solda Metal base Arco Submerso • As tensões usuais requeridas situam-se na faixa dos 20 a 55 Volts. As intensidades de corrente mais usuais chegam até 2000 Ampères; em casos excepcionais usam-se intensidades de até 4000 Ampères. Arco Submerso Porta Controle Fluxo Fonte Peça Peça Cabo de Controle Arco Submerso VANTAGENS • Alcança-se uma elevada taxa de deposição, que em conseqüência propicia uma grande velocidade de soldagem. • Consegue-se alcançar uma grande penetração com este tipo de processo, o que diminui a necessidade de abertura de chanfro. • Possibilita ao operador dispensar o uso de protetores visuais. • Permite obter maior rendimento de deposição que a maioria dos outros processos. • Excelente qualidade do metal de solda • Usado na soldagem de peças robustas Arco Submerso DESVANTAGENS OU LIMITAÇÕES • A soldagem pode se realizar somente nos limites da posição plana (ou em filete horizontal desde que haja um suporte adequado para o FLUXO). • É praticamente impossível soldar juntas de difícil acesso. • Há necessidade de remoção de escória a cada passe de soldagem. • A superfície do chanfro deve ser regular e a ajustagem da junta bastante uniforme. • ZAC grande Fluxos • Aglomerados • Fundidos Fluxos Fluxos aglomerados • melhor desempenho na remoção de óxidos e carepa; • menor consumo de fluxo: 30 - 40% menor que fluxos fundidos; • baixo custo de fabricação; • podem ser ligados; • Como as partículas dos fluxos aglomerados não são quimicamente homogêneas, a remoção de finos pode alterar a composição química do metal depositado e conseqüentemente suas propriedades mecânicas. Fluxos Fluxos fundidos • composição química apropriada (requerida); • material (produto) homogêneo; • custo de fabricação elevado; • não higroscópico (não contém água quimicamente ligada); • soldas mais consistentes com menor risco de trincas por hidrogênio; • maior estabilidade do arco, mesmo em correntes elevadas; • maiores velocidades de soldagem e possibilidade de reciclagem. CLASSIFICAÇÃO AWS CLASSIFICAÇÃO AWS FXXX OXIGÁS Oxigás • calor gerado por chama resultantes da combustão de um gás. • Oxigênio (comburente) + Combustível • O gás combustível mais usado é o Acetileno (alta temperatura da chama). Outros gases: Butano, Propano, Metano, Etileno, gás natural Oxigás Oxigás VANTAGENS • Equipamento é barato e versátil, é ótima para chapas finas, não usa energia elétrica e solda em todas as posições. OXIGÁS DESVANTAGENS • Chamas pouco concentradas, o que acarreta grandes zonas termicamente afetadas pelo calor, é necessária grande habilidade do soldador, não é econômica para chapas espessas, tem baixa taxa de deposição, manuseia gases perigosos OXIGÁS PLASMA LASER Brasagem Solda por Fricção Stir Welding, FHPP e Friction Stitch Welding Stir Welding, FHPP e Friction Stitch Welding Stir Welding, FHPP e Friction Stitch Welding SIGLAS • Eletrodo Revestido - SMAW – Shielded Metal Arc Welding • TIG - GTAW - Gas Tungsten Arc Welding • MIG/MAG - GMAW - Gas Metal Arc Welding • Arco Submerso - SAW - Submerged Arc Welding • ARAME TUBULAR – F.C.A.W - Flux Cored Arc Welding Descontinuidades na Soldagem POROSIDADE Pode ser gerados por: sujeiras, graxas, insuficiente proteção, I e V elevados MORDEDURA Causas: comprimento excessivo dos arco, alta I, alta vel. de soldagem, manipulação incorreta. MORDEDURA Falta de Fusão e Falta de Penetração Causas: má limpeza, alta vel. de soldagem, baixa corrente, dificuldade de acesso, manipulação incorreta do eletrodo FALTA DE PENETRAÇÃO FALTA DE PENETRAÇÃO Penetração Excessiva CORRENTE ELEVADA Respingos Corrente excessiva, alta taxa de deposição, eletrodo úmido INCLUSÃO DE ESCÓRIA Causas: Manipulação incorreta do eletrodo, má limpeza ente passes CRATERA CAUSA: INTERROMPIMENTO ABRUPTO DA SOLDA TRINCA DE CRATERA CAUSA: INTERROMPIMENTO ABRUPTO DA SOLDA REFORÇO EXCESSIVO CAUSA: Excesso de material. REFORÇO EXCESSIVO