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I.

FASE PROBATORIA – Se apóia na provas judiciais trazidas aos autos


pela partes litigantes, e , eventualmente, pelo próprio juiz da causa.

II. FATOS - Os que compõem a argumentação do autor e do réu de


pendem de prova em juízo.

III. PROVA – é instituto jurídico-processual por meio do qual se determina


no, processo, a materialidade de fato que integre a causa de pedir de
pedido deduzido em juízo. A prova, portanto, é instituto de importância
capital da atividade de conhecimento.

IV. OBJETO DA PROVA – é o fato litigioso e controvertido, sobre o qual,


portanto, recaia o litígio e pese a controvérsia.

V. MEIOS DE PROVA - todos os legais e moralmente legítimos que sejam


hábeis para provar a verdade dos fatos. (art. 332).

• Depoimento pessoal (arts 342 a 347);


• Confissão (arts. 348 a 354);
• Exibição de documento ou coisa (arts. 355 a 363);
• Prova documental (arts. 364 a 399);
• Prova testemunhal (arts. 400 a 419);
• Prova pericial (arts. 420 a 439);
• Inspeção judicial (arts. 440 a 443)

VI. ÔNUS DA PROVA – incube (art. 333):

• Ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;


• Ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor.
OBS: pode também o juiz determinar, de ofício, a produção de
provas que considerar necessária para o seu convencimento (art.
130).

VII. POSSIBILIDADE DE ALTERAR O ÔNUS DA PROVA – existe que


seja alterado por convenção entre as partes, EXCETO (art. 333 parágrafo
único)

• Recair sobre direito indisponível da parte;


• Tornar excessivamente difícil a uma parte realizar a prova para
o exercício do direito.

VIII. PARA PEDIR AS PROVAS – incumbe ao autor e ao réu especificar,


respectivamente, na petição inicial e na contestação as provas que
pretendem produzir.

IX. FATOS QUE NÃO PRECISAM SER PROVADOS (ART> 334):

• Notórios;
• Afirmados por uma parte e confessados pelo adversário;
• Admitidos no processo como incontroversos;
• Presumidos legalmente.
X. MOMENTO PARA PRODUZIR AS PROVAS (ART. 336) – em geral,
deve ser produzida na audiência, na seguinte ordem (art. 452):

• Esclarecimentos de perito e assistente técnicos;


• Depoimentos pessoais do autor e depois do réu;
• Inquirição de testemunhas do autor e depois do réu.

XI. OBRIGAÇÃO DE COLABORAR COM A JUSTIÇA – toda a comunidade


de jurisdicionados te, abstratamente, o dever de colaborar com o Poder
Judiciário. Em matéria de prova, esse dever de colaboração remete-se ao
tema da busca da verdade: ninguém se exime de colaborar com o Estado-
Juiz para o descobrimento da verdade. (art. 339).

XII. DEVERES DAS PARTES (ART: 340) - além dos deveres do art.14,
em matéria probatória, a parte deve:

• Comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;


• Submeter-se a inspeção judicial;
• Praticar ato probatório que lhe for determinado.

XIII. DEVER DO TERCEIRO (ART. 341) –

• Informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha


conhecimento;
• Exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.

XIV. DEPOIMENTO PESSOAL (ARTS. 342 A 347)

• É meio de prova constante da oitiva daquele que é parte no


processo. Trata-se de meio de prova colocado à disposição da parte
que pretenda ouvir seu adversário. Logo, não se admite que a parte
requeira seu próprio depoimento pessoal.

• Como já visto o momento processual para requerer o


depoimento pessoal é da petição inicial (autor requer a de réu) e na
contestação (réu requer a do autor).

• Diferença entre depoimento pessoal e interrogatório. O


primeiro é o meio de prova que consiste na manifestação oral do
litigante após o requerimento por seu adversário. Já o segundo
consiste nessa mesma manifestação oral da parte, porém
determinada de ofício pelo juiz.

DEPOIMENTO PESSOAL INTERROGATÓRIO

Requerida pela parte Determinado de ofício

É meio de prova É meio de convencimento

Há pena de confesso Não há pena de confesso

É realizado apenas uma vez, em Pode ser realizado a qualquer


audiência de instrução. tempo, no curso do processo.
• O comparecimento da parte para presta depoimento está
condicionado à sua intimação pessoal, que vai deixar claro a ela
que no caso de ausência ou de recusar a depor, haverá a presunção
de veracidade dos fatos contra ela alegados (art. 343, § 1º). Neste
caso a ,multa aplicada é a confissão (art. 343, § 2º).

• Se a parte injustificadamente deixar de responder ou


empregar evasivas, o juiz poderá declarar que houve recusa em
depor (art. 345), o que conduzirá à aplicação também neste caso, da
pena de confissão (art. 343, §2º).

• No momento da audiência, a parte deverá responder


pessoalmente a respeito dos fatos indagados. (art. 346).

• A parte não é obrigada a depor sobre fatos (art. 347):

 Criminosos ou torpes, que lhe foram imputados.

 Dos quais deva guardar sigilo por questão de


estado (paternidade, p. ex.) ou por profissão.

CONFISSÃO (ARTS. 348 A 354):

• A confissão ocorre quando a parte admite a veracidade do


fato contrário ao seu interesse e favorável ao do seu adversário.

• Não tem validade como confissão a admissão em juízo de fatos


relativos a direitos indisponíveis (art. 351).

• A confissão é irretratável, mas pode ser revogada por vício de


erro, dolo ou coação, através de ação anulatória ou por ação
rescisória (art. 352).

• A confissão é indivisível, ou seja, a parte não poderá fracioná-


la para aproveitar o que lhe beneficie e rejeitar aquilo que lhe for
desfavorável.

XVI. EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA (ARTS. 355 A 363):

EXIBIÇÃO REQUERIDA CONTRA A EXIBIÇÃO REQUERIDA CONTRA


PARTE TERCEIRO

Pedido do requerente (art. 356): Faz surgir processo novo, com


atuação própria, em apenso aos
• Individualização mais autos principais,e decisão por
completa possível do sentença.
documento ou da coisa;
Nesse caso, o juiz mandará citar o
• Finalidade da prova, terceiro para que responda em 10
com menção aos respectivos dias.
fatos que se pretende provar;
Se o terceiro negar a obrigação, o
• Circunstâncias que justifiquem juiz designará audiência, para
a afirmação de que a coisa ou tomar-lhe depoimento, assim como
documento esteja com a parte das partes, e se, for o caso, das
testemunhas. A seguir o juiz
contrária. preferirá a sentença.

O juiz intimará o requerido para


que responda em 5 dias (art.
357) e em sua resposta, pode o
requerido afirmar que não possui
o documento ou coisa, neste
caso o requerente poderá
produzir prova contrária.

A recusa exibir o documento ou


a coisa não será admitida pelo
juiz se (art. 358):

• O requerido tiver
obrigação legal de exibir;

• O requerido aludiu ao
documento ou coisa com
intuito de produzir prova
no processo;

O documento, por seu conteúdo, for


comum às partes.

XVI. PROVA DOCUMENTAL (ARTS. 364 A 399):

Definição - É o registro material do fato.

Forma: original ou autêntico:

• Faz a mesma prova que o original do documento (art. 365);

• Os originais de documento digitalizados (art. 365, IV) deverão ser


preservados pelo seu detentor até o final do prazo para interposição
de ação rescisória (art. 365, §1º).

Espécies: públicos e privados – o documento pode ser particular ou


público, segundo seja produzido por particulares ou por órgão ou entidade
estatal.

Documento público – faz prova não só de sua formação ( ou seja, de sua


existência), mas dos fatos que o escrivão, o tabelião ou o servidor público
declarar ocorridos em sua presença (art. 364).

Momento para apresentar – em princípio, deve as partes esgotar a


produção de prova documental em sua petição inicial e na contestação (art.
396). A juntada de documentos novos apenas é autorizada para provar
fatos ocorridos depois de articulados na fase postulatória ou para fazer
contraprova (art. 397).

Argüição de falsidade – é o mecanismo processualmente adequado para


argüir, em qualquer tempo e grua de jurisdição, a falsidade de documento.
Deve a parte interessada, contra quem foi produzido o documento, suscitar
o incidente na contestação ou em 10 dias contados da intimação de sua
juntada aos autos (art. 390). O procedimento do incidente é diferente de
acordo com o momento processual em que for juntado aos autos o
documento.

XVII. PROVA TESTEMUNHAL (ARTS.400 A 419):

Definição – é meio de prova constante na manifestação oral, pela qual o


terceiro relata a ocorrência de fatos que interessam ao processo.

Dispensa de prova testemunhal (art. 400) – como regra geral, admite-


se no processo a prova testemunhal. O juiz apenas indefere a oitiva de
testemunhas quando:

• O fato estiver provado por documento ou confissão da parte;

• O fato exigir apuração por perícia ou documento;

• Prova de contrato que o valor exceda o décuplo do salário mínimo


(art. 401).

Testemunha: qualquer pessoa, salvo (art. 405):

- incapaz

-impedido

-suspeito

A testemunha impedida ou suspeita pode ser ouvida em juízo, sem prestar


compromisso, quando for estritamente necessário, devendo o juiz atribuir a
seu depoimento o valor que possa merecer (art. 405, §4º).

Momento para arrolar testemunhas – a parte que requerer e tiver


deferido o seu pedido para produção de prova testemunhal deve, no prazo
que o juiz fixar ao designar a audiência de instrução e julgamento,
protocolizar petição com o rol de testemunhas, indicando nome, profissão,
residência e local de trabalho (art. 407). Se o juiz não fixar o prazo, o rol
deve ser apresentado até 10 dias ates da audiência.

O número de testemunhas é limitado a 10 por parte, sendo que o juiz


pode limitar a 3 por prova.(art. 405, parágrafo único).

Momento para inquirir testemunhas – o local genuíno para o


depoimento da testemunha é perante o juiz da causa, em audiência de
instrução.

Depoimentos de autoridade (art. 411) – o código garante o privilégio


de algumas autoridades serem ouvidas em sua residência ou onde exerçam
suas funções. Nesses casos, o juiz solicita à autoridade que indique dia,
hora e local para ser inquirido, remetendo-lhe cópia da petição ou da
contestação da parte que o arrolou (art. 411, par. Único).

Substituição de testemunhas (art. 408) – o ato de indicação da


testemunha é, a princípio exaustivo e irrevogável. A parte, porém, pode
substituir a testemunha:
• Que falecer;

• Que estiver enferma;

• Que não foi encontrada.

Ordem dos depoimentos - as testemunhas são ouvidas em audiência


separada e sucessivamente; primeiro as do autor e depois as do réu, sendo
que não devem ouvir o depoimento uma das outras (art. 413)

Intimação das testemunhas

- não comparecimento

- funcionário público e militar : requisição

A testemunha deve ser intimada a comparecer a audiência por mandado ou


por correio com aviso de recebimento em mão própria, se tiver residência
certa (art. 412, caput e §3º). Na intimação estará mencionado o dia, hora
e local da oitiva, nome das partes e natureza da causa. O não
comparecimento injustificado da testemunha previamente intimada (e
apenas para esta ),enseja sua condução coercitiva para a mesma sessão
de audiência ou a seguinte.

A parte pode comprometer-se a levar a testemunha à audiência, sem


intimação. Nesse caso, o seu não comparecimento é considerado como
desistência da parte em ouvi-la (art. 412, §1º). Esse compromisso,
porem, não a exime de juntar o rol antecipadamente, correndo o risco caso
não o faça, de ter indeferida sua testemunha.

O servidor público ou militar podem ser arrolados como testemunhas. Em


tais casos, o juiz deve remeter a intimação também ao chefe da repartição
ou ao comando do corpo em que servir (art. 412, §2º).

Forma de inquirição:

-qualificação

-contradita: incapaz, impedido ou suspeito

-compromisso

-advertência

-inquisição: pelo juiz e partes

Antes de depor, a testemunha é qualificada (art. 414).

A testemunha incapaz, impedida ou suspeita pode ser contradita pela


parte adversária (art. 414, §1º). O juiz decide a contradita, dispensando
ou ouvindo a testemunha contradita. Pode ainda ouvir a testemunha
impedida ou suspeita, sem lhe tomar compromisso e atribuindo a seu
depoimento o valor adequado (art. 405, §4º).

Ao inicio da inquirição, a testemunha presta compromisso, formalizando


seu dever de dizer a verdade (art. 415). Nesse momento, o juiz de
adverti-la da sanção penal do falso testemunho. (art. 415, parágrafo
único).

O interrogatório da testemunha é feito pelo juiz que a inquiri sobre os fatos


controvertidos. Após as perguntas do juiz, a parte que a arrolou e seus
adversários, nessa ordem, completam o depoimento com outros
questionamentos à testemunha.

Em caso de indeferimento de pergunta, haverá sua transcrição obrigatória


no termo da audiência se a parte o requerer (art. 416, §2º), conferindo à
parte o direito de interpor o recurso de agravo retido, geralmente
escorado na alegação relativa de cerceamento do direito de defesa.

A testemunha referida em declaração de parte ou de outra testemunha


pode ser intimada pelo juiz para ser ouvida. Da mesma forma, o juiz pode
determinar a acareação de duas ou mais testemunhas que divergirem em
suas declarações (art. 418, II).

XVIII. PROVA PERICIAL (ARTS.420 A 439): é admissível sempre que o


fato depender de conhecimento técnico ou cientifico especializado (art.
145).

Constitui perícia:

-exame: inspeção de pessoas, coisas e documentos.

-vistoria: inspeção de imóveis

-avaliação: apuração de valores.

O art. 420 declara as modalidades de pericias conhecidas:

• Exame: visa à análise do estado em que se encontra um bem móvel,


semovente ou pessoa.

• Vistoria: destina-se a analisar o estado de um bem imóvel a


conhecida vistoria ad perpetuam rei memoriam é realizada para
tornar certo o estado de um imóvel, perpetuando a situação fática
nos autos.

• Avaliação: visa atribuir valor monetário a alguma coisa ou obrigação.

Dispensa de prova pericial:

-independe de conhecimento técnico

-existência de provas nos autos.

-impossibilidade de realização de pericia

-apresentação de parecer técnico de documento elucidativo


(art. 427).

O juiz indefere a pericia quando (art. 420, parágrafo único):

• A prova do fato não depende de conhecimento especial.


• É desnecessária diante de outras provas existentes.

• A verificação é impraticável.

Momento de requerer a perícia

A perícia dever ser requerida na petição inicial e na contestação, pelo autor


e réu respectivamente.

Deferimento da prova:

-de oficio ou a requerimento

-nomeação de perito e deferimento de prazo para


apresentação de laudo pericial.

Deferida ou determinada à produção de prova pericial, o juiz deve nomear o


perito, fixando imediatamente o prazo para entrega do laudo (art. 421,
caput). A partir da intimação dessa decisão, as partes têm 5 dias para
formular seus quesitos ao perito e indicar, se for o caso, o assistente
técnico. (art. 421, §1º).

Recusa de perito: suspensão ou impedimento (arts. 138 c/c 423)

Assim como o juiz, o perito pode ser recusado por impedimento ou


suspeição (art. 138, III). Por motivo legítimo pode o perito tentar
escusar-se da atribuição (art. 146).

O perito pode ser substituído quando (art. 424):

• Carecer de conhecimento técnico ou cientifico.

• Deixar injustificadamente de cumprir o encargo no prazo assinado.

Quesitos e assistente técnico

Quesitos do juiz e indeferimento dos quesitos das partes

Remuneração do perito e assistente técnico:

Indicação do dia, hora e local para a realização da perícia:

Laudo pericial e pareceres técnicos

Durante a diligência e antes da audiência de instrução e julgamento, podem


as partes apresentar quesitos suplementares. Tais quesitos estão
submetidos ao crivo do contraditório, devendo a parte adversária ser
intimada de sua juntada (art. 425).

O juiz deve formular quesitos que ache conveniente e indeferir os quesitos


impertinentes formulados pelas partes (art. 426).

A prova pericial poderá ser dispensada pelo juiz se as partes, na petição


inicial e na contestação, apresentarem pareceres técnicos ou documentos
elucidativos suficientes para a prova dos fatos controvertidos que exigiram
a princípio a perícia (art. 427).
O trabalho técnico do perito pode gerar a utilização de todos os meios
necessários, inclusive oitiva de testemunhas, obtenção de informações,
solicitação de documentos, podendo seu laudo ser instruído com plantas,
desenhos, fotografias e outras peças (art. 429).

Se o exame tiver por objeto autenticidade de letra e firma, o perito pode


requisitar documentos existentes em repartições públicas ou requerer que o
juiz determine que a pessoa a quem se atribuiu a autoria do documento se
submeta a coleta de material grafotécnico (art. 434, parágrafo único).

O exame para apurar autenticidade ou falsidade de documento ou de


natureza médico- legal, ensejará a nomeação de perito, que
preferencialmente, será técnico do estabelecimento oficial especializado. Em
tal caso, o juiz autorizará a remessa dos autos e do material a ser
examinado ao diretor do estabelecimento, para que ele indique o
profissional que realizará a atividade (art. 434).

Se a questão apurada for de menor complexidade, a perícia pode


consistir em simples inquirição, em audiência de instrução e julgamento, do
perito e assistentes à respeito da coisa que informalmente examinaram.
(art. 421, §2º)

As partes devem ter ciência da data e local de inicio da pericia (art. 431
–A). Pode ainda a pericia, em caso de complexidade, ensejar a nomeação
de mais de um perito, por área de conhecimento especializado, e mais de
um assistente técnico (art. 431 – B)

O prazo de apresentação de laudo pelo perito é fixado pelo juiz (art. 421),
devendo guardar pelo menos 20 dias de antecedência em relação à
audiência de instrução e julgamento (art. 433).

Os assistentes técnicos oferecem seus pareceres em prazo comum, 10 dias


depois de intimadas as partes de apresentação do laudo (art. 433,
parágrafo único). Trata-se de prazo preclusivo.

Oitiva do perito e assistentes técnicos:

A pedido ou de ofício o perito ou assistentes técnicos podem ser chamados


para prestarem esclarecimento em audiência de instrução e julgamento,
formulando desde logo quesitos (art. 435). Nesse caso, a presença de
ambos é apenas obrigatória se intimados até 5 dias antes da audiência
(art. 435, parágrafo único).

Segunda perícia:

O juiz pode determinar nova perícia, quando a matéria não estiver


suficientemente esclarecida (art. 437).

A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos da primeira, corrigindo


eventuais equívocos da antecessora (art. 438).
A segunda perícia não substitui a primeira, e o juiz aprecia livremente o
valor de uma e outra (art. 439, parágrafo único)

Perícia mediante carta precatória:

A perícia pode ser realizada por carta, quando a coisa ou pessoa a ser
examinada estiver localizada em ponto além da circunscrição territorial do
juiz da causa. Em tal hipótese, pode o perito ser nomeado tanto perante o
juízo deprecante quanto o deprecado, sendo, neste último caso,
apresentados os quesitos e os assistentes técnicos ao juízo deprecado (art.
428).

Perícia em produção antecipada de prova (arts. 846 a 851)

É o direito que tem os demandantes de requererem ao Juiz da causa, em


procedimento preparatório ou no curso da ação, como incidente processual,
a produção de provas antecipadas, em razão do receio do perecimento da
mesma, seja ela material (coisa) ou pessoal (testemunhos).

XIX. NSPEÇÃO JUDICIAL (ARTS. 440 A 443)

Ato pelo qual o juiz inspeciona pessoas, coisas e locais relacionados


com o litígio.

Pode ser realizada de ofício ou a requerimento das partes.

Participação das partes no ato de inspeção

Participação de perito no ato de inspeção.

De ofício ou a requerimento (neste caos, se o juiz indeferir não cabe


recurso, já que se trata de uma faculdade do juiz fazer essa inspeção), o
juiz, em qualquer fase do processo, pode inspecionar pessoa ou coisa, para
esclarecer fato controvertido (art. 440).

Nessa diligência, o juiz pode estar assistido por um ou mais peritos (art.
441). As partes têm direito de assistir à inspeção (sendo previamente
intimadas), prestando esclarecimentos e fazendo observações que sejam do
interesse da causa (art. 442, parágrafo único).

Auto circunstanciado de inspeção.

Da inspeção judicial será lavrado auto circunstanciado (art. 443),


instruindo-se com desenho, gráfico ou fotografia, se necessário. (art. 443,
parágrafo único)

XX. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (ART. 444)

Vai acontecer sempre que houver necessidade de se produzir prova


oral

A audiência de instrução e julgamento é o evento ápice da atividade de


conhecimento, é nela que o principio da oralidade tem maior
importância. Nela se produz a prova oral, na presença das partes, de seus
procuradores e do juiz.
Publicidade e unicidade da audiência de instrução.

A audiência é pública (art. 444), assim como geral são os atos e autos do
processo (art. 155). Se houver segredo de justiça, ela se realiza a portas
fechadas.

A audiência de instrução e julgamento é uma e contínua, podendo ser


dividida em várias sessões quando não puder ser concluída em um único dia
(art. 455)

Pregão

No dia e hora designados, o juiz declara aberta a audiência, mandando que


as partes e seus advogados sem apregoados pelo oficial de justiça (art.
450).

Tentativa de conciliação

Se o litígio versar sobre direitos que comportem transação, o juiz de oficio


determinará o comparecimento das partes ao inicio da audiência e buscará
essa composição (art. 447). Nas causas de direito de família, a conciliação
será afeta aos temas autorizados por lei (art. 447, parágrafo único). Se
houver acordo, o juiz tomará por termo (art. 448), que, assinado pelas
partes e homologado pelo juiz, terá valor de sentença (art. 449 e art.
269, III).

Adiamento da audiência:

A audiência pode ser adiada (art. 453). A impossibilidade de comparecer à


audiência, quando previamente identificada, deve ser provada até a
abertura da audiência (art. 453, §1º). A impossibilidade imprevisível,
obviamente não está condicionada a tal exigência.

Ordem de apresentação da provas em audiência:

-esclarecimento do perito e assistentes técnicos

-depoimento pessoal das partes

-oitiva de testemunhas

Iniciada a instrução, o juiz ouvirá as partes e fixar os pontos controvertidos


sobre os quais incidirá a prova (art. 451).

Na audiência as provas são produzidas na seguinte ordem, se houver a sua


produção (art. 452):

• Esclarecimento do perito e assistentes técnicos (se houver prova


pericial, mas o seu comparecimento será obrigatório se a sua perícia
for a vistoria, nas outra hipóteses seu comparecimento só ocorrerá
por requerimento ou de ofício.)

• Depoimento pessoal do autor e depois do réu (provocar confissão)

• Inquirição de testemunhas do autor depois do réu (se houver prova


testemunhal)
Conclusão da instrução processual:

-debates orais

-memoriais

Encerrada a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e ao do


réu, sucessivamente, por 20m minutos cada um, para que profiram suas
razões finais (art. 454). Esse prazo por ser estendido por outro 10
minutos, a critério do juiz.

A sustentação oral pode ser dispensada e substituída pó memórias


escritos, quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de
direito e o debate puder ser mais bem desenvolvido pela forma escrita (art.
454, §3º). O juiz designará hora e dia para seu oferecimento, devendo
garantir, entretanto, que o autor ofereça primeiro o seu e o réu possa
contradizer por último, na forma do discurso dialético de cognição.

Encerrado o debate oral ou oferecidos os memoriais, o juiz profere sentença


imediatamente ou no prazo de 10 dias desde a data de encerramento da
audiência (art. 456).

Aqui encerra a matéria da ultima aula, na seqüência é sentença e coisa


julgada. Assim que fizer as anotações eu envio para o email da turma.

Abraços!

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