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11/3/2010

História da Macroeconomia

Modelo Clássico
 Origem da abordagem clássica vem desde “A Riqueza
das Nações” de Adam Smith, publicado em 1776:
conceito de mão invisível.
 A validade desta idéia depende de uma hipótese
chave: não há rigidez em nenhum mercado como,
p.e., um salário mínimo. Os preços e salários se
ajustam rapidamente para que a oferta e demanda
estejam em equilíbrio em todos os mercados.
 Outra hipótese é que quando os indivíduos
perseguem seus próprios interesses a economia será
levada a uma alocação eficiente, dada uma
distribuição de renda e dotação inicial do país.
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Modelo Clássico
 Esta abordagem resulta em fortes
implicações de política:
 O governo deveria ter um papel limitado
na economia (proposição normativa)
 As políticas governamentais serão
ineficientes para atingir os resultados
desejados, como por exemplo tentar
eliminar os ciclos econômicos (proposição
positiva).

Macroeconomia Moderna
 Início em 1936, com o livro “A Teoria Geral do
Emprego, do Juro e da Moeda” de Keynes.
 Antes disso, a macroeconomia era chamada de
Teoria dos Ciclos e não conseguia explicar
coerentemente a Grande Depressão de 1929. As
altas taxas de desemprego por vários anos eram
inconsistentes com a teoria clássica e a ”mão
invisível” se mostrou completamente ineficaz.
 A Teoria Geral ofereceu uma justificativa coerente
para a intervenção governamental e para o nível
persistentemente elevado de desemprego.

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Modelo Keynesiano
 Keynes assumiu que os preços e os salários
se ajustavam lentamente, o que significava
que os mercados poderiam estar fora do
equilíbrio por muito tempo.
 Ex: o desemprego é persistente porque os
salários e os preços não se ajustam numa
velocidade suficiente para igualar o número
de pessoas que querem trabalhar com o
número de pessoas que as firmas querem
empregar.

Modelo Keynesiano
 Ponto central: Princípio da demanda
efetiva (hoje chamada de demanda
agregada).
 No curto prazo, a demanda determina o
produto que retorna ao seu nível natural
de forma lenta.
 “No longo prazo, estaremos todos mortos.”

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Modelo Keynesiano
 Introdução de elementos básicos da
macroeconomia moderna:
 Multiplicador
 Preferência pela liquidez (papel da
política monetária)
 Importância das expectativas para o
consumo e o investimento
 “animal spirits” (choques de demanda)

Modelo Keynesano
 Implicações políticas: uso da política fiscal
para tirar a economia da recessão.
 Ao aumentar seus gastos em bens e serviços,
elevaria o produto diretamente e faria com que as
firmas contratassem mais, o que elevaria a renda
disponível para consumo dos novos trabalhadores,
que implicaria numa nova fonte de aumento de
demanda que elevaria o emprego ainda mais.

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Síntese Neoclássica
 No início da década de 1950 um consenso
baseado em muitas idéias de Keynes e dos
clássicos emergiu como visão dominante até
os anos 1970.
 Hicks e Hansen formalizaram as idéias da
Teoria Geral: modelo IS-LM.
 A versão inicial foi criticada por não contar
com algumas idéias de Keynes como
expectativas, nem ajustes de preços e
salários.
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Síntese Neoclássica
 Teoria do Consumo (Modigliani e Friedman) – papel
das expectativas nas decisões de consumo corrente
 Teoria do Investimento (Tobin) – baseada na relação
entre o valor atual dos lucros e o investimento
 Teoria da Demanda por Moeda – escolha entre ativos
com base na liquidez, risco e retorno.
 Teoria do Crescimento (Solow)
 Todas essas contribuições foram integradas em
grandes modelos macroeconométricos.

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Keynesianos X Monetaristas
 Com a teoria keynesiana passou-se a
acreditar que era possível que os gvernos
eliminassem todas as recessões.
 Friedman questionou as motivações e a
capacidade dos governos de realmente
melhorar os resultados macroeconômicos.
 Os debates centralizavam-se em três
assuntos:

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Keynesianos X Monetaristas
1) Política Fiscal x Política monetária
Keynes – defendia a política fiscal para combater
recessões, pois a IS era muito inclinada.
Friedman – “A monetary history of the US 1867-1960”,
a moeda poderia explicar grande parte das
flutuações do produto.
Por fim, chegou-se a um consenso de que ambas as
políticas tinham efeitos reais claros.

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Keynesianos X Monetaristas
2) A curva de Phillips
 Não fazia parte do modelo keynesiano
inicial, mas passou a integrar a síntese neo-
clássica, pois conseguia explicar as
variações de preços e salários ao longo do
tempo. Acreditava-se até a década de 60
que havia um trade off entre desemprego e
inflação, mesmo no longo prazo. Essa visão
foi descartada na década de 70.

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Keynesianos X Monetaristas
3) O papel da política econômica
 Friedman defendia o uso de regras
simples como metas monetárias de
modo a atar as mãos do governo de
pressões políticas.
 Esse debate ainda não está resolvido.

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A crítica das Expectativas Racionais


 Em meados da década de 1970, dois
fatores abalaram a macroeconomia,
que até então parecia capaz de
explicar os acontecimentos e orientar
as escolhas de política econômica:
1. A estagflação não prevista
2. A revolução das expectativas racionais

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Crítica de Lucas
 Os modelos macro não podiam ser usados na
elaboração de políticas, pois não
incorporavam as expectativas explicitamente.
 Ex: Se os trabaladores sabem que o governo vai
fazer uma expansão monetária no próximo ano
para reduzir o desemprego, eles irão demandar
um aumento de salário e as firmas vão elevar seus
preços, fazendo com que M/P fique constante e
nem o produto, nem a demanda se altere. Ou
seja, dentro da lógica Keynesiana, somente
variações não esperadas na moeda afetaria o
produto.
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Implicações das Expectativas Racionais


 Passaram a desempenhar um papel
fundamental nos mercados de bens,
trabalho e financeiro.
 Ex: 1) Teoria da renda permanente (Hall) –
consumo segue um passeio aleatório.
2) O modelo de “overshooting” (Dornbusch)
– justificativa racional para os saltos da
taxa de câmbio ultrapassando o seu valor
de equilíbrio.

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Grupos dominantes atualmente


1. Novos Clássicos e a teoria dos ciclos
reais (Prescott)
2. Novos-Keynesianos
3. Nova Teoria do Crescimento

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Crenças Comuns
 No curto prazo, variações na demanda
agregada afetam o produto. Maior
confiança do consumidor, déficit público
e expansão monetária tendem a reduzir
o desemprego.
 As expectativas desempenham um
papel crucial na economia

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Crenças Comuns (Continuação)


 No longo prazo, o produto retorna a seu nível
natural.
 A política monetária não afeta o produto no
longo prazo.
 A política fiscal afeta o produto tanto no curto
como no longo prazo. Um aumento do déficit
tende a elevar o nível de atividade no curto
prazo e reduzir o investimento e o produto no
longo prazo.
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Áreas de Discordância
 O que é o curto prazo, período ao longo
do qual a demanda agregada afeta o
produto?
 Qual deve ser o papel das políticas
econômicas? Regras rígidas como
orçamento equilibrado e metas
monetárias ou políticas flexíveis?

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