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Nesta atração ocorre um movimento que ativa os contatos, os quais podem ser
abertos, fechados ou comutados, dependendo de sua posição, conf fig2.
Isso significa que, através de uma corrente de controle aplicada à bobina de
um relé, podemos abrir, fechar ou comutar os contatos de uma determinada
forma, controlando assim as correntes que circulam por circuitos externos.
Para desligar a carga basta interromper a corrente que circula pela bobina do
relé, abrindo para isso S1.
Uma das características do relé é que ele pode ser energizado c/correntes
muito pequenas em relação à corrente que o ccto controlado exige p/
funcionar.
Se o circuito controlado for de alta tensão, por exemplo, este isolamento pode
ser importante em termos de segurança.
O relé, cuja bobina seja energizada com apenas 6 ou 12V, pode perfeitamente
controlar circuitos de tensões mais altas como 110V ou 220V.
O relé que tomamos como exemplo para analisar o funcionamento possui uma
bobina e um único contato que abre ou fecha.
Na prática, entretanto, os relés podem ter diversos tipos de construção, muitos
contatos e apresentar características próprias sendo indicados para aplicações
bem determinadas.
OS RELÉS NA PRÁTICA
De um modo geral podemos dizer que nos tipos sensíveis, que operam com
baixas correntes, são enroladas milhares ou mesmo dezenas de milhares de
voltas de fios esmaltados extremamente finos, alguns até mesmo mais finos
que um fio de cabelo! (figura 5).
As armaduras dos relés devem ser construídas com materiais que possam ser
atraídos pelos campos magnéticos gerados, ou seja, devem ser de materiais
ferromagnéticos e montadas sobre um sistema de articulação que permita sua
movimentação fácil, e retorno à posição inicial quando o campo desaparece.
Peças flexíveis de metal, molas ou articulações são alguns dos recursos que
são usados na montagem das armaduras.
Quando a bobina é percorrida por uma corrente, o relé abre seus contatos,
interrompendo a circulação de corrente pela carga externa. (figura 7)
Usamos este tipo de relé p/desligar uma carga externa ao fazer uma corrente
percorrer a bobina do relé.
Contatos NA e NF ou Reversíveis
Os relés podem também ter contatos que permitem a utilização simultânea dos
contatos NA e NF ou de modo reversível, conforme mostra a figura 8.
Podemos usar este tipo de relé p/comutar 2 cargas, conforme sugere a fig9.
A energia da fonte E passa então do circuito de carga 1 para o ccto de carga 2.
Os relés podem ainda ter bobinas para operar tanto com corrente contínua
como com corrente alternada.
Para evitar este problema técnicas especiais de construção são usadas, sendo
que a mais eficiente consiste na colocação numa das metades do núcleo da
bobina de um anel de cobre.
Neste anel é então induzida uma forte corrente que cria um segundo campo
magnético, o qual divide o campo principal em dois fluxos defasados.
Assim, não existe um instante em que o campo seja nulo, quando a armadura
pode "descolar", e com isso causar as vibrações.
Por este motivo, os relés usados em corrente contínua não são os mesmos
empregados em circuitos de corrente alternada.
Reles abertos, fechados e selados
Temos também relés fechados mas sem vedação alguma que são utilizados na
maioria das aplicações comuns.
Outro fato importante na construção de um relé é a maneira como ele vai ser
ligado ao circuito externo. P/esta finalidade, os relés são dotados de terminais.
Temos ainda relés que comutam sinais de altas freqüências, e que utilizam
conectores para os contatos do tipo coaxial.
REED RELÉS
Características da bobina
Devemos então distinguir a tensão que aciona o relé da tensão que o mantém
fechado que é muito menor.
Na prática o relé pode fechar seus contatos com tensões menores, mas este
fator deve, ser levado em conta quando se desejar máxima confiabilidade do
componente.
Se a aplicação de uma tensão num circuito que tenha uma certa resistência,
como a bobina de um relé, significa a produção de calor, temos aí um motivo
claro da limitação.
As bobinas podem dissipar apenas uma quantidade definida de calor, que não
deve ser superada.
Estas faíscas são mais intensas quando se comuta um circuito indutivo como
por exemplo um transformador, um motor, um solenóide etc.
Este valor varia de tipo para tipo e é dado tipicamente em milisegundos (ms).
Veja então que os dois tempos devem ser levados em conta quando se deseja
que o relé opere em ciclos rápidos.
Finalmente devemos levar em conta a resistência dos contatos que pode ser
expressa de diversas formas.
Esta tensão tem polaridade oposta àquela que criou o campo e pode atingir
valores muito altos.
Assim, quando ocorre a indução de uma alta tensão nos extremos da bobina
no momento da interrupção da corrente, o diodo polarizado no sentido direto
passa a ter uma baixa resistência absorvendo assim a energia que, de outra
forma, poderia afetar o componente de disparo.
Outra técnica, menos comum dado o custo do componente, é a que faz uso de
um varistor ligado em paralelo com a bobina do relé, conforme mostra a fig18.
O varistor ou VDR é um componente, normalmente de óxido de zinco que
apresenta uma característica não linear de corrente versus tensão, conforme
mostra a curva da mesma figura.
Esta propriedade pode ser usada para absorver a corrente no instante em que
o relé é desenergizado e que poderia causar problemas aos componentes de
disparo.
A tensão do VDR ou Varistor deve ser escolhida de tal modo a ser maior que a
tensão de disparo do relé, porém menor que a tensão máxima suportada pelo
elemento usado no disparo.
Na fig19 temos um diodo usado em paralelo com a carga indutiva de modo que
seja evitado o aparecimento de altas tensões nos contatos na sua abertura.
Estas elevadas tensões poderiam causar faiscamento excessivo e com isso a
queima dos contatos.
Driver de 1 transistor
Este circuito pode operar com relés tanto de 6 como de 12V para correntes de
acionamento de até 100 mA.
Podemos usar qualquer transistor de silício de uso geral com o ganho superior
a 50 e corrente de coletor máxima de 100 mA ou mais.
Tipos recomendados são os BC547 e equivalentes.
Como exemplos de transistores que podem ser usados nesta aplicação temos
os seguintes: BC557, BC558, 8C559, BC177.
Os 2 circuitos anteriores podem ser usados para excitar relés a partir de sinais
de correntes alternadas áudio ou RF) c/a utilização de uma ponte de diodos.
Esta ponte também permite que sinais de qualquer polaridade seja usados no
disparo do relé. (figura 22)
O capacitor é usado no caso de sinais de áudio ou RF, enquanto que para
simples disparo com inversão de polaridade ele pode ser eliminado.
Para tensões maiores, o transistor deve ser trocado por equivalente com
tensão máxima entre coletor e emissor de pelo menos 50V.
Com ele podemos multiplicar por 500 a sensibilidade de um relé com tensões
de trabalho de 6 a 12V ou mais. (figura 23).
Assim, o resistor R2 deve ser 100 vezes maior que a resistência do relé
empregado, enquanto que R3 deve ter 100 vezes a resistência de R2.
A corrente de acionamento do relé neste caso passará a ser de apenas 184 uA.
Os valores dos resistores são calculados da mesma forma que nos circuitos 4 e
5, já que temos a mesma configuração básica.
O capacitor será necessário se o circuito tiver de ser acionado com sinais de
áudio ou mesmo RF.
Como temos dois diodos neste circuito, para os tipos de silício o sinal de
ativação deve ter uma amplitude mínima da ordem de 1,4 V, e para os tipos
de germânio u1-1ia amplitude mínima de 0,4 V.
Lembramos também que neste circuito existe uma pequena queda de tensão
no circuito de acionamento que deve ser compensada por maior alimentação
em relação ao mínimo requerido para o disparo do relé.
Driver Darlington
Uma ponte de diodos na entrada permite sua atuação com sinais alternantes
ou sem polaridade definida.
O relé pode ser de qualquer tipo com corrente até 100 mA e tensão da mesma
ordem do que a usada na alimentação. (figura 27)
Para tensões maiores do que 15V alterações nos valores dos componentes
devem ser feitas e Q2 trocado por um equivalente de maior VCE.
Uma ponte de diodos na entrada permite a ativação com sinais sem polaridade
ou alternantes.
Amplificadores operacionais como o 741 podem ser usados para excitar relés
conforme o circuito mostrado na figura 29.
Driver de potência
Os SCR da série 106 podem ser disparados com tensões entre 0,7 e 1V
tipicamente e correntes da ordem de 200uA.
Deve ser observado que o SCR, após o disparo, não desliga, a não ser que a
tensão entre seu ânodo e cátodo seja momentaneamente reduzida a zero.
Isso pode ser conseguido com um interruptor de pressão ligado entre o ânodo
e o cátodo ou então pela interrupção momentânea da corrente da fonte.
O SCR também provoca uma queda de tensão da ordem de 2V que deve ser
compensada na fonte, para que o relé dispare convenientemente.
Podemos ativar relés de corrente de até mais de 1A com tensões até 48V.
Para relés que exijam correntes maiores, será conveniente dotar o SCR de um
radiador de calor.