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COLÉGIO PEDRO SEGUNDO UNIDADE SÃO CRISTÓVÃO III

PROCESSO DE FAVELIZAÇÃO A PARTIR DA


DÉCADA DE 1980

Francisco Dionleno Rodrigues Holanda, Henrique Lima da Silva, Gustavo Cesar de


Araujo Penna, Jorge Fernando Pita da Costa, Vanessa Campos Ribas Vieira

Rio de Janeiro
2010
FRANCISCO DIONLENO RODRIGUES HOLANDA, HENRIQUE LIMA DA SILVA,
GUSTAVO CESAR DE ARAUJO PENNA, JORGE FERNANDO PITA DA COSTA,
VANESSA CAMPOS RIBAS VIEIRA

PROCESSO DE FAVELIZAÇÃO A PARTIR DA


DÉCADA DE 1980

Trabalho apresentado à professora Cláudia Affonso do


departamento de história do Colégio Pedro Segundo Unidade São Cristóvão III, como
requisito para a conclusão da parte escrita do trabalho que virá ser apresentado no terceiro
trimestre.

Orientadora: Estagiária Virginia

Rio de Janeiro
2010
Francisco Dionleno Rodrigues Holanda, Henrique Lima da Silva, Gustavo Cesar de
Araujo Penna, Jorge Fernando Pita da Costa, Vanessa Campos Ribas Vieira

PROCESSO DE FAVELIZAÇÃO A PARTIR DA


DÉCADA DE 1980

Dissertação apresentada à professora Cláudia Affonso do


departamento de história do Colégio Pedro Segundo Unidade São Cristóvão III, como
requisito para a conclusão da parte escrita do trabalho que virá ser apresentado no terceiro
trimestre.

Orientadora: Estagiária Virginia

Aprovado em : __________________________________________

Banca Examinadora :
____________________________________________
Cláudia Affonso
Professora do Colégio Pedro Segundo de São Cristóvão
RESUMO

HOLANDA, Francisco Dionleno Rodrigues; SILVA, Henrique Lima da; PENNA,


Gustavo Cesar de Araujo; COSTA, Jorge Fernando Pita da; VIEIRA, Vanessa Campos
Ribas. Dissertação – Colégio Pedro Segundo Unidade São Cristóvão, Rio de Janeiro,
2010.

A seguinte dissertação tem como objetivo mostrar o cotidiano das favelas e as mudanças
ocorridas nas últimas três décadas, mostrando não apenas o lado nebuloso das favelas.
Abordando temas como o do tráfico e seus convívio com os moradores da favela, o
cotidiano de seus moradores, as intervenções do estado nas favelas e os diversos tipos de
projetos sociais. Esse tema é fragmentado em todos esses sub-temas, para que haja o
entendimento dos específicos assuntos, fazendo com que o entendimento do tema seja
facilitado. Em sua conclusão elabora-se a síntese das mudanças mais significativas
ocorridas nesse espaço de tempo.

Palavras-chave: moradores da favela; tráfico; estado.


ABSTRACT

HOLANDA, Francisco Dionleno Rodrigues; SILVA, Henrique Lima da; PENNA,


Gustavo Cesar de Araujo; COSTA, Jorge Fernando Pita da; VIEIRA, Vanessa Campos
Ribas. Dissertação – Colégio Pedro Segundo Unidade São Cristóvão, Rio de Janeiro,
2010.

The following essay aims to show the daily slums and the changes in the last three
decades, showing not only the foggy side of the slums. Approaching issues such as
trafficking and its contact with the residents of slum, the everyday of its residents, the
operations of state in the slums and various social projects. This theme is fragmented into
all these sub-themes, that there is the understanding of specific issues,
making understanding of the subject be facilitated. In his conclusion draws up a summary
of the most significant changes occurred during that time.

Keywords: slum residents; trafficking; state.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – O convívio com o tráfico.............................................................................. 16


Figura 2 – A interferência do governo……………………………………………….. 18
Figura 3 – Projetos........................................................................................................ 23

Gráfico 1 – A mudança na favela nas últimas décadas................................................... 12


Gráfico 2 – Por que e como esse movimento se espalhou………………………….......13
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

UPP Unidade de Polícia Pacificadora

ECE Espaço Criança Esperança

EJA Educação de jovens e adultos

IPP Instituto Pereira Passos

MEC Ministério da Educação

ONG Organização não governamental

PAC Programa de Aceleração do Crescimento

PDT Partido Democrático Trabalhista


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 9
2 A MUDANÇA NA FAVELA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS.............. 11
3 POR QUE E COMO ESSE MOVIMENTO SE ESPALHOU......... 13
4 O QUE OS MORADORES ACHAM DA QUALIDADE DE VIDA QUE
ELES LEVAM NA FAVELA ............................................................. 14
5 O CONVÍVIO COM O TRÁFICO..................................................... 15
6 A INTERFERÊNCIA DO GOVERNO ............................................. 17
7 PENSAMENTOS DA POPULAÇÃO DE NÍVEL SOCIAL ‘SUPERIOR’
EM RELAÇÃO A FAVELA............................................................... 19
8 QUALIDADE DE VIDA NAS FAVELAS........................................ 20
9 PROJETOS.......................................................................................... 21
10 CONCLUSÃO...................................................................................... 24
11 REFERÊNCIAS.................................................................................. 25
PROCESSO DE FAVELIZAÇÃO A PARTIR DA DÉCADA DE 1980 - 9

1 INTRODUÇÃO

Historicamente, a favela é definida pelo que não seria ou pelo que não teria. Nesse
caso, é apreendido, em geral, como um espaço destituído de infra-estrutura urbana - água,
luz, esgoto, coleta de lixo; sem arruamento; globalmente miserável; sem ordem; sem lei;
sem regras; sem moral. Enfim, expressão do caos. Outro elemento peculiar da
representação usual das favelas é sua homogeneização. Presentes em diferentes sítios
geográficos – em planícies, em morros, às margens de rios e lagoas – e reunindo algumas
centenas de moradores até alguns milhares, possuindo diferentes equipamentos e
mobiliários urbanos , sendo constituídas por casas e/ou apartamentos, com diferentes
níveis de violência e presença do poder público, com variadas características
socioambientais, as favelas constituem-se como territórios que se exprimem em
paisagens consideravelmente diversificadas. A homogeneidade, no entanto, é a tônica
quando se trata de identificar esse espaço popular. quando se trata de identificar esse
espaço popular.
Compreendemos que as favelas constituem moradas singulares no conjunto da
cidade, compondo o tecido urbano, estando, portanto, integrado a este, sendo, todavia,
tipos de ocupação que não seguem aqueles padrões hegemônicos que o Estado e o
mercado definem como sendo o modelo de ocupação e uso do solo nas cidades. Estes
modelos, em geral, são referenciados em teorias urbanísticas e pressupostos culturais
vinculados a determinadas classes e grupos sociais hegemônicos que consagram o que é
um ambiente saudável, agradável e adequado às funções que uma cidade deve exercer no
âmbito do modelo civilizatório em curso.
Acreditamos que uma definição de favela não deve ser construída em torno do que
ela não possui em relação ao modelo dominante de cidade. Pelo contrário, elas devem ser
reconhecidas em sua especificidade sócio-territorial e servirem de referência para a
elaboração de políticas públicas apropriadas a estes territórios. Este reconhecimento já
vem sendo realizado, em parte, por meio do Estatuto da Cidade, que define as favelas
como áreas de especial interesse, que necessitam de uma regulação própria baseada na
sua materialidade dada. É da concretude da sua morfologia que se estabelecem as
referências possíveis do que é compreendido como uma morada digna, dotada das
condições necessárias para o bem-estar e o bem-viver. Enfim, uma morada onde grupos
que se aproximam por valores, práticas, vivências, memórias e posição social, construam
sua identidade como força de realização de suas vidas.
A favela é um território constituinte da cidade caracterizada, em parte ou em sua
totalidade, pelas seguintes referências:
- insuficiência histórica de investimentos do Estado e do mercado formal, principalmente
o imobiliário, financeiro e de serviços;
- forte estigmatização sócio-espacial, especialmente inferida por moradores de outras
áreas da cidade;
- níveis elevados de subemprego e informalidade nas relações de trabalho;- edificações
predominantemente caracterizadas pela autoconstrução, que não se orientam pelos
parâmetros definidos pelo Estado;
- apropriação social do território com uso predominante para fins de moradia; indicadores
PROCESSO DE FAVELIZAÇÃO A PARTIR DA DÉCADA DE 1980 - 10

educacionais, econômicos e ambientais abaixo da média do conjunto da cidade;-


ocupação de sítios urbanos marcados por um alto grau de vulnerabilidade ambiental;-
grau de soberania por parte do Estado inferior à média do conjunto da cidade;- alta
densidade de habitações no território;
- taxa de densidade demográfica acima da média do conjunto da cidade;- relações de
vizinhança marcadas por intensa sociabilidade, com forte valorização dos espaços
comuns como lugar de encontro;
- alta concentração de negros (pardos e pretos) e descendentes de indígenas, de acordo
com a região brasileira;
- grau de vitimização das pessoas, acima da média da cidade.
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2 A MUDANÇA NA FAVELA NAS ÚLTIMA DÉCADAS

É consenso o crescimento absoluto e relativo da população residente em favelas no


município do Rio de Janeiro nas ultimas décadas.
Nas ultimas décadas a expansão demográfica do Rio de Janeiro foi sempre acompanhada
por um crescimento das favelas, num ritmo em media duas vezes maior que o restante da
população. O significativo é que mesmo acompanhando a queda nos índices de
crescimento populacional, a população das favelas continua a crescer e passou a abranger
17,57 % da população carioca em 1991, quando em 1980 totalizava 14,19 %.O primeiro
aspecto a ser ressaltado é o esgotamento ou o fechamento da fronteira urbana do Rio de
Janeiro e de sua região metropolitana.Aliado com isso tudo vem também as pessoas que
saem de seus respectivos Estados para tentar a sorte grande nas grandes capitais,o que é
um dos grandes problemas de certas capitais brasileiras,como São Paulo e Rio de Janeiro.
Outro fator que contribui para o crescimento foi o deslocamento da questão social,
substituindo como habitação popular os cortiços pelo subúrbios e favelas, foi na verdade
uma espécie de resolução do problema, na medida em que houve algo como que uma
distensão graças ao “espalhamento” para além do centro da cidade do Rio de Janeiro.
Esses espaços serviram de válvulas de escape para resolver os problemas relacionados à
intervenção urbana visando à reestruturação do centro da cidade. O problema da
habitação popular, tensionado pelos conflitos sociais no início do século, girou em falso
em torno de sua própria solução e conseguiu permanecer nos mesmos quadros de
precariedade, mudando apenas de endereço.
A combinação de um mercado exíguo e seu conseqüente efeito de encarecimento
das terras e a crise das (tímidas) políticas governamentais até então inexistentes para o
acesso à casa própria forçaram a população, em condições econômicas precárias, a
procurar alternativas nas favelas. A população da favela é composta pela classe baixa da
população, pessoas que não conseguem emprego, que não tem aporte financeiro para
morar em outras áreas da cidade.
A década de 1980 marca exatamente o período em que foi possível ao tráfico de
drogas se organizar em facções e ter acesso a armamentos pesados, isso tudo devido a
incapacidade de atuação estatal-policial nos morros cariocas. O problema do tráfico
impedia qualquer solução fácil para o problema da expansão das favelas.
Na década de 1990 o programa Favela-Bairro será a principal manifestação dessa
virada no tratamento da questão urbana e do problema habitacional no Brasil, já que esse
se tratava de um projeto de urbanização, prevendo a implanta cão de rede de água e
esgoto, canalização de canais e valas, abertura de vias de acesso (corredores, ruas e
escadas), regularização fundiária e instalação de serviços públicos municipais (como por
exemplo, postos de saúde e creches).
No momento em que ocorre esta legitimização da favela está em curso também a
expansão da favelização na cidade do Rio de Janeiro. Trata-se de uma transformação
social complexa, na qual atuam fatores como precarização das ocupações, o desemprego,
a decadência econômica, a ampliação relativa dos custos de moradia etc. Tudo isso
interfere na questão habitacional. A regularização fundiária vem alimentar a favelização
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e, aspecto absolutamente novo, vem criar mercado de terras no interior das favelas, já que
mesmo os imóveis não regularizados agora não correm mais o risco de serem removidos.
Se a população do Rio de Janeiro está se encaminhando gradualmente para as favelas,
não é menos verdadeiro que um fenômeno concominante e complementar está ocorrendo:
a favela está descendo o morro e ocupando o asfalto, isto é, em várias áreas da cidade a
decadência dos equipamentos públicos, a desestruturação do espaço urbano, a degradação
urbanística está convertendo bairros em favelas.
Nas ultimas décadas,um dos índices que mais aumentou nas favelas foi a violência.O
tráfico de drogas,a disputa pelo comando das favelas,confronto com a policia,entre outras
coisas,influenciaram o aumento desse índice,e no meio disso tudo,muitos inocentes
morreram.
Se por um lado nos últimos anos a favela foi tida como um local perigoso, por ter
muitos bandidos, guerra do tráfico,entre outras coisas, com a ajuda da Secretaria Estadual
de Segurança Pública do Rio de Janeiro foi criada a Unidade de Polícia
Pacificadora(UPP), que pretende instituir polícias comunitárias em
favelas,principalmente na capital do Estado, com o objetivo de desarticular quadrilhas
que antes controlavam estes territórios,e vem conseguindo resultados satisfatórios,com
grande parte das favelas do Estado do Rio de Janeiro sendo ocupadas e pacificadas.Outra
grande iniciativa do Governo é o Programa de Aceleração do Crescimento, que vem
beneficiando as favelas com obras de infra-estrutura, incluindo habitação, saneamento
básico e transporte.
PROCESSO DE FAVELIZAÇÃO A PARTIR DA DÉCADA DE 1980 - 13

3 POR QUE E COMO ESSE MOVIMENTO SE ESPALHOU

O processo de favelização nas principais capitais brasileiras vem aumentando cada


ano que passa. Nos últimos 20 anos, houve uma explosão demográfica nas favelas do Rio
de Janeiro. O fenômeno é tão acelerado que, segundo o Instituto Pereira Passos (IPP),
entre 1991 e 2000 a população das favelas cresceu seis vezes mais que a das áreas
formais. No Rio, a área que mais cresceu foi a Zona Oeste, pois é uma das áreas onde se
recebe mais investimento e por isso as pessoas migram para lá em busca de empregos e
renda para sustentar sua família.
Um dos fatores mais importantes para esse crescimento foi o fato de que muitas
pessoas saíram de suas cidades para tentar a sorte nas capitais, como por exemplo, as
pessoas do Nordeste que tentam conseguir um emprego no Rio de Janeiro e São Paulo e
acabam por falta de recursos financeiros não conseguindo arrumar uma moradia nos
grandes centros da cidade e vão morar nas favelas. Essas pessoas por muitas vezes trazem
toda a sua família para as grandes capitais, e apesar de muitas vezes passarem
necessidade no Rio, muitos preferem continuar a voltar para o Nordeste, pois a pobreza lá
consegue ser pior do que a dos grandes centros. Os grandes centros da cidade estão
superlotados e por isso a favela surge como uma importante opção para quem chega de
outra cidade e até mesmo para quem já mora na cidade.
O segundo fator, mas nem por isso menos importante, é o fato do desemprego, da
pouca renda dessas pessoas. A maioria acaba indo para as favelas porque não tem
condições financeiras de conseguir moradia em outro lugar. Hoje em dia, não existe um
bom projeto de moradia voltado para a baixa renda e com isso as pessoas acabam indo
morar nas favelas, pois lá encontram facilidade para ter água, luz, televisão, entre outros,
de uma forma muito mais acessível que o de costume.
Durante todo esse tempo o Governo não deu suporte para essas pessoas, não criou
programas incentivando esses moradores a tentar sair da favela, não criaram moradias
decentes para pessoas de baixa renda. Isso tudo foi importante para o crescimento
acelerado e conturbado das favelas nas ultimas décadas.
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4 O QUE OS MORADORES ACHAM DA QUALIDADE DE VIDA QUE ELES


LEVAM NA FAVELA

É comum ouvirmos a famosa frase: “você acha que alguém mora na favela por que
quer?”, diferente do que muitas pessoas pensam não dá pra generalizar e pensar que todos
moradores não gostam de viver em comunidades. Existem aqueles que gostam e existem
aqueles que habitam esses locais por falta de oportunidade, por falta de condição para que
possam morar em locais ditos como 'melhores'.
Muitos dizem preferir morar em favelas, já que nelas não existe a cobrança de muitos
serviços como água, luz, televisão à cabo e etc; além do fato de se dizerem protegidos
dentro desses locais. Porém hoje em dia com a entrada das polícias pacificadoras, passa a
ser cobrado tais taxas, além da permanência da segurança, só que dessa vez a segurança
policial, e não a segurança de criminosos.
Por outro lado as pessoas insatisfeitas por morarem nas favelas, pensam assim pois a
qualidade de vida certamente não é a das melhores, estando essas pessoas diariamente
expostas à criminalidade e ao perigo dos conflitos entre facções rivais e conflitos com a
própria policia.Além de tudo ainda tem o frequente descaso por parte do estado, que faz
muitos projetos, que promete muito em época das eleições e que na verdade pouca coisa
é realmente feita. Há vários tipos de problemas além do crime propriamente dito, como:
precárias moradias, problemas nas redes de esgoto, falta de limpeza, etc.
Mas isso tudo parece estar sendo solucionada com a entrada das UPP’s em
comunidades, logo a qualidade de vida desses moradores parece estar mudando e esses
problemas estão sendo solucionados, fazendo com que as favelas se tornem locais que
dão toda condição para que seus moradores possuam uma qualidade de vida tão boa
quanto as das demais partes da cidade, assim essa camada da sociedade irá poder mostrar
aquilo que ela tem de melhor, a sua felicidade, o seu modo alegre de ver e levar a vida.
Até agora parece que as UPP's dão a solução para isso tudo, e isso é o que esperamos
todos nós, das mais diferentes camadas sociais.
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5 O CONVÍVIO COM O TRÁFICO

Atualmente o numero de pessoas que vivem nas comunidades carentes no estado do


Rio de Janeiro é bastante elevado. As condições de vida apesar de precárias, são de fácil
acesso as pessoas de baixo poder aquisitivo.
A maioria das pessoas que vivem nas favelas não tem condições de viver em um lugar
melhor, devido aos baixos salários e a falta de oportunidades oriundas de uma carência
que vem do passado. Por esses e outros motivos, os moradores se submetem as
imposições do tão temido trafico de drogas.
O tráfico de drogas impera nessas comunidades e é ele quem dita as leis e as regras a
serem seguidas pelos seus moradores. Esse poder paralelo presente no cotidiano de
pessoas carentes, influência de diversas maneiras a vida delas, pois o trafico é um
comercio de produtos ilícitos que acaba sendo bastante rentável e consequentemente
chama a atenção das crianças, jovens e ate mesmo mulheres que se deslumbram com o
dinheiro,as roupas,cordões,relógios,dentre outras coisas que estão sendo usados pelos
traficantes.
Os pontos de tráfico de drogas, conhecidos como “bocas”, operam como empresas,
escondidos em favelas e bairros pobres das grandes cidades. Os criminosos se organizam
em uma hierarquia preocupada em garantir duas coisas: o abastecimento constante de
cocaína, maconha e outros entorpecentes e o sistema de proteção contra a polícia ou
quadrilhas rivais.
O convívio com o trafico, segundo relatos obtidos, é de certa forma pacífico, visto
que os traficantes que ‘mandam’ em determinada comunidade não se envolvem
diretamente na vida dos moradores, a não ser que eles desrespeitem as leis impostas para
serem seguidas pela comunidade, como no caso da morte de um traficante, os
comerciantes são obrigados a abaixar as portas, ou ate mesmo fechar o seu
estabelecimento pelo tempo estipulado pelos ‘donos do pedaço’.
Constantes invasões da policia e de outras facções também fazem parte do cotidiano
dos moradores das favelas cariocas. O medo de balas perdidas e de ações mais drásticas e
violentas da policia amedrontam seus moradores. Viver em comunidades de certa forma
abandonadas pelo governo gera certa revolta nas pessoas, em comunhão com a falta de
oportunidades e o deslumbramento com a ‘vida boa’ dos traficantes, acabam atraindo os
jovens carentes e sem estrutura familiar para o mundo do crime. A sociedade vê com
maus olhos o fato das pessoas viverem nas favelas e julgam ao seu modo os moradores,
tem um olhar preconceituoso apenas pelo fato da pessoa morar e conviver todos os dias
com problemas que não são comuns entre todos os bairros do estado.
PROCESSO DE FAVELIZAÇÃO A PARTIR DA DÉCADA DE 1980 - 16
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6 A INTERFERÊNICA DO GOVERNO

No início da década de 1980 a favela passou a ser reconhecida como um espaço de


moradia própria, justificável e legítimo, já que anteriormente, no período da ditadura
militar, era aplicada a política de remoção. Isso tudo ocorreu durante o primeiro governo
de Leonel Brizola¹ (1983-1987), período no qual se reforçou a idéia de que é possível
converter a favela em área de habitação popular regular, legalizando a propriedade da
terra e criando infra-estrutura de saneamento. O governo do PDT transformou em política
pública ampla e oficial o que antes era apenas aleatório ou subentendido: a legitimização
da favela como moradia popular. Na falta de uma capacidade de reformulação urbana
radical, a alternativa mais fácil para resolver o problema da habitação popular é conduzi-
lo oficialmente nos moldes do que já vinha sido feito “espontaneamente” – a não solução
do problema é a solução. A política de saneamento, criação de infra-estrutura e
legalização do governo Brizola levou água e esgoto a cerca de 60 favelas da cidade do
Rio de Janeiro. Outra coisa a ser ressaltada é a incapacidade de atuação do estado nos
morros cariocas já na década de 1980, que vai marcar exatamente o período em que foi
possível ao tráfico de drogas se organizar em facções e ter acesso a armamentos pesados.
No governo de César Maia², na década de 1990, foi lançado o programa Favela-
Bairro, que se tornou seu carro-chefe, e tinha como objetivo facilitar o acesso do poder
público às comunidades, através da abertura de ruas e alargamento de vielas e corredores.
Implementado desde 1994 em cerca de 105 favelas do Rio de Janeiro, o programa
oficialmente estabeleceu como seus objetivos construir e complementar a estrutura
urbana principal e oferecer as condições ambientais de leitura da favela como bairro da
cidade.
No governo Lula³ foi criado o Programa de Aceleração do Crescimento (mais
conhecido como PAC), lançado em 28 de janeiro de 2007, é um programa do governo
federal brasileiro que engloba um conjunto de políticas econômicas, planejadas para os
quatro anos seguintes, e que tem como objetivo acelerar o crescimento econômico do
Brasil, sendo uma de suas prioridades o investimento em infra-estrutura, em áreas como
saneamento, habitação, transporte, energia e recursos hídricos, entre outros. Projeto o
qual atingiu diretamente a cidade do Rio de Janeiro.
Recentemente, esses territórios começaram a ser recuperados para a cidade por meio
de uma política de segurança calcada na implantação de UPP’s, as Unidades de Política
Pacificadora, que encravam batalhões de policiais onde antes a bandidagem reinava. Foi
uma iniciativa louvável, porém, mesmo em comunidades pacificadas após um ano, ainda
pode-se constatar precariedade na vida dos moradores como: a dependência de um
sistema de canos improvisado para servir de esgoto no Morro Dona Marta.
Com isso tudo a pergunta que nos fazemos é: será que um dia conseguiremos um
programa político que irá finalmente melhorar as vidas nas favelas?

¹ Leonel Brizola foi um político brasileiro, que teve forte influência na política carioca, e
foi duas vezes governador do estado do Rio de Janeiro.
² César Maia, ex prefeito da cidade do Rio de janeiro.
³ Lula, atual presidente do Brasil, que governou o país durantes 8 anos, está em seu
último ano de mandato.
PROCESSO DE FAVELIZAÇÃO A PARTIR DA DÉCADA DE 1980 - 18
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7 PENSAMENTOS DA POPULAÇÃO DE NÍVEL SOCIAL ‘SUPERIOR’ EM


RELAÇÃO A FAVELA

Na favela encontramos pessoas de diferentes personalidades e várias culturas. Na


maioria dos casos a sociedade considera todo morador igual ao outro, não distingue o
cidadão de bem para o bandido, para o consumidor de drogas ou criminoso em geral.
Por ser um lugar aonde se encontram pessoas com menor renda e com um alto numero de
violência, a maioria da população de classe social média e classe alta estereotipam os
moradores de favela como bandidos e criminosos, enxergam a favela como um lugar
ruim para viver e crescer, pois pensam que quem é morador de favela, consequentemente
está relacionado aos bandidos.
Os moradores são vistos com preconceito por parte da população, ou seja,já são pré
julgados antes mesmo de conhecê-los.Esse preconceito aparece com maior intensidade na
busca por um emprego, devido ao preconceito, por exemplo, as pessoas que vivem em
favelas acabam sem as mesmas oportunidades de conseguir empregos que os que moram
fora das favelas,na maioria das vezes não é dada uma oportunidade de trabalho para uma
pessoa pelo simples fato de que ela mora na favela e não pela sua capacidade
profissional.A sociedade julga demais,as chances de um morador conseguir um
empréstimo bancário, por exemplo, é inferior aos das demais camadas da sociedade, o
morador fica refém de uma sociedade injusta, não tem para quem reclamar.A polícia por
muitas vezes judia,maltrata o morador de favela trata os moradores como se todos fossem
consumidores de drogas ou bandido.
Um dos grandes erros é o julgamento. O preconceito contra o favelado também se
mistura com o preconceito racial, quem é negro e pobre logo é estereotipado de morador
de favela. O que mais impressiona é que o preconceito não parte somente das classes
sociais mais altas, se faz presente outro tipo de preconceito que muitos moradores se
recusam a admitir: o preconceito de alguns moradores em relação a alguns de seus
vizinhos. Existem certas localidades da favela que são melhores que outras e quem vive
na parte “nobre” da favela, tem preconceito com quem mora nas outras áreas mais
pobres. Como resultado da carga de preconceito a que são sujeitos, moradores de
comunidades carentes acabam se tornando pessoas com baixa auto-estima e
autoconfiança, o que torna mais difícil a busca por mudanças.
PROCESSO DE FAVELIZAÇÃO A PARTIR DA DÉCADA DE 1980 - 20

8 QUALIDADE DE VIDA NAS FAVELAS

A qualidade de vida nas favelas é um tema bastante complexo, a favela por sua
maioria dominada por traficantes, com um alto poder de influencia sobre os moradores,
tem como características principais a solidariedade e a modo alegre de viver dos
moradores.
A questão da qualidade de vida pode ser vista de varias maneiras diferentes, o ponto
de vista da falta de segurança é uma realidade nas favelas brasileiras, responsabilidade
total dos traficantes sobre esse quesito, os traficantes apesar do respeito aos
trabalhadores que moram nas favelas, de um jeito ou de outro eles geram insegurança
para a população, pois por eles estarem atuando ali geram conflitos entre facções rivais e
contra os policiais quando se é necessário que eles entrem nas favelas.
Já em relação ao lazer a favela tem disparado um ótimo índice, geralmente maior que
em algumas regiões de melhor poder econômico, os próprios traficantes também estão
relacionados nesse quesito, para entreter e manter uma boa relação com os moradores, os
traficantes financiam, festas, bailes, construções de áreas de lazer, quadras, campos, etc.
Mas as condições de ascensão para a população são muita pequena, em geral quem mora
em favela dificilmente consegue se ascender para sair de lá e morar em lugares melhores,
alguns até conseguem se erguer economicamente, mas fazem a opção de continuar na
favela por alguns privilégios ou realmente por estarem identificados com aquele modo de
vida da população. Em relação à ascensão muitos que não conseguem se manter
financeiramente acabam se filiando com o trafico que muitas vezes é a janela de
oportunidades de algumas pessoas que moram ali , que não tiveram educação e
conviveram com aquilo desde que nasceram, isso é conseqüência do exemplo que a
população da favela tem, mas isso é uma pequena parcela dos moradores, já que a
maioria das pessoas que a habitam, mesmo com muitas dificuldades, se mantêm
honestos, trabalhando dignamente, levando o sofrido pão de cada dia pra mesa de sua
família.
A qualidade de vida nas favelas certamente não é uma das melhores, mas com
certeza não é das piores como as pessoas acham, a vida da população humilde é feita de
realizações também, não de realizações econômicas, mas sim de realizações pessoais, de
realizações de vida, por isso a alegria é a grande característica dos moradores, e
principalmente da população infantil que ainda não têm que lutar pra sobreviver e mesmo
lutando mantêm a fé e a alegria no rosto.
PROCESSO DE FAVELIZAÇÃO A PARTIR DA DÉCADA DE 1980 - 21

9 PROJETOS

Algumas organizações (em geral não governamentais) promovem projetos nas


favelas para a valorização da vida e da cultura da favela. Visam afastar os jovens do
tráfico, o desenvolvimento de cooperativas, entre outros projetos beneficentes. Nas
favelas cariocas existem inúmeras organizações que promovem tais projetos.
Como a Casa da Arte de Educar, uma instituição que nasceu da reunião de
educadores das favelas com profissionais das áreas de educação que juntos buscavam
colaborar para a qualificação da educação pública. Esta meta tem direcionado as ações da
ONG que desenvolve um trabalho de Educação Integral e Educação de Jovens e Adultos
(EJA). Ela vem buscando realizar práticas educativas associadas a pesquisas para
formulação de metodologias para a educação. Criou em 2007 uma tecnologia social
(Mandala dos Saberes) voltada para a Educação Integral e capaz de colaborar para o
diálogo entre escolas e comunidades, valorizando a integração entre os saberes locais e os
saberes acadêmicos. A metodologia Mandala dos Saberes foi selecionada pelo MEC para
servir à Educação Integral do Programa Mais Educação e está sendo disseminada para
10.042 escolas em todo o Brasil. Possui duas unidades que funcionam em todos os meses
do ano, de segunda à sexta-feira, atendendo as comunidades dos Morros da Mangueira e
Macacos (Vila Isabel). O principal objetivo é desenvolver projetos na área da educação e
cultura, capazes de garantir a conclusão dos ensinos fundamental e médio às crianças,
jovens e adultos moradores das comunidades populares.
O Afroreggae, que foi criado em 1993 com a missão de promover a inclusão e a
justiça social, utilizando a arte, a cultura afro-brasileira e a educação como ferramenta
para a criação de pontes que unam as diferenças e sirvam de alicerces para a
sustentabilidade e o exercício da cidadania. Grande parte das atividades do Afroreggae se
desenvolve sistematicamente através de atividades permanentes nos núcleos comunitários
de cultura nas comunidades de Vigário Geral, Parada de Lucas, Cantagalo-Pavão-
Pavãozinho, Complexo do Alemão e Nova Era (Nova Iguaçu) com foco na formação e
qualificação através de oficinas culturais e de formação artística e social, tendo como
resultados a formação de 12 subgrupos abrangendo diversas linguagens artísticas como
música, dança, teatro, circo e informática, com integrantes oriundos em sua grande
maioria de jovens das comunidades.
Os Espaços Criança Esperança, que são centros de atenção em tempo integral que
oferecem atividades complementares à escola. Respeitando e ouvindo a comunidade
local, contribuem para promover à educação, a cultura, a inclusão e o desenvolvimento
social no Brasil. Criados a partir de um modelo de parceria que reúne uma ONG gestora,
empresa privada, o poder público e uma instituição de referência internacional, os
Espaços Criança Esperança oferecem atividades esportivas, educacionais e culturais e
têm à disposição teatros, centros multimídia, bibliotecas, piscinas e quadras
poliesportivas. O Espaço Criança Esperança do Rio de Janeiro foi o primeiro a ser criado,
em 2001. A comunidade que freqüenta o ECE é composta pelos moradores dos morros
do Cantagalo e do Pavão/Pavãozinho. Além das quadras de esportes e salas de aula, a
infra-estrutura do ECE Cantagalo conta com sala de informática, brinquedoteca, espaço
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de convivência com jogos para adolescentes e jovens, piscina e uma biblioteca de mais
de 38 mil títulos, todos doados.
O Nós do Morro, projeto que foi fundado em 1986, com o objetivo de criar acesso à
arte e à cultura para as crianças, jovens e adultos do Morro do Vidigal. Hoje, o projeto se
consolidou e oferece cursos de formação nas áreas de teatro (atores e técnicos) e cinema
(roteiristas, diretores e técnicos), abrindo e ampliando os horizontes para um sem-número
de crianças, jovens e adultos moradores, ou não, do Vidigal. O Nós do Morro é fruto da
idéia do jornalista e ator Guti Fraga. Fraga e um Grupo de jovens moradores locais se
uniram para dar início ao então chamado Projeto Teatro-Comunidade: uma idéia
inovadora, já que, até então, a maioria dos projetos culturais voltados para as
comunidades carentes no Rio de Janeiro vinham de fora e nem sempre se adaptavam à
realidade do público a que se destinavam.
Projeto Favela Painting, o qual foi criado pela dupla de holandeses Haas & Hahn,
propõe por meio das cores, revitalizar a fachada das favelas do Rio de Janeiro, trazer a
arte para dentro dessas comunidades e capacitar profissionais. Faixadas de casa da
comunidade receptora do projeto são pintadas por moradores que foram selecionados nas
comunidades e treinados através de programas de aprendizagem. O Favela Painting já foi
desenvolvido na favela Vila Cruzeiro e recentemente na comunidade do Morro Santa
Marta, em Botafogo.
Acredita-se que muitas dessas empresas que investem nas favelas, fazem isso como
forma de “marketing social”; além disso, toda firma que investe em projetos sociais e
culturais paga menos impostos. Alguns partidos políticos também tentam formar
lideranças nas comunidades (há vários casos de líderes locais que depois foram eleitos
para cargos políticos).
Recentemente, com a entrada de UPP’s nas favelas cariocas, houve a criação, do
governo do estado, do programa UPP Social , que será lançado apenas no mês de
setembro deste ano. O projeto coordenará ações sociais e de infra-estrutura nas
comunidades beneficiadas com a instalação de UPP. Ele vai elaborar e colocar em
prática ações de várias secretarias nessas localidades. Entre as iniciativas estão programas
de geração de emprego e urbanização. No primeiro momento vão se beneficiar 150 mil
pessoas que vivem em 26 comunidades já pacificadas. Além disso no dia 30 do mês de
agosto deste ano foi lançado o projeto Rio Top Tour , de estímulo ao turismo em
comunidades pacificadas da cidade. A primeira comunidade beneficiada pelo projeto é a
Santa Marta, na zona sul da cidade, o Rio Top Tour soma-se a outras iniciativas do poder
público para criar oportunidades de desenvolvimento sócio-econômico por meio do
turismo.
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10 CONCLUSÃO

Conclui-se com esse trabalho que o processo de favelização é algo presente no dia-
a-dia da população carioca. Que durante as últimas década tem sofrido intenso aumento,
devido ao deslocamento em massa de população oriundas de outros estados e do fácil
acesso às moradias nesses lugares, uma vez que em outra partes da cidade o custo de vida
é maior. Nota-se também que os governos sempre focaram muito na questão da
favelização, tendo em vista que esse é um dos processos mais decorrentes na atualidade e
que ele irá afetar todas as camadas da população. Vários projetos foram feitos por ex e
atuais governadores, todos trouxeram relativas melhoras para a população das favelas,
porém nenhuma ainda conseguiu acabar de vez com o problema do crime e dá de fato
uma melhor qualidade de vida para os moradores. Hoje em dia existem vários projetos
sócias que buscam melhores oportunidades, e condições de vida para os moradores dessa
comunidade, mas de fato não se sabe os reais objetivos destes, ajudar ou levar vantagem
sob essa ajuda. O que se pode notar, é que a população continua com o sorriso no rosto e
esperando que ocorra algo que possa mudar suas vidas para melhor, será que isso já está
acontecendo com as UPP’s ? Isso é o que todos nós queremos saber, se já estamos no
caminho para a resolução disso tudo.
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11 REFERÊNCIAS

BELTRAME, José Mariano. Palavra do Secretário. UPP Repórter, Rio de Janeiro,


10 set. 2009. Disponível em : < http://upprj.com/wp/?p=175>. Acesso em: 25 agost.
2010.

BRUNET, Daniel. Comunidades pacificadas ganham UPP Social. Jornal O Globo,


Rio de Janeiro, 19 agost. 2010. Disponível em:
<http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/08/19/comunidades-pacificadas-ganham-upp-
social-917431406.asp>. Acesso em: 22 agost. 2010.

VARELLA, Dráuzio; BERTAZO, Ivaldo; JAQUES, Paola Berestein. Maré Vida Na


Favela. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2002.

GOIS, Antônio. Maioria não quer deixar favela. Folha de São Paulo, Rio de Janeiro,
15 agost. 2004. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u98202.shtml >. Acesso em: 22
agost. 2010.

LEMOS, Rafael. UPPs passam a ser tratadas como atração turística. Revista Veja,
Rio de Janeiro, 22 agost. 2010. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/upps-passam-a-ser-tratadas-como-‘atracao-
turistica’>. Acesso em: 25 agost. 2010.

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