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Educação no Brasil:

O que é a Educação?
Para Durkheim, a educação apóia-se na relação entre o homem e a sociedade sendo que esse
processo educacional apóia-se, na Família, Igreja, Escola, e a comunidade.
A ação exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda não estão maduras para a vida
social tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança determinados números de estados físicos,
intelectuais e morais que dele reclamam, por um lado, a sociedade política em seu conjunto, e por
outro, o meio especifico ao qual está destinado. (DURKHEIM, 1973:44).
Oposto a Durkheim, Dewey vê a educação como um sistema dinamizador das sociedades,
onde o sujeito onde o sujeito promove mudanças nela, sem repetir as experiências anteriores,
acriticamente. Pelo contrário as relações serão avaliadas criticamente, com o objetivo de modificar seu
comportamento, e desta maneira promover a mudança social.
Para Dewey é impossível separar o mundo da educação da vida:
A educação não é preparação nem conformidade. Educação é vida,
é viver, é desenvolver, é crescer. (DEWEY, 1971:29).
Para Paulo Freire e sua pedagogia da esperança, a educação, é um processo dinamizador, onde
o homem através da educação descobre um meio para a manutenção do status, esse novo status deve
dar ao homem as mesmas condições que a classe dominante o impossibilitou de ter. A educação é uma
devolução dos conteúdos coletados na própria sociedade que são sistematizados e organizados, e
devolvidos aos indivíduos numa busca a uma compreensão crítica frente à sociedade.
Seja para Durkheim, Freire, ou Dewey a educação tem um enfoque em comum. A
transformação social do indivíduo que adquire conhecimento através dela. É esse o papel que a
educação tem desde que essa ação é concebida com o nome “Educar” ou “Educação”.

Educação no Brasil de 1822 até os dias atuais:

1822 – D. Pedro I proclama a independência do Brasil, e, inspirada na constituição Francesa,


de cunho liberal em 1824 é outorgada a primeira constituição brasileira.
O artigo 179 deixava claro o direito de todos os cidadãos a instrução primária gratuita. Devido
a falta de professores foi aplicado o Método Lancaster de ensino, onde um aluno treinado (decurião)
ensinava um grupo de dez alunos (decúria) sob a rígida vigilância de um inspetor.
Em 1834 o ato adicional a Constituição dispõe que as províncias passariam a ser responsáveis
pela administração do ensino primário e secundário. Então em 1835 surge a primeira escola normal em
todo o país, em Niterói.
Até a proclamação da república, em 1889 pouco se fez pela educação no Brasil. Com a
proclamação da república, o Brasil adota o sistema presidencialista baseado no sistema americano. Na
sua organização escolar foi tomado como referencia os ideais da filosofia positivista.
A reforma de Benjamin Constant tinha como principio a laicacidade e a liberdade de ensino
e de transformar esse ensino em formador de alunos para o curso superior e não só um ensino
preparador.
A reforma defendia a alteração da predominância literária pela científica nos métodos de
ensino. No ano de 1900 o Brasil tinha 75% de analfabetos em sua população.
Em 1901 o Código Epitácio de Pessoa inclui lógica entre as matérias e retira biologia,
sociologia e a moral acentuando assim a parte literária em detrimento da científica.
Entre 1911 e 1915 ocorreram duas reformas no Brasil. A Rivadávia Correia (1911) e a de
Carlos Maximiliano. A primeira foi desastrosa, pois retomava a orientação positivista, pregando que
o curso secundário tornasse formador do cidadão e não como simples promotor e nível seguinte. A
segunda reforma surge para reoficializar o ensino no Brasil. A década de 20, marcada por um intenso
confronto ideológico entre correntes diferentes influenciadas pelos movimentos Europeus, culminou
com a crise econômica de 1929.
Devido a isso a produção agrária no Brasil entrou em colapso. Ele se viu obrigado a lançar-se
no mundo capitalista e de produção industrial. Surge então a obrigação de investir em educação para
mão de obra especializada.
Sendo assim em 1930 foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública. O governo
provisório de 1931 sanciona e organiza o ensino secundário e as universidades que ainda não existiam.
Estes acontecimentos ficam conhecidos como Reforma Francisco Campos.
• O decreto 19850 de 11 de abril cria o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos
Estaduais de Educação.
• O decreto 19851 de 11 de abril institui o Estatuto das Universidades Brasileiras
dispondo a organização do ensino superior no Brasil adotando regime universitário
Depois de um golpe de estado, Getulio Vargas, com tendências facistas outorga a Constituição
de 1937. Nesse período é criada a União Nacional dos Estudantes – UNE e o Instituto Nacional de
Estudos Pedagógicos – INEP.
Em 1942, devido à iniciativa do ministro Gustavo Capanema, começa uma série de reformas
no ensino. Essas reformas receberam o nome de leis orgânicas do ensino e são seguidos pelos
seguintes decretos – lei.
• Decreto - lei 4048, de 22 de janeiro, cria o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial –
SENAI.
• Decreto - lei 4073, de 30 de janeiro, regulamenta o ensino industrial.
• Decreto - lei 4244, de 5 de abril, regulamenta o ensino secundário.
• Decreto – lei 4481, de 16 de julho, dispõe a obrigatoriedade dos estabelecimentos
industriais empregarem um total de 8% correspondente ao numero de operários e
matriculá-los nas escolas do SENAI.
• Decreto – lei 4436, de 7 de novembro, amplia o âmbito do SENAI, atingindo também o
setor de transportes, das comunicações e da pesca.
• Decreto – lei 4984, de 21 de novembro, compele que as empresas oficiais com mais de
cem empregados a manter, por conta própria, uma escola destinada a formação
profissional de seus aprendizes.
Ainda nesse ideal é baixado o decreto-lei 6141 de 28 de dezembro de 1943, regulamentando o
ensino comercial.
Com o fim do Estado Novo, foi criada uma nova Constituição de cunho liberal e democrático.
A educação volta o preceito de ser para todos (Educação para Todos), inspirada no princípios
proclamados pelos Pioneiros, no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova nos primeiros anos da
década de 30.
Ainda em 1946 o então ministro Raul Leitão regulamenta o ensino primário e o ensino normal,
além de criar o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC.
Nesse período então. Começa uma serie de disputas ideológicas, quando o ministro Clemente
Mariani, baseado nas doutrinas emanadas pela Carta Magna, cria uma comissão com o objetivo de
elaborar um anteprojeto de reforma da educação nacional.
Depois de 13 anos de discussões, foi promulgada a lei 4024, em 20 de dezembro de 1961
prevalecendo às reivindicações da igreja católica e dos donos de estabelecimentos particulares de
ensino no confronto com os que defendiam o monopólio estatal para a oferta de educação aos
Brasileiros. Em 1961 também é criada a UNB.
Em 1962 é criado o Conselho Federal de Educação, substituindo o Conselho Nacional de
Educação. São criados também os Conselhos Estatuais de Educação.
Ainda em 1962 são criados o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de
Alfabetização ambos inspirados no método Paulo Freire.
Depois do Golpe Militar de 1964 muitos educadores passaram a serem perseguidos, devido
aos seus pensamentos ideológicos, alguns se exilaram, e outros trocaram de profissão. Neste período
apesar da repressão militar, houve expansão do numero de Universidades no Brasil.
Para erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização –
MOBRAL. Esse método foi rapidamente extinto devido a denuncias de corrupção. Em 1971 foi
instituída a lei 5692 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Com o fim do Regime Militar, o projeto de Lei da nova LDB foi encaminhando a Câmara
Federal em 1988, depois de algumas reiterações o projeto foi aprovado em dezembro de 1996.

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