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Análise Vetorial
a = AB
A
(ponto
inicial)
As grandezas escalares são por outro lado, grandezas que necessitam apenas da
informação de sua magnitude. Por exemplo: massa, potencial, comprimento, etc.
a+b
b+a
b a
• Comutativa: a + b = b + a
• Associativa: (a + b)+ c = a + (b + c)
Vetor nulo 0: é o vetor cujo ponto final coincide com o ponto inicial, isto é,
sua amplitude é zero. A soma de um vetor nulo 0 a um vetor qualquer a é igual
ao próprio vetor a, isto é a + 0 = a.
a-b
b a -b
a
Exemplo:
a + b = (ax + bx)x + (ay + by)y + (az + bz)z {coordenadas retangulares}
ρ + (aα + bα)α
a + b = (aρ + bρ)ρ α + (az + bz)z {coordenadas cilíndricas}
θ + (aα + bα)α
a + b = (ar + br)r + (aθ + bθ)θ α {coordenadas esféricas}
z y z α
x ρ
(x1,y1,z1) (ρ1,α1,z1)
y
plano y = y1 y superfície ρ = ρ 1
x x
plano x = x1 plano α = α1
(a) Sistema de coordenadas retangulares (x, y,z) (b) Sistema de coordenadas cilíndricas (ρ, α, z)
z superfície θ = θ1
r (r1,θ1,α1)
α
θ
superfície r = r1 y
x
plano α = α1
Isto é,
θ
b cos θ a
Sendo u = ( 2, 3, 1) e v = ( 1, 4, 5) . Calcular :
f) (5u+3v)•(5u–3v).
Produto vetorial:
a x b = ab sen θ n, (2)
b
θ
a
O produto vetorial entre dois vetores pode também ser expresso na forma
matricial. Isto é:
x y z
ax ay az
axb = (3)
bx by bz
plano y = y1 y x
Semi-plano α = α1
x
plano x = x1
Eletromagnetismo – Departamento de Engenharia Elétrica - UFMG
© Prof. João Antônio de Vasconcelos
A transformação de uma quantidade escalar é muito simples, pois basta fazer a
substituição das coordenadas de um sistema para a do outro sistema,
empregando as relações entre elas:
• x = ρ cos α
• y = ρ sen α y
(ρ,α, z)
• z=z α ρ
ρ
ρ sen α
• ρ = [(x2 + y2 )1/2 α
ρ cos α x
• α = tg-1[y/x] Plano z
• z=z
A transformação de uma quantidade vetorial é feita em duas etapas. Na primeira,
idêntica à etapa anterior, fazemos a substituição das coordenadas de um sistema
para a do outro sistema, empregando as relações já apresentadas. Na segunda
etapa, fazemos a transformação dos vetores unitários. Isto pode ser feito
empregando as operações a seguir:
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(ρ,α, z)
y
α sen α y
. ρ α z cos α y ρ
-sen α x cos α x
x cos α -sen α 0 ρ
y sen α cos α 0 α
ρ cos α x
z 0 0 1 Plano z
superfície r = r1 y
plano y = y1 y
x
x Semi-plano α = α1
plano x = x1
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© Prof. João Antônio de Vasconcelos
A transformação de uma quantidade escalar, de forma semelhante ao caso da
transformação de coordenadas retangulares para coordenadas cilíndricas e vice e
versa, pode ser feita substituindo as coordenadas de um sistema para a do outro
sistema, empregando as relações entre elas:
• x = r sen θ cos α
(r,θ, α)
• y = r sen θ sen α z
r
• z = r cos θ θ
α
θ r
r cos θ
r sen θ sen α
• r = [x2 + y2 + z2] 1/2
x
r sen θ y
α
• θ = tg-1[(x2 + y2 )1/2/z] r sen θ cos α
• α = tg-1[y/x]
. r θ α
x sen θ cos α cos θ cos α -sen α
y sen θ sen α cos θ sen α cos α
z cos θ -sen θ 0
Exercício:
1) Dado o campo vetorial F = 2x x + z y em coordenadas retangulares,
encontre o vetor F em coordenadas cilíndricas.
2) Dado o campo vetorial F = z x + y y em coordenadas retangulares,
encontre o vetor F em coordenadas esféricas.
3) Conhecido o campo vetorial F = z ρ + ρ z em coordenadas cilíndricas,
encontre o vetor F em coordenadas retangulares.
4) Conhecido o campo vetorial F = r r + cos θ θ em coordenadas esféricas,
encontre o vetor F em coordenadas retangulares.
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Integral de Linha
∫ F(x, y, z) ⋅ t(x, y, z) dl
C
(4)
Para avaliar esta integral, considere o vetor posição r que localiza o ponto
(x,y,z), tendo como referência a origem de um sistema de referência genérico O.
O vetor r + ∆r é por sua vez o vetor posição que localiza, sobre a curva C, um
ponto próximo ao ponto (x,y,z). Seja este o ponto (x´,y´,z´). Seja ∆l o
comprimento da curva C que vai do ponto (x,y,z) ao ponto próximo (x´,y´,z´).
Assim, podemos definir o vetor unitário t(x,y,z) como sendo:
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C (x,y,z)
t
r ∆r ∆l
(x´,y´,z´)
O r + ∆r
∆r dr
t ( x , y, z) = lim = (5)
∆l → 0 ∆l dl
Substituindo na integral de linha o vetor tangente, temos:
dr ( x , y , z )
∫ F ( x , y, z ) ⋅
C
dl
dl = ∫ F ( x , y, z) ⋅ dr ( x , y, z)
C
(6)
xf yf zf
∫ F(x, y, z) ⋅ dr(x, y, z) = ∫ F dx + ∫ F dy + ∫ F dz
C x=xi
x
y= yi
y
z=zi
z (10)
ρf αf zf
∫ F ( x , y , z ) ⋅ dr ( x , y, z ) .
C
(13)
y
(0,2) (2,2)
(0,0)
x
Plano z = 0
∫ F ( x , y, z ) ⋅ dr ( x , y, z ) = ∫ F ⋅ d r + ∫ F ⋅ dr + ∫ F ⋅ d r
C C1 C2 C3
x =0
y=2 x =2 y =0
y=2 x =2 x =0 y =0
∫ F(x, y, z) ⋅ dr(x, y, z) = ∫ F dy + ∫ F dx + ∫ F dx + ∫ F dy
C y =0
y
x =0
x
x =2
x
y=2
y
y=2 x =2 x =0 y =0
∫ F ( x , y, z ) ⋅ dr ( x , y, z ) = ∫ y dy + ∫ 2xdx + ∫ x dx + ∫ dy
2 2 2
y
C y =0 x =0 x =2 y=2
2 0 0
∫ F( x , y , z ) ⋅ d r( x , y , z ) =
y3
3 + x 2
( ) 2
0
x3 y 3 8 8 8 4
+ + = + 4 − − =
C 0 3 2 3 2 3 3 3 3
y
(0,2) (2,2)
x
Plano z = 0
Integral de Superfície
(15)
onde o elemento de área diferencial vetorial é ds( x , y, z) = n( x , y, z)ds( x , y, z) . Ao
resultado da integração do componente normal de uma quantidade vetorial sobre
uma superfície S denominamos de fluxo desta quantidade que atravessa a
superfície.
x=0
x n y
dy y = 2
x =3
Solução:
z
(0,1)
(1,0)
x
Operador nabla
O operador ∇ é um operador vetorial diferencial, denominado nabla ou del, o
qual é definido no sistema de coordenadas cartesiana como:
∂ ∂ ∂
∇=x +y +z . (17)
∂x ∂y ∂z
Este operador não tem significado físico nem geométrico. Por ser um operador,
pode-se à esquerda aplica-lo a uma função à direita.
Gradiente
Considere a função escalar f, contínua e com derivadas pelo menos até primeira
ordem:
f = f (r) = f ( x, y, z) . (18)
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O gradiente da função f, grad f, é um vetor definido por:
∂f ∂f ∂f
∇f = x +y +z . (19)
∂x ∂y ∂z
Verificação:
a) Qual o significado geométrico da direção fornecida pelo gradiente?
Considere o vetor posição r = xx+yy+zz. O deslocamento elementar dl = dr é
dado por:
dl = dr = xdx+ydy+zdz. (20)
Realizando o produto escalar entre Eqs. (19) e (20) resulta em:
∂f ∂f ∂f
∇f ⋅ dl = dx + dy + dz = df (21)
∂x ∂y ∂z
∇f ⋅ dl df
= ∇f ⋅ u = . (26)
| dl | dl
df
∇f = (27)
dl max
grad f(P2)
f = C2
grad f(P1)
f = C1
e) Cilíndricas
∂f ∂f ∂f
∇f = + +z . (29)
∂ρ ρ∂α ∂z
f) Esféricas
∂f ∂f 1 ∂f
∇f = r + + . (30)
∂r r∂θ rsin(θ ) ∂α
∂v x ∂v y ∂v z
∇⋅v ≡ + + (31)
∂x ∂y ∂z
Significado Físico:
A divergência de um campo vetorial v(r), div v(r), dá como resultado o fluxo
líquido (fluxo que sai – fluxo que entra) por unidade de volume.
Dedução:
Considere a lei de Gauss:
∫ D.ds = Q
s
(32)
Vamos aplicá-la à superfície fechada que envolve o volume infinitesimal, com
centro no ponto P, ilustrado a seguir:
∆x
∆y
Vamos considerar separadamente cada uma das integrais do lado direito de (33).
∫ D.ds ≈ D.∆s
frente
frente = D.∆y∆zx = Dx , frente ∆y∆z (34)
∆x ∂Dx
∫frente
D .ds ≈ D x 0 +
2 ∂x
∆y∆z (36)
b) Face de Trás
∫ D.ds ≈ D.∆s
atrás
atrás = − D.∆y∆zx = − Dx , atrás ∆y∆z (37)
O valor de Dx na face de trás, empregando a expansão de Taylor, é:
∆x ∂Dx
∫atrás
D . ds ≈ −
D x0 −
2 ∂x
∆y∆z (39)
Esta equação dá como resultado o fluxo líquido que deixa a superfície na direção
x.
Estes três resultados somados (Eqs. (40) + (41) + (42)) permitem então avaliar o
fluxo líquido que deixa a superfície fechada envolvendo o cubo, isto é:
∂D ∂D y ∂Dz (43)
≈ x + + ∆x∆y∆z
∂x ∂y ∂z
lim
∫ D.ds
s ∂D
= x +
∂D y ∂Dz
+ = ∇ ⋅ D
∆x ∆y ∆z → 0 ∆x∆y∆z ∂x ∂y ∂z (44)
Rotacional
Em coordenadas cartesianas, o produto vetorial entre o operador nabla e um
campo vetorial v pode ser escrito da seguinte forma:
x y z
∇ × v = ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z
(46)
vx vy vz
Ilustração Geométrica:
Dedução:
Considere a figura abaixo, a qual será utilizada para aplicação da lei de Ampère
ao percurso diferencial fechado.
2
1
A integral de linha fechada de H.dl, Eq. (48), é conhecida como Lei de Ampère.
∫ H .dl ≈ H
1
y,1 - 2 ∆y (50)
∆x ∂H y
2
∫1 H .d l ≈ y0 2 ∂x ∆y
H +
(52)
∆x ∂H y
4
∫3 H .d l ≈ − y0 2 ∂x ∆y .
H −
(53)
∂H x
3 1
∫ H .dl + ∫ H .dl ≈ −
2 4
∂y
∆ x∆ y . (55)
∂H y ∂H x
∫ H .d l ≈
∂x
−
∂y
∆x∆y .
(56)
O lado direito da Eq. (48) pode ser avaliado no elemento de área diferencial
como:
∂H y ∂H x
∫ H .d l ≈
∂x
−
∂y
∆x∆y ≈ J z ∆x∆y .
(58)
ou
∫ H .dl ≈ ∂H y
−
∂H x
≈ Jz .
∆x∆y ∂x ∂y (59)
lim
∫ H .dl = ∂H y
−
∂H x
= Jz
∆x∆y →0 ∆x∆y ∂x ∂y (60)
lim
∫ H .dl = ∂H x
−
∂H z
= Jy
∆x∆z →0 ∆x ∆ z ∂z ∂x
(62)
∇×∇ (64)
e
∇⋅∇ (65)
x y z
∂ ∂ ∂ ∂2 ∂2 ∂2 ∂2 ∂2 ∂2
∇×∇ = = x − + y − + z −
∂x ∂y ∂z ∂y∂ z ∂ z ∂y ∂z ∂ x ∂ x ∂z ∂ x ∂ y ∂ y∂x (66)
∂ ∂ ∂
∂x ∂y ∂z
∂2 ∂2 ∂2
∇⋅∇ = ∇ = 2 + 2 + 2
2
(67)
∂x ∂y ∂z
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
1 ∂ ∂ 1 ∂2 ∂2
Cilíndricas(ρ,α,z): ∇2 = (ρ ) + 2 +
ρ ∂ρ ∂ρ ρ ∂α 2 ∂z 2
1 ∂ 2 ∂ 1 ∂ ∂ 1 ∂2
Esféricas(r,θ,α): ∇2 = ( r ) + ( sinθ ) +
r 2 ∂r ∂r r 2 sinθ ∂θ ∂θ r 2sin 2 θ ∂α 2
Sendo o operador Laplaciano um escalar, ele pode ser aplicado a uma função
escalar ou vetorial.
∇ ⋅ ∇f = ∇ 2 f (68)
∇ 2 A = ∇ 2 ( A x x + A y y + A z z) = ∇ 2 A x x + ∇ 2 A y y + ∇ 2 A z z (69)
Em (68), o Laplaciano pode ser interpretado como sendo a divergência do
gradiente. Em (69) esta interpretação não é válida, pois o gradiente não se aplica
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a uma função vetorial. Em (69), quando é o sitema de coordenadas cartesianas,
as componentes do Laplaciano de uma função vetorial são os Laplacianos das
componentes cartesianas.
∇ 2 A = ∇ 2 ( A 1u 1 + A 2 u 2 + A 3 u 3 ) ≠ ∇ 2 A 1u 1 + ∇ 2 A 2 u 2 + ∇ 2 A 3 u 3 (70)
Isto se deve ao fato de que os unitários curvilíneos são função do ponto e não
podem portanto serem extraídos da operação de diferenciação. As expressões em
coordenadas curvilíneas podem ser encontradas na página 17 do livro
Eletromagnetismo (Annita Macedo).
O operador ∇ × ∇ , dado em (64), aplicado a uma função de ponto será sempre nulo
se a função for contínua e tiver contínuas as derivadas segundas mistas. Isto só
não ocorre com as grandezas do eletromagnetismo [AnnitaMacedo]. A Tabela a
seguir mostra outras operações possíveis com este operador.
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Operações com o Operador Nabla
( ∇ × ∇ ) f = ∇ × ( ∇f ) = 0 (71)
(∇ × ∇) ⋅ A = 0 (72)
(∇ × ∇) × A = 0 (73)
∂Ax ∂A ∂A
∇(∇ ⋅ A ) = ∇( ) + ∇( y ) + ∇( z ) (74)
∂x ∂y ∂z
∇ ⋅ (∇ × A ) = 0 (75)
∇ × (∇ × A ) = ∇(∇ ⋅ A ) − ∇ 2 A (76)
De (71), pode-se concluir que se o campo é irrotacional, então ele pode ser
escrito como sendo o gradiente de um escalar:
∇×A = 0 ⇒ A = ∇f . (77)
s
V
∫∫ ∇ × A ⋅ ds = ∫ A ⋅ d l
s l (80)
0 se | x − x0 | > 1
2m
δ m ( x − x0 ) =
m se | x − x0 | < 1 (81)
2m
δm(x-x0)
x0-1/2m x0 x0+1/2m
x
1/m
Isto é:
δ( x − x 0 ) ≡ lim δ m ( x − x 0 ) (83)
m→∞
0 se x 0 ∉ R
∫R δ(x − x 0 )dx = 1 se x 0 ∈ R (84)
x0 x
As propriedades desta distribuição que nos interessam são dadas a seguir. Ela é
simétrica em relação a seu ponto singular e seu produto por uma função finita
será sempre igual a zero, exceto para o ponto singular, o que mostra a equação.
δ( x − x 0 ) = δ( x 0 − x ) (85)
Para duas e três dimensões, análises similares podem ser feitas. Em duas e três
dimensões, a delta de Dirac é definida como: