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Um olhar sobre a educação a distância

Com a expansão dos meios de comunicação e da internet e a intensificação de seu uso


pelas massas, a Educação a Distância tem se consolidado como uma possibilidade de
formação educacional a partir da rede mundial de computadores. Nesse contexto, são
explorados, sobretudo, os recursos da Internet, como também dos softwares
educacionais, os quais se combinam e oferecem possibilidades ao processo de
ensino/aprendizagem a longa distância.

A educação a distância procura inserir o aluno como sujeito que constrói seu
conhecimento, um sujeito que pesquisa, compartilha e descobre suas capacidades.
Para isso, prioriza o processo de interação, seja síncrona ou assíncrona, como forma de
mobilizar este aluno. Cada indivíduo, com seu conhecimento, diferenças individuais e
histórias de vida, é imprescindível para contribuição com o grupo e aprofundamento dos
temas selecionados.

Hoje a Educação a Distância (EAD) atinge um público maior do que antes, de todas as
idades e de maneira mais atrativa, estimulando habilidades e despertando a
curiosidade de aprender a aprender fazer, principalmente com o auxílio de diversos
recursos presentes nos ambientes virtuais tais como blog, wikispaces,
videoconferência, chat, fórum de discussão, entre outros, os quais oportunizam
interações no processo de construção do conhecimento. A utilização dessas e outras
ferramentas de forma integrada contribui para o desenvolvimento da aprendizagem
coletiva, construindo e reconstruindo novos saberes, além de dinamizar as atividades
dos cursos. Nesse contexto, qual o papel do professor que atua em EaD? A
comunicação nessa modalidade de ensino se caracteriza por ser multidirecional,
aproximando emissores e receptores e criando condições para aprendizagem
colaborativa e significativa, envolvendo a todos num processo de autoria.

Mediando e orientando os participantes nesse processo, temos a figura dos


professores, que deverão estar atentos às atitudes dos alunos para que os mesmos se
insiram no processo colaborativo, interferindo nos momentos adequados, facilitando a
aprendizagem e provocando situações educativas que levem a uma avaliação
processual e flexível e com uso de múltiplos referenciais.

Protagonista de um papel tão primordial para o sucesso da aprendizagem significativa,


o professor deve assumir atitudes para interação do grupo nesse ambiente, a destacar:

· Ser capaz de tr açar o perfil do grupo de alunos que ele vai ser mediador,
acolhendo-o e intensificando os vínculos afetivos;

· Dar apoio e suporte teórico qualificado para o desenvolvimento do curso


e orientar o grupo na utilização dos recursos disponíveis na plataforma;
· Interagir com os alunos de forma receptiva, bem como, promover a
interação contínua ent re os pares privilegiando um trabalho colaborativo;
· Utilizar-se de linguagem clara de modo a facilitar a interpretação acerca
do tema a ser discutido;

· Estimular o aluno para consultas a outras fontes de pesquisa;

· Apresentar respostas às perguntas feitas pelos alunos;

· Dar importância às participações do aluno, comentando e incentivando;

· Quando a postagem não estiver dentro do contexto da discussão,


estimular o aluno a uma nova pesquisa;

· Auxiliar os alunos que não estiverem interagindo, tentando resgatar a participação e


envolvimento no processo de construção do conhecimento, ajudando na super ação de
dificuldades e limites;

· Lançar subtemas ao tema central em pauta de forma a enriquecer abusca de novas


compreensões;

· Ter uma prática pedagógica reflexiva e flexível.

Outra figura importante para garantir a qualidade dessas interações é o tutor, o qual deve
atuar ora como facilitador ora como mediador. Ele deve incentivar os debates com
perguntas e provocações intelectuais, bem como estar atento a ajudar e acompanhar as
discussões par a que possa ser o agente no processo de construção do conhecimento de
forma coletiva pelos discentes. O tutor deve ser um dinamizador das discussões.

Em EaD, a falta de interação pode ocasionar a baixa produtividade e desistência. Então,


faz-se necessário uma reflexão crítica a todos os profissionais que almejam exercer a
função de professores, de forma a auxiliar construtivamente os alunos durante as etapas
dos cursos nessa modal idade de ensino.

O Futuro da Ead

Nossas crianças e adolescentes comentam que com as tecnologias da informação e


comunicação eles aprendem mais e ao mesmo tempo se divertem.

Hoje já não basta que uma pessoa estude e adquira uma competência no ensino formal.
Este tipo de ação não garante mais emprego. Nem hoje e nem no futuro. Anteriormente
aquele que trabalhava bem era aquele que dominava e conhecia mais conteúdos. Hoje já
não se processa desta forma, mudou, o mais importante tornou-se saber onde encontrar
uma informação confiável, como usá-la para resolver problemas, relacionar
conhecimentos e trabalhar cooperativamente.

Alguns autores como Moore (2007) comparam este processo ao da "Revolução


Copernicana" para descrever esse momento de mudança de paradigma na educação. É
uma nova maneira de compreender o universo educacional. Ilustra a dimensão do
impacto que um deslocamento do professor do centro desse universo vem causando a
nossa sociedade, onde o aluno tem autonomia em sua atuação e é protagonista de suas
aprendizagens.
Um mundo de transformações enfrentamos hoje, e, consequentemente, a educação
precisa acompanhar toda essa mudança, para adequar o processo de ensino-aprendizagem
à realidade da nova geração que é ávida por tecnologia e que cresceu junto à toda essa
aceleração. Estamos em um sistema apressado, cont ínuo e não-linear que visa o social a
todo instante, uma vez que nos disponibiliza vários meios de estar com o outro, mesmo
estando sozinho. Essa pressa tem nos impulsionado à profissionalização, ao aprendizado
contínuo, e o papel da EaD, aliada às TIC's, é de grande relevância nesse cenário, pois
permitiu que grandes barreiras fossem quebradas como a barreira da distância física, a
barreira do "aprender apenas na presença física do professor", dentre outras. Sabemos dos
percalços enfrentados na adaptação da EaD e, acreditamos, que alguns deles ainda existam,
mas muito já se fez, permitindo que esta modalidade continue em crescimento

Dessa forma, criar soluções de aprendizagem que os alunos possam acessar com
certa freqüência e que despertem seu interesse e imaginação, acelerando o aprendizado e
reduzindo os custos e o tempo, é a premissa básica de um programa de EAD.

Referência Bibliográficas

Comunidades virtuais como técnica de inclusão. Revista Pedagógica Pátio.


Ano XII, Nº46, Mai o/Julho 2008.

LAPA, Andrea Brandão, BELLONI, Maria Luiza. Introdução à Educação a


Distância. Florianópolis: UFSC/CED/NUP, 2010.

MOORE, Michael. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo:


Thomson Learning, 2007.

http://www.comunidade.sebrae.com.br/educacao/Ar tigos/13348.aspx pesquisado em


06/04/2011 http://www.abed.or g.br/antiga/htdocs/paper_visem/fabiane_barreto%20.htm
pesquisada em 06/04/2011

SATHLER, Luciano. Futuro incerto para a educação a di stância. Disponível em:


http://www.educacaoadi stancia.blog.br/futuro-incerto-para-educacao-adistancia/. Acesso
em 03/04/2011 .

TAVANO, P. T. Por um Coletivo Inteligente: A Construção dos Saberes em


Pierre Lévy. I Congresso de Tecnologias na Educação, no ambi ente Moodle.
VILELA, F. M. Et alii. Interação e o processo de Aprendizagem Compar tilhado e Colaborativo
n u m F ó r u m d e D i s c u s s ã o . D i s p o n í v e l e m < h t t p : / / w w w. a b e d . o r
g.br/congresso2005/por/pdf/050tcc5.pdf>

(*) Esse texto é a síntese final das contribuições que foram enviadas pelos alunos Denise da Silva, Francinaide de
Lima Silva, Francisco Ivanilson da Costa Confessor, Leila de Almeida Castilo, Luzia Michelle Nunes da Silva,
Mascleide Paula de Lima, Simonise José da Silva, Taciana Josefa da Silva e Tânia Cristina M. Cardoso durante a
4a. turma do curso Explorando o Universo da Educação a Distância realizado pela Fundação Joaquim
Nabuco no ano de 2011.

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