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006595-5
RELATÓRIO
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XII - MANDADO DE SEGURANÇA 2006.02.01.006595-5
própria sentença.
Requerem “a concessão da ordem de segurança,
consubstanciada na determinação de liberação dos veículos dos
impetrantes, cujos perdimentos não foram decretados em favor da União”.
As informações relativas ao alegado foram prestadas às fls. 102,
com inclusas peças processuais, por cópia, de fls.104/183.
O pleito de liminar concessão da ordem foi indeferido às fls.
185/186.
Deu-se vista ao d. representante do Ministério Público Federal
que, em parecer de fls. 193/203, opinou “pela concessão da segurança em
relação ao veículo Mercedez-Benz Classe- A (placa KRE-0346), de
propriedade da 2ª impetrante, e a denegação, relativamente aos veículos de
propriedade dos 1º e 3º Impetrantes”.
É o relatório. Peço dia.
VOTO
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presente mandamus.
Por outro giro, conforme bem salientou o juízo impetrado em
suas informações, contra suposta omissão, contradição ou
incorreção da sentença, quanto à decretação do perdimento dos
bens em questão, poderiam ter sido opostos pelos impetrantes
embargos de declaração.
Ademais, não se vislumbra qualquer ilegalidade na decisão
preferida nos autos da Ação de Restituição de Coisa Apreendida
nº 2004.51.01.536621-5 (fls.74) posto que devidamente
fundamentada e conforme a legislação vigente (art.463 do
CPC).
Ressalte-se que os motivos ensejadores da constrição efetuada
não são objeto de discussão no presente mandamus, até porque
os impetrantes não trouxeram aos autos a decisão que
determinou a busca e apreensão dos referidos bens.
Quanto à alegação, por outro lado, de que o Juízo impetrado
teria se omitido na apreciação do perdimento dos referidos bens
em favor da União, a simples colação do trecho da sentença que
aborda esta questão, afasta qualquer dúvida sobre sua legalidade
e fundamentação, verbis:
“ Dispõe o art.91 do CP que um dos efeitos decorrentes da
condenação é:
‘I - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou
de terceiro de boa-fé:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas
cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato
ilícito; b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que
constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato
criminoso.’
Este efeito da sentença penal condenatória que, em realidade, se
traduz em uma pena de confisco, foi merecedor dos seguintes
comentários por parte de Cezar Roberto Bitencourt:
‘O confisco, na nossa legislação atual, não é pena, mas simples
efeito da condenação, e limita-se aos instrumentos e produtos
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É como voto.
EMENTA
ACÓRDÃO
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