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Marcelo Castro1,2, Sofia Abreu1, Helen Sousa1,2 , Cristina Figueiredo1, Leandro Machado1,
Rubim Santos2, João Paulo Vilas-Boas1
1
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), CIFI2D, Porto, Portugal
2
Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto (ESTSP), Porto, Portugal
1 INTRODUÇÃO
A compreensão das adaptações do sistema participantes com IMC<25 realizaram seis,
músculo-esquelético durante a marcha de sendo que nos três últimos testes, utilizaram
pessoas submetidas a sobrecarga permite o uma mochila (fixada na região dorso-
estabelecimento de estratégias de prevenção lombar) que continha uma massa que,
e reabilitação mais seguras e eficazes para a quando somada à massa corporal, perfazia
manutenção da integridade física. Neste um IMC de 30. Tal IMC foi escolhido por
sentido, a proposta do presente estudo foi ser considerado potencialmente lesivo ao
comparar os efeitos da sobrecarga aparelho locomotor [1]. Desta forma, três
permanente e ocasional nos parâmetros grupos foram estabelecidos: grupo IMC<25
cinéticos da marcha. sem mochila (grupo controlo), IMC<25
com mochila (grupo sobrecarga ocasional)
2 METODOLOGIA e IMC>30 (grupo sobrecarga permanente).
A amostra foi constituída por 80 Foi desenvolvido um programa no software
participantes, dos quais 60 apresentavam Matlab® 7.0 para cálculo das seguintes
índice de massa corporal (IMC)<25, idade variáveis: duração da fase de apoio (FA), 1º
de 22,8±3,7 anos, altura de 1,69±0,09 m e pico (Fvt1), mínimo intermédio (Fvt2) e 2º
massa corporal de 65,5±9,8 kg; e 20 pico (Fvt3) da componente vertical da FRS;
participantes apresentavam IMC>30, idade pico de travagem (FapT) e propulsão (FapP)
de 39,1±7 anos, altura de 1,69±0,1 m e da componente ântero-posterior da FRS;
massa corporal de 104,6±12,0 kg. No pico da componente médio-lateral (Fml) da
presente estudo realizou-se uma análise FRS e tempo onde ocorreram tais eventos,
extensiométrica para a qual foi utilizada respectivamente: TFvt1, TFvt2, TFvt3,
uma plataforma de força Bertec (modelo TFapT ,TFapP e TFml. O impulso da
4060-15) para recolher dados de força de componente vertical (Ivt) e da componente
reacção do solo (FRS) a uma taxa de antero-posterior (travagem e propulsão -
amostragem de 1000 Hz. Cada participante IapT e IapP) também foram determinados.
caminhou a uma velocidade auto- Os dados de força foram normalizados pela
seleccionada ao longo de um estrado de massa corporal enquanto que os dados
marcha, wm cujo centro se encontrava a referentes às variáveis temporais foram
plataforma. Os participantes com IMC>30 normalizados pela duração da FA. A
realizaram três testes, enquanto que os normalidade dos dados foi verificada por
M.P. Castro, S.A. Abreu, H. Sousa, C. Figueiredo, L. Machado, R. Santos e J.P. Vilas-Boas
dp – desvio padrão; diferenças significativas com p < 0,05 entre: * grupo controlo e sobrecarga permanente; & grupo controlo e
sobregarca ocasional; e # sobrecarga ocasional e permanente.